Programa da Paróquia

sexta-feira, 21 de março de 2025

28 e 29 de março: «24 horas para o Senhor»

As “24 horas para o Senhor” decorrem, como habitualmente, de sexta para sábado da 3.ª semana da Quaresma, dias 28 e 29 de março. Com esta proposta, o Papa Francisco convida toda a Igreja a um tempo de adoração e de reconciliação. Este ano, lançamos de novo o desafio de que se faça adoração durante toda a noite: para isso, está disponível, na igreja paroquial, um horário no qual pedimos que os voluntários se inscrevam para garantir uma presença constante na igreja paroquial entre as 0h00 e as 9h00 do dia 29. Nos restantes horários será pedida a presença de grupos organizados.

O Pároco, sempre que possível, estará disponível para o diálogo e confissões durante o tempo de adoração dos grupos.

O programa previsto para as "24 horas para o Senhor", na igreja paroquial da Calvaria, é o seguinte:

Sexta-feira, 28 de março:
18:30 - Confissões
19:00 - Missa e Exposição Santíssimo
19:30 - Grupos Adolescência de São Jorge
20:30 - 7.º ano Catequese (Calvaria)
21:30 - 8.º ano Catequese (Calvaria)
22:30 - 9.º e 10.º Catequese (Calvaria) e Jovens

Sábado, 29 de março:
00:00 às 09:00 - Adoração noturna
09:00 - 5.º ano Catequese (Calvaria)
09:50 - Recolha do Santíssimo
10:00 - Missa e Exposição Santíssimo
10:30 - 6.º ano Catequese (Calvaria, grupo 1)
11:30 - 4.º ano Catequese
12:30 - Idosos e doentes, com a Conferência São Vicente de Paulo
13:30 - Oração Mariana (Rosário)
14:00 - 1.º ano Catequese
14:45 - 2.º ano Catequese
15:30 - 3.º ano Catequese
16:15 - 6.º ano Catequese (Calvaria, grupo 2)
17:00 - 5.º ano Catequese (São Jorge)
17:45 - Encontro do Retiro Popular (tema 3)
18:30 - Bênção Santíssimo

Abrir o coração à vinda do Senhor

23 de março de 2025 | 3.º Domingo da Quaresma
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Na mentalidade judaica, no tempo de Jesus, as doenças e enfermidades eram consequências de um pecado. O Evangelho de hoje confirma esta mentalidade por parte dos discípulos. Mas a morte dos Galileus, diz Jesus, massacrados por ordem de Pilatos, não significa que eles tenham merecido tal destino em razão dos seus pecados. Esta infelicidade tem a ver com a responsabilidade dos homens que são capazes de se matarem.

A atualidade apresenta-nos todos os dias situações de vítimas inocentes de atentados e violências, por causa do ódio dos homens. Mas há outras causas dos acidentes, dos sofrimentos de todas as espécies, como aqueles que morrerem por causa da queda da torre de Siloé. Não há ligação entre a morte das vítimas e a sua vida moral, diz Jesus no Evangelho.

Mas Jesus aproveita para lançar um apelo à conversão. Diante de tantas situações dramáticas que atingem o ser humano, somos convidados a uma maior vigilância sobre nós mesmos. Devem ser uma ocasião para pensarmos na nossa condição humana que terminará, naturalmente, na morte. Recordar a nossa fragilidade deve levar-nos a voltar o nosso ser para Aquele que pode dar verdadeiro sentido à nossa vida. Não se trata de procurar culpabilidades, mas de abrir o nosso coração à vinda do Senhor. Não nos devemos desencorajar diante das nossas esterilidades (como a figueira da parábola), pois Deus é infinitamente paciente para connosco. Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho. Ele não quer punir-nos. Ele quer é fazer-nos viver!

sexta-feira, 14 de março de 2025

Escutar e deixar-se transfigurar na luz de Jesus

16 de março de 2025 | 2.º Domingo da Quaresma
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O relato da transfiguração de Jesus, mais do que uma crónica de acontecimentos, é uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que, através da cruz, concretiza um projeto de vida.

O episódio está cheio de referências ao Antigo Testamento: o “monte” situa-nos num contexto de revelação (é “no monte” que Deus se revela e faz aliança); a “mudança” do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai; a nuvem indica a presença de Deus conduzindo o seu Povo através do deserto. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus, e que permitem entender Jesus) e falam com Jesus sobre a sua “morte” (“exodon” – “partida”, o seu êxodo) que ia dar-se em Jerusalém.

A mensagem fundamental é, portanto, esta: Jesus é o Filho amado de Deus, através de quem o Pai oferece aos homens uma proposta de aliança e de libertação definitiva que se dará na cruz, quando Jesus cumprir integralmente o seu destino de entrega, de doação de si mesmo, de amor total.

O “sono” dos discípulos é também ele simbólico: “dormem” porque não querem entender que a “glória” do Messias tenha de passar pela experiência da cruz e da entrega da vida; “dormem” também porque a presença de Deus sempre nos lança para um tempo e um espaço que ultrapassam a nossa realidade… A construção das “tendas” parece significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Mas é preciso descer do monte, voltar à vida, ao caminho que conduz a Jerusalém. A cruz está aí. Mas é também aí o lugar da ressurreição.

É este Filho, o Eleito, que é preciso escutar para que também o nosso caminho seja transfigurado, e a cruz, com e como Ele, se torne lugar de vida, de entrega de nós mesmo, de dom acolhido e partilhado.

quarta-feira, 12 de março de 2025

100 anos da Paróquia da Calvaria

Exposição do Centenário da Criação da Paróquia

Durante o mês de março, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico da paróquia da Calvaria. Pode visitar-se o registo do primeiro Batismo, estando também em exposição os restantes Livros de Registos Paroquiais de 1925, de casamentos e de óbitos.

