Programa da Paróquia

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Deus chama a todos, até à última hora

24 de setembro de 2023 | 25º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

Na “injustiça” do proprietário da vinha, na hora do pagamento, revela-se a justiça (pois é Ele que justifica, quem salva, que dá aquilo que, no olhar de Deus, se ajusta a cada um) de Deus que chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, os créditos, as qualidades ou os comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa a forma como se acolhe o seu convite, seja qual for a "hora". Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma a que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela gratuidade.

Se concebemos o nosso encontro e serviço a Deus na base da aquisição de créditos, naturalmente que estaremos sempre em competição com os outros. Mas se vivemos procurando crescer na relação, em gratuidade e amor, então mesmo o “peso” do esforço das horas mais difíceis se torna um «jugo suave e uma carga leve». E perceber a bondade de Deus que chama a todos, até à última hora, é motivo de alegria, de agradecimento, e nunca de contestação e de inveja.

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Catequese: inscrições e início dos encontros


As inscrições para a catequese vão decorrer nos dias 22 e 23 de setembro, nos centros de catequese da Calvaria e de São Jorge. Na sexta-feira, dia 22, as inscrições serão das 17h30 às 21h no salão paroquial da Calvaria, e das 18h às 20h, na Casa da Catequese, em São Jorge. No sábado, as inscrições serão das 15h às 17h na Calvaria e em São Jorge.

Todas as crianças que se inscrevem pela primeira vez, assim como todos os que renovam a sua inscrição para todos os outros grupos da infância e adolescência, deverão fazê-lo nestes dias. No momento da inscrição será entregue às famílias o programa previsto para todo o ano.

Para que se possam confirmar todos os dados, deverão fazer-se acompanhar do Cartão de Cidadão e da Cédula de Vida Cristã, e ir prevenidos para o pagamento da inscrição e seguro (3,00€) e do catecismo (dependendo dos anos, entre 5,00€ e 8,00€).

Os encontros dos grupos de catequese da infância e adolescência iniciam a partir das celebrações de 7 (19h, em São Jorge) e 8 (11h, na Calvaria) de outubro, nas quais todos são convidados a estar para a apresentação e compromisso dos Catequistas.

sábado, 16 de setembro de 2023

Caminhada com adultos na preparação para o Crisma


A partir de 28 de outubro de 2023, terá início um novo percurso de preparação para a celebração dos sacramentos, destinado aos adultos das paróquias da vigararia da Batalha que pretendam celebrar o Crisma, ou o Batismo. Terá cerca de 20 encontros, aos sábados, às 11h (este horário poderá ser ajustado de acordo com os participantes), no Centro Pastoral das Pedreiras, coordenados pelo Padre António Cardoso.

Esta proposta de caminhada e formação cristã para jovens e adultos (a partir dos 18 anos) procura proporcionar uma vivência em grupo em que todos se possam sentir companheiros de caminhada, num espaço informal de diálogo e partilha sobre as questões essenciais da fé cristã.

As inscrições podem fazer-se no Cartório Paroquial da Calvaria ou das Pedreiras, ou pelos contactos: 914046371, antonio.luzevida@gmail.com.

Setenta vezes sete nas contas de Deus

17 de setembro de 2023 | 24.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim


Mais que uma conta simples de resolver, esta é a expressão da total gratuitidade, da radical totalidade, falta de limites na capacidade de perdoar de Deus. Se o 7 tem o sentido da totalidade, quanto mais 70 x 7 assume uma perspetiva de plenitude, sem limites, absoluto e ilimitado.

A pergunta que Pedro faz ao Mestre aponta já para um «sem-limite» no perdão. Mas a resposta de Jesus transporta para uma lógica divida, eterna. É nessa lógica que somos convidados a entrar: experienciar e deixar-se transformar pelo acolhimento do amor de Deus para o transportar na relação com os outros.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Somos responsáveis uns pelos outros

10 de setembro de 2023 | 23.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

Na realidade atual onde parece prevalecer o culto do individualismo, onde tudo parece aceitável e tolerável, onde também a vivência da fé parece estar relegada para o campo da interioridade individual de cada um, o Evangelho deste domingo vem de novo reforçar a necessidade de “cuidarmos” uns dos outros, de nos preocuparmos com a “saúde espiritual” do outro.

Somos responsáveis não apenas por nós próprios, mas também por aqueles que temos a nosso lado. Por isso, perante uma atitude que nos possa parecer mais ofensiva, olhando-a com o olhar da caridade de Jesus, o próprio Jesus nos desafia a não ficar parados, deixando que o outro se afaste ou destrua: vai ter com ele a sós. Se não resultar, volta com mais alguns, volta a tentar sempre… Se mesmo assim não se conseguir a reconciliação, vê o outro sempre como alguém a quem és chamado a amar.

A unidade é algo de essencial, tão forte que, vivida na verdade do amor de Jesus, torna Jesus aí presente.

