Programa da Paróquia

sábado, 29 de dezembro de 2018

Uma família sagrada

30 de dezembro de 2018 | Festa da Sagrada Família
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Os Evangelhos falam-nos pouco da vida de Jesus em família. Temos apenas alguns poucos quadros dos primeiros anos da sua vida, entre os quais este com o qual São Lucas encerra a parte que dedica à infância de Jesus: com 12 anos, vai ao tempo de Jerusalém com os seus pais, certamente integrado num grande grupo de familiares e amigos de Nazaré que se dirigiram à cidade santa; e lá fica quando esse grupo de gente volta para a sua terra. Não seria de estranhar que Maria e José O tenham "perdido": pensavam-n'O certamente com os amigos da mesma idade naquela viagem de regresso.

Mas Lucas está mais concentrado na mensagem que quer transmitir: «Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?» A resposta de Jesus é uma conclusão e um pórtico: conclui os primeiros capítulos em que São Lucas apresenta o Filho de Deus nascido de Maria; abre para o que vai seguir-se: toda a vida pública de Jesus, e sobretudo a sua morte e ressurreição já anunciado neste relato. Mais tarde, de novo em Jerusalém, também em contexto pascal, Jesus será de novo abandonado, desta vez pelos discípulos, para ficar de novo três dias por encontrar, até que ao terceiro dia surgirá de novo, ressuscitado, Ele agora novo Templo, revelação plena do Pai.

Maria pode até nem entender tudo, mas guarda todos os acontecimentos no seu coração. Certamente que também José o faz. E Jesus, o Filho de Deus, encontra no seio de uma família o lugar para crescer em sabedoria, estatura e graça. Aquela família é sagrada, como o é chamada a ser cada família: lugar onde Deus vive com os homens.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Nasceu-vos hoje um Salvador!

Com votos de um Santo e Feliz Natal, vivido na alegria de acolher o Deus Menino que, como Luz, se faz próximo de cada um de nós, confiamo-nos a Ele e pedimos a graça de nos deixarmos iluminar e orientar. Que esta proximidade, conforto e luz do Deus-Connosco possa chegar junto dos jovens, neste ano que lhes é dedicado, dos doentes e nos que estão mais sós, e de cada família da nossa comunidade paroquial da Calvaria.

Que a Boa Notícia que ressoa no meio das trevas encontre em cada um de nós o lugar para ser acolhida e testemunhada: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor» (cf. Lc 2, 1-14)

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Dia de Natal: Leituras | Comentário

sábado, 22 de dezembro de 2018

Levar Deus a "visitar" o mundo

23 de dezembro de 2018 | 4º Domingo do Advento
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Ao percorrer o texto do encontro de Maria e Isabel, a nota dominante é a da alegria. Não podia deixar de ser assim, não só pelo facto de serem duas mulheres grávidas, amigas, que se encontram, com tudo o que a gravidez traz de esperança, ternura, amor, alegria… Mas também porque são aquelas mulheres: Isabel que depois de tanto pedir a Deus o dom de um filho, já em idade avançada, recebe esta graça: ei-la grávida de João, o Precursor, aquele que já no seio da sua mãe exulta de alegria pela presença d’Aquele que vai anunciar já presente no meio dos homens: Jesus, o Filho de Deus, de quem está grávida Maria, que traz em si o fruto da sua disponibilidade para acolher a palavra de Deus, e se tornar a Mãe da Palavra, o Verbo de Deus, o Deus connosco.

Maria e Isabel são nesse momento o lugar de toda a esperança, a passagem a um novo tempo, que João anunciará, e Jesus tornará já presente e atuante no mundo. Maria visita Isabel, mas é o próprio Deus que leva em visita. Deus que percorre, em Maria, os caminhos deste mundo para trazer, a quantos O reconhecem, uma vida salva, uma vida boa, bela e feliz.

O Natal é um tempo de fé, de acolhimento de Jesus, d’Aquele que nos faz experimentar a alegria de tornar a vida um lugar de beleza. É tempo de aprender com Maria a deixar-se habitar pela Palavra, e de a transportar pelo mundo fora para que «este vale de lágrimas» possa encontrar-se com uma nova esperança.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Celebrações de Natal e Ano Novo na Paróquia

CELEBRAÇÕES DE NATAL:
Dia 24 de dezembro, segunda-feira,
“Missa do Galo”
- 22h30, na igreja de São Jorge

Dia de Natal, 25 de dezembro, terça-feira:
- 09h30, na igreja do Casal do Relvas
- 11h00, na igreja paroquial.

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA
Dia 29, Missa vespertina, 19h30, em São Jorge
Dia 30, Missa com o Jubileu dos 25 e 50 anos de matrimónio, às 11h, na igreja paroquial

CELEBRAÇÕES DE ANO NOVO
Dia 31 de dezembro, segunda-feira, Missa vespertina
- 19h30, na igreja de São Jorge

Dia 1 de janeiro de 2019, terça-feira:
- 09h30, na igreja dos Casais de Matos
- 11h00, na igreja paroquial da Calvaria

Que devemos fazer?

16 de dezembro de 2018 | 3º Domingo do Advento
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O tema da alegria atravessa as leituras bíblicas deste terceiro domingo do Advento: alegria a que é convidada Jerusalém pela presença salvífica de Deus no seu seio (Sofonias); alegria a que são chamados os cristãos de Filipos diante do anúncio que o "Senhor está próximo" (2ª leitura); alegria inscrita no Evangelho, na boa notícia, a boa nova que João anuncia.

A alegria cristã está ligada a uma relação com o Senhor e tem um preço: a conversão. Converter-se significa operar uma transformação concreta na própria vida. A pergunta “o que devemos fazer?” na boca das multidões, dos publicanos, dos soldados, indica a diversidade de gestos concretos de conversão: a partilha, o não ser pretensioso, o não abusar, o não ser violento. João pede essencialmente que cada um dê espaço ao outro, respeitando, acolhendo.

João não pede gestos radicais. Pede apenas esse espaço de abertura ao Deus Amor que vem, empenhando-se numa vida de abertura àqueles que nos acompanham na vida presente.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Festa da Luz das crianças do 3º ano


No passado dia 1 de dezembro, sábado, as crianças do 3º ano da catequese dos centros da Calvaria e São Jorge, viveram a Festa da Luz, na qual foram também apresentadas as duas crianças deste ano que se preparam como catecúmenas para o Batismo.

Esta celebração, a partir do símbolo da luz, evoca o Batismo, no qual se acede uma vela no Círio Pascal, sinal de Cristo Ressuscitado. Acolhendo a luz de Jesus, como Ele, somos convidados a viver na luz, a amar até ao fim!

