Programa da Paróquia

sábado, 31 de dezembro de 2022

Como "salvar" a nossa vida, dia após dia

1 de Janeiro de 2023 | Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus
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Os pastores não contemplam nada de extraordinário, nenhum deslumbre, mas aquela realidade humaníssima que têm diante dos olhos não contradiz as palavras que escutaram do anjo; na realidade, com simplicidade, contam o que lhes tinha sido anunciado, suscitando admiração em todos. A evangelização cristã tem o seu início naquele dia e é feita por pastores pobres, à margem da sociedade e tidos como indignos de uma vida religiosa de acordo com o culto oficial.

A mãe de Jesus, por outro lado, ouvindo as palavras dos pastores, guarda-as e medita sobre elas no seu coração, relacionando-as com as palavras que escutara do anjo (cf. Lc 1,26-38) e com os acontecimentos que as sucederam: a gravidez, o início de vida com José, o nascimento daquele filho que vinha, apenas, de Deus. Também neste caso, Maria toma consciência da sua relação com aquele filho, porque outros, Isabel, José, agora os pastores, a narram e a confirmam. E assim a boa-nova, a grande alegria (cf. Lc 2,10) espalha-se, faz o seu caminho naquela região da Judeia.

Decorridos oito dias sobre o nascimento, José deve cumprir a Lei, envolvendo o seu filho varão na aliança estabelecida entre Deus e Abraão através da circuncisão. (...) Com a circuncisão, o menino recebe o Nome de Jeshu‘a, Jesus, que significa “o Senhor salva”: é o nome que o anjo dera (cf. Lc 1,31), logo, um Nome dado por Deus, Nome que diz muito sobre a vocação e a missão deste recém-nascido que só Deus nos podia dar. Maria e José mais uma vez obedecem escrupulosamente, reconhecendo que Aquele filho não lhes pertence, mas pertence a Deus que o quis e que o fez nascer no meio de nós para que fosse o Emanuel, o Deus-connosco (cf. Mt 1,23; Is 7,14), o Senhor e Salvador.

Hoje é também o início do ano, segundo o calendário da sociedade em que vivemos. Celebrar o primeiro de janeiro, a festa em que se proclama que Jesus nasceu de uma mulher, que pertence ao povo de Israel e que tem no próprio Nome a missão de levar a salvação a toda a humanidade, diz-nos a todos que Jesus viveu mostrando-nos como podemos "salvar" a nossa vida, dia após dia.

Ir. Enzo Bianchi, Prior de Bose
texto completo in: Monastero di Bose

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

E eis que Deus vem até nós!

25 de dezembro de 2022 | Natal do Senhor
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E eis que Deus vem. Jesus nasce na simplicidade do presépio de Belém. Deus quer tanto, tanto, fazer-se próximo de nós que nasce Homem como nós, fruto do sim de Maria à proposta que do céu lhe é revelada.

O Verbo ganha corpo. E Jesus, já nesse Menino deitado numa manjedoura, é todo expressão do que Deus nos quer revelar: Ele quer salvar, dar vida, recriar-nos, oferecer-nos a possibilidade de tornar a vida melhor, mais bela e feliz, uma vida mais cheia de Luz!

Deixar que Ele entre na vida, que more “cá em casa”, é o desafio constante do Natal. E quando a Palavra ganha corpo no pensar e agir de cada um, toda a família humana é iluminada por esse Amor que busca sempre uma forma de se fazer pequeno pela grandeza do serviço, da compreensão, do perdão.

Que este Natal seja, para cada um, um tempo de verdadeiro encontro e acolhimento de Jesus, esse mesmo Jesus que está presente na Eucaristia, na qual continua sempre a fazer-se próximo e a marcar a sua presença pela pequenez e simplicidade de um Pão no qual está realmente presente, ressuscitado.

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Luz da Paz de Belém chega à Calvaria


No passado fim-de-semana, a Luz da Paz de Belém chegou às celebrações da paróquia, no sábado, 17 de dezembro, a São Jorge e, no domingo, dia 18, à Calvaria. 

Este Luz é um sinal muito significativo nesta época de Natal, uma vez que é uma chama que é acesa, em cada ano, por criança austríaca, na Gruta da Natividade, em Belém, na Terra Santo, lugar do nascimento de Jesus. É transportada, sempre acesa, até à Áustria, onde é partilhada com delegações de Escuteiros e Guias de vários países. Entre leles, de novo, este ano, esteve um grupo de Portugal, da nossa diocese de leiria-Fátima, que trouxeram uma chama acesa desde Viana até Fátima, onde foi distribuída no domingo 11 de dezembro para todo o País.

Uma vela acesa nessa chama, na celebração em Fátima, chegou até à Calvaria onde foi distribuída no passado domingo. E na igreja paroquial, continua acesa essa chama, para que todos os que o desejarem, possam dar continuidade a este gesto simbólico, tendo acesa uma vela na noite de Natal, a noite em que se celebra o nascimento do Rei da Paz!