A fé em Deus arranca-nos necessariamente do isolamento: ela torna-nos cúmplices do mesmo Amor que se torna responsabilidade para com o outro, e este cuidar do outro não é deixar passar tudo – é advertência e correção: tarefa que não é para ser vivida como uma afirmação de superioridade ou arrogância por quem a faz, nem de inferioridade de quem a recebe, mas num espaço de mútuo crescimento na caridade.

sábado, 2 de setembro de 2023

O que é ganhar ou perder a vida?

3 de setembro de 2023 | 22.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

«As palavras de Jesus ao discípulo falam da necessária perda de si, da sua própria vida, para a encontrar (cf. Mt 16,24-26). Exigem, portanto, um renegar de si mesmo, parar de conhecer-se, sair de uma vida auto-centrada, da procura de auto-justificações, para encontrar-se como dom e alcançar, pela graça, a verdadeira vida. Trata-se de uma passagem pascal da vida como posse e como poder, à vida como dom e graça. É a vida vivida em Cristo e por Cristo, é a vida de Cristo em nós: "Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la" (Mt 16,25). "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida?" (Mt 16,26). O texto deixa antever a situação de todos os homens tentados a possuir, a ampliar o campo de ação para fora de si, a acumular, falhando a vida, perdendo-se. Talvez isso aconteça para não se encontrarem a si mesmos, para não entrarem no doloroso face-a-face consigo.

Seguir Cristo significa colocar a nossa vida na Sua vida, por amor. O que por amor se perde, na realidade não é perdido, mas oferecido. E o que é oferecido por amor é encontrado na relação.» (Texto de Luciano Manicardi)

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

E para mim, quem é Jesus?

27 de agosto de 2023 | 21.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

Jesus pergunta aos discípulos «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?» e, depois voltando-se diretamente para os discípulos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»

A opinião dos “homens” não capta a condição única de Jesus, a sua novidade e originalidade. Reconhecem que Jesus é um homem convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão. Olham para Jesus como um profeta, na linha dos grandes profetas da história do Povo de Deus. É muito, mas não é o suficiente. A opinião dos discípulos acerca de Jesus vai muito além da opinião comum. Pedro, porta-voz da comunidade dos discípulos, proclama: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Nestes dois títulos resume-se a fé da Igreja. Dizer que Jesus é “o Cristo” (Messias) significa dizer que Ele é esse libertador que Israel esperava. No entanto, Jesus é também o “Filho de Deus”: significa reconhecer a profunda unidade e intimidade entre Jesus e o Pai, e que Jesus conhece e realiza os projetos do Pai no meio dos homens.

Na resposta, Jesus esclarece que esta fé é um dom de Deus. E, de seguida, nomeia Pedro para “administrador” da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos de Jesus a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade dos discípulos do Reino. Pedro é o protótipo do discípulo: nele, está representada a comunidade que se reúne em volta de Jesus e que proclama a sua fé em Jesus como o “Messias” e o “Filho de Deus”. É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus se confia.

Pedro é feliz, encontra-se a si mesmo e à sua missão, na relação de fé com Jesus. Desse progressivo conhecimento nasceu a capacidade de conhecer Jesus “por dentro”, e por isso O seguiu e por Ele deu a vida. Também no nosso caminho como cristão, e para que esse caminho tenha sentido, se faz ecoar a mesma questão daquele dia: e para mim, quem é Jesus?

sábado, 19 de agosto de 2023

A fé posta à prova

20 de agosto de 2023 | 20.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

Não é apenas a fé daquela mulher que é posta à prova perante, primeiro, o silêncio de Jesus Cristo e, depois, as respostas duras que parecem querer afastar aquela “estrangeira” que seria indigna da atenção de Deus… É também posta à prova a ideia daqueles que se consideravam os únicos dignos da atenção de Deus, como Povo escolhido e que, na pessoa dos discípulos, se sentem incomodados com a forma como Jesus trata aquela mulher. Jesus, com esta atitude, ajuda-nos a compreender a incompreensibilidade da exclusão e do sectarismo, numa comunidade que é convidada a ser “Católica” (universal), aberta à totalidade da diversidade humana.

Mas esta cena narrada por Mateus ajuda-nos a perceber que a fé é, também, uma confiança que se deixa pôr à prova perante os “silêncios de Deus” e as respostas que (por vezes) nos possam parecer contrárias às expectativas geradas. Convida-nos a olhar a fé não como algo adquirido pelo facto de se fazer parte de um certo grupo humano onde socialmente se celebram algumas "festas" dentro das “tradições” locais, que fazem afirmar os "direitos" de quem tem "todas as comunhões", mas como uma relação de confiança que constantemente se constrói.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A mão estendida de Jesus

13 de agosto de 2023 | 19.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

O texto do Evangelho deste domingo, onde contemplamos Jesus a andar sobre as águas, é todo ele cheio de simbologia: a “noite” fala da confusão e insegurança em que tantas vezes “navegam” os discípulos; as “ondas” e os “ventos contrários” representam a oposição ao projeto de Jesus... É aí, precisamente, que Jesus se manifesta: Ele vai ao encontro dos discípulos “caminhando sobre o mar”. Jesus é o Deus que vela pelo seu Povo e que não deixa que as forças da morte (o “mar”) o destruam.