É neste contexto de evocação do Batismo que também se usa a água batismal para a aspersão da assembleia. Por isso, esta é também uma oportunidade para que as crianças que se preparam para o Batismo poderem fazer os primeiros ritos da sua caminhada, como a apresentação, a signação, e a unção com o óleo dos catecúmenos.

Com a leitura do Evangelho, a luz que se tinha apagado anteriormente, vai começando a surgir de novo: primeiro com a presença do Círio, depois com o acender das velas das crianças, depois com o acender das velas das família... até que de novo a igreja voltou a estar iluminada para acolher Jesus que se faz presente na Eucaristia, na qual estas crianças se preparam para participar plenamente pela Primeira Comunhão.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

"Preparai o caminho do Senhor..."

9 de dezembro de 2018 | 2º Domingo de Advento
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João Baptista é uma das referências essenciais deste tempo de Advento. Quando se trata de nos prepararmos para acolher Jesus que vem, nada como voltar a escutar esta voz do deserto (e o deserto é sempre um lugar significativo da essencialidade e, por isso, do encontro com Deus...). Não se trata de fazer umas «obras de fachada» para parecer bonito, mas de obras profundas, estruturais: endireitar veredas, altear vales, abater montes e colinas... Esta voz profética clama pela renovação estruturante do ser, pela capacidade de reorganizar a vida, pela conversão.

É verdade que a voz profética nem sempre é fácil de escutar... Com facilidade se arranjam rótulos: isso são coisas do passado, agora é toda a gente assim, não podemos ser retrógradas, essas coisas são muito bonitas de dizer mas não se podem viver no contexto atual... e tantas outras frases feitas, gratuitas, e talvez como uma “bela desculpa” para manter vales e montes, e tortas as vias por onde se caminha na vida.

De facto, a conversão não é apenas obra nossa, mas depende de nós a abertura ao Deus que bate à porta para que Ele em nós nos possa renovar interiormente na nossa forma de pensar, de sentir, de agir.

Neste caminho de Advento, encontramos o convite à conversão: deixar ressoar em nós esta voz, não ter mede de ousar o deserto para que se dê o encontro capaz de nos transformar. Sim, porque só o Amor é capaz de nos fazer mudar, e só entrado na relação de amor com o Amor que vem ao nosso encontro nos podemos tornar pela palavra e pela vida, presença profética neste nosso mundo de hoje.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O tempo da espera e da esperança

2 de dezembro de 2018 | 1º Domingo do Advento (início Ano C)
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O novo ano começa com um apelo de Jesus à esperança: erguei-vos... levantai a cabeça... tende cuidado convosco... vigiai... orai em todo o tempo... Verbos carregados da força de Deus que, fazendo-se um connosco, não deixa nunca de estar presente pelo Seu Espírito, a dar sentido ao Advento que é a vida de cada um de nós: uma espera constante da Sua vinda definitiva, quando Ele for tudo em todos.

No Natal, celebraremos a Sua primeira vinda; no Advento, preparamo-nos para a última. Uma espera ativa que se faz de vigilância e oração, de estar atento (vigiar) a nós mesmos para sermos o lugar onde o humano e divino se continuam a encontrar (oração) no projeto comum do Reino. Neste caminho, cuidar constantemente de coração para que não se torne pesado por tudo quanto pode "prender-nos" noutros projetos sem Reino.

A Coroa de Advento, que somos convidados a fazer ao longo deste tempo, marca a esta progressividade do Encontro com a Luz, sabendo que se faz de tantos pequenos encontros onde se pode acolher Aquele que não deixa o coração ficar “pesado”. Nesta primeira semana, o desafio ao encontro na oração.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Uma realeza feita serviço e entrega até ao fim

25 de novembro de 2018 | Solenidade de Cristo Rei
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É quando está subjugado, diante de Pilatos, que Jesus declara a sua realeza: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».

Esta realeza de Jesus não tem nada a ver com a lógica de realeza a que o mundo está habituado. Jesus, o nosso "Rei", apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza, sem o apoio dos grupos de pressão que fazem os valores e a moda, sem qualquer compromisso com as multinacionais da exploração e do lucro.

Diante dos homens, Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada: só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus projetos, de dom da vida, de solidariedade com os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas “armas” que Ele vai combater o egoísmo, a auto-suficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o mundo avaliza e enaltece...

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Esperar é viver em permanente conversão

18 de novembro de 2018 | 33º domingo do Tempo Comum
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O anúncio da vinda do Senhor não afasta o crente do hoje deste mundo. Pelo contrário, exige-lhe a capacidade de assumir o presente, a terra onde vive e de amá-la, e aprender com ela, com aquele olhar que sabe ver o brotar da vida nos ramos da figueira...

Jesus anuncia a vinda do "Filho de homem" como certa, mas o seu momento é incerto: o crente pode, por isso, assumir este tempo, nesta terra, espiritualmente, como uma espera que se pode converter em resistência (força nas adversidades e tribulações da história), paciência (capacidade de viver o incompleto do quotidiano), em perseverança (recusa em fazer a apologia do pessimismo), e em fé que acredita mais no invisível, com segurança e firmeza, do que no visível.

O desaparecimento das realidades celestes é anunciado como um acontecimento divino. Mas o sol, a lua, os astros e as forças celestes eram, no panteão dos antigos romanos (e Marcos escreve aos cristãos de Roma) consideradas divindades. Por isso, no Evangelho deste domingo não está representado "o fim do mundo" mas "o fim de um mundo", a queda do mundo dos deuses pagãos, destronados pelo Filho do homem. Por isso, anunciando a sua vinda gloriosa, Jesus pede, como gesto profético, a conversão: esperar o Senhor significa viver em permanente conversão.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Festival de Sopas nos Casais de Matos

No próximo sábado, dia 17 de novembro, no Salão de Convívio dos Casais de Matos, decorrerá o 1º Festival de Sopas dos Casais de Matos. organizado pela Comissão da Igreja local, este evento terá início pelas 20h.

As inscrições são feitas junto dos elementos da Comissão, ou pelos telefones 91046511, 915775494 ou 919672956.

Comissão de Festa promove venda de morcelas

No próximo sábado, dia 17 de novembro, a partir das 12h, no Salão paroquial, haverá uma venda de morcelas promovida pela Comissão da Festa em honra de Santa Marta de 2019.

Podem fazer-se encomendas através do nº 918702927.

Tudo o que tenho, a Ti entrego...

