Programa da Semana Santa 2025
SÁBADO DE RAMOS, 12 de abril
17h00: Confissões, em São Jorge
18h00: Via Sacra, no Campo de São Jorge
19h00: Bênção dos Ramos e Missa, em São Jorge
DOMINGO DE RAMOS, 13 de abril
11h00: Bênção dos Ramos e Missa, na igreja paroquial
SEGUNDA-FEIRA, 14 de abril
19h30: Missa, na igreja paroquial
TERÇA-FEIRA, 15 de abril
14h30: Confissões, e Missa no Lar de Santa Marta
QUARTA-FEIRA, 16 de abril
14h30: Confissões e Missa, no Centro de Dia – Casa do Povo
19h30: Missa, nos Casais de Matos
QUINTA-FEIRA SANTA, 17 de abril
11h00: Missa Crismal, na Sé de Leiria
20h30: Missa Vespertina da Ceia do Senhor
21h30: Adoração Eucarística
SEXTA-FEIRA SANTA, 18 de abril
11h30: Confissões, na igreja paroquial
15h00: Via Sacra Paroquial, com início na Calvaria de Baixo
Seguida de Celebração da Paixão do Senhor
SÁBADO SANTO, 19 de abril
21h30: Vigília Pascal, na igreja paroquial
DOMINGO DE PÁSCOA, 20 de abril
09h00: Missa, em São Jorge
10h30: Batismo de crianças da Catequese
11h00: Missa, na igreja paroquial
Programa da Visita Pascal 2025
DOMINGO DE PÁSCOA, 20 de abril
14h30: Visita Pascal: Calvaria Cima e de Baixo
SEGUNDA-FEIRA DE PÁSCOA, 21 de abril
15h30: Missa na Igreja dos Casais de Matos
16h00: Visita Pascal: Casais de Matos
QUARTA-FEIRA DE PÁSCOA, 23 de abril
14h30: Visita Pascal: Casal do Relvas
19h30: Missa na Igreja do Casal do Relvas
QUINTA-FEIRA DE PÁSCOA, 24 de abril
18h00: Visita Pascal: Est. da Calvaria e Chão da Feira
SEXTA-FEIRA DE PÁSCOA, 25 de abril
10h00: Visita Pascal: Casais de Além, Quinta de São Paio e Casal Ruivo
19h30: Missa, na igreja paroquial
SÁBADO DA PÁSCOA, 26 de abril
10h00: Visita Pascal: Carqueijal e Cabeceiras
19h00: Missa vespertina em São Jorge
DOMINGO DE PASCOELA, 27 de abril
11h00: Missa na igreja Paroquial
14h30: Visita Pascal: São Jorge
Programa da Paróquia
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Misericórdia até ao fim: as palavras de Jesus na cruz
13 de abril de 2025 | Domingo de Ramos na Paixão do Senhor
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Mesmo no relato da Paixão, sem esquecer os sofrimentos de Jesus, Lucas continua a revelar até ao fim a misericórdia do Pai. E manifesta-o nas três palavras de Jesus de que guardou memória no seu Evangelho.
Primeira: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Jesus não se limita a perdoar, vai mais longe. Ele sabe que a fonte de todo o amor e de todo o perdão não está n’Ele, mas no Pai. Ele apresenta-Se diante do Pai como o intercessor a quem o Pai nada pode recusar. Ele apaga-Se, para que vejamos que é a vontade do Pai que se está a cumprir. É a oração de sempre de Jesus por nós, Ele que está sempre vivo para interceder em nosso favor.
Segunda, que é a resposta ao “bom ladrão”: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”. A eficácia do perdão que o Pai dá por Jesus não suporta qualquer adiamento. Jesus apaga de vez a imagem de um Deus terrível e vingador, que nada deixa passar. Cremos num Deus Pai que perdoa “setenta vezes sete”.
A terceira é um grito de uma infinita confiança no seu Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Jesus acolheu sempre, na liberdade da sua consciência humana, o amor que Lhe dava o seu Pai. Mesmo na sua última palavra, Jesus manifesta a sua adesão a este amor infinito do seu Pai, à sua vontade de salvação, de misericórdia, para além de tudo o que possamos imaginar.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Mesmo no relato da Paixão, sem esquecer os sofrimentos de Jesus, Lucas continua a revelar até ao fim a misericórdia do Pai. E manifesta-o nas três palavras de Jesus de que guardou memória no seu Evangelho.
Primeira: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Jesus não se limita a perdoar, vai mais longe. Ele sabe que a fonte de todo o amor e de todo o perdão não está n’Ele, mas no Pai. Ele apresenta-Se diante do Pai como o intercessor a quem o Pai nada pode recusar. Ele apaga-Se, para que vejamos que é a vontade do Pai que se está a cumprir. É a oração de sempre de Jesus por nós, Ele que está sempre vivo para interceder em nosso favor.
Segunda, que é a resposta ao “bom ladrão”: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”. A eficácia do perdão que o Pai dá por Jesus não suporta qualquer adiamento. Jesus apaga de vez a imagem de um Deus terrível e vingador, que nada deixa passar. Cremos num Deus Pai que perdoa “setenta vezes sete”.
A terceira é um grito de uma infinita confiança no seu Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Jesus acolheu sempre, na liberdade da sua consciência humana, o amor que Lhe dava o seu Pai. Mesmo na sua última palavra, Jesus manifesta a sua adesão a este amor infinito do seu Pai, à sua vontade de salvação, de misericórdia, para além de tudo o que possamos imaginar.
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Deus é um Pai cheio de misericórdia, que nos enche de esperança
No domingo 6 de abril, as crianças do 2.º Catecismo da paróquia da Calvaria viveram a Festa do Pai Nosso, na qual receberam a oração que Jesus ensinou aos discípulos.
O tempo entre o Natal e a Páscoa é, para este grupo, o tempo para aprofundar o conhecimento desta que é a oração dos cristãos, com a qual rezamos ao Pai com as mesmas palavras de Jesus, o Filho de Deus.
No 5.º Domingo da Quaresma, as leituras da Missa ajudaram a acolher esta certeza de um Deus que não nos abandona nunca, tal como acompanhou sempre o Povo de Deus, mesmo nos momentos difíceis e de provação, como o exílio, e quer fazer acontecer coisas novas na nossa vida. Esta esperança que nos deu o profeta Isaías, foi confirmada pela determinação de São Paulo, que não se importou de deixar tudo para trás, como lixo, por ter encontrado Jesus: agora sim, tinha uma razão para correr para a meta! Jesus deu-nos a conhecer esse amor tão grande, que nos convida a lançarmo-nos no seu abraço que nos ama e perdoa, e nos convida a perdoar aos outros, como dizemos no Pai Nosso. O Evangelho mostra-nos esse amor em ação nas palavras de Jesus àquela mulher pecadora: «Nem Eu não condeno. Vai e não tornes a pecar».
Foi neste encontro com o Pai que quer para nós o melhor, que tudo faz para podermos viver na alegria e na esperança, que nos convida à confiança, ao louvor, à construção do seu Reino – um mundo melhor para todos –, ao arrependimento e ao perdão que Jesus nos lançou com a sua vida e ensinou com esta oração.
As crianças receberam esta oração dos seus pais, no momento da comunidade rezar o Pai Nosso, enquanto eram convidados a rezá-la todos os dias, e a aprenderem a viver sempre com a confiança de serem filhos de Deus, procurando vive como irmãos de todos. E no final, também porque este foi o fim-de-semana da Peregrinação da Diocese a Fátima, rezaram junto da imagem de Nossa Senhora, pedindo a graça de viver este Jubileu como peregrinos da esperança.
O tempo entre o Natal e a Páscoa é, para este grupo, o tempo para aprofundar o conhecimento desta que é a oração dos cristãos, com a qual rezamos ao Pai com as mesmas palavras de Jesus, o Filho de Deus.
No 5.º Domingo da Quaresma, as leituras da Missa ajudaram a acolher esta certeza de um Deus que não nos abandona nunca, tal como acompanhou sempre o Povo de Deus, mesmo nos momentos difíceis e de provação, como o exílio, e quer fazer acontecer coisas novas na nossa vida. Esta esperança que nos deu o profeta Isaías, foi confirmada pela determinação de São Paulo, que não se importou de deixar tudo para trás, como lixo, por ter encontrado Jesus: agora sim, tinha uma razão para correr para a meta! Jesus deu-nos a conhecer esse amor tão grande, que nos convida a lançarmo-nos no seu abraço que nos ama e perdoa, e nos convida a perdoar aos outros, como dizemos no Pai Nosso. O Evangelho mostra-nos esse amor em ação nas palavras de Jesus àquela mulher pecadora: «Nem Eu não condeno. Vai e não tornes a pecar».
Foi neste encontro com o Pai que quer para nós o melhor, que tudo faz para podermos viver na alegria e na esperança, que nos convida à confiança, ao louvor, à construção do seu Reino – um mundo melhor para todos –, ao arrependimento e ao perdão que Jesus nos lançou com a sua vida e ensinou com esta oração.
As crianças receberam esta oração dos seus pais, no momento da comunidade rezar o Pai Nosso, enquanto eram convidados a rezá-la todos os dias, e a aprenderem a viver sempre com a confiança de serem filhos de Deus, procurando vive como irmãos de todos. E no final, também porque este foi o fim-de-semana da Peregrinação da Diocese a Fátima, rezaram junto da imagem de Nossa Senhora, pedindo a graça de viver este Jubileu como peregrinos da esperança.
sexta-feira, 4 de abril de 2025
Peregrinação Diocesana a Fátima
Sábado, 5 de abril de 2025
https://www.leiria-fatima.pt/peregrinacao-diocesana-2025/
PROGRAMA
10h30 – Concentração dos peregrinos em 5 pontos de encontro e caminhada até Fátima (Chainça, Santa Catarina da Serra, Atouguia, Boleiros, S. Mamede)
12h30 – Distribuição do almoço no Albergue do Peregrino a Pé (para os peregrinos a pé com reserva antecipada)
14h00 – Acolhimento e recitação do rosário, na Capelinha das Aparições;
15h15 – Festa da Esperança, no Centro Pastoral Paulo VI;
16h45 – Celebração da eucaristia, na Basílica da Santíssima Trindade.
https://www.leiria-fatima.pt/peregrinacao-diocesana-2025/
PROGRAMA
10h30 – Concentração dos peregrinos em 5 pontos de encontro e caminhada até Fátima (Chainça, Santa Catarina da Serra, Atouguia, Boleiros, S. Mamede)
12h30 – Distribuição do almoço no Albergue do Peregrino a Pé (para os peregrinos a pé com reserva antecipada)
14h00 – Acolhimento e recitação do rosário, na Capelinha das Aparições;
15h15 – Festa da Esperança, no Centro Pastoral Paulo VI;
16h45 – Celebração da eucaristia, na Basílica da Santíssima Trindade.
«A mísera e a misericórdia»
6 de abril de 2025 | 5.º Domingo da Quaresma
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Diante de Jesus a Lei e uma mulher. A Lei é clara: esta mulher, apanhada em flagrante delito de adultério, deve ser delapidada. Jesus não rejeita a Lei, mas entre o silencio, os gestos e as palavras desafia a colocarem-na em prática a começar por olharem as suas próprias vidas, antes de olhar a mulher e de a condenar. Escribas e fariseus acabam por se retirar, reconhecendo-se pecadores, a começar pelos mais velhos…
No meio, continua a mulher, e apenas Jesus com ele, que veio para salvar, não para condenar. A “mísera e a misericórdia” (Santo Agostinho). A sua lógica não é de morte mas de vida: pedindo à mulher para não voltar a pecar, dá-lhe nova oportunidade. Para Jesus, não é apenas uma adúltera, mas uma mulher capaz de ser outra coisa. Importa eliminar o pecado, não o pecador...
