Programa da Paróquia

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Dia Mundial da Paz 2022



MENSAGEM DO SANTO PADRE
FRANCISCO
PARA A CELEBRAÇÃO DO
55º DIA MUNDIAL DA PAZ

1º DE JANEIRO DE 2022

DIÁLOGO ENTRE GERAÇÕES, 
EDUCAÇÃO E TRABALHO:
INSTRUMENTOS PARA CONSTRUIR 
UMA PAZ DURADOURA

Acolher a Luz

2 de janeiro de 2022 | Solenidade da Epifania do Senhor
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

«O evangelista Mateus, narrando o episódio dos Magos (cf. 2, 1-12), mostra que esta luz é o Menino de Belém, é Jesus, mesmo que a sua realeza não seja aceite por todos. Aliás, alguns a rejeitam, como Herodes. Ele é a estrela que apareceu no horizonte, o Messias esperado, aquele através de quem Deus realiza o seu reino de amor, o seu reino de justiça, o seu reino de paz. Ele nasceu não só para alguns mas para todos os homens, para todos os povos. A luz é para todos os povos, a salvação é para todos os povos.

E como se verifica esta “irradiação”? Como se difunde a luz de Cristo em todos os lugares e tempos? Tem o seu método de propagação. Não o faz através dos poderosos meios dos impérios deste mundo, que procuram sempre apoderar-se do domínio sobre ele. Não, a luz de Cristo difunde-se através da proclamação do Evangelho. A proclamação, a palavra e o testemunho. Com o mesmo “método” escolhido por Deus para vir entre nós: a encarnação, isto é, aproximar-se do outro, conhecendo-o, assumindo a sua realidade e dando o testemunho da nossa fé, cada um de nós. Só assim a luz de Cristo, que é Amor, pode resplandecer em quantos a acolherem, atraindo outros. A luz de Cristo não se propaga apenas com palavras, com métodos falsos, empresariais... Não, não! A fé, a palavra, o testemunho: assim se difunde a luz de Cristo. Cristo é a estrela, mas também nós podemos e devemos ser a estrela para os nossos irmãos e irmãs, como testemunhas dos tesouros de bondade e de infinita misericórdia que o Redentor oferece gratuitamente a todos. A luz de Cristo não se propaga por proselitismo, mas por testemunho, pela confissão da fé. Até pelo martírio!

Portanto, a condição é acolher em nós esta luz, acolhê-la cada vez mais. Ai de nós se pensarmos que a possuímos, ai de nós se pensarmos que só devemos “geri-la”! Também nós, como os Magos, somos chamados a deixar-nos sempre fascinar, atrair, guiar, iluminar e converter por Cristo: é o caminho da fé, através da oração e da contemplação das obras de Deus, que nos enche continuamente de alegria e de admiração, uma admiração sempre nova. A admiração é sempre o primeiro passo para ir em frente nesta luz.

Invoquemos a proteção de Maria sobre a Igreja universal, para que possa difundir no mundo inteiro o Evangelho de Cristo, luz de todas as nações, luz de todos os povos!»

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Uma família sagrada

26 de dezembro de 2021 | Festa da Sagrada Família
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

Os Evangelhos falam-nos pouco da vida de Jesus em família. Temos apenas alguns poucos quadros dos primeiros anos da sua vida, entre os quais este com o qual São Lucas encerra a parte que dedica à infância de Jesus: com 12 anos, vai ao tempo de Jerusalém com os seus pais, certamente integrado num grande grupo de familiares e amigos de Nazaré que se dirigiram à cidade santa; e lá fica quando esse grupo de gente volta para a sua terra. Não seria de estranhar que Maria e José O tenham "perdido": pensavam-n'O certamente com os amigos da mesma idade naquela viagem de regresso.

Mas Lucas está mais concentrado na mensagem que quer transmitir: «Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?» A resposta de Jesus é uma conclusão e um pórtico: conclui os primeiros capítulos em que São Lucas apresenta o Filho de Deus nascido de Maria; abre para o que vai seguir-se: toda a vida pública de Jesus, e sobretudo a sua morte e ressurreição já anunciado neste relato. Mais tarde, de novo em Jerusalém, também em contexto pascal, Jesus será de novo abandonado, desta vez pelos discípulos, para ficar de novo três dias por encontrar, até que ao terceiro dia surgirá de novo, ressuscitado, Ele agora novo Templo, revelação plena do Pai.

Maria pode até nem entender tudo, mas guarda todos os acontecimentos no seu coração. Certamente que também José o faz. E Jesus, o Filho de Deus, encontra no seio de uma família o lugar para crescer em sabedoria, estatura e graça. Aquela família é sagrada, como o é chamada a ser cada família: lugar onde Deus vive com os homens.

Nasceu-vos hoje um Salvador!

Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto)


Com votos de um Santo e Feliz Natal, vivido na alegria de acolher o Deus Menino que, como Luz, se faz próximo de cada um de nós, confiamo-nos a Ele e pedimos a graça de nos deixarmos iluminar e orientar pela sua presença, celebrada de modo particular na Eucaristia. Que esta proximidade, conforto e luz do Deus-Connosco possa chegar junto das crianças e dos jovens, dos doentes e dos que estão mais sós, e de cada família da nossa comunidade paroquial da Calvaria.

Que a Boa Notícia que ressoa no meio das trevas encontre em cada um de nós o lugar para ser acolhida e testemunhada: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor» (cf. Lc 2, 1-14)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Jubileu dos 25 e 50 anos de matrimónio



No dia 26 de dezembro, domingo, a Igreja celebra a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Nesse dia haverá, na Paróquia, a celebração dos jubileus matrimoniais, para a qual se convidam os casais que comemoram, ao logo deste ano de 2021, os 25 ou 50 anos de matrimónio.

A missa das 11h, na igreja da Calvaria, será em ação de graças pelo dom da vida e do amor partilhado no matrimónio.

A celebração é organizada com as zeladoras da Sagrada Família que trazem para a igreja os oratórios que percorrem as casas incentivando à oração familiar.

