Programa da Paróquia

domingo, 27 de junho de 2021

Jesus ensina-nos a rezar ao Pai

“Ensina-nos a rezar”, é o pedido dos discípulos a Jesus que dá nome à caminhada proposta para o 2º catecismo. Durante este ano, aprofundando o encontro e amizade com Jesus, as crianças são convidadas a descobrir a oração que Jesus nos ensinou, e a rezá-la.


Para celebrar este caminho de descoberta, o grupo do 2º catecismo teve a Festa do Pai Nosso no sábado, dia 26 de junho, na igreja paroquial da Calvaria. Na Celebração da Palavra, as 24 crianças, acompanhadas apenas dos familiares mais próximos e dos catequistas, receberam dos seus pais esta oração para rezarem todos os dias, em família.

O símbolo da escada, recordou que a oração é a forma de “subirmos” para Deus e de acolhermos Deus que “desce” ao nosso encontro para vivermos na certeza do seu grande amor por nós: Ele é nosso Pai, ama-nos muito, quer o nosso bem, e convida-nos a vivermos como irmãos.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Eu te ordeno: Levanta-te

27 de junho de 2021 | 13º Domingo do Tempo Comum
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A fé, e a vida nova que nasce da fé, está no centro de toda a narração do milagre da ressurreição da filha de Jairo. A fé do pai que busca a vida para a sua filha e que, mesmo não sendo dos discípulos de Jesus, acredita que Ele é a sua única fonte de esperança. A fé que, diante do anúncio da morte da menina, Jesus pede que não se perca: «Não temas; basta que tenhas fé». A fé que permite continuar o caminho até à casa de Jairo. A fé que resiste diante do riso de quem não acredita. A fé que restitui a vida e possibilita que a menina se erga e ponha a andar.

«A mensagem é clara, e pode resumir-se numa pergunta: acreditamos que Jesus nos pode curar e despertar da morte? Todo o Evangelho está escrito à luz desta fé: Jesus ressuscitou, venceu a morte, e por esta sua vitória também nós ressuscitaremos. Esta fé, que era certa para os primeiros cristãos, pode ofuscar-se e tornar-se incerta, a ponto que alguns confundem ressurreição com reencarnação. A Palavra de Deus deste domingo convida-nos a viver na certeza da ressurreição: Jesus é o Senhor, Jesus tem o poder sobre o mal e sobre a morte, e deseja levar-nos à casa do Pai, onde reina a vida. E ali todos nos encontraremos» (Papa Francisco, Angelus 28 de junho de 2015).

O relato termina com uma indicação muito concreta de Jesus, que «mandou dar de comer à menina». Uma conclusão que aponta para a necessidade constante de alimentar a fé. Não basta o momento do encontro com a vida; é preciso cuidar e alimentar a fé.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Comissão da Festa promove venda de Morcelas



5º catecismo celebra a Esperança

Os grupos do 5º catecismo da paróquia da Calvaria celebraram a Festa da Esperança. Os dois grupos, da Calvaria e São Jorge, juntaram-se, no sábado, 19 de junho, às 17h, numa celebração reservada apenas para 20 catequizandos e os seus familiares mais próximos. Com todos os cuidados e distanciamentos, mas não se deixou de marcar a caminhada deste ano com este momento celebrativo tão importante.

Durante a celebração, o grupo tive a oportunidade de contar a todos os presentes os principais momentos da «História da Salvação», ajudando a compreender como Deus está sempre presente nesse "rio do tempo", acompanhando, ajudando e orientando, para que a humanidade reencontre sempre o caminho da salvação, rumo à salvação plena na eternidade. Também neste momento da nossa história, apesar das "tempestades" que parecem atingir a nossa vida, como nos contava o texto do Evangelho de Marcos, e mesmo que nos possa parecer que Jesus vai a "dormir na barca", Ele não deixa de estar presente para acalmar o vento e o mar e nos ajudar a serenar e encontrar o caminho certo que nos leva para a outra margem.

Para ajudar a compreender este percurso pela história da humanidade, cruzada com a presença de Deus, que a torna também uma história de salvação, as crianças do 5º ano vão elaborando progressivamente a sua "barra cronológica", essa longa tira que representa o "rio do tempo" e onde o passado se cruza com o presente da vida de cada.

Celebrar esta presença de Deus ao longo da história é também reforçar a esperança da presença de Deus na vida das pessoas e do mundo de hoje, continuando a encaminhar-nos para os caminhos da vida verdadeiramente bons e belos. Por isso, também neste dia nos voltamos para Jesus e pedimos que nos ajude a crescer na fé.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Quem é este homem?

20 de junho de 2021 | 12º Domingo do Tempo Comum
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O episódio da tempestade acalmada gira em torno de dois núcleos: o primeiro, centra-se em Jesus Cristo e no seu poder messiânico; o segundo, destaca a reação dos discípulos diante da tempestade e a forte repreensão de Jesus perante a falta de fé e confiança manifestada por eles.

A travessia foi da responsabilidade de Jesus: «Passemos à outra margem do lago», disse Ele aos discípulos. Desencadeada a tempestade, somos surpreendidos pelo evangelista que nos informa que Jesus vai a dormir à proa do barco. É um apontamento desconcertante, porque humanamente de difícil compreensão: como é que alguém pode ir a dormir, num barco a encher-se de água e prestes a afundar-se? De facto, o sono de Jesus não é fruto do cansaço de um dia cheio de trabalho nem da irresponsabilidade de quem não se importa com o destino daquela pobre barca. Pelo contrário, Ele mostra que é o Messias salvador ao levantar-se e falar com voz forte ao vento e ao mar, como se de seres humanos se tratasse: «Cala-te e está quieto».