Casais celebraram Jubileus matrimoniais


25 e 50 anos de matrimónio, são datas que merecem ser celebradas. Por isso, em cada ano, as zeladoras dos coros da Sagrada Família, que percorrem as casas das famílias da Paróquia, organizam com a Paróquia os Jubileus Matrimoniais, convidando todos os casais que celebram as suas bodas de ouro e de parta para uma celebração em conjunto, na Festa da Sagrada Família.

Este ano, esta celebração foi antecipada para o dia 18 de dezembro, quarto domingo do Advento, uma vez que, sendo o Natal ao domingo, a Festa da Sagrada Família se celebra na sexta-feira, dia 30 de dezembro. Responderam ao convite 5 casais, 2 na celebração dos 25 anos de casamento, e 3 nas suas bodas de ouro. Durante a celebração, foi reforçada a imagem do Evangelho, com o sonho de José, para recordar o sonho de Deus para a humanidade que se concretiza nas opções de vida, nomeadamente na partilha da vida familiar, e o desafio de tornar os nossos sonhos cada vez mais próximos dos sonhos de Deus para nós.

Após a bênção dos casais, foi-lhes entregue como recordação uma imagem da Sagrada Família. Também foi invocada a bênção sobre os coros da Sagrada Família para continuem a ser um sinal de como Deus se quer fazer próximo, "Emanuel", e trazer a Salvação que o nome de Jesus evoca a cada família por eles visitada.

Estudantes do Ensino Superior da Calvaria


Ao aproximar-se a época de Natal, para muitos com algum tempo de férias, foi lançado o convite aos estudantes do Ensino Superior da Paróquia da Calvaria para um primeiro encontro, de bênção e convívio. Na missa paroquial, às 11h, juntou-se um grupo de 12 estudantes que participaram em vários momentos da celebração, sobretudo no momento final, quando fizeram a sua oração e receberam a bênção. Estando presente o padre Rui Ruivo, responsável pela pastoral do Ensino Superior da Diocese, dirigiu-lhes uma palavra de incentivo para continuarem não apenas o percurso académico, mas de descoberta da sua própria identidade e missão no mundo.

Depois seguiu-se o almoço partilhado. Aproveitando o momento, apresentou-se brevemente a JMJ e o caminho que se vai fazer para a participação dos jovens da paróquia da Calvaria nesse grande encontro de jovens com o Papa. Também os estudantes se apresentaram brevemente, para não só saber os nomes uns dos outros, mas também o curso e lugar dos estudos. E por fim, então tempo para conviver à mesa.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Um nome que é missão: "o Senhor salva"

18 de dezembro de 2022 | 4.º Domingo do Advento
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Ao aproximar-se a celebração do nascimento de Jesus, o 4.º Domingo do Advento oferece-nos o texto do anúncio do Anjo a José. No sonho, ele percebe a sua própria missão, mas também, e fundamentalmente, a missão de Jesus: Jesus é Aquele que assume o seu nome na plenitude, pois “Jesus” significa “o Senhor salva”. E Ele salva-nos de facto!

Fazendo-se um connosco, Jesus Cristo traz à humanidade a plenitude da sua divindade e vive a humanidade da forma mais plena. Por isso, Ele é o «caminho, verdade e vida» daqueles que aceitam o projeto de serem plenamente Homens no seu seguimento, para se encaminharem para Deus.

Jesus salva-nos de facto pois nos dá a possibilidade de viver plenamente a nossa humanidade, como Ele o fez, de correspondermos ao sonho de Deus, como Ele o fez, de confiarmos no Pai, como Ele o fez. Seguir Jesus é aventurar-se neste caminho de salvação que restabelece a humanidade que, pelo pecado, se afasta da sua mais verdadeira e autêntica humanidade.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Com a Luz de Jesus podemos viver o Amor


«Queremos seguir Jesus» - despertar para este desejo de ser discípulo é o que marca a caminhada do 3.º catecismo. Ao longo do ano, procura ajudar as crianças a integrarem-se progressivamente na vida da comunidade dos discípulos, a Igreja, modo particular pela celebração dos Sacramentos.

O primeiro é o Batismo, pelo qual nos tornamos filhos de Deus, membros da sua família. Porque grande parte das crianças já é batizada, o primeiro grande momento celebrativo do grupo é uma festa, para recordar o Sacramento. Mas também para acolher aquelas crianças que se estão a preparar para celebrar este Sacramento (por isso acontece um primeiro rito com as crianças catecúmenas). E tudo se faz à volta do sinal da Luz. A Luz que é Jesus, de quem acolhemos a vida no Batismo, que ilumina a nossa caminhada, e nos ajuda a perceber o caminho a seguir, um caminho de amor que nos faz olhar cada pessoa à nossa volta, e cuidarmos uns dos outros. Sem luz, na escuridão, podemos tropeçar, cair, magoar os outros... Com a Luz de Jesus podemos viver no Amor!