No meio do mar açoitado pelas ondas, e com ventos contrários, os discípulos, na barca (símbolo da Igreja), são convidados a perceber que o vulto de Jesus não é o de um "fantasma", mas do "Filho de Deus" que está sempre pronto a estender logo a mão para segurar que tem confiança para dizer como Pedro: «Salva-me, Senhor!»

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Quando um encontro é capaz de transformar

6 de agosto de 2023 | Festa da Transfiguração do Senhor
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

Pedro e os seus dois companheiros viram Jesus na sua glória, transfigurado, entre dois homens, Moisés e Elias, que conversavam com Ele. São Mateus não nos diz sobre o que conversavam. Mas São Lucas, diz-nos que era da sua saída do mundo, que devia cumprir-se em Jerusalém. Falavam do grande mistério da redenção dos homens pelo sacrifício de Jesus Cristo. Jesus explicava a Moisés e a Elias todo o sentido das figuras da antiga lei: a libertação do Egipto, símbolo da redenção; a imolação do cordeiro, figura da morte de Jesus; a salvação dos filhos de Israel pelo sangue do cordeiro, símbolo da redenção dos homens pelo sangue do Coração de Jesus. Jesus dizia aos dois profetas a sua alegria de ver chegar o dia do sacrifício.

Os apóstolos são mergulhados numa espécie de êxtase, julgam-se transportados ao céu. Pedro é o primeiro que manifesta o seu sentimento: "Senhor, que bom é estar aqui; façamos aqui três tendas". Pedro é humilde e desinteressado: não pensa em montar uma tenda para si. Ele não quer ser senão o servidor de Jesus. Mas não compreendeu ainda que a glória definitiva não virá senão depois da cruz e do sacrifício. Irá ainda percorrer esse caminho em que o encontro com Jesus Cristo ressuscitado o irá transformar, e a sua vida e a dos seus companheiros, será definitivamente transfigurada.

Sem esquecer a certeza da ressurreição, é preciso voltar a descer o monte, voltar ao quotidiano da vida, e, aí, sem nunca deixar de escutar a voz do Filho de Deus, percorrer com Ele o caminho da entrega generosa de nós mesmo, seguido-O no caminho do amor, no caminho da cruz: esse é o caminho da nossa própria transfiguração, para que a luz de Cristo brilhe também no nosso rosto...

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Um tesouro no qual vale a pena apostar tudo

30 de julho de 2023 | 17.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

A propósito das parábolas que escutamos neste domingo, diz-nos o Papa Francisco:

«Nos nossos dias, todos sabemos, a vida de algumas pessoas pode ser medíocre e monótona porque provavelmente não foram em busca de um verdadeiro tesouro: contentavam-se com coisas atraentes mas efémeras, com brilho cintilante mas ilusório porque depois deixam na escuridão. Ao contrário, a luz do Reino não é um fogo de artifício, é luz: o fogo de artifício dura apenas um instante, a luz do Reino acompanha-nos toda a vida.

«O Reino dos Céus é o oposto das coisas supérfluas que o mundo oferece, é o oposto de uma vida trivial: é um tesouro que renova a vida todos os dias e a expande para horizontes mais amplos. De facto, aqueles que encontraram este tesouro têm um coração criativo e investigador, que não repete, mas inventa, traça e segue novos caminhos, que nos levam a amar a Deus, a amar os outros, a amar verdadeiramente a nós próprios. O sinal daqueles que caminham por esta vereda do Reino é a criatividade, procurando sempre mais. E criatividade é aquela que ganha a vida e dá vida, dá, dá, dá e dá... Sempre à procura de tantas formas diferentes de dar a vida.

«Jesus, que é o tesouro escondido e a pérola de grande valor, só pode suscitar alegria, toda a alegria do mundo: a alegria de descobrir um sentido para a própria vida, a alegria de se sentir comprometido com a aventura da santidade.»

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Festa em honra de Santa Marta 2023


 

Trigo e joio, grão de mostarda e fermento... a sabedoria das parábolas

23 de julho de 2023 | 16.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim

Jesus continua a contar parábolas, pequenas histórias com as quais fala do «Reino». O pequeno grão que se torna uma árvore, ou o pouco de fermento que leveda toda a massa, falam-nos da diferença, da desproporção entre o início e a conclusão, e apontam para a atitude de esperança que os cristãos devem cultivar, mesmo no meio de todas as contrariedades. Esperança que vem da certeza de que o «Reino» tem uma «força» transformadora que vai para além das nossas poucas forças.

Trigo e joio, crescem no mesmo campo e, contra a vontade de purificar o campo do joio, o Senhor da história sabe bem que eles crescem sempre juntos: na liberdade, dá tempo para que o «Reino» possa ir adquirindo o seu espaço... Trigo e joio que, tantas vezes, coexistem em cada um de nós, e se deparam com um Senhor que, com sabedoria e paciência, aguarda os bons frutos do campo. Trigo e joio que nos faz perceber que a comunidade do «Reino» é santa e pecadora, e que a tentação de "arrancar o joio" pode ser uma presunção de quem se acha "trigo": deixar que seja o Senhor, no fim dos tempos, a guardar ou a queimar o que lhe aprouver, no seu juízo de amor paciente e misericordioso.

sexta-feira, 14 de julho de 2023

A semente é lançada. Como é acolhida?