Levar Deus a "visitar" o mundo

19 de dezembro de 2021 | 4º Domingo do Advento
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


Ao percorrer o texto do encontro de Maria e Isabel, a nota dominante é a da alegria. Não podia deixar de ser assim, não só pelo facto de serem duas mulheres grávidas, amigas, que se encontram, com tudo o que a gravidez traz de esperança, ternura, amor, alegria… mas também porque são aquelas mulheres: Isabel que depois de tanto pedir a Deus o dom de um filho, já em idade avançada, recebe esta graça: ei-la grávida de João, o Precursor, aquele que já no seio da sua mãe exulta de alegria pela presença daquele que vai anunciar já presente no meio dos homens: Jesus, o Filho de Deus, de quem está grávida Maria, que traz em si o fruto da sua disponibilidade para acolher a palavra de Deus, e se tornar a Mãe da Palavra, o Verbo de Deus, o Deus connosco.

Maria e Isabel são nesse momento o lugar de toda a esperança, a passagem a um novo tempo, que João anunciará, e Jesus tornará já presente e atuante no mundo. Maria visita Isabel, mas é o próprio Deus que leva em visita. Deus que percorre, em Maria, os caminhos deste mundo para trazer, a quantos O reconhecem, uma vida salva, uma vida boa, bela e feliz.

O Natal é um tempo de fé, de acolhimento de Jesus, daquele que nos faz experimentar a alegria de tornar a vida um lugar de beleza. É tempo de aprender com Maria a deixar-se habitar pela Palavra, e de a transportar pelo mundo fora para que «este vale de lágrimas» possa encontrar-se com uma nova esperança.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Que devemos fazer?

12 de dezembro de 2021 | 3º Domingo do Advento
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

O tema da alegria atravessa as leituras bíblicas deste terceiro domingo do Advento: alegria a que é convidada Jerusalém pela presença salvífica de Deus no seu seio (Sofonias); alegria a que são chamados os cristãos de Filipos diante do anúncio que o "Senhor está próximo" (2ª leitura); alegria inscrita no Evangelho, na boa notícia, a boa nova que João anuncia.

A alegria cristã está ligada a uma relação com o Senhor e tem um preço: a conversão. Converter-se significa operar uma transformação concreta na própria vida. A pergunta “o que devemos fazer?” na boca das multidões, dos publicanos, dos soldados, indica a diversidade de gestos concretos de conversão: a partilha, o não ser pretensioso, o não abusar, o não ser violento. João pede essencialmente que cada um dê espaço ao outro, respeitando, acolhendo.

João não pede gestos radicais. Pede apenas esse espaço de abertura ao Deus Amor que vem, empenhando-se numa vida de abertura àqueles que nos acompanham na vida presente.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

"Preparai o caminho do Senhor"

5 de dezembro de 2021 | 2º Domingo de Advento
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


João Baptista é uma das referências essenciais deste tempo de Advento. Quando se trata de nos prepararmos para acolher Jesus que vem, nada como voltar a escutar esta voz do deserto (e o deserto é sempre um lugar significativo da essencialidade e, por isso, do encontro com Deus). Não se trata de fazer umas «obras de fachada» para parecer bonito, mas de obras profundas, estruturais: endireitar veredas, altear vales, abater montes e colinas... Esta voz profética clama pela renovação estruturante do ser, pela capacidade de reorganizar a vida, pela conversão.

É verdade que a voz profética nem sempre é fácil de escutar. Com facilidade se arranjam rótulos: isso são coisas do passado, agora é toda a gente assim, não podemos ser retrógradas, essas coisas são muito bonitas de dizer mas não se podem viver no contexto atual... e tantas outras frases feitas, gratuitas, e talvez como uma “bela desculpa” para manter vales e montes, e tortas as vias por onde se caminha na vida.

De facto, a conversão não é apenas obra nossa, mas depende de nós a abertura ao Deus que bate à porta para que Ele em nós nos possa renovar interiormente na nossa forma de pensar, de sentir, de agir.

Neste caminho de Advento, encontramos o convite à conversão: deixar ressoar em nós esta voz, não ter mede de ousar o deserto para que se dê o encontro capaz de nos transformar. Sim, porque só o Amor é capaz de nos fazer mudar, e só entrado na relação de amor com o Amor que vem ao nosso encontro nos podemos tornar pela palavra e pela vida, presença profética neste nosso mundo de hoje.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O tempo da espera e da esperança

28 de novembro de 2021 | 1º Domingo do Advento (início Ano C)
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

O novo ano começa com um apelo de Jesus à esperança: erguei-vos... levantai a cabeça... tende cuidado convosco... vigiai... orai em todo o tempo... Verbos carregados da força de Deus que, fazendo-se um connosco, não deixa nunca de estar presente pelo Seu Espírito, a dar sentido ao Advento que é a vida de cada um de nós: uma espera constante da Sua vinda definitiva, quando Ele for tudo em todos.

No Natal, celebraremos a sua primeira vinda; no Advento, preparamo-nos para a última. Uma espera ativa que se faz de vigilância e oração, de estar atento (vigiar) a nós mesmos para sermos o lugar onde o humano e divino se continuam a encontrar (oração) no projeto comum do Reino. Neste caminho, cuidar constantemente de coração para que não se torne pesado por tudo quanto pode "prender-nos" noutros projetos sem Reino.

A Coroa de Advento, que somos convidados a fazer ao longo deste tempo, marca esta progressividade do encontro com a Luz, redescobrindo a presença constante de Jesus, presente na Eucaristia, que nos desafia a caminhar juntos em Igreja, numa atitude de esperança que se faz serviço.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

No dia dos Jovens, o encontro de quem completa 75 anos de vida


O passado domingo, dia 21 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, celebrou-se o Dia Mundial da Juventude. O Papa Francisco alterou para este último domingo do ano litúrgico, o Dia dedicado aos jovens (que se celebrava anteriormente no Domingo de Ramos). 

Na Calvaria, os jovens uniram-se para animar a celebração da Eucaristia, na qual os nascidos em 1946 celebraram em conjunto o dom da vida, no aniversário dos seus 75 anos. Um encontro de gerações que contou ainda com a Comissão da Festa em Honra de Santa Marta, dos que celebram 50 anos de vida em 2022, que preparou a refeição para aqueles que puderam continuar, depois da celebração e procissão, no almoço convívio.