Nas tempestades da vida e nas noites obscuras da existência humana, onde muitas vezes as forças do mal – aqui representadas no mar impetuoso e à primeira vista incontrolável – parecem levar a melhor, Aquele que parece estar a dormir e distante da sorte dos Seus, levanta-se e fala com voz forte, fazendo valer o Seu poder e concedendo aos que O rodeiam a paz e a serenidade de coração.

Da forma como nos é apresentado o texto, podemos depreender que, desde os primeiros sinais de tempestade, os discípulos enfrentam as ondas adversas com todas as forças e meios ao seu dispor. Muitos deles eram pescadores daquele lago, por isso conheciam bem as suas manhas e a forma de as levar de vencida. No entanto, daquela vez, as coisas estavam a tornar-se mais sérias. Por isso, resolveram acordar Jesus: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» Mais do que um pedido, estas palavras soam a repreenda e a chamada de atenção.

A reação de Jesus é também surpreendente. Em vez de lhes louvar a coragem e determinação na luta contra as ondas contrárias, repreende-os severamente pela sua pouca fé: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?» As palavras de Jesus “dizem” duas coisas muito importantes: em primeiro lugar, a Sua presença no barco deveria ter sido suficiente para que eles, diante das dificuldades, tivessem mantido a confiança e não permitissem que o medo se apoderasse deles; em segundo lugar, para Jesus, era de supor que, por tudo o que tinham já visto, ouvido e vivido com Ele, a sua fé já fosse mais forte e consistente do que era: «Ainda não tendes fé?»

Pe. José Augusto in Diocese de Leiria-Fátima 

sábado, 12 de junho de 2021

A desproporção de Deus

13 de junho de 2021 | 11º Domingo do Tempo Comum
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Duas pequenas parábolas no texto do Evangelho deste Domingo que marcam a desproporção com que Deus troca as lógicas humanas: a primeira realça a desproporção entre a atividade do semeador que lança a semente e colhe o fruto, e o crescimento da semente em si, que em nada depende do esforço do agricultor. A segunda entre a pequenez da semente de mostarda e o resultado do arbusto que dela nasce...

Um convite à confiança na presença transformadora do Reino de Deus e na força do Palavra e do Espírito que no silêncio e na pequenez continua a sua ação transformadora.

Quantas vezes não desanimamos por querer ver depressa, em nós e nos outros, os frutos que tardam em aparecer?! Esperança, confiança e paciência. Nos factos aparentemente irrelevantes, na simplicidade e normalidade de cada dia, na insignificância dos meios, esconde-se o dinamismo de Deus que atua na história e oferece aos homens caminhos de salvação e de vida plena.

Neste tempo de espera e esperança, não deixar de lançar a semente, e continuar a contemplar e confiar na ação do Espírito que age no coração e na vida. Com humildade, porque a semente é que tem em si mesma o gérmen da vida, e confiança, pois mesmo pequenos e frágeis, é a nossa humanidade que Deus confia a semente que, mesmo que pareça tão pequena, se pode transformar num grande arbusto.



quarta-feira, 9 de junho de 2021

À mesa com Jesus, somos sua família

Celebração da Primeira Comunhão


Deus, que tanto nos ama, quer sempre o nosso bem, quer envolver-nos cada vez mais no seu amor. Mesmo quando pecamos e nos afastamos da sua Palavra, Ele não nos abandona. Na sua grande misericórdia, Jesus convida-nos a ser da sua família, a partilhar da sua mesa. Como os Pastorinhos, não olhamos só para o que os nossos olhos são capazes de ver: vemos no Pão da Eucaristia “Jesus Escondido”! Há coisas invisíveis que são eternas! Jesus oferece-se como alimento, reúne-nos à volta da mesa do altar, como sua família, para que possamos ser e sentir-nos cada vez mais “irmãos, irmãs e Mães” de Jesus!

As leituras do passado domingo, dia 6 de junho, ajudaram-nos a viver o grande dia da celebração onde as crianças do 3º catecismo da Calvaria e São Jorge participaram plenamente na Eucaristia pela primeira vez, com a Comunhão Eucarística.

A celebração, que decorreu durante a tarde, reservada às 19 crianças e os seus familiares mais próximos, foi vivida em ambiente de festa e de alegria, na certeza de que Jesus se fez tão perto de cada um, que cada um pode dizer e cantar que Jesus está “tão perto de mim que até Lhe posso tocar”, e que, de verdade, “sou de Cristo, sou feliz”.



sexta-feira, 4 de junho de 2021

Em que "casa" (se de)morar?

6 de junho de 2021 | 10º Domingo do Tempo Comum
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Ainda o Evangelho de Marcos está a começar, e já vemos Jesus envolvido em várias polémicas... alguns até o acusavam de estar possesso de Belzebu.... e depois, toda aquela gente à volta dele, que nem tempo há para comer... Alguma coisa se estava a passar: «Está fora de Si!», era o que comentavam, e faz a família procurá-l'O, ao ver toda aquela situação, talvez para O chamarem à razão e fazerem ver que estaria melhor na casa de Nazaré do que naquela outra casa que não era a sua!

A resposta de Jesus não é contra os seus parentes, mas o alargar da perspetiva. Há que abandonar uma "casa" e optar por outra: ousar entrar em "casa" de Jesus é aceitar aquele convite que, no Evangelho de João, Ele faz aos primeiros discípulos «Vinde e vereis»; depois, demorar-se lá a escutá-l'O, para ser ousado no seguimento. Optar pela "família" de Jesus é decidir-se a escutar a sério a voz de Deus e seguir o Filho, encarnando a palavra na vida, tal como Ele, a Palavra, encarnou e viveu na obediência ao Pai.