A Assembleia teve início pelas 15h30 na igreja paroquial, com um momento de oração, invocando o Espírito Santo, pedindo que este processo de discernimento seja vivido na busca da voz e dos desafios que Ele nos coloca e chama a acolher no contexto da Igreja e do mundo atual. Para rezar e introduzir os trabalhos que se seguiam, escutámos juntos a imagem do corpo, usada por São Paulo na Primeira Carta aos Coríntios. A Assembleia continuou, depois, no salão paroquial da Pedreiras, com uma breve apresentação sobre as Unidades Pastorais e o lançamento do trabalho dos grupos que refletiram sobre quatro questões.
O que sentimos que Deus nos está a pedir?
No plenário, cada grupo teve oportunidade de expressar as suas conclusões. À primeira pergunta, sobre o que sentimos que Deus nos está a pedir no que diz respeito à missão de evangelizar, celebrar a fé e exercer a caridade, as respostas foram no sentido de que nos está a ser pedido que façamos um discernimento da realidade à luz da fé. Em conjunto, em espírito sinodal, escutando-nos uns aos outros, e uns e outros escutando a voz do Espírito, acolher o desafio de sermos comunidades que acolhem, vivem, celebram e testemunham o Evangelho. Voltar ao essencial, à fonte. Sermos uma Igreja próxima, acolhedora, humilde, que escuta a todos, uma Igreja que serve e vive o mandamento do amor, de cristãos comprometidos e empenhados, na diversidade de ministérios e de serviços que se apoiam uns aos outros. Um caminho que se funda na oração, no diálogo e na formação.
Primeiros passos para a implementação das Unidades Pastorais
A segunda questão debruçava-se sobre os primeiros passos para poder concretizar a implementação das Unidades pastorais. Os vários grupos partilharam que é necessário fazer um caminho de reflexão e de trabalho em conjunto, entre as paróquias (promover a diversificação de equipas de leigos interparoquiais ou vicariais), procurar promover a formação dos leigos, e o seu envolvimento nos processos de reflexão e de decisão, e a criação de equipas que possam dar sugestões práticas para que se possam tomar decisões. Neste processo, é importante dar a todos a oportunidade de participar e dar o seu contributo, escutando a todos, e de modo particular os jovens.
Com que paróquias formar as Unidades Pastorais?
Quanto à questão prática, da criação de Unidades Pastorais na zona da vigararia da Batalha, os grupos, apesar de não terem uma resposta plenamente unânime, e de se poderem pensar outras alternativas que possam mesmo passar para além dos atuais limites geográficos da vigararia da Batalha, tenderam para uma possibilidade de formar duas UP: uma constituída pelas paróquias do Reguengo do Fetal, Batalha e Calvaria; outra formada com as paróquias das Pedreiras, Juncal e Aljubarrota.
Dificuldades e oportunidades
Na última questão, os grupos refletiram sobre a abertura das comunidades à proposta das Unidades Pastorais, as dificuldades e oportunidades que se pressentiam em todo o processo da sua implementação. As respostas foram no sentido de que há abertura por parte das comunidades para fazer este caminho de reconversão pastoral e da criação das Unidades Pastorais. Poderá não ser fácil em alguns momentos, devemos contar com as naturais resistências à mudança, além da crítica, e da falta de empenhamento. Mas traz a oportunidade de envolver as comunidades, e mesmo os jovens, em todo o processo, de promover a abertura ao Espírito e à oração em comum para o discernimento do caminho a seguir, assim como a possibilidade de um maior intercâmbio e interajuda entre paróquias. Salientaram ainda como uma oportunidade para promover a formação dos leigos, a diversificação dos ministérios e serviços na comunidade, percebendo novos caminhos e campos de ação.
O que Deus nos pede? Qual a nossa missão?
No final da partilha, D. José Ornelas salientou a importância destes momentos para tomar consciência da realidade que estamos a viver e de, em conjunto, em espírito sinodal, discernir a resposta que o Espírito nos convida a dar. A Igreja tem sempre necessidade de voltar às suas fontes, para poder continuar a encontrar a vitalidade que a faça sempre renovar.
A escuta é essencial. Escutar o Espírito, escutar a todos, escutarmo-nos uns aos outros, num caminho de diálogo verdadeiro, que nos ajude a responder a duas questões: O que Deus nos pede? Qual a nossa missão? Sem precipitações, investido na formação ao longo do caminho, levando o tempo que for necessário, envolvendo a todos, padres e leigos, para que cada um possa assumir a sua missão de construir a Igreja, e encontrando forma de chegar junto dos jovens e de os envolver no caminho de discernimento e decisão.
A Assembleia concluiu com um tempo de convívio e lanche para todos os presentes.
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