Programa da Paróquia
segunda-feira, 28 de março de 2022
«Recebe o Credo da nossa fé e guarda-o na memória e no coração»
O grupo do 6º ano da Calvaria recebeu o texto do Credo, num rito integrado na celebração da Missa, no domingo 27 de março, na Igreja Paroquial.
Este momento celebrativo procura motivar os adolescentes para este caminho de aprofundamento da Fé, que irão professar solenemente mais tarde, na Profissão de Fé. Para se prepararem, têm as "Catequeses da Fé", durante as quais vão enriquecendo a caixa do “Tesouro da Fé” com as descobertas que fazem das verdades professadas no Credo. Ao receber o texto do Credo, cada um é convidado a guardá-lo na memória e no coração.
Na celebração, estiveram também as catecúmenas adultas que viveram o segundo escrutínio, com o chamamento a passar das trevas à luz, neste caminho de preparação para a celebração dos Sacramentos da Iniciação Cristã na próxima Vigília Pascal. Uma vez que o Credo já lhes tinha sido entregue, na celebração do Rito de Inscrição do Nome, na Sé, pelo Sr. Bispo, nesta celebração receberam o Pai Nosso.
sexta-feira, 25 de março de 2022
A festa da misericórdia
27 de março de 2022 | 4º Domingo da Quaresma
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim
«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos» (Lc 15, 20).
Assim nos leva o Evangelho ao coração da parábola onde se apresenta o comportamento do pai quando vê regressar o seu filho: comovido até às entranhas, não espera que ele chegue a casa, mas surpreende-o correndo ao seu encontro. Um filho ansiosamente esperado. Um pai comovido ao vê-lo regressar.
Mas não foi a única vez que o pai correu. A sua alegria seria incompleta sem a presença do outro filho. Por isso, sai também ao seu encontro, para convidá-lo a tomar parte na festa (cf. 15, 28). Contudo o filho mais velho parece não gostar das festas de boas-vindas, custava-lhe suportar a alegria do pai, não reconhece o regresso do seu irmão: «esse teu filho» (15, 30) – dizia. Para ele, o irmão continua perdido, porque já o perdera no seu coração. (...)
A parábola do Evangelho deixa aberto o final. Vemos o pai rogar ao filho mais velho que entre e participe na festa da misericórdia; mas o evangelista nada diz acerca da decisão que ele tomou. Ter-se-á associado à festa? Podemos pensar que este final aberto sirva para cada comunidade, cada um de nós o escrever com a sua vida, o seu olhar e atitude para com os outros. O cristão sabe que, na casa do Pai, há muitas moradas; de fora, ficam apenas aqueles que não querem tomar parte na sua alegria.
Papa Francisco, 31 de março de 2019 (aqui)
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«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos» (Lc 15, 20).
Assim nos leva o Evangelho ao coração da parábola onde se apresenta o comportamento do pai quando vê regressar o seu filho: comovido até às entranhas, não espera que ele chegue a casa, mas surpreende-o correndo ao seu encontro. Um filho ansiosamente esperado. Um pai comovido ao vê-lo regressar.
Mas não foi a única vez que o pai correu. A sua alegria seria incompleta sem a presença do outro filho. Por isso, sai também ao seu encontro, para convidá-lo a tomar parte na festa (cf. 15, 28). Contudo o filho mais velho parece não gostar das festas de boas-vindas, custava-lhe suportar a alegria do pai, não reconhece o regresso do seu irmão: «esse teu filho» (15, 30) – dizia. Para ele, o irmão continua perdido, porque já o perdera no seu coração. (...)
A parábola do Evangelho deixa aberto o final. Vemos o pai rogar ao filho mais velho que entre e participe na festa da misericórdia; mas o evangelista nada diz acerca da decisão que ele tomou. Ter-se-á associado à festa? Podemos pensar que este final aberto sirva para cada comunidade, cada um de nós o escrever com a sua vida, o seu olhar e atitude para com os outros. O cristão sabe que, na casa do Pai, há muitas moradas; de fora, ficam apenas aqueles que não querem tomar parte na sua alegria.