11 de novembro de 2018 | 32º Domingo do Tempo Comum
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Quanto maior é a relação (amor) com alguém (e a relação nasce do encontro, conhecimento, diálogo, entrega e acolhimento, compromisso, persistência e fidelidade...), maior é a confiança que nos une. Assim uns com os outros, assim com Deus. «Confiança» é das palavras que melhor traduza o termo «fé»: a fé é a essencialmente a confiança que nasce da relação com Deus, só possível porque acolhemos em primeiro lugar a confiança que Deus tem em nós...

Confiar e confiar-se. É o que Jesus é capaz de perceber no gesto simples de uma viúva que deita na caixa do tesouro do Templo duas pequenas moedas. Para além do som das moedas que caiem no tesouro, Jesus tem o olhar de Deus que vê no mais íntimo do ser daquela mulher: «ela ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuís para viver». Não se trata da quantidade da dádiva monetária, mas da quantidade de confiança que é depositada nesta oferta. Neste gesto podemos perceber a oração da viúva: «tudo o que tenho, a Ti te entrego: sou toda tua; nas Tuas mãos está a minha vida!». Talvez a atravessar um momento dramático, talvez no limite das suas possibilidades, talvez envolvida pela «noite», a confiança em Deus é a sua única esperança. E arrisca lançar-se.

Não sabemos o seu nome, a sua história, o que lhe terá acontecido... Mas essa viúva anónima permanece na história dos exemplos supremos da fé. Sabemos também que Deus, em Jesus Cristo, viu o seu gesto de amor, e que esse olhar é aquele que também nos olha a nós hoje.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Celebração do Crisma na Calvaria

A celebração do Crisma na paróquia da Calvaria realizou-se no passado dia 30 setembro de 2018, para o grupo que terminou o 10º ano em São Jorge e na Calvaria no ano pastoral de 2017+18, assim como para o grupo dos adultos que fizeram a sua preparação ao longo desse mesmo ano.

Após a conclusão do 10º ano, o grupo dos crismandos teve ainda a oportunidade de se preparar para a celebração deste sacramento no início do novo ano pastoral, o que incluiu também um breve retiro e alguns encontros e ensaios durante o mês de setembro, nos quais o grupo dos adultos foi também convidado a estar presente.

Para o ano pastoral de 2018+19, a celebração do Crisma está agendada para o dia 29 de setembro de 2019, às 17h, na igreja paroquial da Calvaria. Estão já a decorrer as catequeses com o grupo dos adultos que se prepararam para celebrar este sacramento.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Crianças do 1º ano acolhidas na Comunidade

A primeira festa da catequese é o Acolhimento das Crianças do 1º ano, que aconteceu no passado fim-de-semana: no sábado, dia 27 de outubro, em São Jorge, e no domingo, dia 28, na Calvaria. Além de se apresentarem à Comunidade, as crianças que agora iniciam a sua caminhada na catequese paroquial, disseram que queriam tornar-se cada vez mais amigas de Jesus e, para isso, ir sempre à Catequese.

Os mais velhos, do 10º ano, estiveram também envolvidos na celebração. Como "irmãos mais velhos", encaminharam os mais pequeninos, ajudaram-nos em algumas pequenas tarefas, e depois expressaram a alegria de as acolher e de as querer ajudar partilhando com elas um pequeno "mimo" de boas vindas. Os pais, e toda a Comunidade, também se comprometeram a dar um verdadeiro testemunho de vida cristã, e ajudar as crianças a crescer na fé.

Um retorno à Fonte

4 de novembro de 2018 | 31º Domingo do Tempo Comum
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O “mandamento do amor” reorienta-nos sempre e de novo ao essencial, e faz-nos revisitar a originalidade do sonho de Deus para a humanidade: viver no Amor. Amor a Deus, com todas as energias e dimensões do nosso ser, indissociável do amor ao próximo, com as mesmas energias e dimensões. Um e outro não vivem isolados: cruzam-se e exigem-se mutuamente.

A vida de Jesus é expressão da maturidade no amor que também nos convida a viver: “o seu amor pelo Pai levava-o a retirar-se para o monte para rezar, a erguer os olhos para o céu antes de fazer milagres, mas ao mesmo tempo ia ao encontro dos doentes, dos excluídos, dos pecadores, das multidões perdidas como ovelhas sem pastor. E depois, na cruz, vira-se para seu Pai, mas também para o ladrão crucificado ao seu lado, para Maria e João, para os verdugos que não sabiam o que faziam”… Fica o convite a beber na Fonte: Jesus Cristo, na sua Vida, como na sua Palavra, é o lugar da redescoberta sempre renovada da frescura do amor pleno.

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Romagem aos Cemitérios:
2 de novembro: 19h30 - Missa na Calvaria, seguida da romagem ao cemitério da Calvaria
3 de novembro: 19h00 - Missa em São Jorge, seguida de romagem aos cemitérios de São Jorge

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, a 2 de novembro, é uma continuação lógica da festa de Todos os Santos do dia anterior. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Batismo. Continuam todos unidos a nós. A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.

É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra «aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz» (Prece Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva.

O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano). É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.

O Reino dos Céus, não um lugar, mas uma relação

1 de novembro | Solenidade de Todos os Santos

Promessa e programa! Ninguém pense nas bem-aventuranças como uma alegria isenta de prova e sofrimento, um "bem-estar" mundano. Elas permitem experienciar que aquilo que se é e se vive tem sentido, dá “convicção”, dá uma razão pela qual vale a pena viver. Esta felicidade mede-se no fim do caminho, no Reino, porque estando presente durante o caminho, por vezes, é contrariada por privações e sofrimento, pela Paixão.

A promessa feita solenemente por Jesus, palavra poderosa de Deus, é o Reino dos Céus, não um lugar, mas uma relação: estar com Deus, ser seus Filhos, tal como quem não é bem-aventurado permanece longe e separado de Deus. Este Reino, onde Deus reina plenamente é a comunhão dos Santos do céu e da terra, a comunhão dos irmãos de Jesus, dos Filhos de Deus que nós cristãos deveríamos viver conscientemente mas que, por causa da nossa philautía, do nosso egoísmo, não chegamos sequer a crer firmemente. Esta experiência do Reinar de Deus sobre nós podemos fazer aqui e agora, seguindo Jesus: acontece quando sobre nós não reinam nem ídolos, nem poderes de nenhum tipo, quando sentimos que apenas Deus e o Evangelho de Jesus nos determinam, nos movem, nos mantêm de pé. Nestas circunstâncias podemos dizer, com humildade mas com assombro, sem pensar que somos merecedores, que Deus reina em nós, e que portanto o Reino de Deus chegou: sempre, porém, de forma não observável (cf. Lc 17,20), por nós reconhecido apenas parcialmente, sempre de forma frágil, que podemos negar com o nosso não amor.

in: Mosteiro de Bose

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

«Mestre, que eu veja»

28 de outubro de 2018 | 30º Domingo do Tempo Comum
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“Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem”. A citação é do Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago.