16 de julho de 2023 | 15.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


A parábola do Evangelho deste Domingo põe-nos diante de um semeador quase «esbanjador»: parece não se preocupar onde cai a semente. Apenas se preocupa em lançar, lançar... E não é semente fraca: onde a terra é boa produz com abundância!

Mas também cai noutras terras: o coração endurecido onde não é capaz de entrar, o inconstante que não deixa criar raízes, o materialista que deixa sufocar a semente por outros interesses... Ou um pouco de tudo isto em conjunto. Talvez misturado com momentos de boa terra, de um coração atento, disponível, capaz de se comprometer e viver no Amor.

Uma história que nos põe facilmente do lado do «terreno» e que nos faz questionar da atitude perante a Palavra escutada: como é que ela está a ser acolhida e vivida?

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Simplicidade, humildade, pequenez

9 de julho de 2023 | 14.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (texto) | Lectio (áudio) | Comentário | Avisos | Boletim

O texto do Evangelho deste domingo começa com uma oração de Jesus: «Eu Te bendigo, ó Pai, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos...» Na continuação do texto, dá-se a entender que «estas verdades» a que apenas os «pequeninos» têm acesso é o conhecimento de Deus: «ninguém conhece o Filho senão o Pai...».

Algo constante na história da revelação de Deus é a simplicidade, humildade e pequenez: Deus não escolhe revelar-se à força, mas propõe-se a quem está desperto para O acolher, sem necessidade de milagres estrondosos, mas na simplicidade de quem se dispõe a acolher, na vida, o suave peso do Amor. É nesse Amor, como Jesus o viveu, que se liberta a vida do peso e do cansaço que oprime, e se abre ao horizonte de «descanso» de uma vida boa, bela e feliz.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Tudo a partir da Relação essencial

2 de julho de 2023 | 13.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (texto) | Lectio (áudio) | Comentário | Avisos | Boletim

O texto do Evangelho deste domingo centra-nos no essencial da nossa identidade de discípulos missionários: toda a vida, todas as relações, todas as ações do discípulo de Jesus devem partir do encontro e relação essencial com Ele. O essencial da nossa fé é Ele, que nos conduz ao Pai e nos dá o seu Espírito.

Mesmo aquelas relações que são as mais marcantes da vida (pai, mãe, filho, filha…), ganham um sentido e um horizonte novo quando vistas a partir do amor acolhido, vivido e partilhado em Jesus. As ações e opções da vida de cada dia só atingem a plenitude quando unidas à cruz de Cristo. Todo o acolhimento do outro, mesmo nos gestos mais insignificantes, como o dar um copo de água, podem ter um toque de excelência quando vividos no contexto da eternidade de Deus. Tudo ganha um sentido e luz nova quando iluminado pelo dom de Deus. Esse é o desafio: olhar os outros, olhar a nossa própria vida, olhar cada gesto através do olhar de Deus.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

A certeza de um amor infinito

25 de junho de 2023 | 12.º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (texto) | Lectio (áudio) | Comentário | Avisos | Boletim

Quanto valemos aos olhos de Deus? Esta é uma pergunta que nos pode ocorrer ao olharmos para a nossa pequenez e fragilidade. Mas não há que temer. Jesus dá-nos a resposta, não só por meio de palavras onde nos repete "não temais", mas sobretudo através da sua vida.

Jesus entrega a sua vida por nós mostrando-nos o imenso amor que Deus nos tem, amor este que vai ao extremo de enviar o Seu Filho muito amado para que nós tenhamos vida, e vida em abundância. Somos preciosos aos olhos de Deus ao ponto dos cabelos da nossa cabeça estarem todos contados, como afirma Jesus de forma tão simbólica no Evangelho deste domingo. Uma imagem que nos fala destes mais pequenos pormenores de nós mesmos que apenas Deus, porque ama infinitamente, conhece plenamente em nós. Reforçada com a imagem passarinhos que, sendo preciosos para o Pai, o seu valor em nada se compara com a humanidade: "Não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos".

A certeza de que Deus nos ama profundamente faz com que todos os nossos medos se dissipem. Por isso, podemos empenhar-nos sem medo na missão que Ele nos confia. E mesmo nas adversidades caminhamos com uma certeza inabalável que nos habita: a certeza de que Deus nos ama e nos quer para Si! E não há nada nem ninguém que nos possa abalar quando edificamos a nossa vida sobre esta certeza inabalável.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Envolvidos no amor de Deus pelo mundo

18 de junho de 2023 | 11º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (texto) | Lectio (áudio) | Comentário | Avisos | Boletim

A primeira referência do Evangelho deste domingo é à compaixão de Jesus: olha a multidão fatigada e abatida que O cerca, e sente compaixão. Por isso chama doze, para os enviar a ser sinal de esperança, a curar e lutar contra o mal que oprime. Chama-os e envia-os, são "discípulos missionários".

A "seara" não pode esperar muito tempo, senão corre o risco de se perder a colheita. Assim, Jesus envolve os que chama na compaixão de Deus pela humanidade, e torna-os portadores da compaixão: eles podem sentir-se pessoalmente (cada um, com o seu nome e a sua história) envolvidos no amor de Deus pelo mundo, ser testemunhas desse amor, agentes de transformação interior (expulsar os demónios) e exterior (curar doenças e enfermidades).

A "seara" continua à espera de trabalhadores, de quem se deixe envolver pela misericórdia e possa aprender o olhar compassivo de Jesus. Não estará Jesus a chamar o teu nome? Neste contexto que hoje nos envolve a todos, não estaremos também a ser desafiados de novo a reaprender a olhar a vida e a história da humanidade de hoje com a compaixão de Cristo?

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Sim acredito em Deus Pai, Filho e Espírito Santo


No domingo, dia 4 de junho, solenidade da Santíssima Trindade, os 17 adolescentes dos grupos do 6º catecismo da Paróquia da Calvaria viveram a significativa festa da Profissão Solene da Fé: a festa que marca uma adesão pessoal, mais consciente e livre, a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, na Igreja, comunidade da qual receberam, pelo Batismo, o dom da fé e onde cresceram no encontro com Jesus ao longo destes 6 anos da catequese.

A celebração começou precisamente com cada um a acender a sua vela do Batismo, sinal da sua vontade de agora, por si mesmo, seguir o caminho iluminado por Cristo, recordando esse primeiro Sacramento pela aspersão com a água batismal. A partir da escuta da Palavra, reforçou-se a alegria de vivermos esta festa com todo este significado, num caminho constante de fé, de encontro e relação com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Chegado o momento da Profissão de Fé, de novo de velas acesas, cada um pôde então proclamar o seu “Sim, creio!” Acreditar, entregando-se nas mãos de Deus, de um Deus que se faz alimento na Eucaristia. A terminar a celebração, de novo de velas acesas, o grupo foi convidado a sair para o exterior com essa vontade de levar a fé para a vida.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Jesus passa e chama

11 de junho de 2023 | 10º Domingo do Tempo Comum
Leituras | Lectio (texto) | Lectio (áudio) | Comentário | Avisos | Boletim

É célebre o quadro de Caravaggio, que se encontra na igreja de São Luís dos Franceses, em Roma, que retrata o momento do chamamento de Mateus. Em cena, seguindo os raios da luz, entra Jesus com Pedro, apontando ambos com a mão (que recorda a mão criadora de Deus no teto da capela Sistina) para uma mesa onde se encontram várias personagens. Os pés de Jesus já se encontram em movimento de saída, quase que exigindo uma resposta determinada e radical. A janela, por cima do seu gesto, mais que revelar uma paisagem exterior, ou a entrada de luz, parece querer fixar-nos na cruz que está no horizonte de quem chama e de quem é chamado.

Entre as personagens sentadas à mesa, ocupadas com as moedas e os registos próprios de um cobrador de impostos, perguntamo-nos quem será o chamado… A opção recai habitualmente para aquele que além de olhar para Jesus, aponta para si mesmo como que a perguntar «Quem, eu?», entre o espanto e a necessidade de uma resposta, naquele momento em que está metido com as suas ocupações e preocupações habituais.

A presença de Jesus como que desconserta a vida quotidiana daquele grupo, trazendo-lhe uma luz nova, que se contrapõe às trevas que enchem grande parte da pintura. Aquele é o preciso momento do chamamento. Esse encontro que desconserta, quando Jesus entra na vida concreta de Mateus e o faz compreender que, também para ele, é possível uma vida nova, seguindo Jesus.

Do texto de Mateus, que escutamos neste domingo, sabemos que a resposta foi imediata. Que se seguiu um banquete que certamente marcou um recomeço, e que à mesa de Mateus e dos seus amigos, Jesus vem reforçar aquilo que sempre esteve presente na história de cada chamamento, também do nosso: o encontro com o Deus da misericórdia, que vem acompanhar aqueles que, percebendo a sua fragilidade, se dispõem a seguir Jesus, sabendo que Ele vai à frente, e que não veio para chamar os justos mas os pecadores. Ser discípulo, seguir Jesus, é aceitar ser re-criado por Ele (sinal da mão), deixar-se acompanhar por outros, em Igreja (na presença de Pedro), tomando a cruz de cada dia (a janela), deixando-se iluminar por Cristo (fonte de luz), aceitando que não somos perfeitos, mas infinitamente amados e perdoados, sabendo que Ele segue à frente.

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Pai, Filho e Espírito Santo: Deus Uno e Trino

04 de junho de 2023 | Solenidade da Santíssima Trindade
Leituras | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

A solenidade da Santíssima Trindade é um convite a contemplar o Deus de amor, comunhão plena do Pai e do Filho e do Espírito Santo, as três Pessoas distintas, a sua essência única e a sua igual majestade. Convite a entrar no mistério de amor, que se revela a Moisés como o Senhor «clemente e compassivo», o «Deus do amor e da paz» de que fala Paulo aos Coríntios, o Pai que, como confidencia Jesus a Nicodemos, envia o seu Filho ao mundo, «para que o mundo seja salvo por Ele». Mais que “descodificar”, há que deixar-se amar, perdoar, envolver no Deus uno e trino.

