Durante o mês de janeiro, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico que conduziu à criação da paróquia da Calvaria.
O Livro de Memórias de 1922, contém uma série de documentos que descrevem as reuniões e mais movimentações que levaram à criação da paróquia, de modo particular durante o ano de 1923. A imagem original de Santa Marta, padroeira do lugar da Calvaria de Cima, veio da antiga capela a ela dedicada, e está atualmente ao culto na igreja paroquial.
Referendo à população para a criação da freguesia da Calvaria de Cima, no ano de 1923
Durante o ano de 1923, tiveram lugar várias reuniões e movimentações para levar a bom termo a criação da paróquia e freguesia da Calvaria de Cima. Num livro de memórias que se guarda no Cartório Paroquial, consta a cópia do Diploma para a conservação do Santíssimo na Capela, de 4 de janeiro de 1923; a 31 de maio de 1923, a Festa da instituição do Santíssimo Sacramento; a 3 de junho, a nota da Comissão administrativa da Capela; e a 23 de junho a Eleição para a criação da freguesia da Calvaria. A terminar este processo, realizou-se um referendo que teve voto por unanimidade a favor da criação desta freguesia.
É esta última ata que aqui transcrevemos:
No dia cinco de agosto de mil novecentos e vinte e três teve lugar a eleição para o referendo, a qual se efetuou pelas dez horas da manhã na escola oficial deste lugar sob a presidência do mesmo professor João Rodrigues Ribeiro, fazendo parte da mesa os senhores Júlio Mendes Alcantra, escrivão do Juiz de Direito de Porto de Mós, Doutor Joaquim Maria Torreira de Sousa, José de Sousa Vitorino, João Frazão e outros, comparecendo todos os eleitores e muitos mais homens, rapazes e crianças que, com a sua presença quiseram honrar esta assembleia que pela primeira vez se realizou nesta localidade, que correu na melhor ordem, e sem a menor nota de discrepância. Terminada a votação, que se fez com toda a legalidade, verificou-se que não houve nem um voto contra nem mesmo houve qualquer reclamação ou protesto verbal, do que tudo se fez transcrição na ata que abaixo fica transcrita.
Transliterado do Livro de Memórias da Capela da Calvaria n.º 1, de 1922, pág. 5 v. e 6
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