A história do Bartimeu é a de um cego que quer ver. E sabe onde encontrar a vista. A vista e a vida. A alegria de saber o caminho a seguir. Apesar dos obstáculos da multidão que o quer calar, não desiste da sua busca do «Filho de David», o Messias esperado, aquele que os profetas anunciaram como o que vem dar vista aos cegos.

E aí está ele, persistente, na sua busca. E Jesus escuta-o. Manda-o chamar. Agora já com o apoio daqueles que são enviados por Jesus: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». Missão grande a daqueles que acolhem o desafio de Jesus para dar luz ao olhar dos homens: encorajar, fazer levantar, recordar que Ele chama e ama, e por isso faz recuperar a Vida.

Por vezes também nós "estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que vendo não vêem"... e precisamos de reconhecer que só Ele é capaz de dar visão nova à vida. Também nós, ao lado de Jesus, podemos assumir esta missão de ser, no mundo, fonte de esperança: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te».

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Agarrar a missão de servir

21 de outubro de 2018 | 29º Domingo do Tempo Comum
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É normal que toda a pessoa procure ser reconhecida. A sua dignidade depende disso. Mas será necessário, para ser reconhecido, procurar passar à frente dos outros, sem qualquer escrúpulo?

Que cada um tome o seu lugar, mas não reclame o primeiro. Jesus não vem dar conselhos, mas oferecer o seu testemunho, e convida os discípulos a acolher o mesmo estilo de vida, a beber do mesmo "cálice": Ele, que era de condição divina, tomou o lugar de escravo. Jesus não prega o abaixamento pelo abaixamento. Quem escolhe o serviço é elevado por Deus ao lugar de “grande”, Deus dá o primeiro lugar a quem escolheu o último. É Deus que altera as situações que o homem, na sua liberdade, escolhe para ser verdadeiro cidadão do Reino de Deus.

Como servir? Este Dia Mundial das Missões recorda-nos a nossa vocação a sermos servidores do Evangelho… Concretamente, como fazer passar o Evangelho antes dos nossos próprios desejos? Fazer passar o respeito pelo outro antes da nossa própria vantagem? De que maneira vamos poder servir nesta semana? Ousaremos fazê-lo em nome de Cristo Servidor? Estamos dispostos a agarrar a missão de servir?

sábado, 13 de outubro de 2018

O olhar de simpatia de Jesus

14 de outubro de 2018 | 28º Domingo do Tempo Comum
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O homem que se aproxima de Jesus procura «alcançar a vida eterna», mas falta-lhe uma visão certa desta «Vida». Fica-se pelo “fazer”. Jesus convida-o a mudar de lógica: não se trata de vida eterna a ganhar, mas de seguir Jesus. Como se a vida eterna fosse estar com Jesus! Eis a grande transformação que Jesus vem provocar. Não se trata primeiro de fazer esforços para obedecer a mandamentos; trata-se primeiro de entrar numa relação de amor com Jesus. Mais profundamente ainda, trata-se primeiro de descobrir que Jesus, Ele em primeiro lugar, nos ama.

É neste contexto que se compreende a referência de Marcos: “Jesus olhou para ele com simpatia (amor)”. É este olhar que transforma tudo. Jesus quer fazer compreender ao homem rico que lhe falta o essencial: deixar-se amar em primeiro lugar, descobrir que todos os seus bens materiais nunca poderão preencher esta necessidade vital para todo o homem de ser amado. As riquezas do homem impediram-no de ler tudo isto no olhar de Jesus. O homem partiu. Mas Jesus não lhe retirou o seu olhar de amor…

Apresentação dos catequistas dá início à catequese

Catequistas do centro da Calvaria
As atividades da catequese da paróquia da Calvaria tiveram início no passado fim-de-semana, com a apresentação e compromisso dos catequistas. No sábado, dia 6 de outubro, os catequistas de São Jorge foram apresentados à comunidade, dinate da qual se comprometeram a colaborar na missão evangelizadora da Igreja através da catequese, a ajudar os pais na sua missão de principais educadores da fé dos seus filhos, e a dignificar a sua própria missão pela preparação e testemunho de vida. O mesmo compromisso foi assumido depois, no domingo, dia 7 de outubro, pelo grupo dos catequistas da Calvaria.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

«Não separe o homem o que Deus uniu»

7 de outubro de 2018 | 27º Domingo do Tempo Comum
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“Não separe o homem o que Deus uniu…” Jesus coloca o dedo na ferida… O divórcio é sempre um fracasso, um sofrimento. Mas entrou nos costumes como uma realidade normal, um “direito”! Jesus está contra a corrente… Palavra incompreensível para muitos homens e mulheres, qualquer que seja a sua idade!

Na sua resposta aos fariseus, Jesus recorre a um critério a que geralmente se presta pouca atenção. Vai ao “princípio da criação”, à vontade primeira, à vontade criadora de Deus. Ora, esta vontade é que os seres humanos se tornem “imagens de Deus”, na medida em que aceitem entrar uns e outros nas relações de amor recíproco, porque Ele, Deus, é eterno movimento de amor no seu Ser mais profundo. O casal humano, antes mesmo da questão da procriação, é chamado por Deus a tornar-se o primeiro lugar de incarnação deste movimento de amor. O amor humano, sob todas as suas formas, não nasceu dos acasos da evolução biológica. É dom de Deus. Quando os homens recusam este dom, impedem Deus de imprimir neles a sua imagem. Na realidade, vão contra a vontade criadora, introduzem uma desordem na criação tal como Deus a quis. Porque Ele escuta plenamente o seu Pai e acolhe sem quaisquer reticências nem recusas a vontade de amor do seu Pai, Jesus, e apenas Ele, pode colocar-nos na luz de Deus Criador e da sua vontade criadora. Mas isso supõe que aceitemos escutar Jesus, tomar Jesus na nossa vida. Só poderemos compreender a exigência de unidade e de fidelidade no amor humano se aceitarmos tornar-nos, dia após dia, discípulos, mais ainda, amigos de Jesus.
v Para resolver os nossos problemas afetivos, temos razão em recorrer à psicologia, à psicoterapia do casal. Mas isso não basta. A verdadeira falta é uma falta de profundidade espiritual. Não servirá de nada a Igreja repetir sem cessar a sua oposição ao divórcio se, primeiro, não fizer imensos esforços para ajudar a redescobrir um verdadeiro acompanhamento com Jesus, revelador do amor do Pai.

in: Portal dos Dehonianos

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Assembleia Diocesana a 7 de outubro

Domingo 7 de outubro, 15h00, no Seminário de Leiria

No início do novo ano, sob o lema “Quem és tu, Senhor”, em que se procurará ir ao encontro dos jovens, para os escutarmos e lhes possibilitarmos o encontro com o Senhor vivo que enche de alegria e confiança as nossas e as suas vidas, o Sr. Bispo convocar os fiéis da Diocese para a ASSEMBLEIA, que terá lugar na tarde do domingo, 7 de outubro, no ginásio do Seminário de Leiria.