Papa Francisco, 31 de março de 2019 (aqui)
terça-feira, 22 de março de 2022
Quando rezamos «Pai Nosso...»
Dia 19 de março, sábado, Solenidade de São José, Dia do Pai. Este foi também o dia da Festa do Pai Nosso na paróquia da Calvaria. As crianças do 2º catecismo, da Calvaria e São Jorge, juntaram-se com os seus pais e familiares mais próximos para uma Celebração da Palavra, durante a tarde, para viverem em conjunto a certeza de Deus ser um Pai que nos ama sempre, e muito, e que quer sempre o nosso bem. E, por isso, também nos convida a viver na alegria de sermos irmãos na mesma fé, a podermos partilhar a vida nesta grande família dos filhos de Deus, que é a Igreja, e a procurar o bem uns dos outros e de todos. Esta oração, que Jesus nos ensinou, começa com estas palavras tão importantes não só de compreender, mas de saborear e viver: «Pai» e «Nosso».
Ao longo deste trimestre, as crianças vão aprofundando o sentido de todas as palavras da oração com a qual rezamos as mesmas palavras do Filho de Deus, Jesus Cristo. Aprendemos a louvar, agradecer, pedir, confiar, a sentirmo-nos filhos de Deus, a procurar que em nós se faça a vontade de Deus, perdoando e amando os irmãos...
No momento da entrega do Pai Nosso, os pais entregaram aos filhos esta oração, repetindo aquele que é também o seu compromisso de os acompanhar na oração diária do Pai Nosso. Por fim, sendo o Dia do Pai, os pais ali presentes receberam uma pequena surpresa dos seus filhos, preparada na catequese, e deixaram-se envolver num grande abraço que exprimiu o amor dos pais pelos filhos, e certamente fez compreender melhor esse enorme amor do Pai do Céu por cada um de nós...
sexta-feira, 18 de março de 2022
Abrir o coração à vinda do Senhor
20 de março de 2022 | 3º Domingo da Quaresma
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Na mentalidade judaica, todas as doenças e enfermidades eram consequências de um pecado. O Evangelho de hoje confirma esta mentalidade… A morte dos Galileus, diz Jesus, massacrados por ordem de Pilatos, não significa que eles tenham merecido tal destino em razão dos seus pecados. Esta infelicidade tem a ver com a responsabilidade dos homens que são capazes de se matarem.
A atualidade apresenta-nos todos os dias situações de vítimas inocentes de atentados e violências, por causa do ódio dos homens. Mas há outras causas dos acidentes, dos sofrimentos de todas as espécies. Não há ligação entre a morte das vítimas e a sua vida moral, diz Jesus no Evangelho.
Mas Jesus aproveita para lançar um apelo à conversão. Diante de tantas situações dramáticas que atingem o ser humano, somos convidados a uma maior vigilância sobre nós mesmos. Devem ser uma ocasião para pensarmos na nossa condição humana que terminará, naturalmente, na morte. Recordar a nossa fragilidade deve levar-nos a voltar o nosso ser para Aquele que pode dar verdadeiro sentido à nossa vida. Não se trata de procurar culpabilidades, mas de abrir o nosso coração à vinda do Senhor. Não nos devemos desencorajar diante das nossas esterilidades (figueira estéril…), pois Deus é infinitamente paciente para connosco. Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho. Ele não quer punir-nos, quer fazer-nos viver!
In Portal dos Dehonianos
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Na mentalidade judaica, todas as doenças e enfermidades eram consequências de um pecado. O Evangelho de hoje confirma esta mentalidade… A morte dos Galileus, diz Jesus, massacrados por ordem de Pilatos, não significa que eles tenham merecido tal destino em razão dos seus pecados. Esta infelicidade tem a ver com a responsabilidade dos homens que são capazes de se matarem.
A atualidade apresenta-nos todos os dias situações de vítimas inocentes de atentados e violências, por causa do ódio dos homens. Mas há outras causas dos acidentes, dos sofrimentos de todas as espécies. Não há ligação entre a morte das vítimas e a sua vida moral, diz Jesus no Evangelho.