«”Vai e de agora em diante não tornes a pecar”. E assim Jesus abre diante dela um caminho novo, criado pela misericórdia, uma vereda que exige o seu compromisso de não voltar a pecar. Trata-se de um convite válido para cada um de nós: quando nos perdoa, Jesus abre-nos sempre um caminho novo para irmos em frente. Neste tempo de Quaresma, somos chamados a reconhecer-nos pecadores e a pedir perdão a Deus. E o perdão, por sua vez, enquanto nos reconcilia e nos concede a paz, leva-nos a recomeçar uma história renovada. Toda a verdadeira conversão visa um futuro novo, um caminho novo, uma vida boa, uma vida livre do pecado, uma vida generosa. Não tenhamos medo de pedir perdão a Jesus, porque Ele nos abre a porta para esta vida nova» (Papa Francisco).
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Diante de Jesus a Lei e uma mulher. A Lei é clara: esta mulher, apanhada em flagrante delito de adultério, deve ser delapidada. Jesus não rejeita a Lei, mas entre o silencio, os gestos e as palavras desafia a colocarem-na em prática a começar por olharem as suas próprias vidas, antes de olhar a mulher e de a condenar. Escribas e fariseus acabam por se retirar, reconhecendo-se pecadores, a começar pelos mais velhos…
No meio, continua a mulher, e apenas Jesus com ele, que veio para salvar, não para condenar. A “mísera e a misericórdia” (Santo Agostinho). A sua lógica não é de morte mas de vida: pedindo à mulher para não voltar a pecar, dá-lhe nova oportunidade. Para Jesus, não é apenas uma adúltera, mas uma mulher capaz de ser outra coisa. Importa eliminar o pecado, não o pecador...
«”Vai e de agora em diante não tornes a pecar”. E assim Jesus abre diante dela um caminho novo, criado pela misericórdia, uma vereda que exige o seu compromisso de não voltar a pecar. Trata-se de um convite válido para cada um de nós: quando nos perdoa, Jesus abre-nos sempre um caminho novo para irmos em frente. Neste tempo de Quaresma, somos chamados a reconhecer-nos pecadores e a pedir perdão a Deus. E o perdão, por sua vez, enquanto nos reconcilia e nos concede a paz, leva-nos a recomeçar uma história renovada. Toda a verdadeira conversão visa um futuro novo, um caminho novo, uma vida boa, uma vida livre do pecado, uma vida generosa. Não tenhamos medo de pedir perdão a Jesus, porque Ele nos abre a porta para esta vida nova» (Papa Francisco).
terça-feira, 1 de abril de 2025
100 anos da Paróquia da Calvaria
Exposição do Centenário da Criação da Paróquia
Durante o mês de abril, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico da paróquia da Calvaria. Este mês é dedicado ao Casal do Relvas, estando patente uma imagem de São Sebastião, Padroeiro do lugar, o Missal que foi usado desde o início do culto na Capela (a Edição é de 1942, e a inauguração da Capela de 1944), numa caixa-estante de madeira que contém a Bíblia Pastoral ilustrada por Gustave Doré, oferta à paróquia de uma pessoa do lugar.
A Paróquia da Calvaria tem a particularidade de pertencer a duas freguesias civis, e dois concelhos: grande parte do seu território é toda a freguesia da Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós; mas toda a zona de Calvaria de Baixo e até ao Casal do Relvas é freguesia e concelho da Batalha. Nesta área da paróquia há apenas uma igreja ao culto, no lugar do Casal do Relvas que, na porta principal, exibe a data de 1944.
A iniciativa da construção terá pertencido a Manuel da Conceição Cardoso e a Alfredo dos Santos Cardoso. E, estando em tempo de Guerra, terá sido escolhido para orago este Santo que é o protetor contra a guerra, a fome e a peste. Começou por construir-se um nicho dedicado ao Santo, pelo ano de 1940, seguindo-se o início das obras da Capela em 1941.
O Padre João Gomes Menitra requer a sua abertura ao culto a 16 de setembro de 1944:
Em setembro de 1944 foi a Capela inaugurada e iniciado aí o culto. Cada ano, próximo de 20 de janeiro, continua a celebrar o seu Padroeiro.
O Casal do Relvas continua atualmente em grande desenvolvimento e crescimento populacional.
Durante o mês de abril, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico da paróquia da Calvaria. Este mês é dedicado ao Casal do Relvas, estando patente uma imagem de São Sebastião, Padroeiro do lugar, o Missal que foi usado desde o início do culto na Capela (a Edição é de 1942, e a inauguração da Capela de 1944), numa caixa-estante de madeira que contém a Bíblia Pastoral ilustrada por Gustave Doré, oferta à paróquia de uma pessoa do lugar.
A Paróquia da Calvaria tem a particularidade de pertencer a duas freguesias civis, e dois concelhos: grande parte do seu território é toda a freguesia da Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós; mas toda a zona de Calvaria de Baixo e até ao Casal do Relvas é freguesia e concelho da Batalha. Nesta área da paróquia há apenas uma igreja ao culto, no lugar do Casal do Relvas que, na porta principal, exibe a data de 1944.
A iniciativa da construção terá pertencido a Manuel da Conceição Cardoso e a Alfredo dos Santos Cardoso. E, estando em tempo de Guerra, terá sido escolhido para orago este Santo que é o protetor contra a guerra, a fome e a peste. Começou por construir-se um nicho dedicado ao Santo, pelo ano de 1940, seguindo-se o início das obras da Capela em 1941.
O Padre João Gomes Menitra requer a sua abertura ao culto a 16 de setembro de 1944:
«Tendo sido construída uma capela no lugar do Casal do Relvas, freguesia da Calvaria, cujo orago é o Mártir São Sebastião, e tendo-se a Comissão da capela obrigado a adquirir as alfaias necessárias para o culto, mui respeitosamente pede a V. Ex.cia Rev.ma se digne autorizar a bênção da respetiva capela.»
Citado em: David Simões Rodrigues, Calvaria. A terra e o povo. Ed. Autor, p. 176
Em setembro de 1944 foi a Capela inaugurada e iniciado aí o culto. Cada ano, próximo de 20 de janeiro, continua a celebrar o seu Padroeiro.
O Casal do Relvas continua atualmente em grande desenvolvimento e crescimento populacional.
sexta-feira, 28 de março de 2025
A festa da misericórdia
30 de março de 2025 | 4.º Domingo da Quaresma
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos» (Lc 15, 20).
Assim nos leva o Evangelho ao coração da parábola onde se apresenta o comportamento do pai quando vê regressar o seu filho: comovido até às entranhas, não espera que ele chegue a casa, mas surpreende-o correndo ao seu encontro. Um filho ansiosamente esperado. Um pai comovido ao vê-lo regressar.
Mas não foi a única vez que o pai correu. A sua alegria seria incompleta sem a presença do outro filho. Por isso, sai também ao seu encontro, para convidá-lo a tomar parte na festa (cf. 15, 28). Contudo o filho mais velho parece não gostar das festas de boas-vindas, custava-lhe suportar a alegria do pai, não reconhece o regresso do seu irmão: «esse teu filho» (15, 30) – dizia. Para ele, o irmão continua perdido, porque já o perdera no seu coração. (...)
A parábola do Evangelho deixa aberto o final. Vemos o pai rogar ao filho mais velho que entre e participe na festa da misericórdia; mas o evangelista nada diz acerca da decisão que ele tomou. Ter-se-á associado à festa? Podemos pensar que este final aberto sirva para cada comunidade, cada um de nós o escrever com a sua vida, o seu olhar e atitude para com os outros. O cristão sabe que, na casa do Pai, há muitas moradas; de fora, ficam apenas aqueles que não querem tomar parte na sua alegria.
Papa Francisco, 31 de março de 2019 (aqui)
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos» (Lc 15, 20).
Assim nos leva o Evangelho ao coração da parábola onde se apresenta o comportamento do pai quando vê regressar o seu filho: comovido até às entranhas, não espera que ele chegue a casa, mas surpreende-o correndo ao seu encontro. Um filho ansiosamente esperado. Um pai comovido ao vê-lo regressar.
Mas não foi a única vez que o pai correu. A sua alegria seria incompleta sem a presença do outro filho. Por isso, sai também ao seu encontro, para convidá-lo a tomar parte na festa (cf. 15, 28). Contudo o filho mais velho parece não gostar das festas de boas-vindas, custava-lhe suportar a alegria do pai, não reconhece o regresso do seu irmão: «esse teu filho» (15, 30) – dizia. Para ele, o irmão continua perdido, porque já o perdera no seu coração. (...)
A parábola do Evangelho deixa aberto o final. Vemos o pai rogar ao filho mais velho que entre e participe na festa da misericórdia; mas o evangelista nada diz acerca da decisão que ele tomou. Ter-se-á associado à festa? Podemos pensar que este final aberto sirva para cada comunidade, cada um de nós o escrever com a sua vida, o seu olhar e atitude para com os outros. O cristão sabe que, na casa do Pai, há muitas moradas; de fora, ficam apenas aqueles que não querem tomar parte na sua alegria.
Papa Francisco, 31 de março de 2019 (aqui)
Crianças do 3º Catecismo celebram o Perdão
As crianças do 3.º Catecismo da paróquia da Calvaria celebraram, pela primeira vez, no sábado, dia 22 de março, o sacramento da Reconciliação. A "Festa do Perdão" começou com a visualização da parábola do «Filho Pródigo», que é sobretudo a história do Pai cheio de amor no seu coração, sempre à espera e pronto para acolher o filho que partiu, mas também aquele que ficou em casa. É da alegria de podermos estar com o Pai que se trata: tudo parte do Batismo, quando Ele nos perdoa todo o nosso pecado e faz de nós seus filhos. Por isso, também a celebração passa pela Pia Batismal, pelo Círio Pascal, pela veste branca simbolizada no lenço do 3.º Catecismo onde se fala dessa felicidade: «Sou de Cristo, sou feliz».
Após a celebração individual do sacramento, cada criança pintou um desenho onde se recordou a parábola que é também aprofundada na catequese e, em conjunto, demos graças a Deus pelo grande amor, e tão grande misericórdia de Deus que quer reconciliar-nos com Ele, para que o nosso coração bata ao ritmo do seu!
Após a celebração individual do sacramento, cada criança pintou um desenho onde se recordou a parábola que é também aprofundada na catequese e, em conjunto, demos graças a Deus pelo grande amor, e tão grande misericórdia de Deus que quer reconciliar-nos com Ele, para que o nosso coração bata ao ritmo do seu!
sexta-feira, 21 de março de 2025
28 e 29 de março: «24 horas para o Senhor»
As “24 horas para o Senhor” decorrem, como habitualmente, de sexta para sábado da 3.ª semana da Quaresma, dias 28 e 29 de março. Com esta proposta, o Papa Francisco convida toda a Igreja a um tempo de adoração e de reconciliação. Este ano, lançamos de novo o desafio de que se faça adoração durante toda a noite: para isso, está disponível, na igreja paroquial, um horário no qual pedimos que os voluntários se inscrevam para garantir uma presença constante na igreja paroquial entre as 0h00 e as 9h00 do dia 29. Nos restantes horários será pedida a presença de grupos organizados.
