Programa da Paróquia

sábado, 31 de dezembro de 2016

Como "salvar" a nossa vida, dia após dia

1 de Janeiro de 2016 | Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus
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Os pastores não contemplam nada de extraordinário, nenhum deslumbre, mas aquela realidade humaníssima que têm diante dos olhos não contradiz as palavras que escutaram do anjo; na realidade, com simplicidade, contam o que lhes tinha sido anunciado, suscitando admiração em todos. A evangelização cristã tem o seu início naquele dia e é feita por pastores pobres, à margem da sociedade e tidos como indignos de uma vida religiosa de acordo com o culto oficial.

A mãe de Jesus, por outro lado, ouvindo as palavras dos pastores, guarda-as e medita sobre elas no seu coração, relacionando-as com as palavras que escutara do anjo (cf. Lc 1,26-38) e com os acontecimentos que as sucederam: a gravidez, o início de vida com José, o nascimento daquele filho que vinha, apenas, de Deus. Também neste caso, Maria toma consciência da sua relação com aquele filho, porque outros, Isabel, José, agora os pastores, a narram e a confirmam. E assim a boa-nova, a grande alegria (cf. Lc 2,10) espalha-se, faz o seu caminho naquela região da Judeia.

Decorridos oito dias sobre o nascimento, José deve cumprir a Lei, envolvendo o seu filho varão na aliança estabelecida entre Deus e Abraão através da circuncisão. (...) Com a circuncisão, o menino recebe o Nome de Jeshu‘a, Jesus, que significa “o Senhor salva”: é o nome que o anjo dera (cf. Lc 1,31), logo, um Nome dado por Deus, Nome que diz muito sobre a vocação e a missão deste recém-nascido que só Deus nos podia dar. Maria e José mais uma vez obedecem escrupulosamente, reconhecendo que Aquele filho não lhes pertence, mas pertence a Deus que o quis e que o fez nascer no meio de nós para que fosse o Emanuel, o Deus-connosco (cf. Mt 1,23; Is 7,14), o Senhor e Salvador.

Hoje é também o início do ano, segundo o calendário da sociedade em que vivemos. Celebrar o primeiro de janeiro, a festa em que se proclama que Jesus nasceu de uma mulher, que pertence ao povo de Israel e que tem no próprio Nome a missão de levar a salvação a toda a humanidade, diz-nos a todos que Jesus viveu mostrando-nos como podemos "salvar" a nossa vida, dia após dia.

Ir. Enzo Bianchi, Prior de Bose
texto completo in: Monastero di Bose

sábado, 24 de dezembro de 2016

E eis que Deus vem até nós...

25 de dezembro de 2016 | Natal do Senhor
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E eis que Deus vem, e Jesus nasce na simplicidade do presépio de Belém. Deus quer tanto, tanto, fazer-se próximo que nasce Homem, como nós, fruto do sim de Maria à proposta que do céu lhe é revelada.

O Verbo ganha corpo, e Jesus, já nesse Menino deitado numa manjedoura, é todo expressão do que Deus nos quer revelar: Ele quer salvar, dar vida, recriar-nos, oferecer-nos a possibilidade de tornar a vida melhor, mais bela e feliz, uma vida mais cheia de Luz!

Deixar que Ele entre na vida, que more “cá em casa”, é o desafio constante do Natal. E quando a Palavra ganha corpo no pensar e agir de cada um, toda a família humana é iluminada por esse Amor que busca sempre uma forma de se fazer pequeno pela grandeza do serviço, da compreensão, do perdão…

Que este Natal seja, para cada um, um tempo de verdadeiro encontro e acolhimento de Jesus, esse mesmo Jesus que os Pastorinhos de Fátima receberam na Eucaristia, aquando da terceira aparição do Anjo, que eles procuravam “escondido” no sacrário para estar em adoração, que consolavam com a sua oração e a oferta das suas vidas... Esse Jesus a quem Maria, a Senhora do Rosário nos quer sempre levar...

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O sentido da "missa do galo"

Para explicar a expressão “missa do galo”, referente à missa da noite de Natal, são várias as hipóteses levantadas: há quem refira que se deu este nome porque na primeira missa celebrada à meia-noite do dia 24 de dezembro, um galo cantou; diz-se também que o nome vem do facto de os fiéis ouviram os galos a cantar quando voltam a suas casas após a celebração a essa hora tardia; alguns textos relatam que no século IV a comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém para celebrar a missa do Natal na hora do primeiro canto do galo, mencionado por Jesus na traição de Pedro, descrito nos evangelhos… Outra explicação pode ser dada com o sentido dessa noite: ela celebra o nascimento de Jesus que é o “sol nascente” que clareia a escuridão das nossas vidas; e a luz, o amanhecer, através do qual os homens encontram sentido no meio das trevas, aparece quando os galos cantam.

Em Roma a celebração da “missa do galo” acontece desde o século V, na Basílica de Santa Maria Maior. Entretanto, o galo foi ganhando cada vez mais o sentido da vigilância, da fidelidade e do testemunho cristão. Por isto, a partir do século IX encontra-se esta ave no campanário de muitas igrejas.

Celebrações de Natal
Na paróquia da Calvaria, a celebração da “missa do galo” será às 23h na igreja de São Jorge, na noite do dia 24 de dezembro. No Dia de Natal, a celebração da Eucaristia será às 9h45 na igreja do Casal do Relvas e às 11h, na igreja paroquial. No final das celebrações haverá o tradicional gesto da adoração do Menino. A participação na Eucaristia é a melhor forma dos cristãos celebrarem o Mistério da Incarnação de Jesus, verdadeiro Deus que vem fazer-se verdadeiro Homem para nos salvar.