A Festa que junta aqueles que, durante o ano, celebram 75 anos de vida, começou a ser celebrada na paróquia da Calvaria em 2019. Tem sido dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, na solenidade de Cristo Rei: centrados em Jesus, esta festa é sobretudo um grande momento de ação de graças pela vida acolhida, vivida e partilhada em família e na comunidade.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Uma realeza feita serviço e entrega até ao fim

21 de novembro de 2021 | Solenidade de Cristo Rei
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

É quando está subjugado, diante de Pilatos, que Jesus declara a sua realeza: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».

Esta realeza de Jesus não tem nada a ver com a lógica de realeza a que o mundo está habituado. Jesus, o nosso "Rei", apresenta-Se aos homens sem qualquer ambição de poder ou de riqueza, sem o apoio dos grupos de pressão que fazem os valores e a moda, sem qualquer compromisso com as multinacionais da exploração e do lucro.

Diante dos homens, Ele apresenta-se só, indefeso, prisioneiro, armado apenas com a força do amor e da verdade. Não impõe nada: só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço, de obediência a Deus e aos seus projetos, de dom da vida, de solidariedade com os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas “armas” que Ele vai combater o egoísmo, a autossuficiência, a injustiça, a exploração, tudo o que gera sofrimento e morte. É uma lógica desconcertante e incompreensível, à luz dos critérios que o mundo avaliza e enaltece... É nessa realeza que a Igreja, e cada cristão, é chamada a seguir os passos do Mestre.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Festa dos 75 anos

21 de novembro | Solenidade de Cristo Rei


Os nascidos em 1946, que completam 75 anos neste ano de 2021, são convidados para a Festa do Sagrado Coração de Jesus, no domingo 21 de novembro, dia da solenidade de Cristo Rei.

A Festa começa com a celebração da missa às 11h, seguida do almoço de convívio. Para o almoço é necessária inscrição até 17 de novembro: 963520311; 934709381; 919448567; Loja A Prendinha.

Esperar é viver em permanente conversão

14 de novembro de 2021 | 33º domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

O anúncio da vinda do Senhor não afasta o crente do hoje deste mundo. Pelo contrário, exige-lhe a capacidade de assumir o presente, a terra onde vive e de a amar, e com ela aprender aquele olhar que sabe ver o brotar da vida nos ramos da figueira.

Jesus anuncia a vinda do "Filho de homem" como certa, mas o seu momento é incerto: mais que procurar adivinhar o futuro, o crente é convidado a assumir este tempo, nesta terra, espiritualmente, como uma espera que se pode converter em resistência (força nas adversidades e tribulações da história), em paciência (capacidade de viver o incompleto do quotidiano), em perseverança (recusa em fazer a apologia do pessimismo), e em fé (acreditando, com segurança e firmeza, mais no invisível de uma Palavra que não passe, do que no visível que passa).

O Evangelho deste domingo não se ocupa do "fim do mundo" mas do "fim de um mundo" onde as forças e astros, tantas vezes divinizados, são “destronados” pelo Filho do homem, o “fim de um mundo” afastado de Deus que dá lugar, pela oferta de Jesus, a uma vida envolvida na misericórdia e no amor, que nos lança num caminho de permanente conversão.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Tudo o que tenho, a Ti entrego

7 de novembro de 2021 | 32º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Quanto maior é a relação (amor) com alguém (e a relação nasce do encontro, conhecimento, diálogo, entrega e acolhimento, compromisso, persistência e fidelidade...), maior é a confiança que nos une. Assim uns com os outros, assim com Deus. «Confiança» é das palavras que melhor traduza o termo «fé»: a fé é a essencialmente a confiança que nasce da relação com Deus, só possível porque acolhemos em primeiro lugar a confiança que Deus tem em nós.

Confiar e confiar-se. É o que Jesus é capaz de perceber no gesto simples de uma viúva que deita na caixa do tesouro do Templo duas pequenas moedas. Para além do (frágil) som das moedas que caiem no tesouro, Jesus tem o olhar de Deus que vê no mais íntimo do ser daquela mulher: «ela ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuís para viver». Não se trata da quantidade da dádiva monetária, mas da quantidade de confiança que é depositada nesta oferta. Neste gesto podemos perceber a oração da viúva: «tudo o que tenho, a Ti te entrego: sou toda tua; nas Tuas mãos está a minha vida!». Talvez a atravessar um momento dramático, talvez no limite das suas possibilidades, talvez envolvida pela «noite», a confiança em Deus é a sua única esperança. E arrisca lançar-se.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Catequeses do Papa Francisco sobre a Missa

Calvaria | Sexta-feira, 5 de novembro | 21h

Neste ano dedicado à Eucaristia, o Sr. Bispo recomenda que as comunidades façam uma experiência de aprofundamento em grupo, a partir das catequeses que o Papa Francisco dedicou à Missa. Na Paróquia da Calvaria teremos um primeiro encontro deste percurso na sexta-feira, dia 5 de novembro, às 21h, no salão paroquial.

Convidam-se a participar todos os que queiram fazer esta experiência de aprofundamento da Eucaristia, de modo particular os ministros da comunhão, leitores, membros das equipas de liturgia, cantores, catequistas e membros dos diversos movimentos serviços da Paróquia.

sábado, 30 de outubro de 2021

Um retorno à Fonte

31 de outubro de 2021 | 31º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


O “mandamento do amor” reorienta-nos sempre e de novo ao essencial, e faz-nos revisitar a originalidade do sonho de Deus para a humanidade: viver no Amor. Amor a Deus, com todas as energias e dimensões do nosso ser, indissociável do amor ao próximo, com as mesmas energias e dimensões. Um e outro não vivem isolados: cruzam-se e exigem-se mutuamente.

A vida de Jesus é expressão da maturidade no amor que também nos convida a viver: “o seu amor pelo Pai levava-o a retirar-se para o monte para rezar, a erguer os olhos para o céu antes de fazer milagres, mas ao mesmo tempo ia ao encontro dos doentes, dos excluídos, dos pecadores, das multidões perdidas como ovelhas sem pastor. E depois, na cruz, vira-se para seu Pai, mas também para o ladrão crucificado ao seu lado, para Maria e João, para os verdugos que não sabiam o que faziam”… Fica o convite a beber na Fonte: Jesus Cristo, na sua Vida, como na sua Palavra, é o lugar da redescoberta sempre renovada da frescura do amor pleno.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Crianças que iniciam percurso catequético foram acolhidas nas celebrações da Paróquia


A Festa do Acolhimento das crianças que este ano começam o percurso da catequese na paróquia da Calvaria decorreu no fim de semana de 23 e 24 de outubro. No sábado, na celebração da missa vespertina, estiveram 6 crianças do grupo de São Jorge e, no domingo, 12 crianças do grupo da Calvaria.