Para além destes objetos históricos, a referência à Pia Batismal que voltou a ser usada após o tempo em que os Batismos foram celebrados numa “capela” ao fundo da igreja, mas que é a original onde nasceram para a vida dos Filhos de Deus grande parte dos que ao logo deste centenário aqui foram batizados.

Alguns dias após a sua criação, realiza-se o primeiro Batismo da nova Paróquia da Calvaria, a 22 de fevereiro de 1925. A primeira criança a ser batizada foi uma menina, Francelina da Piedade de Sousa Aguiar, do Casal do Relvas, nascida a 25 de julho de 1924, filha de Artur Pereira de Aguiar e de Emília de Jesus Moita, pelo Pe. Manuel Carreira Poças. À margem do registo, anotou o Pe. Menitra o casamento da Francelina a 8 de setembro de 1946.

A pia batismal é a mesma que continua atualmente em uso na igreja paroquial. Voltou a ser usada após o tempo em que os batismos se realizavam na “Capela Batismal” à entrada da igreja paroquial, onde agora está uma pequena sala para a paramentação.

Mas este não foi o primeiro registo da nova Paróquia. A 18 de fevereiro desse mesmo ano, realizava-se o primeiro casamento: Amílcar Carreira e Francisca Pereira, ele da Calvaria, ela da Calvaria de Baixo. E ainda antes do primeiro batismo, a 21 de fevereiro foram dois os casais a contrair matrimónio: Manuel Jorge e Elvira Gomes, ambos da Calvaria, e Francisco Ricardo e Luiza Rosália, também ambos desta freguesia.

O primeiro óbito registado é a 18 de março de 1925, de João Ferreira Louro, da Calvaria de Baixo, que faleceu com 92 anos de idade.

52 batismos, 9 casamentos, 21 óbitos, foram os registados nesse primeiro ano na Paróquia da Calvaria.

Ao longo dos 100 anos de história da Paróquia da Calvaria foram registados, nos livros paroquiais, 3886 batismos, 1212 casamentos e 2338 óbitos.

sexta-feira, 7 de março de 2025

As tentações e as opções de Jesus

1.º Domingo da Quaresma | 9 de março de 2025
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Jesus não está só no deserto: Ele está com o Pai. E Lucas refere que o Espírito Santo O acompanha. O tentador é forte, apanha Jesus nos seus próprios terrenos. Se Ele é Filho de Deus, é o Criador, a Palavra que tudo criou, então pode mudar as pedras em pão... Jesus recorda-lhe que o verdadeiro alimento é a Palavra de Deus. Se Jesus é Aquele que veio instaurar um Reino novo, então tem necessidade de poder. Mas Jesus não tomará o poder pela força: o seu Reino é precisamente o de seu Pai, e só Ele merece ser adorado. Se Jesus é o Filho de Deus, pode manifestar a sua divindade através de prodígios que ultrapassam os homens. Mas Jesus veio revelar o verdadeiro rosto de Deus, cujo único poder é a força do amor. Qualquer outra imagem é uma caricatura, um ídolo. Pedir-lhe que não seja senão amor, é pô-l’O à prova, é uma tentação.

Com o Espírito Santo, Jesus resiste às tentações. E será sempre o grande vencedor sobre o Maligno. O Evangelho põe-nos diante das grandes opções de Jesus: Ele recusou um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espetaculares, mas por uma proposta de vida em simplicidade e amor.

É claro que é também esse o caminho sugerido aos discípulos que O seguem, nos desertos de hoje.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

De que está cheio o nosso coração?

2 de março de 2025 | 8.º Domingo do Tempo Comum
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Aquilo que nos enche o coração, de que falamos e que testemunhamos em ações, na vida de cada dia, é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e os nossos critérios?...

O Evangelho deste domingo ajuda-nos a ter presentes os critérios para discernir quando estamos a manifestar em nós a ação de Deus.

O cristão, que o procura ser de verdade, é aquele que deixa transparecer, nas suas palavras e na sua vida, a proposta de Jesus, e isso manifesta-se em frutos de comunhão, união, fraternidade, amor. Só iluminados pela luz de Jesus teremos a capacidade para ajudar outros a encontrar a Verdade e a Vida que Ele é: por isso, a necessidade de sempre nos deixarmos purificar, tirar as traves que ofuscam o nosso olhar, e deixar que em nós frutifiquem os frutos do Espírito.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Ser à imagem de Deus

7.º Domingo do Tempo Comum | 23 de fevereiro de 2025
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Jesus não dá lições de filantropia, mas convida os seus interlocutores a erguer os olhos para Deus seu Pai, a fim de se tornarem semelhantes a Ele. Porque Deus é bom para com os ingratos e os maus, o homem deve procurar ser bom para com todos. Porque Deus é misericordioso, o homem é convidado a perdoar. Não é uma lição de moral, mas fundamentalmente um ato de fé do qual decorre um conjunto de comportamentos.

Jesus, o Filho de Deus Altíssimo, veio tirar o homem de tudo aquilo que o pode afastar da semelhança com Deus, o pecado. Jesus é a perfeita imagem de Deus. Dirá mesmo: “Quem Me viu, viu o Pai”. As suas palavras são palavra de Deus, os seus gestos são gestos de Deus. O desafio está em procurarmos ser semelhantes a Jesus, ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito.