Programa da Paróquia

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Dia Mundial da Paz 2022



MENSAGEM DO SANTO PADRE
FRANCISCO
PARA A CELEBRAÇÃO DO
55º DIA MUNDIAL DA PAZ

1º DE JANEIRO DE 2022

DIÁLOGO ENTRE GERAÇÕES, 
EDUCAÇÃO E TRABALHO:
INSTRUMENTOS PARA CONSTRUIR 
UMA PAZ DURADOURA

Acolher a Luz

2 de janeiro de 2022 | Solenidade da Epifania do Senhor
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«O evangelista Mateus, narrando o episódio dos Magos (cf. 2, 1-12), mostra que esta luz é o Menino de Belém, é Jesus, mesmo que a sua realeza não seja aceite por todos. Aliás, alguns a rejeitam, como Herodes. Ele é a estrela que apareceu no horizonte, o Messias esperado, aquele através de quem Deus realiza o seu reino de amor, o seu reino de justiça, o seu reino de paz. Ele nasceu não só para alguns mas para todos os homens, para todos os povos. A luz é para todos os povos, a salvação é para todos os povos.

E como se verifica esta “irradiação”? Como se difunde a luz de Cristo em todos os lugares e tempos? Tem o seu método de propagação. Não o faz através dos poderosos meios dos impérios deste mundo, que procuram sempre apoderar-se do domínio sobre ele. Não, a luz de Cristo difunde-se através da proclamação do Evangelho. A proclamação, a palavra e o testemunho. Com o mesmo “método” escolhido por Deus para vir entre nós: a encarnação, isto é, aproximar-se do outro, conhecendo-o, assumindo a sua realidade e dando o testemunho da nossa fé, cada um de nós. Só assim a luz de Cristo, que é Amor, pode resplandecer em quantos a acolherem, atraindo outros. A luz de Cristo não se propaga apenas com palavras, com métodos falsos, empresariais... Não, não! A fé, a palavra, o testemunho: assim se difunde a luz de Cristo. Cristo é a estrela, mas também nós podemos e devemos ser a estrela para os nossos irmãos e irmãs, como testemunhas dos tesouros de bondade e de infinita misericórdia que o Redentor oferece gratuitamente a todos. A luz de Cristo não se propaga por proselitismo, mas por testemunho, pela confissão da fé. Até pelo martírio!

Portanto, a condição é acolher em nós esta luz, acolhê-la cada vez mais. Ai de nós se pensarmos que a possuímos, ai de nós se pensarmos que só devemos “geri-la”! Também nós, como os Magos, somos chamados a deixar-nos sempre fascinar, atrair, guiar, iluminar e converter por Cristo: é o caminho da fé, através da oração e da contemplação das obras de Deus, que nos enche continuamente de alegria e de admiração, uma admiração sempre nova. A admiração é sempre o primeiro passo para ir em frente nesta luz.

Invoquemos a proteção de Maria sobre a Igreja universal, para que possa difundir no mundo inteiro o Evangelho de Cristo, luz de todas as nações, luz de todos os povos!»

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Uma família sagrada

26 de dezembro de 2021 | Festa da Sagrada Família
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Os Evangelhos falam-nos pouco da vida de Jesus em família. Temos apenas alguns poucos quadros dos primeiros anos da sua vida, entre os quais este com o qual São Lucas encerra a parte que dedica à infância de Jesus: com 12 anos, vai ao tempo de Jerusalém com os seus pais, certamente integrado num grande grupo de familiares e amigos de Nazaré que se dirigiram à cidade santa; e lá fica quando esse grupo de gente volta para a sua terra. Não seria de estranhar que Maria e José O tenham "perdido": pensavam-n'O certamente com os amigos da mesma idade naquela viagem de regresso.

Mas Lucas está mais concentrado na mensagem que quer transmitir: «Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?» A resposta de Jesus é uma conclusão e um pórtico: conclui os primeiros capítulos em que São Lucas apresenta o Filho de Deus nascido de Maria; abre para o que vai seguir-se: toda a vida pública de Jesus, e sobretudo a sua morte e ressurreição já anunciado neste relato. Mais tarde, de novo em Jerusalém, também em contexto pascal, Jesus será de novo abandonado, desta vez pelos discípulos, para ficar de novo três dias por encontrar, até que ao terceiro dia surgirá de novo, ressuscitado, Ele agora novo Templo, revelação plena do Pai.

Maria pode até nem entender tudo, mas guarda todos os acontecimentos no seu coração. Certamente que também José o faz. E Jesus, o Filho de Deus, encontra no seio de uma família o lugar para crescer em sabedoria, estatura e graça. Aquela família é sagrada, como o é chamada a ser cada família: lugar onde Deus vive com os homens.

Nasceu-vos hoje um Salvador!

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Com votos de um Santo e Feliz Natal, vivido na alegria de acolher o Deus Menino que, como Luz, se faz próximo de cada um de nós, confiamo-nos a Ele e pedimos a graça de nos deixarmos iluminar e orientar pela sua presença, celebrada de modo particular na Eucaristia. Que esta proximidade, conforto e luz do Deus-Connosco possa chegar junto das crianças e dos jovens, dos doentes e dos que estão mais sós, e de cada família da nossa comunidade paroquial da Calvaria.