Depois de falar com Nicodemos de um «nascer de novo» e da necessidade do Filho do Homem ser «erguido ao alto», o texto do Evangelho de São João que escutamos nesta solenidade da Santíssima Trindade leva-nos ao encontro do amor do Pai, revelado no dom da vida do Filho, erguido no alto da cruz, que aí oferece a salvação e vida eterna a todo o que «nasceu do Espírito» e crê no nome do Filho Unigénito de Deus. Na noite, Nicodemos não terá mais onde fixar a sua atenção senão naquele «tanto» do amor de Deus Pai que, de «tanto» amar o mundo, mesmo quando o mundo parece quer deixar-se habitar pelas trevas, não deixa de enviar Aquele que o pode salvar.

Acreditar no Filho enviado, acolher a sua oferta de vida, é caminho de vida eterna, é deixar-se emergir na própria vida divina. Rejeitar a sua oferta já é condenação, porque é optar por não se querer deixar iluminar pelo amor eterno e gratuito, pelo «tanto» de Deus. A palavra de Jesus é convite para se deixar amar pelo «tanto» de Deus. Convite para contemplar o «tanto» de Deus na sua vontade de partilhar a vida eterna e a comunhão da Trindade com a humanidade frágil de cada um de nós.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Festa da Avé Maria com o 1.º Catecismo


No último domingo do mês de maio, mês dedicado a Nossa Senhora, juntaram-se os grupos das crianças do Primeiro Catecismo da Calvaria e de São Jorge para, em conjunto, viverem a Festa da Avé Maria. 

Neste domingo de Pentecostes, 28 de maio, celebramos a vinda do Espirito Santo, que desceu sobre os Apóstolos, reunidos com Maria em oração. Também hoje, Ele quer continuar a descer sobre nós para ser o sopro que nos dá vida, o fogo que nos ilumina, conforta e purifica! Acolhendo esse mesmo Espírito, somos convidados a fazer como a Mãe de Jesus e nossa Mãe: dizer sim à palavra de Deus!

No final da celebração, como o tempo não deixou para mais, fez-se uma pequena procissão à volta da igreja, com o andor de Nossa Senhora, enquanto rezámos, com as crianças do Primeiro Catecismo, alguns mistérios do Rosário.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Conferência levou almoço aos doentes e do idosos da Paróquia


O Domingo da Ascensão, 21 de maio, foi também, na Paróquia da Calvaria, o Dia Paroquial do Doente e do Idoso. A Conferência São Vicente de Paulo foi ao encontro dos doentes e idosos da Paróquia com um gesto de proximidade e de partilha.

O almoço foi entregue a 124 pessoas, nas suas casas, levadas pelos membros da Conferência. A alegria, o acolhimento e o agradecimento dos que receberam, em suas casas, esta partilha foi a grande "recompensa" de quem preparou, embalou e levou as refeições.

Convidaram-se os que o pudessem a celebrar a Eucaristia, na igreja paroquial, em conjunto com os membros da Conferência, e terminou o dia com um lanche de convívio com quem estava presente.

Deixar-se re-criar pelo sopro de Deus

28 de maio de 2023 | Domingo de Pentecostes
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Jesus sopra sobre os discípulos o seu Espírito, Aquele que é capaz de os ajudar a serem testemunhas da Sua ressurreição, construtores da paz, portadores do perdão. 

O Pentecostes é a certeza dAquele que não se vê mas que faz sentir a força da sua vida nos que acolhem o desafio de serem continuadores da ação do próprio Jesus Cristo: é o seu «sopro», o seu «hálito vital», é como que a vida de Cristo ressuscitado que é soprado sobre os discípulos. E este «sopro divino», à semelhança do primeiro sopro que dá vida ao homem formado da argila, agora recria aqueles que ousam deixar-se habitar por Deus.

É este sopro que Lucas, nos Atos dos Apóstolos, apresenta como Aquele que se faz escutar como forte rajada de vento e, como que em línguas de fogo, desce sobre os discípulos e lhes dá uma vitalidade até ali desconhecida.

A vitalidade da Igreja, e a vitalidade de cada um de nós, vem deste «Senhor que dá a vida».

sexta-feira, 19 de maio de 2023

A Ascensão não é ausência, mas plenitude

21 de maio de 2023 | Solenidade da Ascensão
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Jesus afirma-o no evangelho deste Domingo: «Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos». Não está fisicamente, mas permanece presente e ativo em todos os lugares e todos os tempos: na Palavra proclamada, na fé celebrada sacramentalmente, na vida partilhada que atualiza o mandamento do amor...

E Jesus quer continuar esta presença: por isso envia aqueles que n'Ele acreditam a ensinar e a batizar. É a missão dos cristãos: trazer à realidade cultural de cada tempo o sentido de uma vida partilhada com o Deus de Amor que liberta e salva.