O Pároco, sempre que possível, estará disponível para o diálogo e confissões durante o tempo de adoração dos grupos.
O programa previsto para as "24 horas para o Senhor", na igreja paroquial da Calvaria, é o seguinte:
Sexta-feira, 28 de março:
18:30 - Confissões
19:00 - Missa e Exposição Santíssimo
19:30 - Grupos Adolescência de São Jorge
20:30 - 7.º ano Catequese (Calvaria)
21:30 - 8.º ano Catequese (Calvaria)
22:30 - 9.º e 10.º Catequese (Calvaria) e Jovens
Sábado, 29 de março:
00:00 às 09:00 - Adoração noturna
09:00 - 5.º ano Catequese (Calvaria)
09:50 - Recolha do Santíssimo
10:00 - Missa e Exposição Santíssimo
10:30 - 6.º ano Catequese (Calvaria, grupo 1)
11:30 - 4.º ano Catequese
12:30 - Idosos e doentes, com a Conferência São Vicente de Paulo
13:30 - Oração Mariana (Rosário)
14:00 - 1.º ano Catequese
14:45 - 2.º ano Catequese
15:30 - 3.º ano Catequese
16:15 - 6.º ano Catequese (Calvaria, grupo 2)
17:00 - 5.º ano Catequese (São Jorge)
17:45 - Encontro do Retiro Popular (tema 3)
18:30 - Bênção Santíssimo
O Pároco, sempre que possível, estará disponível para o diálogo e confissões durante o tempo de adoração dos grupos.
O programa previsto para as "24 horas para o Senhor", na igreja paroquial da Calvaria, é o seguinte:
Sexta-feira, 28 de março:
18:30 - Confissões
19:00 - Missa e Exposição Santíssimo
19:30 - Grupos Adolescência de São Jorge
20:30 - 7.º ano Catequese (Calvaria)
21:30 - 8.º ano Catequese (Calvaria)
22:30 - 9.º e 10.º Catequese (Calvaria) e Jovens
Sábado, 29 de março:
00:00 às 09:00 - Adoração noturna
09:00 - 5.º ano Catequese (Calvaria)
09:50 - Recolha do Santíssimo
10:00 - Missa e Exposição Santíssimo
10:30 - 6.º ano Catequese (Calvaria, grupo 1)
11:30 - 4.º ano Catequese
12:30 - Idosos e doentes, com a Conferência São Vicente de Paulo
13:30 - Oração Mariana (Rosário)
14:00 - 1.º ano Catequese
14:45 - 2.º ano Catequese
15:30 - 3.º ano Catequese
16:15 - 6.º ano Catequese (Calvaria, grupo 2)
17:00 - 5.º ano Catequese (São Jorge)
17:45 - Encontro do Retiro Popular (tema 3)
18:30 - Bênção Santíssimo
Abrir o coração à vinda do Senhor
23 de março de 2025 | 3.º Domingo da Quaresma
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Na mentalidade judaica, no tempo de Jesus, as doenças e enfermidades eram consequências de um pecado. O Evangelho de hoje confirma esta mentalidade por parte dos discípulos. Mas a morte dos Galileus, diz Jesus, massacrados por ordem de Pilatos, não significa que eles tenham merecido tal destino em razão dos seus pecados. Esta infelicidade tem a ver com a responsabilidade dos homens que são capazes de se matarem.
A atualidade apresenta-nos todos os dias situações de vítimas inocentes de atentados e violências, por causa do ódio dos homens. Mas há outras causas dos acidentes, dos sofrimentos de todas as espécies, como aqueles que morrerem por causa da queda da torre de Siloé. Não há ligação entre a morte das vítimas e a sua vida moral, diz Jesus no Evangelho.
Mas Jesus aproveita para lançar um apelo à conversão. Diante de tantas situações dramáticas que atingem o ser humano, somos convidados a uma maior vigilância sobre nós mesmos. Devem ser uma ocasião para pensarmos na nossa condição humana que terminará, naturalmente, na morte. Recordar a nossa fragilidade deve levar-nos a voltar o nosso ser para Aquele que pode dar verdadeiro sentido à nossa vida. Não se trata de procurar culpabilidades, mas de abrir o nosso coração à vinda do Senhor. Não nos devemos desencorajar diante das nossas esterilidades (como a figueira da parábola), pois Deus é infinitamente paciente para connosco. Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho. Ele não quer punir-nos. Ele quer é fazer-nos viver!
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Na mentalidade judaica, no tempo de Jesus, as doenças e enfermidades eram consequências de um pecado. O Evangelho de hoje confirma esta mentalidade por parte dos discípulos. Mas a morte dos Galileus, diz Jesus, massacrados por ordem de Pilatos, não significa que eles tenham merecido tal destino em razão dos seus pecados. Esta infelicidade tem a ver com a responsabilidade dos homens que são capazes de se matarem.
A atualidade apresenta-nos todos os dias situações de vítimas inocentes de atentados e violências, por causa do ódio dos homens. Mas há outras causas dos acidentes, dos sofrimentos de todas as espécies, como aqueles que morrerem por causa da queda da torre de Siloé. Não há ligação entre a morte das vítimas e a sua vida moral, diz Jesus no Evangelho.
Mas Jesus aproveita para lançar um apelo à conversão. Diante de tantas situações dramáticas que atingem o ser humano, somos convidados a uma maior vigilância sobre nós mesmos. Devem ser uma ocasião para pensarmos na nossa condição humana que terminará, naturalmente, na morte. Recordar a nossa fragilidade deve levar-nos a voltar o nosso ser para Aquele que pode dar verdadeiro sentido à nossa vida. Não se trata de procurar culpabilidades, mas de abrir o nosso coração à vinda do Senhor. Não nos devemos desencorajar diante das nossas esterilidades (como a figueira da parábola), pois Deus é infinitamente paciente para connosco. Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho. Ele não quer punir-nos. Ele quer é fazer-nos viver!
sexta-feira, 14 de março de 2025
Escutar e deixar-se transfigurar na luz de Jesus
16 de março de 2025 | 2.º Domingo da Quaresma
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
O relato da transfiguração de Jesus, mais do que uma crónica de acontecimentos, é uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que, através da cruz, concretiza um projeto de vida.
O episódio está cheio de referências ao Antigo Testamento: o “monte” situa-nos num contexto de revelação (é “no monte” que Deus se revela e faz aliança); a “mudança” do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai; a nuvem indica a presença de Deus conduzindo o seu Povo através do deserto. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus, e que permitem entender Jesus) e falam com Jesus sobre a sua “morte” (“exodon” – “partida”, o seu êxodo) que ia dar-se em Jerusalém.
A mensagem fundamental é, portanto, esta: Jesus é o Filho amado de Deus, através de quem o Pai oferece aos homens uma proposta de aliança e de libertação definitiva que se dará na cruz, quando Jesus cumprir integralmente o seu destino de entrega, de doação de si mesmo, de amor total.
O “sono” dos discípulos é também ele simbólico: “dormem” porque não querem entender que a “glória” do Messias tenha de passar pela experiência da cruz e da entrega da vida; “dormem” também porque a presença de Deus sempre nos lança para um tempo e um espaço que ultrapassam a nossa realidade… A construção das “tendas” parece significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Mas é preciso descer do monte, voltar à vida, ao caminho que conduz a Jerusalém. A cruz está aí. Mas é também aí o lugar da ressurreição.
É este Filho, o Eleito, que é preciso escutar para que também o nosso caminho seja transfigurado, e a cruz, com e como Ele, se torne lugar de vida, de entrega de nós mesmo, de dom acolhido e partilhado.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
O relato da transfiguração de Jesus, mais do que uma crónica de acontecimentos, é uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que, através da cruz, concretiza um projeto de vida.
O episódio está cheio de referências ao Antigo Testamento: o “monte” situa-nos num contexto de revelação (é “no monte” que Deus se revela e faz aliança); a “mudança” do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai; a nuvem indica a presença de Deus conduzindo o seu Povo através do deserto. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus, e que permitem entender Jesus) e falam com Jesus sobre a sua “morte” (“exodon” – “partida”, o seu êxodo) que ia dar-se em Jerusalém.
A mensagem fundamental é, portanto, esta: Jesus é o Filho amado de Deus, através de quem o Pai oferece aos homens uma proposta de aliança e de libertação definitiva que se dará na cruz, quando Jesus cumprir integralmente o seu destino de entrega, de doação de si mesmo, de amor total.
O “sono” dos discípulos é também ele simbólico: “dormem” porque não querem entender que a “glória” do Messias tenha de passar pela experiência da cruz e da entrega da vida; “dormem” também porque a presença de Deus sempre nos lança para um tempo e um espaço que ultrapassam a nossa realidade… A construção das “tendas” parece significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Mas é preciso descer do monte, voltar à vida, ao caminho que conduz a Jerusalém. A cruz está aí. Mas é também aí o lugar da ressurreição.
É este Filho, o Eleito, que é preciso escutar para que também o nosso caminho seja transfigurado, e a cruz, com e como Ele, se torne lugar de vida, de entrega de nós mesmo, de dom acolhido e partilhado.
quarta-feira, 12 de março de 2025
100 anos da Paróquia da Calvaria
Exposição do Centenário da Criação da Paróquia
Durante o mês de março, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico da paróquia da Calvaria. Pode visitar-se o registo do primeiro Batismo, estando também em exposição os restantes Livros de Registos Paroquiais de 1925, de casamentos e de óbitos.
Para além destes objetos históricos, a referência à Pia Batismal que voltou a ser usada após o tempo em que os Batismos foram celebrados numa “capela” ao fundo da igreja, mas que é a original onde nasceram para a vida dos Filhos de Deus grande parte dos que ao logo deste centenário aqui foram batizados.
Alguns dias após a sua criação, realiza-se o primeiro Batismo da nova Paróquia da Calvaria, a 22 de fevereiro de 1925. A primeira criança a ser batizada foi uma menina, Francelina da Piedade de Sousa Aguiar, do Casal do Relvas, nascida a 25 de julho de 1924, filha de Artur Pereira de Aguiar e de Emília de Jesus Moita, pelo Pe. Manuel Carreira Poças. À margem do registo, anotou o Pe. Menitra o casamento da Francelina a 8 de setembro de 1946.
A pia batismal é a mesma que continua atualmente em uso na igreja paroquial. Voltou a ser usada após o tempo em que os batismos se realizavam na “Capela Batismal” à entrada da igreja paroquial, onde agora está uma pequena sala para a paramentação.
Mas este não foi o primeiro registo da nova Paróquia. A 18 de fevereiro desse mesmo ano, realizava-se o primeiro casamento: Amílcar Carreira e Francisca Pereira, ele da Calvaria, ela da Calvaria de Baixo. E ainda antes do primeiro batismo, a 21 de fevereiro foram dois os casais a contrair matrimónio: Manuel Jorge e Elvira Gomes, ambos da Calvaria, e Francisco Ricardo e Luiza Rosália, também ambos desta freguesia.
O primeiro óbito registado é a 18 de março de 1925, de João Ferreira Louro, da Calvaria de Baixo, que faleceu com 92 anos de idade.
52 batismos, 9 casamentos, 21 óbitos, foram os registados nesse primeiro ano na Paróquia da Calvaria.
Ao longo dos 100 anos de história da Paróquia da Calvaria foram registados, nos livros paroquiais, 3886 batismos, 1212 casamentos e 2338 óbitos.
Durante o mês de março, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico da paróquia da Calvaria. Pode visitar-se o registo do primeiro Batismo, estando também em exposição os restantes Livros de Registos Paroquiais de 1925, de casamentos e de óbitos.