Ao iniciar o percurso da catequese este é o momento de apresentar as crianças à comunidade, e a comunidade às crianças e famílias, para que, todos juntos, possamos ajudar a crescer na amizade com Jesus, aquele que nos traz a luz de Deus para vermos o caminho a seguir, e possamos tornar a nossa vida cada vez mais bela e feliz.

Logo da JMJ entregue a Porto de Mós


Cerca de 70 jovens da vigararia da Batalha fizeram uma caminhada desde a Batalha até Porto de Mós, no dia 23 de outubro, para entregar o Logo da JMJ 2023. 

Pelo caminho, alguns postos passaram pelos elementos que compõem este logotipo da Jornada da Juventude que decorrerá em Lisboa nos primeiros dias de agosto de 2023. No posto da paróquia da Calvaria, o desafio foi o de construir um terço.

No dia 23 de cada mês, vai acontecer a passagem para uma nova vigararia até percorrer a totalidade das paróquias da Diocese. O percurso do Logo pelas paróquias de Leiria-Fátima teve início a 23 de setembro, na paróquia da Calvaria.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

«Mestre, que eu veja»

24 de outubro de 2021 | 30º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

“Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem”. A citação é do Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago.

A história do Bartimeu é a de um cego que quer ver. E sabe onde encontrar a vista. A vista e a vida. A alegria de saber o caminho a seguir. Apesar dos obstáculos da multidão que o quer calar, não desiste da sua busca do «Filho de David», o Messias esperado, aquele que os profetas anunciaram como o que vem dar vista aos cegos.

E aí está ele, persistente, na sua busca. E Jesus escuta-o. Manda-o chamar. Agora já com o apoio daqueles que são enviados por Jesus: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». Missão grande a daqueles que acolhem o desafio de Jesus para dar luz ao olhar dos homens: encorajar, fazer levantar, recordar que Ele chama e ama, e por isso faz recuperar a Vida.

Por vezes também nós "estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que vendo não veem"... e precisamos de reconhecer que só Ele é capaz de dar visão nova à vida. Também nós, ao lado de Jesus, podemos assumir esta missão de ser, no mundo, fonte de esperança: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te».

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Agarrar a missão de servir

17 de outubro de 2021 | 29º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


É normal que todos procurem ser reconhecidos. A nossa dignidade também depende disso. Mas será necessário, para ser reconhecido, procurar passar à frente dos outros, sem qualquer escrúpulo?

Que cada um tome o seu lugar, mas não reclame o primeiro. Jesus não vem dar conselhos, mas oferecer o seu testemunho, e convida os discípulos a acolher o mesmo estilo de vida, a beber do mesmo "cálice": Ele, que era de condição divina, tomou o lugar de escravo. Jesus não prega o abaixamento pelo abaixamento. Quem escolhe o serviço é elevado por Deus ao lugar de “grande”, Deus dá o primeiro lugar a quem escolheu o último. É Deus que altera as situações que o homem, na sua liberdade, escolhe para ser verdadeiro cidadão do Reino de Deus.

Como servir? No início da Semana das Missões recordamos a nossa vocação a sermos servidores do Evangelho. Concretamente, como fazer passar o Evangelho antes dos meus próprios desejos? Fazer passar o respeito pelo outro antes da minha própria vantagem? De que maneira vou poder servir durante esta semana? Ouso fazê-lo em nome de Cristo Servidor? Estou dispostos a agarrar a missão de servir?

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

O olhar de simpatia de Jesus

10 de outubro de 2021 | 28º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


O homem que se aproxima de Jesus procura «alcançar a vida eterna», mas falta-lhe uma visão certa desta «Vida». Fica-se pelo “fazer”. Jesus convida-o a mudar de lógica: não se trata de vida eterna a ganhar, mas de seguir Jesus. A vida eterna é essencialmente este estar com Jesus e segui-lo! Eis a grande transformação que Jesus vem provocar: não se trata primeiro de fazer esforços para obedecer a mandamentos e conquistar um prémio. Trata-se primeiro de entrar numa relação de proximidade, de encontro íntimo com Jesus. Mais profundamente ainda, trata-se primeiro de descobrir que Jesus, Ele em primeiro lugar, nos ama.

É neste contexto que se compreende a referência de Marcos: “Jesus olhou para ele com simpatia (amor)”. É este olhar que transforma tudo. Jesus quer fazer compreender ao homem rico que lhe falta o essencial: deixar-se amar em primeiro lugar, descobrir que todos os seus bens materiais nunca poderão preencher esta necessidade vital para todo o homem de ser amado. As riquezas do homem impediram-no de ler tudo isto no olhar de Jesus. 

O homem partiu. Mas Jesus não lhe retirou o seu olhar de amor…

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Apresentação e compromisso dos catequistas


Ao dar início às atividades da catequese neste novo ano pastoral de 2021+22, no dia da Igreja Diocesana, os catequistas da paróquia foram apresentados à comunidade, e fizeram o compromisso de se prepararem sempre melhor para esta missão de, em nome da Igreja, colaborarem com as famílias na missão de ajudar as crianças e adolescentes dos grupos paroquiais a fazerem o seu caminho de fé, no encontro com Jesus Cristo, pelo anúncio e testemunho da Palavra de Deus.