Mas Jesus aproveita para lançar um apelo à conversão. Diante de tantas situações dramáticas que atingem o ser humano, somos convidados a uma maior vigilância sobre nós mesmos. Devem ser uma ocasião para pensarmos na nossa condição humana que terminará, naturalmente, na morte. Recordar a nossa fragilidade deve levar-nos a voltar o nosso ser para Aquele que pode dar verdadeiro sentido à nossa vida. Não se trata de procurar culpabilidades, mas de abrir o nosso coração à vinda do Senhor. Não nos devemos desencorajar diante das nossas esterilidades (figueira estéril…), pois Deus é infinitamente paciente para connosco. Ele sabe da nossa fragilidade, conhece os nossos pecados, mas nunca deixa de ter confiança em nós, até ao fim do nosso caminho. Ele não quer punir-nos, quer fazer-nos viver!
In Portal dos Dehonianos
quarta-feira, 16 de março de 2022
«24 horas para o Senhor»: 25 e 26 de março
O Papa Francisco convidou toda a Igreja a dedicar um dia à Adoração e celebração da Reconciliação: as «24 horas para o Senhor» ocorrem de sexta para sábado da 3ª semana da Quaresma, este ano nos dias 25 e 26 de março.
Na Paróquia da Calvaria estamos a organizar-nos para podermos viver este dia das 18h30 de sexta-feira, às 18h30 de sábado, com vários momentos celebrativos e a presença de grupos organizados. Mas também, se possível, com Adoração durante toda a noite. Nesse sentido, procuramos voluntários que se comprometam a fazer uma hora de adoração entre as 00:00 e as 09:00 de sábado. Ao fundo da igreja paroquial está uma grelha onde se pode deixar o nome para nos certificarmos que nunca se deixará o Santíssimo sem a presença de alguém.
Se se disponibilizar e tiver dificuldade em passar para deixar o seu nome na grelha, poderá contactar o Pároco (paroquiacalvaria@gmail.com 962347545).
O programa previsto é o seguinte:
SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO
18:30 Celebração Penitencial
19:00 Missa e Exposição do Santíssimo
19:30 7º ano da catequese
20:30 8º ano da catequese
21:30 9º ano da catequese
22:30 10º ano da catequese e jovem
SÁBADO, 26 DE MARÇO
00:00 Adoração noturna contínua
09:00 Celebração Penitencial e Confissões
10:30 Missa
11:00 Idosos e doentes | Conf. S. Vicente Paulo
12:00 Terço do Santíssimo
13:00 Oração Mariana
14:00 1º ano da catequese
14:30 2º ano da catequese
15:00 3º ano da catequese
15:30 4º ano da catequese
16:15 5º ano da catequese
17:00 6º ano da catequese
17:45 Retiro popular | toda a comunidade
18:30 Bênção do Santíssimo
O Pároco, sempre que possível, estará disponível para confissões durante o tempo de adoração.
segunda-feira, 14 de março de 2022
Crianças do 3º Catecismo celebram o Perdão
As crianças do 3º Catecismo da paróquia da Calvariam celebraram, pela primeira vez, no sábado, dia 12 de março, o sacramento da Reconciliação. A "Festa do Perdão" começou com a visualização da parábola do «Filho Pródigo», que é sobretudo a história do Pai cheio de amor no seu coração, sempre à espera e pronto para acolher o filho que partiu, mas também aquele que ficou em casa. É da alegria de podermos estar com o Pai que se trata: tudo parte do Batismo, quando Ele nos perdoa todo o nosso pecado e faz de nós seus filhos. Por isso, também a celebração passa pela Pia Batismal, pelo Círio Pascal, pela veste branca simbolizada no lenço do 3º catecismo onde se fala dessa felicidade: «Sou de Cristo, sou feliz».
Após a celebração individual do sacramento, cada criança pintou um desenho onde se recordou a parábola que é também aprofundada na catequese e, em conjunto, demos graças a Deus pelo grande amor, e tão grande misericórdia de Deus que quer reconciliar-nos com Ele, para que o nosso coração bata ao ritmo do seu!