Celebrações no Ano Novo
Depois, a 31 de dezembro, a celebração da Missa vespertina será às 19h na igreja de São Jorge, e no dia 1 de janeiro de 2017, Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, e Dia Mundial da Paz, será às 9h45 na igreja de Casais de Matos e às 11h na igreja paroquial da Calvaria.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Um nome que é missão: "o Senhor salva"

18 de dezembro de 2016 | 4º Domingo do Advento
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Ao aproximar-se a celebração do nascimento de Jesus, o 4º Domingo do Advento oferece-nos o texto do anúncio do Anjo a José. No sonho, ele percebe a sua própria missão, mas também, e fundamentalmente, a missão de Jesus: Jesus é Aquele que assume o seu nome na plenitude, pois o seu nome significa “o Senhor salva”. E Ele salva-nos de facto!

Fazendo-se um connosco, Jesus Cristo traz à humanidade a plenitude da sua divindade e vive a humanidade da forma mais plena. Por isso, Ele é o «caminho, verdade e vida» daqueles que aceitam o projeto de serem plenamente Homens no seu seguimento, para se encaminharem para Deus.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Acender uma vela na Luz da Paz que vem de Belém

Na segunda-feira, dia 12 de dezembro, às 21h30, na igreja paroquial de Fátima, será distribuída a Luz da Paz de Belém, numa celebração promovida pelos Escuteiros da nossa Diocese.

Uma chama acesa em Belém, na gruta onde Jesus nasceu, foi transportada até Viena, na Áustria, onde um grupo de escuteiros de Portugal a foi buscar para a trazer acesa até Portugal. Este domingo, dia 11, em Évora, será distribuída por escuteiros de todas as dioceses. Depois de percorrer tantos quilómetros, chega à nossa Diocese para poder ser um sinal de paz e de esperança para todas as comunidades.

Nas celebrações do próximo fim-de-semana, 17 e 18 de dezembro, teremos o acolhimento desta chama na nossa paróquia: convida-se depois cada um a levá-la para casa numa candeia, e a mantê-la acesa até ao Dia de Natal, podendo acender com ela as velas da Caritas.

És mesmo Tu? Como posso reconhecer-Te?


11 de dezembro de 2016 | 3º Domingo do Advento
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João Baptista, na prisão por não temer dizer a verdade, manda emissário a Jesus: «És tu Aquele que há-de vir ou devemos esperar outro?» E a resposta que lhe levam de volta é feita de «sinais»: os gestos, a ação, a presença, o anúncio de Jesus são os «sinais» da presença do «Reino de Deus» já no meio dos homens, de que falavam as profecias...

A dúvida de João leva-o a procurar. Talvez esperasse um «messias» diferente… Mas não se fecha nas suas ideias pré-estabelecidas, está aberto à novidade de Deus. Pelos sinais, pode reconhecer que, de facto, Jesus é Aquele que ele, João, vem anunciar e mostrar já presente.

Os «sinais» de Jesus continuam atualmente presentes e dão a possibilidade, a quem, como João, se abre à novidade de Deus, de reconhecer em Jesus o Messias. Quantos, ao encontrar-se com Ele, têm um novo olhar para a vida… Quantos caminham com novo impulso, se curam do pecado e de tudo o que nos retira da verdadeira vida… Quantos, acolhendo a mensagem de Jesus, se abrem à relação e à comunhão, à reconciliação e ao perdão… Quantos encontram sentido para a vida na ressurreição… Quantos encontram na Palavra que é Jesus uma boa nova que preenche de esperança, de confiança, de amor, os limites da nossa pequenez...

Felizes, diz Jesus, são aqueles que não encontram n'Ele motivo de escândalo, mas são capazes de acolher o Messias tal como Ele é, de O acolher e de O seguir na aventura de um vida vivida no Amor...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O desafio da conversão na 2ª semana do Advento

Presépio na igreja da Calvaria
Ao celebrar o 2º domingo do Advento, o Anjo chegou aos presépios de São Jorge e da Calvaria, trazidos pelas crianças mais pequenas, e contextualizados pelos grupos dos adolescentes.

Quando o Evangelho nos apresentava João Batista a apelar à conversão, vimos também como os Pastorinhos tiveram também de se deixar transformar por Deus. A primeira aparição do Anjo, na primavera de 1916, lançou-os nesta aventura de se tornarem cada vez mais atentos à vontade de Deus a quem aprenderam a rezar uma oração nova: "Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos; peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam!»

Chegada do Anjo ao presépio de São Jorge
O desafio que ficou para todos foi o de procurar perceber o que era importante mudar na vida, aquilo em que podemos e devemos converter-nos durante este tempo de Advento. E procurar rezar mais, repetindo também a oração que o Anjo ensinou.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

«Arrependei-vos, está perto o reino dos céus»

4 de dezembro de 2016 | 2º Domingo do Advento
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Está perto o Reino dos Céus. Esta era a palavra de ordem de João Batista aos seus contemporâneos! Fechados em si mesmos, longe dos caminhos de Deus, aos poucos ia desvanecendo a certeza de que o Senhor estava no meio deles. A voz de João aparece então como um grito que apela à mudança.

João é, ainda hoje, aquela voz que clama nos desertos da nossa vida e nos diz: «Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas». É aquela voz que nos alerta para a necessidade de converter o nosso coração para acolher o Senhor que veio no Deus menino do presépio, que virá, no fim dos tempos, como Rei e Senhor e que continuamente vem às nossas vidas como consolador dos corações.

Que este Advento seja um verdadeiro tempo de preparação do nosso coração para acolher a vinda de tão amado Senhor!