Este momento foi vivido no sábado, dia 2 de outubro, pelos catequistas de São Jorge e, no dia 3, domingo, pelos catequistas da Calvaria, nas celebrações da Eucaristia nas quais se escutou a mensagem do Sr. Bispo, sublinhando que este ano será, na nossa Diocese, um ano Eucarístico e Sinodal, na semana em que se vai dar início aos encontros dos grupos de catequese com crianças e adolescentes.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

«Não separe o homem o que Deus uniu»

3 de outubro de 2021 | 27º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

O Evangelho deste domingo (cf. Mc 10, 2-16) oferece-nos a palavra de Jesus sobre o matrimónio. A narração abre-se com a provocação dos fariseus que perguntam a Jesus se é lícito que um marido repudie a esposa, como previa a lei de Moisés (cf. vv. 2-4). Antes de tudo, Jesus, com a sabedoria e a autoridade que lhe vêm do Pai, ameniza a prescrição moisaica dizendo: «Pela dureza dos vossos corações ele — ou seja, o antigo legislador — vos deixou escrito este mandamento» (v. 5). Trata-se portanto de uma concessão que serve para remediar as falhas causadas pelo nosso egoísmo, mas não corresponde à intenção originária do Criador.

E aqui Jesus retoma o Livro do Génesis: «Desde o início da criação [Deus] os criou varão e mulher; por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua esposa e os dois serão um só» (vv. 6-7). E conclui: «Não divida o homem o que Deus uniu» (v. 9). O projeto originário do Criador não inclui o homem que se casa com a mulher e, se as coisas não funcionam, a repudia. Não. Ao contrário, inclui o homem e a mulher chamados a reconhecer-se, a completar-se, a ajudar-se reciprocamente no matrimónio.

Este ensinamento de Jesus é muito claro e defende a dignidade do matrimónio, como união de amor que requer a fidelidade. Aquilo que consente que os esposos permaneçam unidos no matrimónio é um amor de doação recíproca amparado pela graça de Cristo. Se, ao contrário, prevalecer nos cônjuges o interesse individual, a própria satisfação, então a sua união não poderá resistir.

E a mesma página evangélica recorda-nos, com grande realismo, que o homem e a mulher, chamados a viver a experiência da relação e do amor, podem dolorosamente fazer gestos que a põem em crise. Jesus não admite tudo o que pode levar ao naufrágio da relação. Faz isso para confirmar o desígnio de Deus, no qual sobressaem a força e a beleza da relação humana. A Igreja, por um lado, não se cansa de confirmar a beleza da família como nos foi recomendada pela Escritura e pela Tradição; ao mesmo tempo, esforça-se por fazer sentir concretamente a sua proximidade materna a quantos vivem a experiência de relações interrompidas ou levadas por diante de maneira sofrida e fadigosa.

O modo de agir do próprio Deus com o seu povo infiel — isto é, connosco — ensina-nos que o amor ferido pode ser sanado por Deus através da misericórdia e do perdão. Por isso à Igreja, nestas situações, não é pedida imediata e unicamente a condenação. Ao contrário, face às tantas dolorosas falências conjugais, ela sente-se chamada a viver a sua presença de amor, de caridade e de misericórdia, para reconduzir a Deus os corações feridos e desorientados.

Invoquemos a Virgem Maria, para que ajude os cônjuges a viver e a renovar sempre a sua união a partir da doação originária de Deus.

Papa Francisco, 7 de outubro de 2018

Celebração do Crisma 2021


A celebração do Crisma da paróquia da Calvaria decorreu no dia 26 de setembro, domingo, pelas 17h, na igreja do Mosteiro da Batalha. O grupo contou com os 26 jovens que completaram os 10 anos de catequese, uma jovem adulta, e cinco jovens que vieram da paróquia de Aljubarrota.

Na Eucaristia, presidida pelo Sr. Cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, todos foram convidados a viver no acolhimento do Espírito Santo numa atitude de abertura e diálogo para com todos, procurando deixar-se purificar na forma de agir, nas opções do caminho a seguir, com um olhar iluminado pelo seguimento de Jesus.

Na celebração esteve presente o logotipo da JMJ Lisboa 2023, que está a iniciar o seu caminho pelas paróquias da Diocese, que foi entregue, no final da celebração, à paróquia de Aljubarrota. Os jovens presentes, quer os que foram confirmados, quer os que os acompanhavam, assim como os que fazem parte do grupo coral, foram convidados a fazer uma caminhada de preparação para as JMJ.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

«Quem não é contra nós é por nós»

26 de setembro de 2021 | 26º domingo do tempo comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


Num tempo em que somos tantas vezes confrontados com fundamentalismos, e não apenas no âmbito do religioso, a atitude de Jesus faz-nos de novo, e sempre, perceber como o caminho para a verdade plena se encontra na partilha, no esforço da unidade na diversidade.

A tentação dos discípulos que tentam impedir aqueles que "não estão connosco" não é apenas daqueles tempos: é a tentação constante do isolamento nas áreas de segurança e conforto que facilmente culpabiliza o que é estranho... Nestes tempos, como nos de Jesus, é preciso relançar sempre o espaço do encontro, da partilha, do vencer das barreiras que se levantam perante o que é estranho ou diferente. É preciso lançar-se sempre na busca da verdade mais plena, em que o primeiro esforço é o pessoal de "cortar" o que está a mais e distorce o olhar e a ação, e buscar sobretudo uma coerência de vida que seja capaz de lançar para a Verdade plena que se encontra apenas em Deus.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

A caminho do Crisma


No domingo 12 de setembro, aos 26 jovens da Paróquia da Calvaria, juntaram-se os 5 jovens da paróquia de Aljubarrota que vão viver em conjunto a celebração do Crisma, para passar um dia em reflexão, oração, partilha e convívio. O dia começou com um momento de oração na igreja de São Jorge, e onde tiveram uma primeira atividade de lançamento do dia. Em pequenos grupos, fizeram a caminhada a pé até à Quinta do Escuteiro, com quatro postos que, a partir dos seus símbolos, ajudaram a refletir sobre a pessoa do Espírito Santo, o dom de Deus que acolhem no sacramento do Crisma.

Já na Quinta do Escuteiro, a tarde deu a oportunidade que aprofundar o sentido da celebração deste sacramento da Confirmação, e de compreender os dons com que o Espírito Santo nos ajuda a viver a vida de cada dia, iluminando o nosso pensamento, orientando o nosso coração, fortalecendo a nossa vontade para agirmos de acordo com a fé, no seguimento de Jesus. Depois de um tempo de oração pessoal, fizeram a preparação para a celebração da Eucaristia com que concluiu este dia de "retiro". A preparação continua nos próximos sábados. A celebração do Crisma será a 26 de setembro, domingo, às 17h, na igreja do Mosteiro da Batalha, dadas as limitações de espaço da igreja paroquial da Calvaria.