Para além destes objetos históricos, a referência à Pia Batismal que voltou a ser usada após o tempo em que os Batismos foram celebrados numa “capela” ao fundo da igreja, mas que é a original onde nasceram para a vida dos Filhos de Deus grande parte dos que ao logo deste centenário aqui foram batizados.
Alguns dias após a sua criação, realiza-se o primeiro Batismo da nova Paróquia da Calvaria, a 22 de fevereiro de 1925. A primeira criança a ser batizada foi uma menina, Francelina da Piedade de Sousa Aguiar, do Casal do Relvas, nascida a 25 de julho de 1924, filha de Artur Pereira de Aguiar e de Emília de Jesus Moita, pelo Pe. Manuel Carreira Poças. À margem do registo, anotou o Pe. Menitra o casamento da Francelina a 8 de setembro de 1946.
A pia batismal é a mesma que continua atualmente em uso na igreja paroquial. Voltou a ser usada após o tempo em que os batismos se realizavam na “Capela Batismal” à entrada da igreja paroquial, onde agora está uma pequena sala para a paramentação.
Mas este não foi o primeiro registo da nova Paróquia. A 18 de fevereiro desse mesmo ano, realizava-se o primeiro casamento: Amílcar Carreira e Francisca Pereira, ele da Calvaria, ela da Calvaria de Baixo. E ainda antes do primeiro batismo, a 21 de fevereiro foram dois os casais a contrair matrimónio: Manuel Jorge e Elvira Gomes, ambos da Calvaria, e Francisco Ricardo e Luiza Rosália, também ambos desta freguesia.
O primeiro óbito registado é a 18 de março de 1925, de João Ferreira Louro, da Calvaria de Baixo, que faleceu com 92 anos de idade.
52 batismos, 9 casamentos, 21 óbitos, foram os registados nesse primeiro ano na Paróquia da Calvaria.
Ao longo dos 100 anos de história da Paróquia da Calvaria foram registados, nos livros paroquiais, 3886 batismos, 1212 casamentos e 2338 óbitos.
sexta-feira, 7 de março de 2025
As tentações e as opções de Jesus
1.º Domingo da Quaresma | 9 de março de 2025
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Jesus não está só no deserto: Ele está com o Pai. E Lucas refere que o Espírito Santo O acompanha. O tentador é forte, apanha Jesus nos seus próprios terrenos. Se Ele é Filho de Deus, é o Criador, a Palavra que tudo criou, então pode mudar as pedras em pão... Jesus recorda-lhe que o verdadeiro alimento é a Palavra de Deus. Se Jesus é Aquele que veio instaurar um Reino novo, então tem necessidade de poder. Mas Jesus não tomará o poder pela força: o seu Reino é precisamente o de seu Pai, e só Ele merece ser adorado. Se Jesus é o Filho de Deus, pode manifestar a sua divindade através de prodígios que ultrapassam os homens. Mas Jesus veio revelar o verdadeiro rosto de Deus, cujo único poder é a força do amor. Qualquer outra imagem é uma caricatura, um ídolo. Pedir-lhe que não seja senão amor, é pô-l’O à prova, é uma tentação.
Com o Espírito Santo, Jesus resiste às tentações. E será sempre o grande vencedor sobre o Maligno. O Evangelho põe-nos diante das grandes opções de Jesus: Ele recusou um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espetaculares, mas por uma proposta de vida em simplicidade e amor.
É claro que é também esse o caminho sugerido aos discípulos que O seguem, nos desertos de hoje.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Jesus não está só no deserto: Ele está com o Pai. E Lucas refere que o Espírito Santo O acompanha. O tentador é forte, apanha Jesus nos seus próprios terrenos. Se Ele é Filho de Deus, é o Criador, a Palavra que tudo criou, então pode mudar as pedras em pão... Jesus recorda-lhe que o verdadeiro alimento é a Palavra de Deus. Se Jesus é Aquele que veio instaurar um Reino novo, então tem necessidade de poder. Mas Jesus não tomará o poder pela força: o seu Reino é precisamente o de seu Pai, e só Ele merece ser adorado. Se Jesus é o Filho de Deus, pode manifestar a sua divindade através de prodígios que ultrapassam os homens. Mas Jesus veio revelar o verdadeiro rosto de Deus, cujo único poder é a força do amor. Qualquer outra imagem é uma caricatura, um ídolo. Pedir-lhe que não seja senão amor, é pô-l’O à prova, é uma tentação.
Com o Espírito Santo, Jesus resiste às tentações. E será sempre o grande vencedor sobre o Maligno. O Evangelho põe-nos diante das grandes opções de Jesus: Ele recusou um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espetaculares, mas por uma proposta de vida em simplicidade e amor.
É claro que é também esse o caminho sugerido aos discípulos que O seguem, nos desertos de hoje.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
De que está cheio o nosso coração?
2 de março de 2025 | 8.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Aquilo que nos enche o coração, de que falamos e que testemunhamos em ações, na vida de cada dia, é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e os nossos critérios?...
O Evangelho deste domingo ajuda-nos a ter presentes os critérios para discernir quando estamos a manifestar em nós a ação de Deus.
O cristão, que o procura ser de verdade, é aquele que deixa transparecer, nas suas palavras e na sua vida, a proposta de Jesus, e isso manifesta-se em frutos de comunhão, união, fraternidade, amor. Só iluminados pela luz de Jesus teremos a capacidade para ajudar outros a encontrar a Verdade e a Vida que Ele é: por isso, a necessidade de sempre nos deixarmos purificar, tirar as traves que ofuscam o nosso olhar, e deixar que em nós frutifiquem os frutos do Espírito.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Aquilo que nos enche o coração, de que falamos e que testemunhamos em ações, na vida de cada dia, é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e os nossos critérios?...
O Evangelho deste domingo ajuda-nos a ter presentes os critérios para discernir quando estamos a manifestar em nós a ação de Deus.
O cristão, que o procura ser de verdade, é aquele que deixa transparecer, nas suas palavras e na sua vida, a proposta de Jesus, e isso manifesta-se em frutos de comunhão, união, fraternidade, amor. Só iluminados pela luz de Jesus teremos a capacidade para ajudar outros a encontrar a Verdade e a Vida que Ele é: por isso, a necessidade de sempre nos deixarmos purificar, tirar as traves que ofuscam o nosso olhar, e deixar que em nós frutifiquem os frutos do Espírito.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Ser à imagem de Deus
7.º Domingo do Tempo Comum | 23 de fevereiro de 2025
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Jesus não dá lições de filantropia, mas convida os seus interlocutores a erguer os olhos para Deus seu Pai, a fim de se tornarem semelhantes a Ele. Porque Deus é bom para com os ingratos e os maus, o homem deve procurar ser bom para com todos. Porque Deus é misericordioso, o homem é convidado a perdoar. Não é uma lição de moral, mas fundamentalmente um ato de fé do qual decorre um conjunto de comportamentos.
Jesus, o Filho de Deus Altíssimo, veio tirar o homem de tudo aquilo que o pode afastar da semelhança com Deus, o pecado. Jesus é a perfeita imagem de Deus. Dirá mesmo: “Quem Me viu, viu o Pai”. As suas palavras são palavra de Deus, os seus gestos são gestos de Deus. O desafio está em procurarmos ser semelhantes a Jesus, ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Jesus não dá lições de filantropia, mas convida os seus interlocutores a erguer os olhos para Deus seu Pai, a fim de se tornarem semelhantes a Ele. Porque Deus é bom para com os ingratos e os maus, o homem deve procurar ser bom para com todos. Porque Deus é misericordioso, o homem é convidado a perdoar. Não é uma lição de moral, mas fundamentalmente um ato de fé do qual decorre um conjunto de comportamentos.
Jesus, o Filho de Deus Altíssimo, veio tirar o homem de tudo aquilo que o pode afastar da semelhança com Deus, o pecado. Jesus é a perfeita imagem de Deus. Dirá mesmo: “Quem Me viu, viu o Pai”. As suas palavras são palavra de Deus, os seus gestos são gestos de Deus. O desafio está em procurarmos ser semelhantes a Jesus, ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito.
sábado, 15 de fevereiro de 2025
Centenário da Paróquia e da Freguesia
Os dias 7 a 9 de fevereiro, foram de festa: após a celebração do dia Centenário da Criação da Paróquia, a 4 de fevereiro, o fim-de-semana seguinte foi vivido em festa pela centenário da Freguesia da Calvaria de Cima e da Paróquia da Calvaria. No domingo, a Eucaristia foi presidida pelo Bispo diocesano, D. José Ornelas Carvalho, e contou com a presença dos dois sacerdotes naturais desta Paróquia, o Mons. Luciano Guerra e o Pe. Cristiano Saraiva, além do Pároco, Pe. José Henrique Pedrosa.
A tenda, montada para as celebrações no Eco Parque Verde, foi pequena para todas as pessoas que quiseram estar presentes, não apenas para a celebração, mas também para a sessão de homenagem que se seguiu. A celebração foi animada pelo coro dos jovens «Agnidei», a que se juntaram antigos membros, e outros que colaboraram com as suas vozes e instrumentos. No início, o Sr. Alfredo Cardoso, representando o Conselho Económico, apresentou um enquadramento no contexto deste centenário. O Sr. Bispo salientou a importância deste momento para a vida da comunidade, felicitando a todos pela participação na vida da comunidade humana e cristã.
No final da Eucaristia, já com a presença do Secretário de Estado do Ambiente, houve a inauguração e bênção, pelo Sr. Bispo, do Eco Parque Verde que fica agora à disposição de toda a comunidade.
Ficam AQUI algumas fotos desse dia (retiradas da página da Junta de Freguesia da Calvaria de Cima).
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
Quem é ou não bem-aventurado?
16 de fevereiro de 2025 | 6.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
São Lucas inicia este “discurso da planície” com quatro bem-aventuranças. Os destinatários destas bem-aventuranças são os pobres, os que têm fome, os que choram, os que são perseguidos.
A palavra usada por Lucas define uma classe de pessoas privadas de bens e à mercê da prepotência e da violência dos ricos e dos poderosos. São os desprotegidos e explorados, os pequenos e sem voz, as vítimas da injustiça, que com frequência são privados dos seus direitos e da sua dignidade pela arbitrariedade dos poderosos. Serão eles, precisamente, os primeiros destinatários da salvação de Deus, porque estão numa situação intolerável de debilidade, e Deus, na sua bondade, quer derramar sobre eles a sua misericórdia, a sua salvação, o seu amor. A salvação de Deus dirige-se prioritariamente a estes porque eles, na sua simplicidade, humildade, disponibilidade e despojamento, estão mais abertos para acolher a proposta que Deus lhes faz em Jesus.
As bem-aventuranças manifestam o que Jesus já havia dito no início da sua atividade na sinagoga de Nazaré: Ele é enviado pelo Pai ao mundo, com a missão de libertar os oprimidos. Aos pequenos, aos privados de direitos e de dignidade, aos simples e humildes, Jesus diz que Deus os ama de uma forma especial e que quer oferecer-lhes a vida e a liberdade plenas. Por isso eles são “bem-aventurados”.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
São Lucas inicia este “discurso da planície” com quatro bem-aventuranças. Os destinatários destas bem-aventuranças são os pobres, os que têm fome, os que choram, os que são perseguidos.
