Programa da Paróquia

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

O tempo da espera e da esperança

1 de dezembro de 2024 | 1.º Domingo do Advento (início Ano C)
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O novo ano começa com um apelo de Jesus à esperança: erguei-vos... levantai a cabeça... tende cuidado convosco... vigiai... orai em todo o tempo... Verbos carregados da força de Deus que, fazendo-se um connosco, não deixa nunca de estar presente pelo Seu Espírito, a dar sentido ao Advento que é a vida de cada um de nós: uma espera constante da Sua vinda definitiva, quando Ele for tudo em todos.

No Natal, celebraremos a sua primeira vinda; no Advento, preparamo-nos para a última. Uma espera ativa que se faz de vigilância e oração, de estar atento (vigiar) a nós mesmos para sermos o lugar onde o humano e divino se continuam a encontrar (oração) no projeto comum do Reino. Neste caminho, cuidar constantemente do coração, para que não se torne pesado por tudo quanto pode "prender-nos" noutros projetos sem Reino.

A Coroa de Advento, que somos convidados a fazer ao longo deste tempo, marca esta progressividade do encontro com a Luz, redescobrindo a presença constante de Jesus que nos desafia a caminhar juntos em Igreja, ancorados no seu amor, numa atitude de esperança que se faz serviço.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Festa dos 75 celebra o dom da vida e convida a ser «Peregrinos da Esperança»


No domingo 24 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, Dia Mundial da Juventude, para além dos jovens que animaram a celebração da Eucaristia na igreja paroquial da Calvaria, foram convidados a marcar presença os jovens nascidos em 1949, que completam 75 anos de vida ao longo deste ano de 2024.

Após a celebração da Eucaristia, celebrada em ação de graças pelo dom da vida, e recordando os nascidos em 1949 que já partiram para a eternidade, fez-se a procissão com a imagem do Sagrado Coração de Jesus. A invocação ao Sagrado Coração de Jesus, neste dia, é vivida com o sentido de agradecimento pelo amor misericordioso de Jesus que, como recordava o texto do Evangelho desse domingo, faz da sua realeza serviço, entregando a sua vida para nele encontrarmos o caminho da verdade.

Na celebração, foi salientada a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Juventude que, no caminho para o Jubileu de 2025 «Peregrinos da Esperança», nos desafia a não ficar à varanda, nem a sermos simples turistas na vida, mas a fazermo-nos peregrinos: «o peregrino mergulha de alma e coração nos lugares que encontra, fá-los falar, torna-os parte da sua busca de felicidade».

Após a missa e procissão, os festeiros de 2025, nascidos em 1975, que celebram 50 anos de vida no próximo ano, prepararam uma almoço que reuniu os nascidos em 1949 e suas famílias, além de todos os que se quiseram associar a este momento de convívio na comunidade.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Jubileus matrimoniais de 2024


A Paróquia lança o convite a todos os casais que celebram 25 ou 50 anos de matrimónio ao longo deste ano de 2024 para festejarmos juntos. No dia da Festa da Sagrada Família, último domingo do ano civil, a 29 de dezembro, às 11h, na igreja paroquial da Calvaria, haverá a celebração da Eucaristia na qual se fará a bênção de todos os casais.

Neste dia, as zeladoras da Sagrada Família, que organizam a celebração anual dos Jubileus Matrimoniais, levam os Oratórios que percorrem a Comunidade à igreja paroquial, e toda a Comunidade é convidada a celebrar o dom da própria família e a rezar pelas famílias. Aos casais que se fazem presentes, oferece-se um imagem da Sagrada Família, pedindo que a  sua graça e a paz de Deus esteja presente em cada lar.

III Encontro dos Estudantes do Ensino Superior da Paróquia da Calvaria


Está a ser programado para o domingo anterior ao Natal, dia 22 de dezembro de 2024, o 3.º Encontro dos Estudantes do Ensino Superior da Paróquia da Calvaria. Após a celebração da Missa, às 11h, na igreja paroquial, com a bênção dos estudantes, haverá um tempo de encontro e convívio dos jovens da Paróquia que frequentam o Ensino Superior.