Seguir Jesus num caminho de serviço

19 de setembro de 2021 | 25º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

No texto do Evangelho deste domingo, começamos por acompanhar a caminhada de Jesus e dos seus discípulos através da Galileia. Jesus prepara-os para o que irá acontecer em Jerusalém, anunciando-lhes que vai ser entregue, morto e que ressuscitará ao terceiro dia. Eles não compreendem, como não o tinha compreendido anteriormente Pedro, da primeira vez que Jesus lhes falara da sua paixão (Mc 8, 31-33), ou os três discípulos que desciam do monte da transfiguração e se perguntavam «o que seria ressuscitar dos mortos» (Mc 9, 10). A sua ideia e expetativa em relação ao Messias ainda estava longe da lógica proposta por Jesus. Por isso, o caminho é feito com o «medo» de interrogar Jesus, e preenchido com questões mais conformes às suas próprias expetativas de um reino à maneira do mundo que conheciam: Quem de nós será o mais importante? Quem ocupará os primeiros lugares?

Será depois, em casa, já num espaço mais íntimo, que Jesus os questiona: «Que discutíeis no caminho?» Não insiste nem os obriga a responder… Mas, deixando a questão permanecer em aberto, apresenta-lhes a sua proposta que lança para uma nova forma de pensar e viver. Para Jesus, o primeiro, o mais importante, «será o último de todos e o servo de todos». Ou seja, «quem quiser ser grande, sirva os outros e não se sirva dos outros. E este é o grande paradoxo de Jesus. Os discípulos discutiam sobre quem deveria ocupar o lugar mais importante, quem subiria mais rapidamente, ocupando os cargos que dariam certas vantagens. E Jesus transtorna a sua lógica, dizendo-lhes simplesmente que a vida autêntica se vive no compromisso concreto com o próximo, isto é, servindo» (Papa Francisco, homilia da Missa em Havana, Cuba, 20 setembro 2015).

O gesto que se segue clarifica as palavras: uma criança é colocada ao centro e abraçada. No centro deste serviço está a pessoa concreta, de modo particular os mais frágeis. O serviço, o cuidar do outro por amor «não se reduz a uma atitude de servilismo mas, pelo contrário, põe no centro a questão do irmão: o serviço fixa sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade e em alguns casos até a “sofre”, e procura a promoção do irmão» (Idem). Para o cristão, o segredo está nesse olhar de quem vê nos outros, e sobretudo nos mais “pequeninos”, o rosto de Jesus que conduz ao Pai.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

«E vós, quem dizeis que Eu sou?»

12 de setembro de 2021 | 24º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


O texto do Evangelho põe-nos diante da pergunta de Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Jesus faz-nos a pergunta essencial: Quem é Ele para nós? Dependendo da resposta, assim será a nossa relação com Ele.

O desafio da fé passa por este olhar que Pedro conseguiu ter: um olhar profundo que vê para além das aparências e reconhece em Jesus Cristo o verdadeiro Deus, o Messias. Acolher Jesus como o nosso salvador implica também a descoberta da sua missão de nos revelar a nossa própria identidade de pessoas humanas: seguir Jesus é o caminho da nossa própria felicidade. Um caminho que é feito de confiança em Deus e entrega aos homens. Um caminho que é feito na certeza de que a cruz é caminho para a ressurreição.

Pedro só irá entender depois... Apesar do seu olhar, ainda está preso à compreensão das coisas dos homens e não de Deus. Espera talvez um outro Messias. Só o seguimento até ao fim o fará percorrer, com Jesus, o caminho da cruz para a ressurreição.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Inscrições e início da Catequese Paroquial

As inscrições para a catequese vão decorrer nos dias 17 e 18 de setembro, nos centros de catequese da Calvaria e de São Jorge. Na sexta-feira, dia 17, serão das 19h às 21h. No sábado, dia 18, das 15h às 17h. Todas as crianças que se inscrevem pela primeira vez, assim como todos os que renovam a sua inscrição para todos os outros grupos da infância e adolescência, deverão fazê-lo nestes dias.

Para que se possam confirmar todos os dados, deverão fazer-se acompanhar do Cartão de Cidadão, da Cédula de Vida Cristã, e ir prevenidos para o pagamento da inscrição e seguro (2,50€) e do catecismo (dependendo dos anos, entre 5,00€ e 7,00€; 6º ano + 8,00€ para os materiais das Catequeses da Fé).

Os encontros dos grupos de catequese da infância e adolescência iniciam a partir do dia 6 de outubro. Nas celebrações de 2 e 3 de outubro haverá a apresentação e compromisso dos Catequistas.

«Efatá!» - Abre-te

05 de setembro de 2021 | Domingo 23º do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


Ao contar a cura do "surdo que mal podia falar" (Mc 7, 31-37), Marcos descreve toda a ação de Jesus, cheia de gestos significativos, e apenas uma palavra: "Efatá" que quer dizer "abre-te". Todo o momento "sacramental", em que a palavra acompanha os gestos, para fazerem acontecer, pela ação de Deus, aquilo que significam: os ouvidos daquele homem abrem-se para escutar as palavras e a Palavra (o Verbo de Deus - Jesus Cristo), e a sua língua sai da prisão em que estava para poder falar corretamente. Aquele homem, fechado à comunicação, torna-se um homem novo pelo encontro com Jesus Cristo que o abre à relação com os outros e com Deus.

O encontro com Jesus é marcado por esta abertura à relação. A pessoa que se redescobre na sua identidade essencial de comunhão, à imagem do Deus de Amor. Um encontro que faz sair de si mesmo, estar atento e escutar os outros e o próprio Deus, estar disponível para partilhar e dialogar, para anunciar, para juntar a sua voz à da comunidade que proclama, como aqueles que viram o milagre: "tudo o que faz é admirável".