O programa será o seguinte:
15h00 | Acolhimento, painel com testemunhos e interpelações de jovens, momentos musicais;
16h15 | Apresentação da Carta Pastoral (D. António Marto);
16h40 | Momento de oração.

Texto da convocatória AQUI

«Quem não é contra nós é por nós"

30 de setembro de 2018 | 26º domingo do tempo comum
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Num tempo em que somos tantas vezes confrontados com fundamentalismos, e não apenas no âmbito do religioso, a atitude de Jesus faz-nos de novo, e sempre, perceber como o caminho para a verdade plena se encontra na partilha, no esforço da unidade na diversidade.

A tentação dos discípulos que tentam impedir aqueles que "não estão connosco" não é apenas daqueles tempos: é a tentação constante do isolamento nas áreas de segurança e conforto que facilmente culpabiliza o que é estranho... Nestes tempos, como nos de Jesus, é preciso relançar sempre o espaço do encontro, da partilha, do vencer das barreiras que se levantam perante o que é estranho ou diferente. É preciso lançar-se sempre na busca da verdade mais plena, em que o primeiro esforço é o pessoal de "cortar" o que está a mais e distorce o olhar e a ação, e buscar sobretudo uma coerência de vida que seja capaz de lançar para a Verdade plena que se encontra apenas em Deus.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

A alegria da fé no caminho dos jovens

O Bispo de Leiria-Fátima, cardeal D. António Marto, acaba de publicar a sua Carta Pastoral para o biénio de 2018-2020, dedicado ao tema "Jovens, fé e vocação”.

O documento, com o título "A alegria da fé no caminho dos jovens", pode ser lido já na página da diocese de Leiria-Fátima.

«Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos»

23 de setembro de 2018 | 25º domingo do Tempo Comum
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“Que discutíeis no caminho? Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior”. Ser o maior, o primeiro, o melhor, o mais forte… É a terrível tentação do poder! Ela nunca deixou de rodear o próprio Jesus. As suas três tentações, no deserto, andam à volta do poder. Em toda a sua vida, até à cruz, esta tentação vai acompanhá-l’O sempre… Variadas vezes, Jesus repreende os seus discípulos, coloca-os de aviso contra a tentação do poder: “Se alguém quer ser o primeiro, que ele seja o último de todos e o servidor de todos”. Jesus pregou tudo isso com palavras e com atos. Basta recordar o episódio do lava-pés na última ceia. O poder, para Jesus, é serviço ao crescimento do amor e da vida.

O sinal daquela criança que Jesus coloca no meio dos discípulos continua a desafiar-nos: "Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos"

É preciso reconhecer que, mesmo na Igreja, há ainda muito caminho a fazer. É preciso intensificar o nosso cuidado e a nossa súplica, para que o Espírito não deixe nenhum membro da Igreja tranquilo, a fim de que todos sejamos interpelados pelo Evangelho do serviço: disso depende também a credibilidade do testemunho cristão no mundo!

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

«E vós, quem dizeis que Eu sou?»

16 de setembro de 2018 | 24º Domingo do Tempo Comum
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O texto do Evangelho põe-nos diante da pergunta de Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Jesus faz-nos a pergunta essencial: Quem é Ele para nós? Dependendo da resposta, assim será a nossa relação com Ele.

O desafio da fé passa por este olhar que Pedro conseguiu ter: um olhar profundo que vê para além das aparências e reconhece em Jesus Cristo o verdadeiro Deus, o Messias. Acolher Jesus como o nosso salvador implica também a descoberta da sua missão de nos revelar a nossa própria identidade de pessoas humanas: seguir Jesus é o caminho da nossa própria felicidade. Um caminho que é feito de confiança em Deus e entrega aos homens. Um caminho que é feito na certeza de que a cruz é caminho para a ressurreição.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Inscrições na catequese paroquial


As inscrições para a catequese vão decorrer nos dias 14 e 15 de setembro, nos centros de catequese da Calvaria e de São Jorge. Na sexta-feira, dia 14, serão das 21h às 22h30. No sábado, dia 15, das 15h às 17h.

Todas as crianças que se inscrevem pela primeira vez assim como os que renovam a sua inscrição deverão fazê-lo nestes dias. Na inscrição será entregue o programa do ano, e deverão adquirir o catecismo, assim como dar o contributo de 2,50€ para as despesas da catequese, o que inclui o seguro de responsabilidade civil para os catequizandos.

Para confirmar todos os dados, deverão fazer-se acompanhar da cédula de vida cristã e do cartão de cidadão. Os encontros de catequese iniciam depois a partir do dia 10 de outubro.

«Efatá!» - Abre-te

09 de setembro de 2018 | Domingo 23º do Tempo Comum
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Ao contar a cura do "surdo que mal podia falar" (Mc 7, 31-37), Marcos descreve toda a ação de Jesus, cheia de gestos significativos, e apenas uma palavra: "Efatá" que quer dizer "abre-te". Todo o momento "sacramental", em que a palavra acompanha os gestos, para fazerem acontecer, pela ação de Deus, aquilo que significam: os ouvidos daquele homem abrem-se para escutar as palavras e a Palavra (o Verbo de Deus - Jesus Cristo), e a sua língua sai da prisão em que estava para poder falar corretamente. Aquele homem, fechado à comunicação, torna-se um homem novo pelo encontro com Jesus Cristo que o abre à relação com os outros e com Deus.

O encontro com Jesus é marcado por esta abertura à relação. A pessoa que se redescobre na sua identidade essencial de comunhão, à imagem do Deus de Amor. Um encontro que faz sair de si mesmo, estar atento e escutar os outros e o próprio Deus, estar disponível para partilhar e dialogar, para anunciar, para juntar a sua voz à da comunidade que proclama, como aqueles que viram o milagre: "tudo o que faz é admirável".