Foi para celebrar a Festa da Luz que os grupo do 3.º catecismo da Paróquia da Calvaria, dos centros da Calvaria e de São Jorge, se reuniram no sábado 10 de dezembro. À noite. Porque começamos com as luzes acesas, mas logo se apagaram para podermos experimentar o que é estar na escuridão. E pouco a pouco, a partir do Círio Pascal, a igreja foi ficando mais luminosa. Desse círio, sinal de Jesus ressuscitado, saiu a luz que as crianças acenderam nas suas velas do Batismo. E destas, as velas que acenderam, dos seus familiares... e quase já nem era preciso acender de nova as luzes! Porque quando se passa a luz do amor de Jesus, se com ela se vai "incendiando" o mundo a nossa volta, tudo fica mais belo e luminoso: podemos ver-nos, cuidar-nos, fazer-nos próximos, viver o mandamento do Amor.

Crianças do 4.º Catecismo recebem a Bíblia


Ao aproximar-se o Natal, as crianças do 4º catecismo receberam a sua Bíblia pessoal. Seguindo a proposta do Catecismo, as Bíblias foram entregues num momento que celebrou toda a caminhada realizada ao longo das catequeses deste primeiro trimestre: uma catequese celebrativa que reuniu as crianças e as suas famílias, à volta dos grandes sinais que foram acolhendo e reconhecendo - o Cordeiro, para quem João Batista apontou, as Talhas que se encheram de água que, em Caná, se transformou em vinho acolhendo a indicação da Mãe de Jesus, «fazei tudo o que Ele vos disser». O Verbo fez-se carne, e o Menino foi colocado em cima do prólogo do Evangelho de São João: Jesus é a Palavra de Deus, é Aquele que tem «palavras de vida eterna».


Tudo fala nesta celebração: as velas que entram progressivamente, as frases que são ditas e fixadas à vista de todos, as imagens que recordam as catequeses, os cânticos que reforçam as memórias... até que vem a surpresa maior: os pais ou padrinhos que entregam a Bíblia a cada criança.

As celebrações-catequeses, presididas pelos catequistas, realizaram-se no dia 10 de dezembro, sábado, com os dois grupos da Calvaria, um de manhã, outro à tarde.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

És mesmo Tu? Como posso reconhecer-Te?

11 de dezembro de 2022 | 3.º Domingo do Advento
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João Baptista, na prisão por não temer dizer a verdade, manda emissário a Jesus: «És tu Aquele que há de vir ou devemos esperar outro?» E a resposta que lhe levam de volta é feita de «sinais»: os gestos, a ação, a presença, o anúncio de Jesus são os «sinais» da presença do «Reino de Deus» já no meio dos homens, de que falavam as profecias.

A dúvida de João leva-o a procurar. Talvez esperasse um «messias» diferente. Mas não se fecha nas suas ideias pré-estabelecidas, está aberto à novidade de Deus. Pelos sinais, pode reconhecer que, de facto, Jesus é Aquele que ele, João, vem anunciar e mostrar já presente.

Os «sinais» de Jesus continuam atualmente presentes e dão a possibilidade (a quem, como João, se abre à novidade de Deus) de reconhecer em Jesus o Messias. Quantos, ao encontrar-se com Ele, têm um novo olhar para a vida! Quantos caminham com novo impulso, se curam do pecado e de tudo o que nos retira da verdadeira vida! Quantos, acolhendo a mensagem de Jesus, se abrem à relação e à comunhão, à reconciliação e ao perdão! Quantos encontram sentido para a vida na ressurreição! Quantos encontram na Palavra que é Jesus uma boa nova que preenche de esperança, de confiança, de amor, os limites da nossa pequenez!

Felizes, diz Jesus, são aqueles que não encontram n'Ele motivo de escândalo, mas são capazes de acolher o Messias tal como Ele é, de O acolher e de O seguir na aventura de uma vida vivida no Amor.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

«Arrependei-vos, está perto o reino dos céus»

4 de dezembro de 2022 | 2.º Domingo do Advento
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Está perto o Reino dos Céus. Esta era a palavra de ordem de João Batista aos seus contemporâneos. Fechados em si mesmos, longe dos caminhos de Deus, aos poucos ia desvanecendo a certeza de que o Senhor estava no meio deles. A voz de João aparece então como um grito que apela à mudança.

João é, ainda hoje, aquela voz que clama nos desertos da nossa vida e nos diz: «Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas». É aquela voz que nos alerta para a necessidade de converter o nosso coração para acolher o Senhor que veio no Deus menino do presépio, que virá, no fim dos tempos, como Rei e Senhor, e que continuamente vem às nossas vidas como consolador dos corações.

Que este Advento seja um verdadeiro tempo de preparação do coração e da vida para acolher a vinda do Senhor Jesus!