O que te enche o coração?
Apesar da chuva que abençoou abundantemente a tarde de sábado, 12 de março, foi mais de uma centena os jovens dos grupos do 9º Catecismo e Say Yes da vigararia da Batalha que aceitaram o convite para se deixar questionar sobre o que vale a pena encher o coração.
A atividade, organizada pela Equipa Vicarial da Catequese da Batalha, com o Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Leiria-Fátima (SAV), decorreu na tarde de 12 de março, no Centro Paroquial da Batalha. Foram 12 grupos de jovens, de 12 centros da catequese, acompanhados pelos seus catequistas, ajudados por um grupo de catequistas e da equipa do SAV.
A atividade teve início pelas 16h, com uma apresentação e uma representação por um dos grupos da Batalha. A questão que era lançada, do que enche o nosso coração, foi ponto de partida para conhecer um pouco mais o testemunho de São Francisco de Assis, Santa Teresa do Menino Jesus, São João Paulo II, Santa Teresa de Calcutá, São João Maria Vianey e dos Pastorinhos de Fátima. Em cada posto uma atividade e uma questão: o que encheu o seu coração e que vale a pena encher também o nosso.
Após as atividades, um breve plenário, e a celebração da Eucaristia, às 19h30, na igreja do Mosteiro da Batalha, com a qual terminou a atividade que, no testemunho de quem esteve, valeu bem a pena!
domingo, 13 de março de 2022
«Recebe o Credo da nossa fé e guarda-o na memória e no coração»
No início das Catequeses da Fé, o grupo do 6º ano de São Jorge recebeu o texto do Credo. O rito da entrega do Credo, integrado na celebração da Missa, decorreu no sábado 12 de março, na Capela de São Jorge.
Este momento celebrativo procura motivar os adolescentes para este caminho de aprofundamento da Fé, que irão professar solenemente mais tarde, na Profissão de Fé, e que é constituído por um conjunto de catequeses durante as quais vão enriquecendo o seu “Tesouro da Fé”.
Ao receber o texto do Credo, cada um é convidado a guardá-lo na memória e no coração.
sexta-feira, 11 de março de 2022
Escutar e deixar-se transfigurar na luz de Jesus
13 de março de 2022 | 2º Domingo da Quaresma
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O relato da transfiguração de Jesus, mais do que uma crónica de acontecimentos, é uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que, através da cruz, concretiza um projeto de vida.
O episódio está cheio de referências ao Antigo Testamento: o “monte” situa-nos num contexto de revelação (é “no monte” que Deus se revela e faz aliança); a “mudança” do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai; a nuvem indica a presença de Deus conduzindo o seu Povo através do deserto. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus, e que permitem entender Jesus) e falam com Jesus sobre a sua “morte” (“exodon” – “partida”, o seu êxodo) que ia dar-se em Jerusalém.
A mensagem fundamental é, portanto, esta: Jesus é o Filho amado de Deus, através de quem o Pai oferece aos homens uma proposta de aliança e de libertação definitiva que se dará na cruz, quando Jesus cumprir integralmente o seu destino de entrega, de doação de si mesmo, de amor total.
O “sono” dos discípulos é também ele simbólico: “dormem” porque não querem entender que a “glória” do Messias tenha de passar pela experiência da cruz e da entrega da vida; “dormem” também porque a presença de Deus sempre nos lança para um tempo e um espaço que ultrapassam a nossa realidade… A construção das “tendas” parece significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Mas é preciso descer do monte, voltar à vida, ao caminho que conduz a Jerusalém. A cruz está aí. Mas é também aí o lugar da ressurreição.
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O relato da transfiguração de Jesus, mais do que uma crónica de acontecimentos, é uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que, através da cruz, concretiza um projeto de vida.
O episódio está cheio de referências ao Antigo Testamento: o “monte” situa-nos num contexto de revelação (é “no monte” que Deus se revela e faz aliança); a “mudança” do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai; a nuvem indica a presença de Deus conduzindo o seu Povo através do deserto. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus, e que permitem entender Jesus) e falam com Jesus sobre a sua “morte” (“exodon” – “partida”, o seu êxodo) que ia dar-se em Jerusalém.