No Batismo, um dos gestos (que passa muitas vezes despercebido) é precisamente este do rito do "Efatá" que é acompanhado pela oração: «O Senhor Jesus, que fez ouvir os surdos e falar os mudos, te dê a graça de, em breve, poderes ouvir a sua palavra e professar a fé, para louvor e glória de Deus Pai». É esta a vocação do batizado: escutar a palavra e professar a fé. Estar aberto à relação, comunhão e partilha de vida.

sábado, 1 de setembro de 2018

Mais importante que as tradições, o mandamento de Deus

2 de setembro de 2018 | Domingo 22º do Tempo Comum
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Perante a acusação de que alguns dos seus discípulos não seguiam as tradições, Jesus oferece um novo olhar sobre a lei. Denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da “lei” um valor absoluto, esquecendo que a “lei” é apenas um caminho para chegar a um compromisso efetivo com o projeto de Deus. E é nesta adesão da fé, na relação de confiança absoluta em Deus, que se compreendem as consequências morais para a vida. Na perspetiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das “leis”, mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos. É na adesão que se deixa o coração aproximar do coração de Deus para que dele saiam as atitudes que exprimem o mesmo amor que se recebe de Deus.

A lei de Deus está inscrita no nosso coração, conhecemos a sua vontade, sabemos muito bem o que agrada a Deus. E bem sabemos que o seu primeiro mandamento é o do Amor. Cabe-nos a nós deixar que o viver de acordo com essa vontade, o cumprimento dessa “lei”, seja um caminho de encontro, de amizade, de fidelidade ao Amor de Deus.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Perante Jesus, a necessidade de optar

26 de agosto de 2018 | Domingo 21º do Tempo Comum
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Depois de tudo o que Jesus disse sobre si mesmo como o Pão Vivo que desceu do céu, e da necessidade de comer o seu corpo e beber o seu sangue para ter a vida eterna, muitos dos seus discípulos ficaram escandalizados: «Estas palavra são duras!» Mas Jesus não volta atrás: quem quer percorrer o caminho da verdadeira vida terá de aceitar verdadeiramente Jesus, acolher de verdade o seu ser, viver com Ele por dentro... «Quem come a carne e bebe o sangue de Cristo conhecerá a ressurreição e viverá para sempre em sólida comunhão com Cristo pela qual permanece e habita em Cristo assim como Cristo permanece e habita nele: corpo no Corpo e Corpo no corpo!»

Perante a necessidade de optar, de aderir ou não a Jesus, muitos dos discípulos afastam-se... De facto, Jesus nunca se impõe à força: é sempre necessária a adesão livre à sua pessoa e à sua mensagem, pois só na liberdade é possível a total entrega de amor. O afastamento de muitos não O deixa com medo de que todos se afastem. Pelo contrário, vai desafiar mesmo aqueles que são mias próximos, o grupo dos Doze: «Também vós quereis ir embora?»

Confrontados também eles com a necessidade de fazer opções, escolhem Jesus e a sua mensagem, escolhem comer o Corpo de Jesus, beber o seu Sangue: é Pedro que em nome da comunidade professa a fé: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».

Perante a necessidade de optar, estamos também nós, hoje, neste mundo cheio de propostas: teremos a capacidade de aderir a Ele como aquele que tem de verdade as «palavras de vida eterna»? Será a nossa adesão verdadeiramente marcante na nossa vida? Celebramos na Eucaristia esta adesão total a Cristo ressuscitado, vencedor da morte?

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

"Comer" e "beber" Jesus é deixar-se habitar

19 de agosto de 2018 | 20º Domingo do Tempo Comum
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Jesus não pára de repetir que os seus discípulos devem comer a sua carne e beber o seu sangue! A linguagem é chocante para a nossa sensibilidade e forma de pensar atual... Sabemos, é certo, que São João escreve depois da ressurreição de Jesus, e que as palavras de Jesus só se podem aceitar e compreender a essa luz.

Uma das palavras-chave do discurso de Jesus é “morar”. Morar com alguém é entrar na sua intimidade, para ficar juntos. É isso que Deus quer: “estar com” os homens, ser o “Emanuel”, para que nós estejamos também com Ele. Não podemos aceder ao sentido profundo das palavras de Jesus sobre a sua carne a comer e o seu sangue a beber se não nos colocarmos no registo do amor que exige a presença, o “estar com” das pessoas que se amam.

No amor é tudo ou nada... é tal o amor de Deus por nós, manifestado em Jesus, que Ele quer dar-Se na totalidade do seu ser, e quer que esse dom dure para sempre. Ao escolher o sinal do banquete eucarístico para colocar em nós a sua presença de Ressuscitado, Jesus quer enraizar-Se em nós e alimentar com o gérmen da Vida eterna: “quem comer deste pão viverá eternamente”.

Participar na Eucaristia, comungar do corpo e do sangue de Jesus ressuscitado, é oferecer-Lhe o nosso “espaço humano” muito concreto, toda a nossa pessoa para que Ele venha habitar em nós.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu»

12 de agosto de 2018 | 19º Domingo do Tempo Comum
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“Esse homem não é Jesus, filho de José? Conhecemos bem seu pai e sua mãe. Como pode dizer «Eu desci do céu»?” Os adversários de Jesus discutiam a sua origem e a sua pretensão exorbitante. Devemos reconhecer que a dificuldade dos compatriotas não era pequena. Jesus não tinha nada de extraterrestre. Se estivéssemos lá, talvez tivéssemos a mesma atitude…

Para descobrir o mistério profundo de Jesus, é preciso ir para além das aparências, é preciso acolher a luz que vem da Palavra de Deus, ter o olhar da fé. A fé é uma “luz obscura”, pede um salto numa “confiança noturna”, na noite. Isso verifica-se já nas nossas relações humanas de amor e de amizade. A fé-confiança não é uma evidência “científica” que leva a uma adesão imediata da inteligência. A fé só se pode aceitar e viver numa relação de amor, de amizade. Para além das aparências…

Só podemos aceitar a Palavra de Jesus se nos abrirmos a Deus. Jesus pede aos seus discípulos para terem confiança: “Crede em Deus, crede também em Mim”. A fé é uma graça, um dom gratuito. Mas é também um combate. Somos reenviados a uma escolha que, certamente, não suprime as exigências da nossa razão, mas ultrapassa-as, porque aceitamos entrar numa relação de amor e de amizade com Jesus, “o filho de José”, que reconhecemos também como “o Filho de Deus”.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

«Quem vem a Mim nunca mais terá fome...»

5 de agosto de 2018 | 18º Domingo do Tempo Comum
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Após a multiplicação dos pães, uma multidão segue Jesus. Jesus percebe que pode haver equívocos nesta procura: «vós procurais-Me porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna…»

A confusão é, como acontece tantas vezes, entre a satisfação das necessidades do momento e a realização da pessoa na sua totalidade, como acontecia também na primeira leitura deste Domingo, onde o povo reclama da sua liberdade: preferia estar na escravidão do Egipto onde tinha comida em abundância.