Para contarmos com todos, pedimos que avisem a sua presença para 966090953, onde podem saber mais informações.

Uma realeza feita serviço e entrega até ao fim

24 de novembro de 2024 | Solenidade de Cristo Rei
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É quando está subjugado, diante de Pilatos, que Jesus declara a sua realeza: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».

Esta realeza de Jesus não tem nada a ver com a lógica de realeza a que o mundo está habituado. Jesus, o nosso "Rei", apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza, sem o apoio dos grupos de pressão que fazem os valores e a moda, sem qualquer compromisso com as multinacionais da exploração e do lucro.

Diante dos homens, Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada: só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus projetos, de dom da vida, de solidariedade com os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas “armas” que Ele vai combater o egoísmo, a autossuficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o mundo avaliza e enaltece... É nessa realeza que a Igreja, e cada cristão, é chamada a seguir os passos do Mestre.

sábado, 16 de novembro de 2024

Festa dos 75 anos: 1949 - 2024


Os nascidos em 1949, são convidados para um dia de celebração no próximo domingo, dia 24 de novembro de 2024, pelos 75 anos de vida.

O programa tem início com a celebração da Missa, às 11h, na igreja paroquial, seguida de procissão com a imagem do Sagrado Coração de Jesus. Segue-se um almoço convívio, para o qual é necessária a inscrição junto da Comissão da Festa de Santa Marta de 2025 (916 007 304 ou 914 980 120). Durante a tarde haverá café da avó, filhoses e mais surpresas.

A festa dos 75 anos celebra-se no último domingo do ano litúrgico, solenidade de Cristo Rei, e é dedicada ao sagrado Coração de Jesus. Celebra-se o dom da vida e do amor, num dia de encontro e convívio, em que se juntam também os jovens que vivem, nesse mesmo dia, o Dia Mundial da Juventude, este ano com o tema «Os que esperam no Senhor, caminham sem se cansar». Uma oportunidade para reforçar, no encontro de gerações, o dom da esperança que nos lança para o Jubileu do ano de 2025 - «Peregrinos da Esperança».

Esperar é viver em permanente conversão

17 de novembro de 2024 | 33.º domingo do Tempo Comum
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O anúncio da vinda do Senhor não afasta o crente do hoje deste mundo. Pelo contrário, exige-lhe a capacidade de assumir o presente, a terra onde vive e de a amar, e com ela aprender aquele olhar que sabe ver o brotar da vida nos ramos da figueira.

Jesus anuncia a vinda do "Filho de homem" como certa, mas o seu momento é incerto: mais que procurar adivinhar o futuro, o crente é convidado a assumir este tempo, nesta terra, espiritualmente, como uma espera que se pode converter em resistência (força nas adversidades e tribulações da história), em paciência (capacidade de viver o incompleto do quotidiano), em perseverança (recusa em fazer a apologia do pessimismo), e em fé (acreditando, com segurança e firmeza, mais no invisível de uma Palavra que não passe, do que no visível que passa).

O Evangelho deste domingo não se ocupa do "fim do mundo" mas do "fim de um mundo" onde as forças e astros, tantas vezes divinizados, são “destronados” pelo Filho do homem, o “fim de um mundo” afastado de Deus que dá lugar, pela oferta de Jesus, a uma vida envolvida na misericórdia e no amor, que nos lança num caminho de permanente conversão.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Tudo o que tenho, a Ti entrego

10 de novembro de 2024 | 32.º Domingo do Tempo Comum
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Quanto maior é a relação (amor) com alguém (e a relação nasce do encontro, conhecimento, diálogo, entrega e acolhimento, compromisso, persistência e fidelidade...), maior é a confiança que nos une. Assim uns com os outros, assim com Deus. «Confiança» é das palavras que melhor traduza o termo «fé»: a fé é essencialmente a confiança que nasce da relação com Deus, só possível porque acolhemos em primeiro lugar a confiança que Deus tem em nós.