Alguns, diz o texto, «ainda duvidaram»... mesmo na presença do Senhor ressuscitado: a fé é uma caminhada de confiança, não uma certeza "cientifica", mas uma relação que se sente e se vive com a ousadia de se deixar amar por Ele. Ele que «ascende» para se manter presente.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Símbolos da JMJ visitam a Calvaria 27 de maio


Aproxima-se a data da Jornada Mundial da Juventude e intensifica-se a sua preparação com a presença dos símbolos na nossa Diocese: a Cruz e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Na vigararia da Batalha, os símbolos estarão de 24 a 27 de maio. Do programa, salientamos desde já os momentos com a presença do Sr. Bispo: a vigília/shemá, na igreja do mosteiro da Batalha, na sexta-feira, dia 26, às 21h30, e a missa no sábado, dia 27, às 9h30, também na igreja do mosteiro da Batalha.

A Calvaria acolhe-os na tarde do dia 27, sábado. Serão recebidos na igreja de São Jorge, às 13h, passando depois pelo Casal do Relvas. Estarão na Calvaria de Cima pelas 14h30, indo em cortejo a pé da Casa do Povo até à igreja paroquial onde haverá um momento de oração. Pelas 16h seguem em direção aos Casais de Matos, para se dirigirem de novo para São Jorge onde, pelas 17h, haverá também uma caminhada a pé desde a casa da catequese até à igreja de São Jorge. Aí serão entregues à vigararia de Porto de Mós às 17h30.

PROGRAMA:


13:00 - Capela de São Jorge - Acolhimento na Paróquia
14:00 - Passagem pelo Casal do Relvas
14:30 - Percurso a pé na Calvaria de Cima, da Casa do Povo até à igreja
16:00 - Passagem pelo Lar de Santa Marta
16:30 - Passagem pelos Casais de Matos
17:00 - Percurso a pé em São Jorge até à capela
17:30 - Capela de São Jorge: entrega dos símbolos à paróquia de Porto de Mós

Jesus está sempre connosco!


Jesus prometeu que estaria sempre connosco. Porque quer sempre o nosso bem, deu a sua vida por nós para que a nossa vida seja mais bela e feliz. Ele está de verdade connosco. Não vem apenas fazer uma visita, mas permanecer em nós, Ele quer ter morada em nós. Na Eucaristia, quando O comungamos, recebemos a sua presença para permanecer em nós e nós n’Ele!

No dia em que as crianças do 3º catecismo da paróquia da Calvaria participaram plenamente na Eucaristia pela primeira vez, com a Comunhão Eucarística, o texto do Evangelho do domingo, dia 14 de maio, confirmou a caminhada das crianças que se prepararam para acolher Jesus em si, e despertou para o desejo de O seguir na vida de cada dia, em casa, na escola, com os amigos.

A celebração, que decorreu na missa dominical, às 11h, na igreja paroquial, reuniu as 13 crianças deste grupo e os seus familiares, com a Comunidade, e foi vivida em ambiente de festa e de alegria, na certeza de que Jesus vem a nós, e fica “tão perto de mim que até Lhe posso tocar”. A vida recebida no Batismo, recordada na data do lenço de cada criança, é alimentada de cada vez que recebemos Jesus na Comunhão. Por isso, cada um, pode dizer e cantar: “sou de Cristo, sou feliz”.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

O rio do tempo no caminho da Esperança


As celebrações de sábado e domingo, 6 e 7 de maio de 2023, tiveram, na paróquia da Calvaria, a presença dos grupos do 5º catecismo que celebraram a Esperança e partilharam com a comunidade a História de Deus com a humanidade, uma História de Salvação ao longo do "rio do tempo".


No sábado, o grupo de São Jorge, e no domingo, o da Calvaria, trouxeram consigo as "barras cronológicas" nas quais se vai contando, progressivamente esta história de um Deus que criou para a humanidade um mundo onde a chama a viver no Amor. Uma história que foi vivida por Abraão, Moisés ou os Profetas, e tantos e tantos outros que Deus chamou e enviou, e que teve o seu ponto culminante no momento em que o próprio Deus assume a nossa humanidade, em Jesus Cristo. História que continua, com os Apóstolos e a Igreja, rumo a esse Esperança definitiva, dos novos céus e nova terra, na presença plena de Deus.

As celebrações terminaram com o compromisso, de cada um, para continuarem a encontrar no mundo, nos outros e em si mesmos, os sinais da presença do Deus da Esperança.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

«Levanta-te! A tua vida é um dom»

Semana da Vida 2023

A Semana da Vida de 2023 decorre de 14 a 21 de maio sob o tema “Levanta-te! A tua vida é um dom”, tendo como inspiração a mensagem das Jornadas Mundiais da Juventude, conjugada com a valorização da vida em toda a sua plenitude como um dom de Deus.

De todas as iniciativas que estão a ser preparadas pelo Departamento Nacional da Pastoral Familiar (DNPF) destaca-se a abertura da Semana com a recitação do Terço na Capelinha das Aparições em Fátima, no dia 14 de maio às 18h30, com condução do DNPF e aberto à participação de todas as famílias. A equipa do Serviço Diocesano da Pastoral Familiar da Diocese de Leiria-Fátima (SDPF) vai estar presente e convida todas as equipas de Pastoral Familiar da nossa Diocese a estarem presentes também.

Todos os recursos já estão disponíveis no website do DNPF e todos os momentos celebrativos serão transmitidos on-line no Facebook do DNPF.