A palavra usada por Lucas define uma classe de pessoas privadas de bens e à mercê da prepotência e da violência dos ricos e dos poderosos. São os desprotegidos e explorados, os pequenos e sem voz, as vítimas da injustiça, que com frequência são privados dos seus direitos e da sua dignidade pela arbitrariedade dos poderosos. Serão eles, precisamente, os primeiros destinatários da salvação de Deus, porque estão numa situação intolerável de debilidade, e Deus, na sua bondade, quer derramar sobre eles a sua misericórdia, a sua salvação, o seu amor. A salvação de Deus dirige-se prioritariamente a estes porque eles, na sua simplicidade, humildade, disponibilidade e despojamento, estão mais abertos para acolher a proposta que Deus lhes faz em Jesus.
As bem-aventuranças manifestam o que Jesus já havia dito no início da sua atividade na sinagoga de Nazaré: Ele é enviado pelo Pai ao mundo, com a missão de libertar os oprimidos. Aos pequenos, aos privados de direitos e de dignidade, aos simples e humildes, Jesus diz que Deus os ama de uma forma especial e que quer oferecer-lhes a vida e a liberdade plenas. Por isso eles são “bem-aventurados”.
sábado, 8 de fevereiro de 2025
Centenário assinalado com Concerto Coral
A noite do centenário da Paróquia foi assinalado, na igreja paroquial da Calvaria, com a celebração da Eucaristia, em Ação de Graças, e um concerto com o Coral Vila Forte, de Porto de Mós.
Palavra inicial de apresentação do Concerto:
Há 100 anos, a 4 de fevereiro de 1925, o Padre João Quaresma, Governador do Bispado, na ausência de D. José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria, assinou, em seu nome, a Provisão que declarava a ereção canónica duma nova paróquia eclesiástica com sede na Calvaria de Cima.
É para assinar este marco tão significativo que, nesta noite, aqui nos reunimos. Damos as boas vindas a todos e cada um de vós, e agradecemos a presença das entidades que nos acompanham, assim como dos representantes das diversas associações e coletividades desta comunidade.
Assinalar esta data é fazer memória. Memória de tantos que, antes de 1925, e após essa data, tornaram possível a nossa comunidade humana e de fé. Mas a memória não nos faz apenas olhar o passado: ela é também o que nos permite dizer a nossa identidade do presente e olhar com esperança para o amanhã.
Antes da sua criação, a área da Paróquia da Calvaria fazia parte das freguesias de São Pedro e de São João de Porto de Mós, e da Batalha. Um dos mais antigos vestígios da presença cristã nesta zona é a capela de São Paio, de que restam as ruínas, que remonta ao século XII.
Mas o acontecimento mais marcante ocorrido no território da atual Paróquia ficou assinalado na capela de São Jorge: a Batalha Real de Aljubarrota. A capela foi mandada erigir por Nuno Álvares Pereira e pelo Mestre de Avis, nas imediações do local onde se travou, ao cair da tarde de 14 de agosto de 1385, a Batalha de Aljubarrota.
Com o crescimento da população na zona da Calvaria, e o estabelecimento da família raiz Carnides e Torreira de Sousa, foi construída, em 1612, uma capela dedicada a Santa Catarina. Demolida em 1722, deu lugar a uma nova Capela, dedicada a Santa Marta.
A 7 de dezembro de 1922, uma grande comissão de calvarienses desloca-se a Leiria a pedir ao Sr. D. José Alves Correia da Silva para lhes conceder a graça da criação de uma nova freguesia, com sede paroquial na sua capela de Santa Marta, na Calvaria de Cima, a desmembrar da freguesia de Porto de Mós e da Batalha, das quais desejavam ser autónomos pela muita distância das vilas onde se situavam as igrejas matriz. A dita comissão era encabeçada pelo Dr. Joaquim Maria Torreira de Sousa, da Quinta Carnides, o qual apresentou a aspiração do povo. No mesmo momento, pediram também a permanente conservação do Santíssimo Sacramento na mesma capela. «Foram carinhosamente recebidos por Sua Ex.cia Reverendíssima que lhes prometeu atender ao seu pedido logo que conseguissem a criação da freguesia civil» (Livro de Memórias da Capela da Calvaria n.º 1, de 1922, 1 e 2).
Durante o ano de 1923, tiveram lugar várias reuniões e movimentações para levar a bom termo a criação da paróquia e freguesia da Calvaria de Cima que culminou num referendo: «No dia cinco de agosto de mil novecentos e vinte e três teve lugar a eleição para o referendo, a qual se efetuou pelas dez horas da manhã na escola oficial deste lugar (…), comparecendo todos os eleitores e muitos mais homens, rapazes e crianças que, com a sua presença quiseram honrar esta assembleia que pela primeira vez se realizou nesta localidade, que correu na melhor ordem, e sem a menor nota de discrepância. Terminada a votação, que se fez com toda a legalidade, verificou-se que não houve nem um voto contra nem mesmo houve qualquer reclamação ou protesto verbal» (Idem, 5 e 6).
Por fim, criada a freguesia civil, o Bispo decretou a ereção canónica da Paróquia da Calvaria por Provisão de 4 de fevereiro de 1925, com sede em Calvaria de Cima, «necessária para o bem espiritual daqueles povos».
Palavra inicial de apresentação do Concerto:
Há 100 anos, a 4 de fevereiro de 1925, o Padre João Quaresma, Governador do Bispado, na ausência de D. José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria, assinou, em seu nome, a Provisão que declarava a ereção canónica duma nova paróquia eclesiástica com sede na Calvaria de Cima.
É para assinar este marco tão significativo que, nesta noite, aqui nos reunimos. Damos as boas vindas a todos e cada um de vós, e agradecemos a presença das entidades que nos acompanham, assim como dos representantes das diversas associações e coletividades desta comunidade.
Assinalar esta data é fazer memória. Memória de tantos que, antes de 1925, e após essa data, tornaram possível a nossa comunidade humana e de fé. Mas a memória não nos faz apenas olhar o passado: ela é também o que nos permite dizer a nossa identidade do presente e olhar com esperança para o amanhã.
Antes da sua criação, a área da Paróquia da Calvaria fazia parte das freguesias de São Pedro e de São João de Porto de Mós, e da Batalha. Um dos mais antigos vestígios da presença cristã nesta zona é a capela de São Paio, de que restam as ruínas, que remonta ao século XII.
Mas o acontecimento mais marcante ocorrido no território da atual Paróquia ficou assinalado na capela de São Jorge: a Batalha Real de Aljubarrota. A capela foi mandada erigir por Nuno Álvares Pereira e pelo Mestre de Avis, nas imediações do local onde se travou, ao cair da tarde de 14 de agosto de 1385, a Batalha de Aljubarrota.
Com o crescimento da população na zona da Calvaria, e o estabelecimento da família raiz Carnides e Torreira de Sousa, foi construída, em 1612, uma capela dedicada a Santa Catarina. Demolida em 1722, deu lugar a uma nova Capela, dedicada a Santa Marta.
A 7 de dezembro de 1922, uma grande comissão de calvarienses desloca-se a Leiria a pedir ao Sr. D. José Alves Correia da Silva para lhes conceder a graça da criação de uma nova freguesia, com sede paroquial na sua capela de Santa Marta, na Calvaria de Cima, a desmembrar da freguesia de Porto de Mós e da Batalha, das quais desejavam ser autónomos pela muita distância das vilas onde se situavam as igrejas matriz. A dita comissão era encabeçada pelo Dr. Joaquim Maria Torreira de Sousa, da Quinta Carnides, o qual apresentou a aspiração do povo. No mesmo momento, pediram também a permanente conservação do Santíssimo Sacramento na mesma capela. «Foram carinhosamente recebidos por Sua Ex.cia Reverendíssima que lhes prometeu atender ao seu pedido logo que conseguissem a criação da freguesia civil» (Livro de Memórias da Capela da Calvaria n.º 1, de 1922, 1 e 2).
Durante o ano de 1923, tiveram lugar várias reuniões e movimentações para levar a bom termo a criação da paróquia e freguesia da Calvaria de Cima que culminou num referendo: «No dia cinco de agosto de mil novecentos e vinte e três teve lugar a eleição para o referendo, a qual se efetuou pelas dez horas da manhã na escola oficial deste lugar (…), comparecendo todos os eleitores e muitos mais homens, rapazes e crianças que, com a sua presença quiseram honrar esta assembleia que pela primeira vez se realizou nesta localidade, que correu na melhor ordem, e sem a menor nota de discrepância. Terminada a votação, que se fez com toda a legalidade, verificou-se que não houve nem um voto contra nem mesmo houve qualquer reclamação ou protesto verbal» (Idem, 5 e 6).
Por fim, criada a freguesia civil, o Bispo decretou a ereção canónica da Paróquia da Calvaria por Provisão de 4 de fevereiro de 1925, com sede em Calvaria de Cima, «necessária para o bem espiritual daqueles povos».
O que dizemos quando nos dizemos cristãos?
6 de fevereiro de 2022 | 5º Domingo do tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
O texto do Evangelho de Lucas deste domingo, ao relatar o chamamento dos primeiros discípulos, é, de certa forma, um traçar de algumas das marcas significativas de todo o discípulo de Jesus, o cristão. Quando nos dizemos "cristãos", podemos encontrar neste texto algumas das notas que nos ajudam a avaliar a “verdade” desta afirmação.
Ser cristão é, em primeiro lugar, estar com Jesus “no mesmo barco”. É desse barco (que é um sinal da comunidade cristã, a barca da Igreja), que a Palavra de Jesus se dirige ao mundo, e com o seu ensinamento propõe a todos a libertação.
Ser cristão é, em segundo lugar, escutar a palavra de Jesus e fazer o que Ele diz, cumprir as suas indicações: lançar as redes ao mar mesmo quando não percebemos plenamente as suas propostas, e até nos possam parecer algo desadequadas.
Ser cristão é, em terceiro lugar, reconhecer Jesus como “o Senhor”: é o que faz Pedro, ao perceber como a proposta de Jesus, ao contrário do que ele imaginava, gera vida e fecundidade para todos.
Ser cristão é, em quarto lugar, aceitar a missão que Jesus nos confia: ser pescador de homens. A missão do cristão é continuar a obra libertadora de Jesus em favor de cada pessoa, libertando-a do mar da opressão, do egoísmo, do sofrimento, do medo.
Ser cristão é, finalmente, deixar tudo e seguir Jesus. A generosidade e o dom total devem ser sinais distintivos das comunidades e dos crentes que seguem Jesus.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
O texto do Evangelho de Lucas deste domingo, ao relatar o chamamento dos primeiros discípulos, é, de certa forma, um traçar de algumas das marcas significativas de todo o discípulo de Jesus, o cristão. Quando nos dizemos "cristãos", podemos encontrar neste texto algumas das notas que nos ajudam a avaliar a “verdade” desta afirmação.
Ser cristão é, em primeiro lugar, estar com Jesus “no mesmo barco”. É desse barco (que é um sinal da comunidade cristã, a barca da Igreja), que a Palavra de Jesus se dirige ao mundo, e com o seu ensinamento propõe a todos a libertação.
Ser cristão é, em segundo lugar, escutar a palavra de Jesus e fazer o que Ele diz, cumprir as suas indicações: lançar as redes ao mar mesmo quando não percebemos plenamente as suas propostas, e até nos possam parecer algo desadequadas.
Ser cristão é, em terceiro lugar, reconhecer Jesus como “o Senhor”: é o que faz Pedro, ao perceber como a proposta de Jesus, ao contrário do que ele imaginava, gera vida e fecundidade para todos.