Que a Boa Notícia que ressoa no meio das trevas encontre em cada um de nós o lugar para ser acolhida e testemunhada: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor» (cf. Lc 2, 1-14)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Jubileu dos 25 e 50 anos de matrimónio



No dia 26 de dezembro, domingo, a Igreja celebra a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Nesse dia haverá, na Paróquia, a celebração dos jubileus matrimoniais, para a qual se convidam os casais que comemoram, ao logo deste ano de 2021, os 25 ou 50 anos de matrimónio.

A missa das 11h, na igreja da Calvaria, será em ação de graças pelo dom da vida e do amor partilhado no matrimónio.

A celebração é organizada com as zeladoras da Sagrada Família que trazem para a igreja os oratórios que percorrem as casas incentivando à oração familiar.

Levar Deus a "visitar" o mundo

19 de dezembro de 2021 | 4º Domingo do Advento
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Ao percorrer o texto do encontro de Maria e Isabel, a nota dominante é a da alegria. Não podia deixar de ser assim, não só pelo facto de serem duas mulheres grávidas, amigas, que se encontram, com tudo o que a gravidez traz de esperança, ternura, amor, alegria… mas também porque são aquelas mulheres: Isabel que depois de tanto pedir a Deus o dom de um filho, já em idade avançada, recebe esta graça: ei-la grávida de João, o Precursor, aquele que já no seio da sua mãe exulta de alegria pela presença daquele que vai anunciar já presente no meio dos homens: Jesus, o Filho de Deus, de quem está grávida Maria, que traz em si o fruto da sua disponibilidade para acolher a palavra de Deus, e se tornar a Mãe da Palavra, o Verbo de Deus, o Deus connosco.

Maria e Isabel são nesse momento o lugar de toda a esperança, a passagem a um novo tempo, que João anunciará, e Jesus tornará já presente e atuante no mundo. Maria visita Isabel, mas é o próprio Deus que leva em visita. Deus que percorre, em Maria, os caminhos deste mundo para trazer, a quantos O reconhecem, uma vida salva, uma vida boa, bela e feliz.

O Natal é um tempo de fé, de acolhimento de Jesus, daquele que nos faz experimentar a alegria de tornar a vida um lugar de beleza. É tempo de aprender com Maria a deixar-se habitar pela Palavra, e de a transportar pelo mundo fora para que «este vale de lágrimas» possa encontrar-se com uma nova esperança.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Que devemos fazer?

12 de dezembro de 2021 | 3º Domingo do Advento
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O tema da alegria atravessa as leituras bíblicas deste terceiro domingo do Advento: alegria a que é convidada Jerusalém pela presença salvífica de Deus no seu seio (Sofonias); alegria a que são chamados os cristãos de Filipos diante do anúncio que o "Senhor está próximo" (2ª leitura); alegria inscrita no Evangelho, na boa notícia, a boa nova que João anuncia.

A alegria cristã está ligada a uma relação com o Senhor e tem um preço: a conversão. Converter-se significa operar uma transformação concreta na própria vida. A pergunta “o que devemos fazer?” na boca das multidões, dos publicanos, dos soldados, indica a diversidade de gestos concretos de conversão: a partilha, o não ser pretensioso, o não abusar, o não ser violento. João pede essencialmente que cada um dê espaço ao outro, respeitando, acolhendo.

João não pede gestos radicais. Pede apenas esse espaço de abertura ao Deus Amor que vem, empenhando-se numa vida de abertura àqueles que nos acompanham na vida presente.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

"Preparai o caminho do Senhor"

5 de dezembro de 2021 | 2º Domingo de Advento
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João Baptista é uma das referências essenciais deste tempo de Advento. Quando se trata de nos prepararmos para acolher Jesus que vem, nada como voltar a escutar esta voz do deserto (e o deserto é sempre um lugar significativo da essencialidade e, por isso, do encontro com Deus). Não se trata de fazer umas «obras de fachada» para parecer bonito, mas de obras profundas, estruturais: endireitar veredas, altear vales, abater montes e colinas... Esta voz profética clama pela renovação estruturante do ser, pela capacidade de reorganizar a vida, pela conversão.

É verdade que a voz profética nem sempre é fácil de escutar. Com facilidade se arranjam rótulos: isso são coisas do passado, agora é toda a gente assim, não podemos ser retrógradas, essas coisas são muito bonitas de dizer mas não se podem viver no contexto atual... e tantas outras frases feitas, gratuitas, e talvez como uma “bela desculpa” para manter vales e montes, e tortas as vias por onde se caminha na vida.

De facto, a conversão não é apenas obra nossa, mas depende de nós a abertura ao Deus que bate à porta para que Ele em nós nos possa renovar interiormente na nossa forma de pensar, de sentir, de agir.

Neste caminho de Advento, encontramos o convite à conversão: deixar ressoar em nós esta voz, não ter mede de ousar o deserto para que se dê o encontro capaz de nos transformar. Sim, porque só o Amor é capaz de nos fazer mudar, e só entrado na relação de amor com o Amor que vem ao nosso encontro nos podemos tornar pela palavra e pela vida, presença profética neste nosso mundo de hoje.