Programa da Paróquia

terça-feira, 23 de abril de 2024

Um passo em frente rumo às unidades pastorais

O tema da evangelização e da conversão pastoral, com a implementação das Unidades Pastorais na Diocese, congregou cerca de sessenta representantes das paróquias da vigararia da Batalha, na tarde do domingo, dia 21 de abril, na paróquia das Pedreiras, na Assembleia Vicarial com a presença do Bispo D. José Ornelas Carvalho.
A Assembleia teve início pelas 15h30 na igreja paroquial, com um momento de oração, invocando o Espírito Santo, pedindo que este processo de discernimento seja vivido na busca da voz e dos desafios que Ele nos coloca e chama a acolher no contexto da Igreja e do mundo atual. Para rezar e introduzir os trabalhos que se seguiam, escutámos juntos a imagem do corpo, usada por São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios. A Assembleia continuou, depois, no salão paroquial da Pedreiras, com uma breve apresentação sobre as Unidades Pastorais e o lançamento do trabalho dos grupos que refletiram sobre quatro questões.

O que sentimos que Deus nos está a pedir?
No plenário, cada grupo teve oportunidade de expressar as suas conclusões. À primeira pergunta, sobre o que sentimos que Deus nos está a pedir no que diz respeito à missão de evangelizar, celebrar a fé e exercer a caridade, as respostas foram no sentido de que nos está a ser pedido que façamos um discernimento da realidade à luz da fé. Em conjunto, em espírito sinodal, escutando-nos uns aos outros, e uns e outros escutando a voz do Espírito, acolher o desafio de sermos comunidades que acolhem, vivem, celebram e testemunham o Evangelho. Voltar ao essencial, à fonte. Sermos uma Igreja próxima, acolhedora, humilde, que escuta a todos, uma Igreja que serve e vive o mandamento do amor, de cristãos comprometidos e empenhados, na diversidade de ministérios e de serviços que se apoiam uns aos outros. Um caminho que se funda na oração, no diálogo e na formação.

Primeiros passos para a implementação das Unidades Pastorais
A segunda questão debruçava-se sobre os primeiros passos para poder concretizar a implementação das Unidades pastorais. Os vários grupos partilharam que é necessário fazer um caminho de reflexão e de trabalho em conjunto, entre as paróquias (promover a diversificação de equipas de leigos interparoquiais ou vicariais), procurar promover a formação dos leigos, e o seu envolvimento nos processos de reflexão e de decisão, e a criação de equipas que possam dar sugestões práticas para que se possam tomar decisões. Neste processo, é importante dar a todos a oportunidade de participar e dar o seu contributo, escutando a todos, e de modo particular os jovens.

Com que paróquias formar as Unidades Pastorais?
Quanto à questão prática, da criação de Unidades Pastorais na zona da vigararia da Batalha, os grupos, apesar de não terem uma resposta plenamente unânime, e de se poderem pensar outras alternativas que possam mesmo passar para além dos atuais limites geográficos da vigararia da Batalha, tenderam para uma possibilidade de formar duas UP: uma constituída pelas paróquias do Reguengo do Fetal, Batalha e Calvaria; outra formada com as paróquias das Pedreiras, Juncal e Aljubarrota.

Dificuldades e oportunidades
Na última questão, os grupos refletiram sobre a abertura das comunidades à proposta das Unidades Pastorais, as dificuldades e oportunidades que se pressentiam em todo o processo da sua implementação. As respostas foram no sentido de que há abertura por parte das comunidades para fazer este caminho de reconversão pastoral e da criação das Unidades Pastorais. Poderá não ser fácil em alguns momentos, devemos contar com as naturais resistências à mudança, além da crítica, e da falta de empenhamento. Mas traz a oportunidade de envolver as comunidades, e mesmo os jovens, em todo o processo, de promover a abertura ao Espírito e à oração em comum para o discernimento do caminho a seguir, assim como a possibilidade de um maior intercâmbio e interajuda entre paróquias. Salientaram ainda como uma oportunidade para promover a formação dos leigos, a diversificação dos ministérios e serviços na comunidade, percebendo novos caminhos e campos de ação.
 
O que Deus nos pede? Qual a nossa missão?
No final da partilha, D. José Ornelas salientou a importância destes momentos para tomar consciência da realidade que estamos a viver e de, em conjunto, em espírito sinodal, discernir a resposta que o Espírito nos convida a dar. A Igreja tem sempre necessidade de voltar às suas fontes, para poder continuar a encontrar a vitalidade que a faça sempre renovar.

A escuta é essencial. Escutar o Espírito, escutar a todos, escutarmo-nos uns aos outros, num caminho de diálogo verdadeiro, que nos ajude a responder a duas questões: O que Deus nos pede? Qual a nossa missão? Sem precipitações, investido na formação ao longo do caminho, levando o tempo que for necessário, envolvendo a todos, padres e leigos, para que cada um possa assumir a sua missão de construir a Igreja, e encontrando forma de chegar junto dos jovens e de os envolver no caminho de discernimento e decisão.

A Assembleia concluiu com um tempo de convívio e lanche para todos os presentes.

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