Ser cristão é, em quarto lugar, aceitar a missão que Jesus nos confia: ser pescador de homens. A missão do cristão é continuar a obra libertadora de Jesus em favor de cada pessoa, libertando-a do mar da opressão, do egoísmo, do sofrimento, do medo.
Ser cristão é, finalmente, deixar tudo e seguir Jesus. A generosidade e o dom total devem ser sinais distintivos das comunidades e dos crentes que seguem Jesus.
sábado, 1 de fevereiro de 2025
100 anos da Paróquia da Calvaria
Exposição do Centenário da Criação da Paróquia
Durante o mês de fevereiro, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico que conduziu à criação da paróquia da Calvaria.
O Boletim da Diocese de Leiria, de abril de 1925, transcreve a Provisão pela qual se cria a Paróquia da Calvaria para que o povo destes lugares mais facilmente cumpra os seus deveres religiosos: é com o centro na vida cristã, e sobretudo na Eucaristia, que se cria a Paróquia. Memória desta centralidade da celebração da Eucaristia, num encontro de diferentes épocas, expõe-se o antigo Missal Romano, numa edição de 1808, ladeado de castiçais adquiridos já para a nova igreja, nos anos de 1960. Passado, presente e futuro encontram-se na presença eterna de Cristo na Eucaristia.
Provisão do Bispo Diocesano com data de 4 de fevereiro de 1925 cria a nova Paróquia da Calvaria
A 4 de fevereiro de 1925 é assinada pelo Pe. João Quaresma, «Governador do Bispado, na ausência do Ex.mo e Rev.mo Snr. D. José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria» a Provisão que declara a «ereção canónica duma nova paróquia eclesiástica com sede na Calvária de Cima»:
A notícia, no Boletim da Diocese de Leiria, em abril de 1925, diz:
Durante o mês de fevereiro, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico que conduziu à criação da paróquia da Calvaria.
O Boletim da Diocese de Leiria, de abril de 1925, transcreve a Provisão pela qual se cria a Paróquia da Calvaria para que o povo destes lugares mais facilmente cumpra os seus deveres religiosos: é com o centro na vida cristã, e sobretudo na Eucaristia, que se cria a Paróquia. Memória desta centralidade da celebração da Eucaristia, num encontro de diferentes épocas, expõe-se o antigo Missal Romano, numa edição de 1808, ladeado de castiçais adquiridos já para a nova igreja, nos anos de 1960. Passado, presente e futuro encontram-se na presença eterna de Cristo na Eucaristia.
Provisão do Bispo Diocesano com data de 4 de fevereiro de 1925 cria a nova Paróquia da Calvaria
A 4 de fevereiro de 1925 é assinada pelo Pe. João Quaresma, «Governador do Bispado, na ausência do Ex.mo e Rev.mo Snr. D. José Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria» a Provisão que declara a «ereção canónica duma nova paróquia eclesiástica com sede na Calvária de Cima»:
«...Havemos por bem: 1.º declarar canonicamente erecta a freguesia da Cavária; 2.º O orago da nova paróquia é Santa Marta; 3.º fica pertencente à vigararia de Alpedriz; 4.º a capela da Cavária fica sendo a igreja paroquial; 5.º os lugares da freguesia são os constantes na petição, a saber: Calvária de Cima, Casais de Além, Casal do Ruivo, Quinta de S. Paio, Lougarita, Chão da Feira, S. Jorge, Carvalhinho e Carqueijal, Casal de Matos, parte de S. Jorge, parte de Carqueijal, Cabeceiras, Calvária de Baixo, Casais de Além, Alto da Fonte, Casal do Relvas…»
Os povos da Calvária ansiavam, há muito tempo, pelo reconhecimento da sua independência, para mais facilmente cumprirem os seus deveres religiosos.Representaram ao Snr. Bispo de Leiria que melhor boa vontade os atendeu.Organizaram o processo e finalmente no dia 8 de Fevereiro viram os seus esforços e canceiras coroados de êxito.O Rev. Vigário da Vara de Pôrto de Mós durante os dias 5, 6 e 7 permaneceu no meio daquele povo pregando duas vezes por dia e sempre com uma grande concorrência. Vários Sacerdotes auxiliaram-o nas confissões.Houve comunhão geral no dia 8, festa e procissão em honra de Santa Marta, padroeira da nova freguesia.No fim da procissão, estando o povo na igreja e fora o que não cabia no templo, o Rev. Vigário da Vara, como representante do Snr. Bispo, leu pausadamente do alto do púlpito a Provisão que todos ouviram atentamente, criando a nova freguesia canónica.Os fieis mostraram o maior entusiasmo pela graça que lhes foi concedida.Fazemos votos para que êste bom povo siga as tradições da fé e piedade que tanto distinguiram os seus antepassados.A histórica capela de S. Jorge, edificada pelo Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria, no logar onde durante a batalha de Aljubarrota esteve arvorada a bandeira portuguesa, faz parte da nova paróquia.C.(Boletim da Diocese de Leiria, Ano II, nº 4, Abril de 1925, p. 107-108)
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Luz para se revelar às nações
2 de fevereiro de 2025 | Festa da Apresentação do Senhor
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
No dia 2 de fevereiro, quarenta dias depois do Natal, ocorre a Festa da Apresentação do Senhor. Celebra-se o dia em que os pais de Jesus, cumprindo o que estava prescrito, O levaram ao Templo, para ser oferecido a Deus. O Evangelho de São Lucas (Cf. Lc 2, 22-44), conta-nos que Simeão, ao acolher Jesus, O reconhece como Luz das nações:
«Agora, Senhor,
segundo a vossa palavra,
deixareis ir em paz o vosso servo,
porque os meus olhos
viram a vossa salvação,
que pusestes ao alcance
de todos os povos:
luz para se revelar às nações
e glória de Israel, vosso povo».
É para celebrar esta Luz das nações, o próprio Jesus, apresentado no Templo por Maria, que a celebração nesse dia começa com a bênção das velas e a procissão para a igreja. Na Eucaristia acolhemos Jesus que se oferece definitivamente por nós, na sua morte e ressurreição.
A tradição, unindo a presença da Luz a Maria, a Mãe que apresenta Jesus no templo, refere este dia como a festa de "Nossa Senhora das Candeias". Este é também o Dia do Consagrado, de todos os que fazem a oferta de si mesmos a Deus, de modo particular as Religiosas e os Religiosos dos diversos institutos e congregações de vida consagrada.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
No dia 2 de fevereiro, quarenta dias depois do Natal, ocorre a Festa da Apresentação do Senhor. Celebra-se o dia em que os pais de Jesus, cumprindo o que estava prescrito, O levaram ao Templo, para ser oferecido a Deus. O Evangelho de São Lucas (Cf. Lc 2, 22-44), conta-nos que Simeão, ao acolher Jesus, O reconhece como Luz das nações:
«Agora, Senhor,
segundo a vossa palavra,
deixareis ir em paz o vosso servo,
porque os meus olhos
viram a vossa salvação,
que pusestes ao alcance
de todos os povos:
luz para se revelar às nações
e glória de Israel, vosso povo».
É para celebrar esta Luz das nações, o próprio Jesus, apresentado no Templo por Maria, que a celebração nesse dia começa com a bênção das velas e a procissão para a igreja. Na Eucaristia acolhemos Jesus que se oferece definitivamente por nós, na sua morte e ressurreição.
A tradição, unindo a presença da Luz a Maria, a Mãe que apresenta Jesus no templo, refere este dia como a festa de "Nossa Senhora das Candeias". Este é também o Dia do Consagrado, de todos os que fazem a oferta de si mesmos a Deus, de modo particular as Religiosas e os Religiosos dos diversos institutos e congregações de vida consagrada.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Romagem de homenagem aos Cemitérios de São Jorge e da Calvaria
A marcar o início da semana de celebração do Centenário da Paróquia e da Freguesia da Calvaria de Cima, haverá uma romagem aos cemitérios, com o descerrar de uma placa comemorativa. Em São Jorge, será no sábado, dia 1 de fevereiro, às 18h, a começar no Cemitério n.º 1. Na Calvaria, no domingo, dia 2 de fevereiro, às 10h.
Celebração do Centenário da Paróquia
No dia 4 de fevereiro, terça-feira, celebram-se os 100 anos da publicação da Provisão do Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, pela qual se declarava a criação da Paróquia da Calvaria. A marcar esse dia, haverá a celebração da Missa de Ação de Graças, às 20h, na igreja paroquial. A celebração será também por todos aqueles que, desde o início, se empenharam em todo o processo que levou à criação da Paróquia.
Após a Eucaristia, o programa continua com um concerto, pelo Coral Vila Forte, de Porto de Mós, na igreja paroquial. Com início às 21h, o concerto consta de três partes: 1) música coral à capela; 2) instrumental com piano e flauta; 3) misto de voz e piano. A noite termina com um tempo de convívio no salão paroquial, com o Bolo de Aniversário, e o convite a que se traga algo para um tempo de partilha à volta da mesa. Toda a comunidade é convidada a estar presente neste noite de aniversário.
Bênção das grávidas e das crianças
No próximo domingo celebra-se a Festa da Apresentação do Senhor no Templo: Maria e José levaram Jesus que foi reconhecido por Simeão como a “Luz das nações”.
Assim, nas celebrações dos dias 1 e 2 de fevereiro, na igreja de São Jorge (no sábado, às 19h), na Calvaria (no domingo, às 11h) e nos Casais de Matos (no domingo, às 15h30), as celebrações começam no exterior, com a bênção das velas. Na missa haverá a bênção das crianças e das mulheres grávidas. No final, a Conferência SVP terá filhoses.
Assim, nas celebrações dos dias 1 e 2 de fevereiro, na igreja de São Jorge (no sábado, às 19h), na Calvaria (no domingo, às 11h) e nos Casais de Matos (no domingo, às 15h30), as celebrações começam no exterior, com a bênção das velas. Na missa haverá a bênção das crianças e das mulheres grávidas. No final, a Conferência SVP terá filhoses.
A força da Palavra que se faz História
26 de janeiro de 2025 | 3.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
A Palavra de Deus não é apenas um conjunto de livros escritos. Antes de mais, é o próprio acontecimento de um Deus que se revela por palavras e por gestos, de muitos modos, mas de uma forma plena e definitiva, em Jesus Cristo: é Ele a Palavra, o Verbo de Deus que se exprime através da sua humanidade. Esta revelação foi sendo vivida, acolhida, transmitida, fixada por escrito. Mas continua a fazer-se ecoar na história da humanidade. Por isso, o Concílio Vaticano II afirma, na Constituição Dei Verbum: «A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja» (DV 10).
São Lucas começa o texto do Evangelho recordado o seu trabalho de investigação para escrever o texto a que hoje chamamos «Evangelho segundo São Lucas»: perto do ano 80, numa época em que escasseavam já as testemunhas oculares, aqueles que viram e ouviram Jesus, o texto escrito será o “lugar” de encontro com Aquele que é o Evangelho em si mesmo, Jesus Cristo. E isso mesmo acontece na segunda parte do texto do Evangelho deste domingo. Jesus, ao ler uma passagem do livro de Isaías que descreve a ação do Messias, faz o comentário ao que acaba de ler: a salvação acontece hoje pela Palavra que é anunciada e proclamada. A Palavra de Deus é viva, eficaz, porque Jesus é essa Palavra, e Ele vai concretizar, trazer para o hoje da história, a salvação de Deus.
