Programa da Paróquia

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Em busca da Luz de Jesus

A celebração da Eucaristia, na solenidade da Epifania, na igreja paroquial da Calvaria, foi marcada uma vez mais com o presépio vivo, e a representação da chegada dos Magos a Belém. Na entrada, várias crianças vestidas de pastores foram colocar-se junto da cabana onde permaneceu o Sagrada Família. Durante a proclamação do Evangelho, entraram os Magos: encontraram-se primeiro com Herodes, e depois seguiram a estrela até Belém, ondem encontraram o Menino e sua Mãe, e lhe oferecera os seus presentes: ouro, incenso e mirra.

O olhar dos Magos, que percebem na estrela um sinal e se metem a caminho, procurando a Luz que é o próprio Jesus, é um desafio para cada um de nós. Com eles, aprender também a adorar, a estar com Jesus, a olhar e deixar-se olhar por Ele, como é o cruzar do olhar da mãe ao seu filho que amamenta... e desse encontro, deixar-se iluminar para uma vida que continua por caminhos novos, tocados por esta presença de Amor que Jesus nos traz.

A celebração, que terminou com o gesto da adoração do Menino, teve também a coleta a favor da paróquia católica da Faixa de Gaza: porque também nos mais necessitados está presente Jesus, e tudo o que fizermos a um dos mais pequeninos, é a Jesus que o fazemos.

sábado, 4 de janeiro de 2025

100 anos da Paróquia da Calvaria

Exposição do Centenário da Criação da Paróquia
Durante o mês de janeiro, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico que conduziu à criação da paróquia da Calvaria.

O Livro de Memórias de 1922, contém uma série de documentos que descrevem as reuniões e mais movimentações que levaram à criação da paróquia, de modo particular durante o ano de 1923. A imagem original de Santa Marta, padroeira do lugar da Calvaria de Cima, veio da antiga capela a ela dedicada, e está atualmente ao culto na igreja paroquial.

Referendo à população para a criação da freguesia da Calvaria de Cima, no ano de 1923
Durante o ano de 1923, tiveram lugar várias reuniões e movimentações para levar a bom termo a criação da paróquia e freguesia da Calvaria de Cima. Num livro de memórias que se guarda no Cartório Paroquial, consta a cópia do Diploma para a conservação do Santíssimo na Capela, de 4 de janeiro de 1923; a 31 de maio de 1923, a Festa da instituição do Santíssimo Sacramento; a 3 de junho, a nota da Comissão administrativa da Capela; e a 23 de junho a Eleição para a criação da freguesia da Calvaria. A terminar este processo, realizou-se um referendo que teve voto por unanimidade a favor da criação desta freguesia.

É esta última ata que aqui transcrevemos:

No dia cinco de agosto de mil novecentos e vinte e três teve lugar a eleição para o referendo, a qual se efetuou pelas dez horas da manhã na escola oficial deste lugar sob a presidência do mesmo professor João Rodrigues Ribeiro, fazendo parte da mesa os senhores Júlio Mendes Alcantra, escrivão do Juiz de Direito de Porto de Mós, Doutor Joaquim Maria Torreira de Sousa, José de Sousa Vitorino, João Frazão e outros, comparecendo todos os eleitores e muitos mais homens, rapazes e crianças que, com a sua presença quiseram honrar esta assembleia que pela primeira vez se realizou nesta localidade, que correu na melhor ordem, e sem a menor nota de discrepância. Terminada a votação, que se fez com toda a legalidade, verificou-se que não houve nem um voto contra nem mesmo houve qualquer reclamação ou protesto verbal, do que tudo se fez transcrição na ata que abaixo fica transcrita.

Transliterado do Livro de Memórias da Capela da Calvaria n.º 1, de 1922, pág. 5 v. e 6


sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Dar sentido ao tempo

5 de janeiro de 2025 | Solenidade da Epifania do Senhor
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
Hoje celebramos a Epifania do Senhor, ou seja, a sua manifestação a todos os povos, personificados pelos Magos (cf. Mt 2, 1-12). São sábios buscadores que, depois de se terem deixado interrogar pela aparição de uma estrela, se põem a caminho e chegam a Belém. Aí encontram Jesus, «com Maria, sua mãe», prostram-se e oferecem-lhe «ouro, incenso e mirra» (v. 11).

Sábios que reconhecem a presença de Deus num Menino simples: não num príncipe ou num nobre, mas num filho de gente pobre, e prostram-se diante dele, adorando-o. A estrela conduziu-os até ali, diante de um Menino; e eles, nos seus olhos pequenos e inocentes, captam a luz do Criador do universo, a cuja busca dedicaram a sua existência.

É a experiência decisiva para eles e importante também para nós: no Menino Jesus, vemos Deus feito homem. Por isso, olhemos para ele, admiremos a sua humildade. Contemplar Jesus, estar diante dele, adorá-lo na Eucaristia: não é perder tempo, mas é dar sentido ao tempo. Adorar não é perder tempo, mas dar sentido ao tempo. Isto é importante, repito: adorar não é perder tempo, mas dar sentido ao tempo. É encontrar o rumo da vida na simplicidade de um silêncio que alimenta o coração.

E encontremos também tempo para olhar para as crianças, como os Magos olham para Jesus: os pequeninos que também nos falam de Jesus, com a sua confiança, a sua espontaneidade, a sua admiração, a sua sã curiosidade, a sua capacidade de chorar e de rir com simplicidade, de sonhar. Deus fez-se assim: Menino, confiante, sincero, amante da vida (cf. Sb 11, 26). Se estivermos diante do Menino Jesus e na companhia das crianças, aprenderemos a admirar-nos e recomeçaremos de modo mais simples e melhor, como os Magos. E saberemos ter um olhar novo, um olhar criativo sobre os problemas do mundo.

Então, perguntemo-nos: durante estes dias, parámos para adorar, demos espaço a Jesus em silêncio, rezando diante do presépio? Passámos algum tempo com as crianças, conversando e brincando com elas? E, por fim, somos capazes de ver os problemas do mundo com o olhar das crianças?

Que Maria, Mãe de Deus e nossa, aumente o nosso amor pelo Menino Jesus e por todas as crianças, especialmente pelas que são provadas por guerras e injustiças.

Papa Francisco, 6 de janeiro de 2024