Confiar e confiar-se. É o que Jesus é capaz de perceber no gesto simples de uma viúva que deita na caixa do tesouro do Templo duas pequenas moedas. Para além do (frágil) som das moedas que caiem no tesouro, Jesus tem o olhar de Deus que vê no mais íntimo do ser daquela mulher: «ela ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuís para viver». Não se trata da quantidade da dádiva monetária, mas da quantidade de confiança que é depositada nesta oferta. Neste gesto podemos perceber a oração da viúva: «tudo o que tenho, a Ti te entrego: sou toda tua; nas Tuas mãos está a minha vida!». Talvez a atravessar um momento dramático, talvez no limite das suas possibilidades, talvez envolvida pela «noite», a confiança em Deus é a sua única esperança. E arrisca lançar-se.

sábado, 2 de novembro de 2024

100 anos da Paróquia da Calvaria

Exposição do Centenário da Criação da Paróquia

No mês de novembro, está patente, na igreja paroquial, uma nova peça para assinalar o percurso histórico que conduziu à criação da paróquia da Calvaria. A imagem de São Francisco de Borja, muito provavelmente de uma capela que existiu na Quinta da Morena, leva-nos ao início a meados do século XVIII quando o padre Dionísio de Matos, já de idade avançada, aí mandou fazer uma capela para nela poder celebrar. Desse espaço apenas restam o nome de uma rua que liga a Calvaria ao Porto do Carro.

Capela da Morena
Nos limites da atual freguesia da Calvaria de Cima, a caminho do Porto do Carro, no seguimento da Rua do Painel, nos Casais de Além, no final do Caminho da Morena, existia uma quinta com uma azenha e uma capela, construída pelos anos de 1770 ou 1771, dedicada a São Francisco de Borja.
Dessa Capela, e da Quinta da Morena, nada resta. Apenas a escultura do Santo Padroeiro que se acredita vinda desse lugar e que, tudo o indica, seja do século XVIIII.

Diz o Revdº Dionízio de Mattos assistente na sua Quinta da Morena… que elle junto à dita quinta, à parte Sul sem mais espaço (que) hua estra(da) que fica de premeio, mandou fazer p.ª dizer missa nella por ser sacerdote velho, e lhe ficaram distantes as outras, hua Capella com a invocação de S. Franc.º de Borja, em que diz missa, ornada com todo o asseio… para nella se celebrar, tudo com autoridade do Ordinário…

Petição citada em: David Simões RODRIGUES, Calvaria. A Terra e o Povo. Ed. do Autor, p. 174-175

São Francisco de Borja, militar do imperador Carlos V de Castela, converteu-se após a morte de Isabel I, mulher do Imperador, considerada a mulher mais bonita da Europa. Perante a desfiguração provocada pela morte, fica tão impressionado que se pergunta: «Foi afinal isto que servi?». E resolve dedicar o resto da sua vida ao serviço de Deus. Professa nos Jesuítas, onde vive um caminho de santidade.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Um retorno à Fonte

3 de novembro de 2024 | 31.º Domingo do Tempo Comum
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O “mandamento do amor” reorienta-nos sempre e de novo ao essencial, e faz-nos revisitar a originalidade do sonho de Deus para a humanidade: viver no Amor. Amor a Deus, com todas as energias e dimensões do nosso ser, indissociável do amor ao próximo, com as mesmas energias e dimensões. Um e outro não vivem isolados: cruzam-se e exigem-se mutuamente.

A vida de Jesus é expressão da maturidade no amor que também nos convida a viver: “o seu amor pelo Pai levava-o a retirar-se para o monte para rezar, a erguer os olhos para o céu antes de fazer milagres, mas ao mesmo tempo ia ao encontro dos doentes, dos excluídos, dos pecadores, das multidões perdidas como ovelhas sem pastor. E depois, na cruz, vira-se para seu Pai, mas também para o ladrão crucificado ao seu lado, para Maria e João, para os verdugos que não sabiam o que faziam”… Fica o convite a beber na Fonte: Jesus Cristo, na sua Vida, como na sua Palavra, é o lugar da redescoberta sempre renovada da frescura do amor pleno.