Hoje, esta Palavra continua viva e eficaz porque o próprio Jesus, agora ressuscitado, continua a atualizar a novidade anunciada através daqueles que sabem escutar, acolher, viver e testemunhar essa mesma Palavra, tornando-a uma realidade salvadora na sua vida e vida daqueles que os rodeiam. Hoje os cristãos são convidados precisamente a ser uma Palavra de Deus viva e eficaz, uma palavra que salva, liberta, consola, uma palavra de esperança e confiança, uma palavra de Amor.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
A Palavra de Deus não é apenas um conjunto de livros escritos. Antes de mais, é o próprio acontecimento de um Deus que se revela por palavras e por gestos, de muitos modos, mas de uma forma plena e definitiva, em Jesus Cristo: é Ele a Palavra, o Verbo de Deus que se exprime através da sua humanidade. Esta revelação foi sendo vivida, acolhida, transmitida, fixada por escrito. Mas continua a fazer-se ecoar na história da humanidade. Por isso, o Concílio Vaticano II afirma, na Constituição Dei Verbum: «A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja» (DV 10).
São Lucas começa o texto do Evangelho recordado o seu trabalho de investigação para escrever o texto a que hoje chamamos «Evangelho segundo São Lucas»: perto do ano 80, numa época em que escasseavam já as testemunhas oculares, aqueles que viram e ouviram Jesus, o texto escrito será o “lugar” de encontro com Aquele que é o Evangelho em si mesmo, Jesus Cristo. E isso mesmo acontece na segunda parte do texto do Evangelho deste domingo. Jesus, ao ler uma passagem do livro de Isaías que descreve a ação do Messias, faz o comentário ao que acaba de ler: a salvação acontece hoje pela Palavra que é anunciada e proclamada. A Palavra de Deus é viva, eficaz, porque Jesus é essa Palavra, e Ele vai concretizar, trazer para o hoje da história, a salvação de Deus.
Hoje, esta Palavra continua viva e eficaz porque o próprio Jesus, agora ressuscitado, continua a atualizar a novidade anunciada através daqueles que sabem escutar, acolher, viver e testemunhar essa mesma Palavra, tornando-a uma realidade salvadora na sua vida e vida daqueles que os rodeiam. Hoje os cristãos são convidados precisamente a ser uma Palavra de Deus viva e eficaz, uma palavra que salva, liberta, consola, uma palavra de esperança e confiança, uma palavra de Amor.
sábado, 18 de janeiro de 2025
Festa em honra de Nossa Senhora da Guia
A Festa em honra da Padroeira do Casais de Matos, paróquia da Calvaria, será de 30 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025.
Na quinta-feira, dia 30 de janeiro, às 19h30, haverá a Missa e Procissão das Velas.
Sexta-feira, dia 31, às 18h30 a abertura do Bar, e animação musical a partir das 22h.
No sábado, primeiro de fevereiro, o restaurante começa a funcionar a partir das 19h. A noite terá animação musical a partir das 22h.
Domingo, dia 2, às 9h a alvorada e peditório e às 12h30 o restaurante começa a servir os almoços.
A Missa da Festa será às 15h30, começando com a bênção das velas no exterior (celebra-se a Festa da Apresentação do Senhor, conhecida como a "Senhora das Candeias"). Durante a celebração haverá a bênção das mulheres grávidas e das crianças. A celebração termina com a Procissão em honra da Padroeira, Nossa Senhora da Guia.
A tarde será de convívio, seguindo-se a abertura do restaurante para os jantares a partir das 19h. A "Festa dos Resineiros" termina com a animação musical nessa noite de domingo.
Na quinta-feira, dia 30 de janeiro, às 19h30, haverá a Missa e Procissão das Velas.
Sexta-feira, dia 31, às 18h30 a abertura do Bar, e animação musical a partir das 22h.
No sábado, primeiro de fevereiro, o restaurante começa a funcionar a partir das 19h. A noite terá animação musical a partir das 22h.
Domingo, dia 2, às 9h a alvorada e peditório e às 12h30 o restaurante começa a servir os almoços.
A Missa da Festa será às 15h30, começando com a bênção das velas no exterior (celebra-se a Festa da Apresentação do Senhor, conhecida como a "Senhora das Candeias"). Durante a celebração haverá a bênção das mulheres grávidas e das crianças. A celebração termina com a Procissão em honra da Padroeira, Nossa Senhora da Guia.
A tarde será de convívio, seguindo-se a abertura do restaurante para os jantares a partir das 19h. A "Festa dos Resineiros" termina com a animação musical nessa noite de domingo.
Vida com sabor a "vinho" do Reino
19 de janeiro de 2025 | 2.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Maria percebe o embaraço do mestre do banquete: vai faltar vinho... Di-lo a Jesus. E, como há trinta anos, ela pede aos serventes o que o anjo lhe havia pedido a ela: «fazei o que Ele vos disser! Confiai n’Ele!» E eis que as talhas destinadas às abluções rituais da religião judaica vão servir para manifestar a plenitude do dom de Deus: em Jesus vai ser selada uma nova Aliança, com um novo rito.
No Evangelho de São João, os «milagres» são sempre «sinais» que nos lançam para além dos factos materiais. É bom olhar com atenção esta água mudada em vinho. A água é um elemento vital. Mas é, antes de mais, um elemento que se encontra na natureza. O vinho é fruto da vinha, mas também do trabalho do homem, é fabricado. A água, que é símbolo da nossa vida normal, de todos os dias, é transformada, com a força do Espírito Santo: e este vinho é melhor que o vinho dos homens…
Por este «sinal», Jesus diz-nos como quer vir ter connosco, na nossa vida quotidiana, para aí colocar a sua presença de amor. Toma a nossa vida, com as nossas alegrias, amores, conquistas, tédios, dias sem gosto e sem cor, fracassos e mesmo os nossos pecados... E aí, Ele “trabalha-nos” pelo seu amor, no segredo, para fazer brotar em nós a vida que tem o sabor do vinho do Reino. Isto, Ele cumpre-o em particular cada vez que participamos na Eucaristia.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Maria percebe o embaraço do mestre do banquete: vai faltar vinho... Di-lo a Jesus. E, como há trinta anos, ela pede aos serventes o que o anjo lhe havia pedido a ela: «fazei o que Ele vos disser! Confiai n’Ele!» E eis que as talhas destinadas às abluções rituais da religião judaica vão servir para manifestar a plenitude do dom de Deus: em Jesus vai ser selada uma nova Aliança, com um novo rito.
No Evangelho de São João, os «milagres» são sempre «sinais» que nos lançam para além dos factos materiais. É bom olhar com atenção esta água mudada em vinho. A água é um elemento vital. Mas é, antes de mais, um elemento que se encontra na natureza. O vinho é fruto da vinha, mas também do trabalho do homem, é fabricado. A água, que é símbolo da nossa vida normal, de todos os dias, é transformada, com a força do Espírito Santo: e este vinho é melhor que o vinho dos homens…
Por este «sinal», Jesus diz-nos como quer vir ter connosco, na nossa vida quotidiana, para aí colocar a sua presença de amor. Toma a nossa vida, com as nossas alegrias, amores, conquistas, tédios, dias sem gosto e sem cor, fracassos e mesmo os nossos pecados... E aí, Ele “trabalha-nos” pelo seu amor, no segredo, para fazer brotar em nós a vida que tem o sabor do vinho do Reino. Isto, Ele cumpre-o em particular cada vez que participamos na Eucaristia.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Receber o Credo a caminho da Profissão de Fé
No caminho de preparação para a Profissão de Fé, os grupos do 6.º Catecismo da paróquia da Calvaria receberam o Credo, no domingo da Festa do Batismo do Senhor. Esta celebração, habitual do caminho de preparação dos adultos para o Batismo, acontece também no percurso daqueles que, seguindo a proposta das Catequeses da Fé, se preparam para professar de forma solene a fé acolhida no Batismo.
Agora, já com o texto do Credo, são convidados a aprofundar o sentido destas palavras pelas quais afirmamos as verdades essenciais daqueles que acreditam em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Por isso, antes da entrega, quando toda a comunidade reza este texto, o Presidente da celebração diz aos catequizandos: «Caríssimos amigos, escutai as palavras da fé, daquela fé que vos dará a salvação e a vida. São poucas essas palavras, mas contém em si grandes mistérios. Recebei-as com sinceridade e guardai-as no coração».
O domingo da Festa do Batismo de Jesus, 13 de janeiro, foi, por isso mesmo, um dia muito propício a esta entrega: nesse dia, escutamos como o Filho acolhe o Espírito que desce sobre Ele, e do céu se escuta a voz do Pai: «Tu és o meu Filho muito amado...». Também cada um de nós, ao professar a fé, seguindo Jesus, aprende a ser filho com o Filho, deixando-se guiar pelo Espírito recebido no Batismo, escutando que o Pai sempre nos diz: somo seus filhos muito amados!
A Profissão de Fé será o momento para os catequizandos "trazerem" de novo o Credo, agora na memória e no coração, professando, ou seja, dizendo solenemente, essas mesmas palavras: «Eu creio! Eu acredito! Eu quero viver como filho de Deus pelo Batismo, seguindo Jesus, na força do Espírito, em Igreja!»
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Celebração de São Sebastião no Casal do Relvas
No próximo domingo, dia 19 de janeiro, vai assinar-se a memória litúrgica de São Sebastião, padroeiro do lugar do Casal do Relvas, com a Missa na capela do lugar às 16h.
Tu és o meu Filho muito amado
12 de janeiro de 2025 | Festa do Batismo de Jesus
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Na narração do batismo de Jesus, o testemunho de Deus acerca d’Ele é acompanhado por três factos que devem ser entendidos em referência a factos e símbolos do Antigo Testamento: o céu abriu-se, o Espírito Santo desceu, e do céu fez-se ouvir uma voz.
A abertura do céu significa a união da terra e do céu: a atividade de Jesus vai reconciliar o céu e a terra, vai refazer a comunhão entre Deus e os homens. O símbolo da pomba é provável que evoque a nova criação que terá lugar a partir da atividade que Jesus vai iniciar. A voz do céu é de uma forma muito usada para expressar a opinião de Deus acerca de uma pessoa ou de um acontecimento. Essa voz declara que Jesus é o Filho de Deus; e fá-lo com uma fórmula tomada do cântico do “Servo de Jahwéh” que ouvimos na primeira leitura de hoje (Is 42,1).
O que aconteceu em Jesus aconteceu em cada um de nós. Como Cristo, fomos batizados; como a Ele, a voz do Pai nos disse: Tu és o meu filho amado, tu és a minha filha amada! Esta voz fala-nos sempre. Ela recorda-nos a nossa dignidade de filhos e de filhas de Deus, e envia-nos a gritar aos nossos irmãos: “Sois os bem-amados do Pai!” Nós que fomos enxertados no Espírito Santo, esta voz que nos diz: “Tu és o meu filho, tu és a minha filha, eu estou contigo, em ti pus toda a minha ternura!” Sejamos ternura, bondade e misericórdia para os outros.
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Na narração do batismo de Jesus, o testemunho de Deus acerca d’Ele é acompanhado por três factos que devem ser entendidos em referência a factos e símbolos do Antigo Testamento: o céu abriu-se, o Espírito Santo desceu, e do céu fez-se ouvir uma voz.