A mensagem fundamental é, portanto, esta: Jesus é o Filho amado de Deus, através de quem o Pai oferece aos homens uma proposta de aliança e de libertação definitiva que se dará na cruz, quando Jesus cumprir integralmente o seu destino de entrega, de doação de si mesmo, de amor total.
O “sono” dos discípulos é também ele simbólico: “dormem” porque não querem entender que a “glória” do Messias tenha de passar pela experiência da cruz e da entrega da vida; “dormem” também porque a presença de Deus sempre nos lança para um tempo e um espaço que ultrapassam a nossa realidade… A construção das “tendas” parece significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Mas é preciso descer do monte, voltar à vida, ao caminho que conduz a Jerusalém. A cruz está aí. Mas é também aí o lugar da ressurreição.
É este Filho, o Eleito, que é preciso escutar para que também o nosso caminho seja transfigurado, e a cruz, com e como Ele, se torne lugar de vida, de entrega de nós mesmo, de dom acolhido e partilhado.
terça-feira, 8 de março de 2022
Vigararia da Batalha em formação e adoração eucarística com o cardeal D. António Marto
Cerca de centena e meia de fiéis das paróquias de Aljubarrota, Batalha, Calvaria, Juncal, Pedreiras e Reguengo do Fetal participaram num encontro vicarial com o administrador apostólico diocesano, cardeal D. António Marto, no passado dia 4 de Março, no âmbito do triénio pastoral em curso, sobre a Eucaristia.
O encontro, no salão do centro paroquial da Batalha, começou, precisamente, por um momento de adoração eucarística, uma celebração em que todas as paróquias se fizeram representar como comunidades de fé e receberam a bênção do Santíssimo.
Depois, D. António Marto apresentou uma reflexão sobre o tema, começando por referir a “crise eucarística” que se sente no mundo atual, sobretudo pela “perda do verdadeiro sentido da Santa Missa”, muitas vezes vista como “mera oração”, como “rito religioso” de homenagem aos defuntos ou “cumprimento de um preceito”, como “hábito social” ou “solenização de um evento”, ou ainda como “sacrifício” que se oferece a Deus pelo simples facto de se esforçar por nela participar.
Daqui advém, defendeu o Cardeal, uma “emergência eucarística”, uma necessidade de “limpar teias de aranha” que se exige, tanto a leigos como a clérigos. A esse propósito, recordou com um toque de humor alguns episódios da sua juventude de presbítero, em que não celebrou a Missa por sentir que “nada tinha a oferecer a Deus naquele dia”, ou porque eram poucas as pessoas que tinha consigo para a celebração.
“Aprendemos com a vida e com o testemunho de quem nos alerta para o verdadeiro sentido da Eucaristia”, continuou, frisando que “não vamos para oferecer, mas sim para receber o dom divino por excelência, a presença viva e real de Deus, na sua Palavra e no Corpo e Sangue – na Pessoa – de Jesus Cristo. “Somos convidados ao encontro com Ele”, em primeiro lugar, pela Palava que “não é história ou memória, mas sim com que nos fala hoje no concreto da nossa vida e da nossa história”. Por isso, a importância de preparar bem os leitores – proclamadores – da Palavra de Deus. E encontro, depois, com o mistério da sua morte e ressurreição, “da entrega total e definitiva para nos salvar”, mistério que se torna presente e real na comunhão que nos convida a fazer “física e espiritualmente” com Ele. Por fim, é a Missa que “nos torna corpo em comunhão” e “nos envia em missão”, pois “é no mundo que se concretiza o dom da Eucaristia que celebramos”.
A pergunta a fazer, perante a plena compreensão deste dom maior que Jesus deixa à Igreja para que o ofereça ao mundo, é “como participamos”? Nenhuma resposta é válida se não for “ativamente, com alegria, como oferta amorosa de vida, e na disponibilidade para acolher e testemunhar o dom de Deus”. Só assim a Missa será a “fonte e força” de toda a vida cristão. No mesmo sentido, sublinhou a importância da adoração eucarística, “para a qual devemos reservar algum tempo, como ação de graças, louvor e presença contemplativa diante deste mistério do amor e da ternura de Deus”.