É a confusão que pode surgir, ainda hoje, quando se «recorre» a Deus para lhe pedir que faça os milagres que satisfazem as nossas necessidades materiais imediatas, em vez de ousarmos entrar numa relação plena de confiança em que deixamos que Ele realize em nós o maior de todos os milagres: a conversão do pensamento, do coração e da vida para que, com Ele em nós (comendo deste «Pão»), o nosso projeto de vida seja identificado com o de Jesus – viver não para si mesmo, mas no amor que se faz dom, na partilha daquilo que se tem e é, no serviço simples e humilde – que trazem para esta vida o sabor da eternidade.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

29 de julho: Convívio de Santa Marta



Dia 29 de julho, domingo, ocorre a festa litúrgica de Santa Marta, padroeira da paróquia da Calvaria.


Nesse dia haverá um momento de oração na igreja, às 21h, seguido de procissão de velas com a oração do terço. No final, haverá ainda as tradicionais filhoses e café d’avó no adro da igreja.

A procissão segue o seguinte percurso: Largo da Igreja, Rua dos Padeiros, Rua de Santa Marta, Rua das Almuinhas até à Casa do Povo e regresso pela Rua das Almuinhas até à Igreja; 

Do pouco, Jesus faz muito...

29 de julho de 2018 | 17º Domingo do Tempo Comum
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Durante alguns domingos, vamos interromper a leitura do Evangelho de São Marcos para escutar o sexto capítulo do Evangelho de São João. Inicia-se com o relato da multiplicação dos pães e dos peixes (deste domingo) para continuar depois com toda a catequese do «Pão da Vida».

Já neste sinal se dá a entender a dimensão eucarística: Jesus que dá graças e distribui... e do pouco se faz muito. Da partilha, doze cestos de sobra. Mas um outro alimento irá saciar bem mais: Jesus é o Pão que sacia de verdade a fome que sente cada um no mais íntimo de si mesmo.

Realce para a atitude do rapazito, com os seus cinco pães e dois peixes: pode parecer tão pouco para toda aquela gente, mas Jesus do pouco faz o muito: «Quando damos amor, amizade, um pouco do nosso tempo ou simplesmente um sorriso, quando procuramos respeitar o outro, sem o julgar, quando fazemos um caminho de perdão… Jesus serve-Se desse pequeno pouco para construir connosco, pacientemente, dia após dia, o seu Reino.»

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Parar para dar sentido ao (bem) que se faz...

22 de julho de 2018 | 16º Domingo do Tempo Comum
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Aos doze que voltam da sua missão de anúncio, de cura e libertação, que contam entusiasmados tudo o que, em nome de Jesus, tinham feito, Jesus convida-os para um tempo novo: «vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». E o texto do Evangelho explica porquê: «havia tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer».

Jesus sabe da necessidade de não se perderem no ativismo; é preciso fundamentar a ação a partir do essencial. Não é um tempo de «férias», mas quase como que um «retiro»: estar num lugar isolado na companhia de Jesus. É desse encontro, desse estar com Ele, que resulta uma ação missionária consistente. Não apenas fazer, mas «fazer bem o bem que se faz» (D. António Marto). Agir a partir do coração de Jesus: por isso a necessidade de estar com Ele para conhecer o seu coração, e amar e agir no mundo com o seu coração.

A multidão, no entanto, não deixa de procurar Jesus... Ao desembarcar e ver toda aquela gente, Jesus «compadeceu-Se». Esta compaixão vem de sentir que são como «ovelhas sem pastor»: não têm um rumo assumido, um sentido para a vida, andam perdidos, desorientados... Por isso, Jesus ensina-lhes «muitas coisas». De facto, a mais fundamental das ações que a comunidade cristã é convidada a ter é precisamente esta que de se «compadecer», e de anunciar a Palavra que oriente e dê sentido. Quanto sofrimento não existe pela «desorientação» na vida, pelo seguimento de falsos «pastores», por querer ter sempre razão e se fechar à Palavra de Deus? Deixar-se guiar por Jesus, «retirar-se com Ele», para encontrar o Caminho a seguir e a anunciar. Ser cristão passa por este equilíbrio entre o «descanso» em Jesus, e o «trabalho» de O dar a conhecer como Pastor que vale a pena seguir.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Chamados para serem enviados

15 de julho de 2018 | 15º Domingo do Tempo Comum
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O chamamento dos Apóstolos está ligado ao seu envio: são companheiros de Jesus, não para ficarem abrigados perto d’Ele, mas para serem enviados, para irem como suas testemunhas.

E envia-os dois a dois. Sem dúvida porque, na altura, um testemunho só era reconhecido como autêntico se levado por duas testemunhas. Mas, mais profundamente, porque Jesus veio para colocar os homens na “circulação do amor”. Deus criou os homens para serem à sua imagem e semelhança. Como “Deus é Amor”, os homens serão imagens de Deus na medida em que construírem juntos relações de amor fraterno. Mas os homens recusaram isso…

Jesus veio precisamente para acabar com a divisão: Ele reconcilia os homens com Deus e os homens entre si. Eis porque Jesus envia os Apóstolos dois a dois: para que sejam primeiramente, pelo seu comportamento e pela sua vida, testemunhas desta obra de reconciliação. Essa continua a ser a missão dos discípulos, a Igreja.

A missão dos Apóstolos é, pois, a de lutar contra o mal que divide e que corrompe. Por isso, Jesus dá conselhos de pobreza àqueles que envia: encher-se de riquezas materiais é arriscar cair na armadilha do egoísmo, é entrar no círculo infernal da vontade de poder, da inveja. Conselho sempre válido para todos os batizados cuja missão é serem testemunhas da Boa Nova no coração do mundo.

sábado, 7 de julho de 2018

A distância de uma (in)certa proximidade...

8 de julho de 2018 | 14º Domingo do Tempo Comum
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Aqueles que estiveram mais próximos de Jesus, que o conheciam desde pequeno, ficam impressionados pelas palavras e milagres que Ele faz, mas continuam fechados nos seus conhecimentos prévios do «carpinteiro, filho de Maria», e não têm capacidade para se abrir à novidade do Messias… Pensavam conhecer Jesus, mas de verdade só tinham um conhecimento «externo»; pensavam-se próximos, mas estavam distantes; sabiam dizer todos os seus laços familiares, mas não a sua verdadeira identidade e missão… A proximidade tornou-se distância, como tantas vezes acontece nas relações que não sabem alimentar a sua dinâmica permanente e os conhecidos se tornam desconhecidos…

Para quem nasce num ambiente que, com demasiada facilidade, se diz cristão, sem muitas vezes o ser, em que tanto se diz Jesus, sem tantas vezes O conhecer e com Ele se encontrar de verdade, este texto do Evangelho faz-nos entrar na verdade da nossa relação com Ele: seremos também «conterrâneos» de Jesus que cresceram por perto dele sem nunca deixar que Ele se revelasse a nós na sua verdadeira identidade? A sua palavra tem ainda capacidade para nos impressionar? Terá Ele espaço para nos curar?...