A abertura do céu significa a união da terra e do céu: a atividade de Jesus vai reconciliar o céu e a terra, vai refazer a comunhão entre Deus e os homens. O símbolo da pomba é provável que evoque a nova criação que terá lugar a partir da atividade que Jesus vai iniciar. A voz do céu é de uma forma muito usada para expressar a opinião de Deus acerca de uma pessoa ou de um acontecimento. Essa voz declara que Jesus é o Filho de Deus; e fá-lo com uma fórmula tomada do cântico do “Servo de Jahwéh” que ouvimos na primeira leitura de hoje (Is 42,1).
O que aconteceu em Jesus aconteceu em cada um de nós. Como Cristo, fomos batizados; como a Ele, a voz do Pai nos disse: Tu és o meu filho amado, tu és a minha filha amada! Esta voz fala-nos sempre. Ela recorda-nos a nossa dignidade de filhos e de filhas de Deus, e envia-nos a gritar aos nossos irmãos: “Sois os bem-amados do Pai!” Nós que fomos enxertados no Espírito Santo, esta voz que nos diz: “Tu és o meu filho, tu és a minha filha, eu estou contigo, em ti pus toda a minha ternura!” Sejamos ternura, bondade e misericórdia para os outros.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Em busca da Luz de Jesus
A celebração da Eucaristia, na solenidade da Epifania, na igreja paroquial da Calvaria, foi marcada uma vez mais com o presépio vivo, e a representação da chegada dos Magos a Belém. Na entrada, várias crianças vestidas de pastores foram colocar-se junto da cabana onde permaneceu o Sagrada Família. Durante a proclamação do Evangelho, entraram os Magos: encontraram-se primeiro com Herodes, e depois seguiram a estrela até Belém, ondem encontraram o Menino e sua Mãe, e lhe oferecera os seus presentes: ouro, incenso e mirra.
O olhar dos Magos, que percebem na estrela um sinal e se metem a caminho, procurando a Luz que é o próprio Jesus, é um desafio para cada um de nós. Com eles, aprender também a adorar, a estar com Jesus, a olhar e deixar-se olhar por Ele, como é o cruzar do olhar da mãe ao seu filho que amamenta... e desse encontro, deixar-se iluminar para uma vida que continua por caminhos novos, tocados por esta presença de Amor que Jesus nos traz.
A celebração, que terminou com o gesto da adoração do Menino, teve também a coleta a favor da paróquia católica da Faixa de Gaza: porque também nos mais necessitados está presente Jesus, e tudo o que fizermos a um dos mais pequeninos, é a Jesus que o fazemos.
O olhar dos Magos, que percebem na estrela um sinal e se metem a caminho, procurando a Luz que é o próprio Jesus, é um desafio para cada um de nós. Com eles, aprender também a adorar, a estar com Jesus, a olhar e deixar-se olhar por Ele, como é o cruzar do olhar da mãe ao seu filho que amamenta... e desse encontro, deixar-se iluminar para uma vida que continua por caminhos novos, tocados por esta presença de Amor que Jesus nos traz.
A celebração, que terminou com o gesto da adoração do Menino, teve também a coleta a favor da paróquia católica da Faixa de Gaza: porque também nos mais necessitados está presente Jesus, e tudo o que fizermos a um dos mais pequeninos, é a Jesus que o fazemos.
sábado, 4 de janeiro de 2025
100 anos da Paróquia da Calvaria
Exposição do Centenário da Criação da Paróquia
Durante o mês de janeiro, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico que conduziu à criação da paróquia da Calvaria.
O Livro de Memórias de 1922, contém uma série de documentos que descrevem as reuniões e mais movimentações que levaram à criação da paróquia, de modo particular durante o ano de 1923. A imagem original de Santa Marta, padroeira do lugar da Calvaria de Cima, veio da antiga capela a ela dedicada, e está atualmente ao culto na igreja paroquial.
Referendo à população para a criação da freguesia da Calvaria de Cima, no ano de 1923
Durante o ano de 1923, tiveram lugar várias reuniões e movimentações para levar a bom termo a criação da paróquia e freguesia da Calvaria de Cima. Num livro de memórias que se guarda no Cartório Paroquial, consta a cópia do Diploma para a conservação do Santíssimo na Capela, de 4 de janeiro de 1923; a 31 de maio de 1923, a Festa da instituição do Santíssimo Sacramento; a 3 de junho, a nota da Comissão administrativa da Capela; e a 23 de junho a Eleição para a criação da freguesia da Calvaria. A terminar este processo, realizou-se um referendo que teve voto por unanimidade a favor da criação desta freguesia.
É esta última ata que aqui transcrevemos:
Durante o mês de janeiro, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico que conduziu à criação da paróquia da Calvaria.
O Livro de Memórias de 1922, contém uma série de documentos que descrevem as reuniões e mais movimentações que levaram à criação da paróquia, de modo particular durante o ano de 1923. A imagem original de Santa Marta, padroeira do lugar da Calvaria de Cima, veio da antiga capela a ela dedicada, e está atualmente ao culto na igreja paroquial.
Referendo à população para a criação da freguesia da Calvaria de Cima, no ano de 1923
Durante o ano de 1923, tiveram lugar várias reuniões e movimentações para levar a bom termo a criação da paróquia e freguesia da Calvaria de Cima. Num livro de memórias que se guarda no Cartório Paroquial, consta a cópia do Diploma para a conservação do Santíssimo na Capela, de 4 de janeiro de 1923; a 31 de maio de 1923, a Festa da instituição do Santíssimo Sacramento; a 3 de junho, a nota da Comissão administrativa da Capela; e a 23 de junho a Eleição para a criação da freguesia da Calvaria. A terminar este processo, realizou-se um referendo que teve voto por unanimidade a favor da criação desta freguesia.
É esta última ata que aqui transcrevemos:
No dia cinco de agosto de mil novecentos e vinte e três teve lugar a eleição para o referendo, a qual se efetuou pelas dez horas da manhã na escola oficial deste lugar sob a presidência do mesmo professor João Rodrigues Ribeiro, fazendo parte da mesa os senhores Júlio Mendes Alcantra, escrivão do Juiz de Direito de Porto de Mós, Doutor Joaquim Maria Torreira de Sousa, José de Sousa Vitorino, João Frazão e outros, comparecendo todos os eleitores e muitos mais homens, rapazes e crianças que, com a sua presença quiseram honrar esta assembleia que pela primeira vez se realizou nesta localidade, que correu na melhor ordem, e sem a menor nota de discrepância. Terminada a votação, que se fez com toda a legalidade, verificou-se que não houve nem um voto contra nem mesmo houve qualquer reclamação ou protesto verbal, do que tudo se fez transcrição na ata que abaixo fica transcrita.
Transliterado do Livro de Memórias da Capela da Calvaria n.º 1, de 1922, pág. 5 v. e 6
sexta-feira, 3 de janeiro de 2025
Dar sentido ao tempo
5 de janeiro de 2025 | Solenidade da Epifania do Senhor
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Hoje celebramos a Epifania do Senhor, ou seja, a sua manifestação a todos os povos, personificados pelos Magos (cf. Mt 2, 1-12). São sábios buscadores que, depois de se terem deixado interrogar pela aparição de uma estrela, se põem a caminho e chegam a Belém. Aí encontram Jesus, «com Maria, sua mãe», prostram-se e oferecem-lhe «ouro, incenso e mirra» (v. 11).
Sábios que reconhecem a presença de Deus num Menino simples: não num príncipe ou num nobre, mas num filho de gente pobre, e prostram-se diante dele, adorando-o. A estrela conduziu-os até ali, diante de um Menino; e eles, nos seus olhos pequenos e inocentes, captam a luz do Criador do universo, a cuja busca dedicaram a sua existência.
É a experiência decisiva para eles e importante também para nós: no Menino Jesus, vemos Deus feito homem. Por isso, olhemos para ele, admiremos a sua humildade. Contemplar Jesus, estar diante dele, adorá-lo na Eucaristia: não é perder tempo, mas é dar sentido ao tempo. Adorar não é perder tempo, mas dar sentido ao tempo. Isto é importante, repito: adorar não é perder tempo, mas dar sentido ao tempo. É encontrar o rumo da vida na simplicidade de um silêncio que alimenta o coração.
E encontremos também tempo para olhar para as crianças, como os Magos olham para Jesus: os pequeninos que também nos falam de Jesus, com a sua confiança, a sua espontaneidade, a sua admiração, a sua sã curiosidade, a sua capacidade de chorar e de rir com simplicidade, de sonhar. Deus fez-se assim: Menino, confiante, sincero, amante da vida (cf. Sb 11, 26). Se estivermos diante do Menino Jesus e na companhia das crianças, aprenderemos a admirar-nos e recomeçaremos de modo mais simples e melhor, como os Magos. E saberemos ter um olhar novo, um olhar criativo sobre os problemas do mundo.
Então, perguntemo-nos: durante estes dias, parámos para adorar, demos espaço a Jesus em silêncio, rezando diante do presépio? Passámos algum tempo com as crianças, conversando e brincando com elas? E, por fim, somos capazes de ver os problemas do mundo com o olhar das crianças?
Que Maria, Mãe de Deus e nossa, aumente o nosso amor pelo Menino Jesus e por todas as crianças, especialmente pelas que são provadas por guerras e injustiças.
Papa Francisco, 6 de janeiro de 2024
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Hoje celebramos a Epifania do Senhor, ou seja, a sua manifestação a todos os povos, personificados pelos Magos (cf. Mt 2, 1-12). São sábios buscadores que, depois de se terem deixado interrogar pela aparição de uma estrela, se põem a caminho e chegam a Belém. Aí encontram Jesus, «com Maria, sua mãe», prostram-se e oferecem-lhe «ouro, incenso e mirra» (v. 11).
Sábios que reconhecem a presença de Deus num Menino simples: não num príncipe ou num nobre, mas num filho de gente pobre, e prostram-se diante dele, adorando-o. A estrela conduziu-os até ali, diante de um Menino; e eles, nos seus olhos pequenos e inocentes, captam a luz do Criador do universo, a cuja busca dedicaram a sua existência.
É a experiência decisiva para eles e importante também para nós: no Menino Jesus, vemos Deus feito homem. Por isso, olhemos para ele, admiremos a sua humildade. Contemplar Jesus, estar diante dele, adorá-lo na Eucaristia: não é perder tempo, mas é dar sentido ao tempo. Adorar não é perder tempo, mas dar sentido ao tempo. Isto é importante, repito: adorar não é perder tempo, mas dar sentido ao tempo. É encontrar o rumo da vida na simplicidade de um silêncio que alimenta o coração.
E encontremos também tempo para olhar para as crianças, como os Magos olham para Jesus: os pequeninos que também nos falam de Jesus, com a sua confiança, a sua espontaneidade, a sua admiração, a sua sã curiosidade, a sua capacidade de chorar e de rir com simplicidade, de sonhar. Deus fez-se assim: Menino, confiante, sincero, amante da vida (cf. Sb 11, 26). Se estivermos diante do Menino Jesus e na companhia das crianças, aprenderemos a admirar-nos e recomeçaremos de modo mais simples e melhor, como os Magos. E saberemos ter um olhar novo, um olhar criativo sobre os problemas do mundo.
Então, perguntemo-nos: durante estes dias, parámos para adorar, demos espaço a Jesus em silêncio, rezando diante do presépio? Passámos algum tempo com as crianças, conversando e brincando com elas? E, por fim, somos capazes de ver os problemas do mundo com o olhar das crianças?
Que Maria, Mãe de Deus e nossa, aumente o nosso amor pelo Menino Jesus e por todas as crianças, especialmente pelas que são provadas por guerras e injustiças.
Papa Francisco, 6 de janeiro de 2024
Subscrever:
Mensagens (Atom)