Com despedida marcada para o domingo seguinte, o agora administrador apostólico e depois bispo emérito de Leiria-Fátima, aproveitou para agradecer o acolhimento, carinho e testemunho de fé que recebeu nesta diocese e, concretamente, destas comunidades da vigararia da Batalha. Manifestou-se disponível para continuar a servir esta Igreja e o Evangelho junto de nós, embora já não como pastor, múnus confiado ao bispo D. José Ornelas, que assumirá a 13 de Março, para quem pediu “o mesmo bom acolhimento e colaboração” que sentiu nos últimos 16 anos.
Também estas paróquias quiseram agradecer a D. António Marto a sua dedicação e a “sábia e amorosa” partilha do seu episcopado, ofertando-lhe simbolicamente um vinho regional e um ramo de flores. Foi, ainda, lida uma mensagem de saudação e testemunho de “admiração e gratidão” do provedor da Misericórdia da Batalha, Carlos Monteiro, ausente por motivos de saúde.
O serão ficou completo com um breve beberete de convívio informal entre os presentes.
Luís Miguel Ferraz
sexta-feira, 4 de março de 2022
As tentações e as opções de Jesus
1º Domingo da Quaresma | 6 de março de 2022
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Jesus não está só no deserto: Ele está com o Pai. E Lucas refere que o Espírito Santo O acompanha. O tentador é forte, apanha Jesus nos seus próprios terrenos. Se Ele é Filho de Deus, é o criador, a Palavra que tudo criou, então pode mudar as pedras em pão... Jesus recorda-lhe que o verdadeiro alimento é a Palavra de Deus. Se Jesus é Aquele que veio instaurar um Reino novo, então tem necessidade de poder. Mas Jesus não tomará o poder pela força: o seu Reino é precisamente o de seu Pai, e só Ele merece ser adorado. Se Jesus é o Filho de Deus, pode manifestar a sua divindade através de prodígios que ultrapassam os homens. Mas Jesus veio revelar o verdadeiro rosto de Deus, cujo único poder é a força do amor. Qualquer outra imagem é uma caricatura, um ídolo. Pedir-lhe que não seja senão amor, é pô-l’O à prova, é uma tentação.
Com o Espírito Santo, Jesus resiste às tentações. E será sempre o grande vencedor sobre o Maligno. O Evangelho põe-nos diante das grandes opções de Jesus: Ele recusou um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espetaculares, mas por uma proposta de vida em simplicidade e amor.
É claro que é também esse o caminho sugerido aos discípulos que O seguem, nos desertos de hoje.
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Jesus não está só no deserto: Ele está com o Pai. E Lucas refere que o Espírito Santo O acompanha. O tentador é forte, apanha Jesus nos seus próprios terrenos. Se Ele é Filho de Deus, é o criador, a Palavra que tudo criou, então pode mudar as pedras em pão... Jesus recorda-lhe que o verdadeiro alimento é a Palavra de Deus. Se Jesus é Aquele que veio instaurar um Reino novo, então tem necessidade de poder. Mas Jesus não tomará o poder pela força: o seu Reino é precisamente o de seu Pai, e só Ele merece ser adorado. Se Jesus é o Filho de Deus, pode manifestar a sua divindade através de prodígios que ultrapassam os homens. Mas Jesus veio revelar o verdadeiro rosto de Deus, cujo único poder é a força do amor. Qualquer outra imagem é uma caricatura, um ídolo. Pedir-lhe que não seja senão amor, é pô-l’O à prova, é uma tentação.
Com o Espírito Santo, Jesus resiste às tentações. E será sempre o grande vencedor sobre o Maligno. O Evangelho põe-nos diante das grandes opções de Jesus: Ele recusou um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espetaculares, mas por uma proposta de vida em simplicidade e amor.
É claro que é também esse o caminho sugerido aos discípulos que O seguem, nos desertos de hoje.
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