No Batismo, um dos gestos (que passa muitas vezes despercebido) é precisamente este do rito do "Efatá" que é acompanhado pela oração: «O Senhor Jesus, que fez ouvir os surdos e falar os mudos, te dê a graça de, em breve, poderes ouvir a sua palavra e professar a fé, para louvor e glória de Deus Pai». É esta a vocação do batizado: escutar a palavra e professar a fé. Estar aberto à relação, comunhão e partilha de vida.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Mais importante que as tradições, o mandamento de Deus

29 de agosto de 2021 | Domingo 22º do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Perante a acusação de que alguns dos seus discípulos não seguiam as tradições, Jesus oferece um novo olhar sobre a lei. Denuncia a atitude daqueles que fizeram do cumprimento externo e superficial da “lei” um valor absoluto, esquecendo que a “lei” é apenas um caminho para chegar a um compromisso efetivo com o projeto de Deus. E é nesta adesão da fé, na relação de confiança absoluta em Deus, que se compreendem as consequências morais para a vida. Na perspetiva de Jesus, a verdadeira religião não se centra no cumprimento formal das “leis”, mas num processo de conversão que leve o homem à comunhão com Deus e a viver numa real partilha de amor com os irmãos. É na adesão que se deixa o coração aproximar do coração de Deus para que dele saiam as atitudes que exprimem o mesmo amor que se recebe de Deus.

A lei de Deus está inscrita no nosso coração, conhecemos a sua vontade, sabemos muito bem o que agrada a Deus. E bem sabemos que o seu primeiro mandamento é o do Amor. Cabe-nos a nós deixar que o viver de acordo com essa vontade, o cumprimento dessa “lei”, seja um caminho de encontro, de amizade, de fidelidade ao Amor de Deus.

sábado, 21 de agosto de 2021

Perante Jesus, a necessidade de optar

22 de agosto de 2021 | Domingo 21º do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Depois de tudo o que Jesus disse sobre si mesmo como o Pão Vivo que desceu do céu, e da necessidade de comer o seu corpo e beber o seu sangue para ter a vida eterna, muitos dos seus discípulos ficaram escandalizados: «Estas palavra são duras!» Mas Jesus não volta atrás: quem quer percorrer o caminho da verdadeira vida terá de aceitar verdadeiramente Jesus, acolher de verdade o seu ser, viver com Ele por dentro... «Quem come a carne e bebe o sangue de Cristo conhecerá a ressurreição e viverá para sempre em sólida comunhão com Cristo pela qual permanece e habita em Cristo assim como Cristo permanece e habita nele: corpo no Corpo e Corpo no corpo!»

Perante a necessidade de optar, de aderir ou não a Jesus, muitos dos discípulos afastam-se. De facto, Jesus nunca se impõe à força: é sempre necessária a adesão livre à sua pessoa e à sua mensagem, pois só na liberdade é possível a total entrega de amor. O afastamento de muitos não O deixa com medo de que todos se afastem. Pelo contrário, vai desafiar mesmo aqueles que são mias próximos, o grupo dos Doze: «Também vós quereis ir embora?»

Confrontados também eles com a necessidade de fazer opções, escolhem Jesus e a sua mensagem, escolhem comer o Corpo de Jesus, beber o seu Sangue: é Pedro que em nome da comunidade professa a fé: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».

Perante a necessidade de optar, estamos também nós, hoje, neste mundo cheio de propostas: teremos a capacidade de aderir a Ele como aquele que tem de verdade as «palavras de vida eterna»? Será a nossa adesão verdadeiramente marcante na nossa vida? Celebramos na Eucaristia esta adesão total a Cristo ressuscitado, vencedor da morte?

sábado, 14 de agosto de 2021

«O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas»

15 de agosto de 2021 | Solenidade da Assunção
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


Embrenhados nas rotinas que fazem parte das nossas vidas, muitas vezes mergulhados por preocupações e afazeres que pedem muito de nós, limitamo-nos a viver o tempo presente centrados apenas na sucessão dos dias. Torna-se muito difícil para nós pensar no dia de amanhã. E mais difícil ainda pensar no que nos espera no fim desta nossa vida cheia e atarefada.

Celebrar a Assunção de Nossa Senhora ao Céu convida-nos a olhar para além das correrias do nosso dia-a-dia e contemplar aquilo que nos espera no final das nossas vidas: o encontro com Cristo ressuscitado, que nos ressuscita.

[Esta solenidade] empurra-nos para isso mesmo, para o maravilhamento perante o triunfo de Cristo sobre a morte, que em Nossa Senhora já resplandece.

Pe. Eduardo Caseiro

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Celebrações em honra de Santa Marta



A paróquia da Calvaria viveu, de 29 de julho a 2 de agosto, as celebrações em honra da Padroeira, Santa Marta, organizadas pelos nascidos em 1971, que completam este ano 50 anos de vida.

Num tempo marcado pela pandemia, as festividades centraram-se na sua dimensão mais essencial, que dá sentido aos habituais dias de festa, de que se podem ver algumas imagens e pequenos vídeos em AQUI.

«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu»

8 de agosto de 2021 | 19º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

“Esse homem não é Jesus, filho de José? Conhecemos bem seu pai e sua mãe. Como pode dizer «Eu desci do céu»?” Aqueles que escutavam Jesus, que se apresentara como o pão da vida que desceu do Céu, discutiam a sua origem e a sua pretensão, que consideravam exorbitante. Devemos reconhecer que a dificuldade dos compatriotas não era pequena: Jesus não tinha nada de extraterrestre... Se estivéssemos lá, talvez tivéssemos a mesma atitude.

Para descobrir o mistério profundo de Jesus, é preciso ir para além das aparências, é preciso acolher a luz que vem da Palavra de Deus, ter o olhar da fé. A fé é uma “luz obscura”, pede um salto numa “confiança noturna”, na noite. Isso verifica-se já nas nossas relações humanas de amor e de amizade. A fé/confiança não é uma evidência “científica” que leva a uma adesão imediata da inteligência. A fé vive no amor, numa amizade para além das aparências.

Só podemos aceitar a Palavra de Jesus se nos abrirmos a Deus. Jesus pede aos seus discípulos para terem confiança: “Crede em Deus, crede também em Mim”. A fé é uma graça, um dom gratuito. Mas é também um combate. Somos reenviados a uma escolha que, certamente, não suprime as exigências da nossa razão, mas ultrapassa-as, porque aceitamos entrar numa relação de amor e de amizade com Jesus, “o filho de José”, que reconhecemos também como “o Filho de Deus”.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Dia Cultural na Calvaria

No fim-de-semana de 7 e 8 de agosto, o grupo de catequese Say Yes do 9º ano, organiza uma atividade cultural com vários momentos e uma diversidade de propostas, sempre no adro da igreja, para o qual convida toda a comunidade a participar.