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Ninguém fica anónimo aos olhos de Jesus...

1 de julho de 2018 | 13º Domingo de Tempo Comum
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Eis Jesus mergulhado no barulho e nos apertos da multidão. Para mais, circula o rumor: Jesus vai fazer um milagre, curar a jovem filha de Jairo! A multidão esmaga Jesus. E eis que uma mulher quer aproximar-se de Jesus, a todo o custo, para tocar ao menos as suas vestes. Ela quer ser também beneficiária do poder do homem de Deus, ser, enfim, curada da sua doença que dura há doze anos. Ela chega por detrás, toca as suas vestes. Ninguém nota: apenas ela e Jesus… Ele que segue Jairo, correspondendo ao seu apelo de pai com a filha às portas da morte...

No meio da multidão, Jesus está atento a estas pessoas concretas, manifesta uma disponibilidade extraordinária, está extremamente atento à sua presença. No meio da multidão, Jesus está atento a cada um. Ninguém fica anónimo aos olhos de Jesus. Está habitado pelo amor de Deus para com os seus filhos. No Coração do Pai, Jesus é capaz de uma atenção extrema a cada angústia do ser humano. Não interessa quem possa vir junto d’Ele, não interessa qual é a situação: ele será sempre acolhido, Jesus dará sempre a sua atenção como se cada um estivesse sozinho no mundo com Ele. Ele que está pronto a dar a Vida: "a tua fé te salvou", ou, à menino: "levanta-te".

Isto continua a ser verdadeiro, agora que Jesus está na plenitude da glória do seu Pai. Ele continua atento a cada um para nos levantar e dar vida.

sábado, 23 de junho de 2018

Passeio da Paróquia a 14 de julho


O Passeio da paróquia vai realizar-se no dia 14 de julho, sábado, com  saída às 8h rumo às Caves Messias (Mealhada) e ao Buçaco, com visita livre à mata e o almoço em piquenique levado pelos participantes. No regresso, visita às ruínas romanas de Conímbriga, e Missa às 18h na igreja matriz de Condeixa-a-Nova, com a comunidade local.

Para mais informações e inscrições, junto do Adriano Acácio (Calvaria) ou da Isilda (São Jorge), ou no cartório paroquial.

Serro Ventoso é a nossa paróquia irmã

GEMINAÇÃO DE PARÓQUIAS NA FESTA DA FÉ


No sorteio do passado domingo, dia 17 de junho, no encerramento da Festa da Fé, a paróquia da Calvaria ficou geminada com a paróquia de Serro Ventoso.

A paróquia de Serro Ventoso, situada no nosso concelho de Porto de Mós, tem cerca de 1000 habitantes, e tem como padroeiro São Sebastião. É a ele dedicada a igreja matriz, elemento arquitectónico mais importante da paróquia, situada no centro da freguesia. Foi construída entre 1610 e 1613, e sujeita, posteriormente, a diversas obras, sendo a torre sineira apenas do século XIX, do ano de 1866. Além da igreja matriz, a paróquia tem a igreja de São Silvestre, da Bezerra, do Chão das Pias e Casais do Chão.

É atualmente pároco de Serro Ventoso o padre Leonel Vieira Batista, que assume também a paroquialidade da Mendiga e do Arrimal.

A maquete da nossa igreja paroquial está agora em Serro Ventoso, e temos connosco a sua maquete. Ao longo dos próximos meses procuraremos desenvolver propostas e atividades para o conhecimento e partilha mútua.

REPORTAGEM FOTOGRÁFICA
Ao longo de três dias, a Diocese viveu a Festa da Fé. Muitas foram as propostas, nas quais a paróquia da Calvaria também se fez representar. Deixamos aqui a ligação à reportagem fotográfico dos vários dias:

15 de junho, sexta-feira
16 de junho, sábado
17 de junho, domingo

As notícias sobre a Festa da Fé na página da Diocese de Leiria-Fátima podem ser encontradas AQUI.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

"O Senhor concede graça"

24 de Junho de 2018 | Solenidade do Nascimento de S. João Batista
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...é o significado do nome «João», um nome sugerido pelo Anjo quando anuncia o nascimento deste menino, já não esperado, mas tão desejado, e que é desde o princípio isso mesmo: a prova real da presença amorosa e misericordiosa de Deus.

O texto do Evangelho, lido nesta solenidade, começa precisamente com a referência à alegria. Depois, as circunstâncias da escolha de um nome não esperado: o menino é um “dom de Deus” e o sinal do Dom maior que vai chegar, e que ele, João, vai mostrar presente no mundo. O espanto e o temor de todos fazem perceber que estamos diante do mistério e do divino. O que é confirmado: “de facto, a mão do Senhor estava com ele”: João tem a proteção de Deus e Deus age nele. No final da leitura, a referência ainda à ida de João para o deserto; deserto é o lugar onde Israel fez a sua experiência de encontro com o Deus libertador, onde sentiu o amor de Deus e assumiu o compromisso da aliança: é essa experiência que João vai fazer, para depois a apresentar ao seu Povo.

De tudo se conclui a centralidade de Deus em todo este processo. João é um “dom de Deus”, vem com uma missão de Deus e é um sinal da presença de Deus no meio do seu Povo.

sexta-feira, 15 de junho de 2018


Festa da Fé | Leiria | 15 a 17 de junho de 2018

A desproporção de Deus...

17 de junho de 2018 | 11º Domingo do Tempo Comum
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Duas pequenas parábolas no texto do Evangelho deste Domingo que marcam a desproporção com que Deus troca as lógicas humanas: a primeira entra a atividade do semeador que lança a semente e colhe o fruto, e o crescimento da semente em si, que em nada depende do esforço do agricultor. A segunda entre a pequenez da semente de mostarda e o resultado do arbusto que dela nasce...

Um convite à confiança na presença transformadora do Reino de Deus e na força do Palavra e do Espírito que no silêncio e na pequenez continua a sua ação transformadora...

Quantas vezes não desanimamos por querer ver depressa, em nós e nos outros, os frutos que tardam em aparecer?! Esperança, confiança e paciência. Nos factos aparentemente irrelevantes, na simplicidade e normalidade de cada dia, na insignificância dos meios, esconde-se o dinamismo de Deus que atua na história e oferece aos homens caminhos de salvação e de vida plena.