No sábado, dia 7 de agosto, às 21h30, haverá a Sessão de Cinema ao Ar Livre, com “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin. 

No domingo, dia 8, às 15h Jogos Tradicionais (corrida de sacos, jogo do prego, jogo das latas, chinquilho), às 15h30 Leitura de Contos (“O Alfaiate Valente” e “O Pedro e o Lobo”), às 16h Teatro “A Ju da Guarda”, com o grupo Ala D’Artistas, às 17h30 de novo Leitura de Contos (“O príncipe com Orelhas de Burro” e a “Galinha dos Ovos de Ouros”), terminado pelas 18h30.

«Quem vem a Mim nunca mais terá fome...»

1 de agosto de 2021 | 18º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Após a multiplicação dos pães, uma multidão segue Jesus. Jesus percebe que pode haver equívocos nesta procura: «vós procurais-Me porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna…»

A confusão é, como acontece tantas vezes, entre a satisfação das necessidades do momento e a realização da pessoa na sua totalidade, como acontecia também na primeira leitura deste domingo, onde o povo reclama da sua liberdade: preferia estar na escravidão do Egipto onde tinha comida em abundância.

É a confusão que pode surgir, ainda hoje, quando se «recorre» a Deus para lhe pedir que faça os milagres que satisfazem as nossas necessidades materiais imediatas, em vez de ousarmos entrar numa relação plena de confiança em que deixamos que Ele realize em nós o maior de todos os milagres: a conversão do pensamento, do coração e da vida para que, com Ele em nós (comendo deste «Pão»), o nosso projeto de vida seja identificado com o de Jesus – viver não para si mesmo, mas no amor que se faz dom, na partilha daquilo que se tem e é, no serviço simples e humilde – que trazem para esta vida o sabor da eternidade.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

29 de julho: Santa Marta, Padroeira da Calvaria



Celebra-se hoje, 29 de julho, a memória litúrgica de Santa Marta, Padroeira da Paróquia da Calvaria. A partir deste ano, juntamente com Santa Marta, fazemos também a memória dos seus irmãos, Maria e Lázaro.

Santa Marta é recordada sempre como aquela que acolheu Jesus em sua casa e, no meio de todas as tarefas que fazia escutou as palavras de Jesus: ««Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária...». Mas também como aquela que, na sua fé, diante da morte de Lázaro, afirma que tudo é possível a Jesus, porque Ele é «o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo».

Começam hoje as celebrações em honra da Padroeira, com a celebração da Missa às 20h, seguida da oração do terço, nos quais meditamos os mistérios da vida de Santa Marta.

A partir das 21h, estará aberta a Tasca da Filhoses em Take Away.
(PROGRAMA DAS CELEBRAÇÕES)

sexta-feira, 23 de julho de 2021

1º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

Celebrações com a bênção dos avós na Calvaria:
- Sábado, 24 de julho - 19h
- Domingo, 25 de julho - 11h

Mensagem do Papa Francisco:
«Eu estou contigo todos os dias»

Celebrações em honra de Santa 2021

 


Do pouco, Jesus faz muito

25 de julho de 2021 | 17º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


Durante alguns domingos, vamos interromper a leitura do Evangelho de São Marcos para escutar o sexto capítulo do Evangelho de São João. Inicia-se com o relato da multiplicação dos pães e dos peixes (deste domingo) para continuar depois com toda a catequese do «Pão da Vida».

Já neste sinal se dá a entender a dimensão eucarística: Jesus que dá graças e distribui... e do pouco se faz muito. Da partilha, doze cestos de sobra. Mas um outro alimento irá saciar bem mais: Jesus é o Pão que sacia de verdade a fome que cada um sente no mais íntimo de si mesmo.

Realce para a atitude do rapazito, com os seus cinco pães e dois peixes: pode parecer tão pouco para toda aquela gente... Mas Jesus do pouco faz o muito: «Quando damos amor, amizade, um pouco do nosso tempo ou simplesmente um sorriso, quando procuramos respeitar o outro, sem o julgar, quando fazemos um caminho de perdão… Jesus serve-Se desse pequeno pouco para construir connosco, pacientemente, dia após dia, o seu Reino.»

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Parar para dar sentido ao (bem) que se faz

18 de julho de 2021 | 16º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim



Aos doze que voltam da sua missão de anúncio, de cura e libertação, que contam entusiasmados tudo o que, em nome de Jesus, tinham feito, Jesus convida-os para um tempo novo: «vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». E o texto do Evangelho explica porquê: «havia tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer».

Jesus sabe da necessidade de não se perderem no ativismo; é preciso fundamentar a ação a partir do essencial. Não é um tempo de «férias», mas quase como que um «retiro»: estar num lugar isolado na companhia de Jesus. É desse encontro, desse estar com Ele, que resulta uma ação missionária consistente. Não apenas fazer, mas «fazer bem o bem que se faz» (D. António Marto). Agir a partir do coração de Jesus: por isso a necessidade de estar com Ele para conhecer o seu coração, e amar e agir no mundo com o seu coração.

A multidão, no entanto, não deixa de procurar Jesus... Ao desembarcar e ver toda aquela gente, Jesus «compadeceu-Se». Esta compaixão vem de sentir que são como «ovelhas sem pastor»: não têm um rumo assumido, um sentido para a vida, andam perdidos, desorientados... Por isso, Jesus ensina-lhes «muitas coisas». De facto, a mais fundamental das ações que a comunidade cristã é convidada a ter é precisamente esta que de se «compadecer», e de anunciar a Palavra que oriente e dê sentido.

Quanto sofrimento não existe pela «desorientação» na vida, pelo seguimento de falsos «pastores», por querer ter sempre razão e se fechar à Palavra de Deus? Deixar-se guiar por Jesus, «retirar-se com Ele», para encontrar o Caminho a seguir e a anunciar. Ser cristão passa por este equilíbrio entre o «descanso» em Jesus, e o «trabalho» de O dar a conhecer como Pastor que vale a pena seguir.