A equipa do SDPF irá divulgar esta e outras iniciativas na sua página de Facebook e no Instagram.

Presença constante em nós

14 de maio de 2023 | 6º Domingo da Páscoa
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

O evangelho deste domingo centra-se numa promessa de Jesus: Ele vai partir, mas não deixará os discípulos abandonados a si mesmos, «não vos deixarei órfãos...». Ele pedirá ao Pai, que enviará outro «Paráclito», o Espírito Santo que defende e conforta, o «Espírito da verdade» que habita connosco e está em nós.

É o Amor de Deus, a sua Presença constante que, em nós, tem essa dupla missão. Por um lado, dar-nos segurança, conforto, esperança diante das adversidades e tentações, dos nossos medos e incertezas, para percorrermos o caminho envolvidos na certeza do amor de Deus que nunca nos abandona mesmo quando nos sentimos envolvidos pela noite escura e o silêncio… Por outro lado, como «Espírito da verdade», é quem conserva em nós a memória viva da pessoa e palavra de Jesus, ajudando-nos a discernir o tempo presente à luz de Deus, para sabermos guardar o mandamento do amor nas situações concretas da vida, e assim nos encaminharmos cada vez mais para a verdade de nós mesmos no encontro com a Deus da Verdade plena. É este Espírito, assim acolhido, sempre connosco, que nos dá a capacidade de sempre nos superarmos, e não nos deixarmos arrastar pelo medo.

Vinde Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o vosso amor.


sexta-feira, 5 de maio de 2023

Caminho, Verdade e Vida

7 de maio de 2023 | 5.º Domingo da Páscoa
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

«Em casa de meu Pai há muitas moradas»
A casa do Pai é o espaço onde se reúne a sua família. Para nós, a Igreja é a concretização desta casa onde todos os que acolhem a vida de Deus se reúnem como irmãos. Nela há muitas moradas, há lugar para todos, na diversidade e especificidade de cada um. Mas também com algo que a todos nos une: a mesma Fé, a mesma Esperança, o mesmo Deus e Pai. A Igreja é a comunidade dos Homens Novos que querem viver a aventura de seguir o caminho traçado por Jesus.

«Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim»
Qual o caminho a seguir para fazer parte desta família de Deus? Jesus dá-nos a resposta: é Ele mesmo o caminho. É a sua vida, as suas palavras, os seus gestos, a sua entrega de amor e por amor que nos revelam o itinerário a percorrer também por nós. Quem aceita percorrer esse caminho torna-se, de verdade, filho de Deus, encontra a verdade de si mesmo, saboreia a plenitude da vida.

«Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores»
Acreditar em Jesus não é apenas admirar o que Ele fez ou disse… Acreditar é deixar-se transformar por dentro pela presença do seu Espírito, continuar hoje a sua obra, ter a capacidade de se dispor a realizar, com os outros, obras ainda maiores… Sozinhos podemos não ter capacidade para fazer muito, mas em Igreja, junto com os irmãos, na casa do Pai, o pouco de cada um torna-se em muito.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Para que tenham vida em abundância

30 de abril de 2023 | 4.º Domingo da Páscoa
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Jesus apresenta-se como o «Pastor» que entra pela porta principal, aquele que conhece as ovelhas, e cuja voz é por elas conhecida, um pastor que encaminha o rebanho para boas pastagens para que tenham vida, e vida em abundância. Mas não só Pastor, Ele é também a «porta» que dá acesso à vida: só percorrendo o caminho que é Ele próprio, se chega à vida definitiva.

Duas parábolas que nos falam da confiança que Jesus nos convida a ter: o Amor de Deus quer dar-nos a possibilidade de encontrar um caminho para o verdadeiro sentido e valor da vida. No encontro com Ele, a sua voz torna-se familiar, e torna-se mais certo o seguimento dos seus passos, passando pela mesma «porta». Seguindo o mesmo caminho que Jesus seguiu, tornando-nos verdadeiros discípulos, abre-se o horizonte da «vida em abundância».

A «vida em abundância» não se pode confundir com o «gozar a vida numa euforia perpétua»... Mesmo estes tempos de isolamentos e privações, não são impeditivos de uma vida bem vivida, uma vida abundante: talvez seja bom deixarmo-nos sempre repensar, e à nossa «qualidade de vida», à luz do Amor de um Pastor que, de facto, quer o nosso bem... e "aproveitar" estes tempos para nos familiarizarmos sempre mais com o Pastor que vale a pena seguir.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Inauguração e bênção do "Senhor dos Aflitos"

Após a reconstrução do oratório e do restauro da imagem, o «Senhor dos Aflitos» voltou à sua casa, junto à Escola da Calvaria. A celebração de bênção decorreu no domingo 23 de abril, sendo levada a imagem de Jesus crucificado processionalmente da igreja paroquial, apás a missa das 11h, até ao lugar onde agora continuará a ser uma referência para as encruzilhadas e aflições da vida para a comunidade da Calvaria.

«A Palavra de Deus na minha vida»


No domingo 23 de abril, os grupos do 4º Catecismo da paróquia da Calvaria juntaram-se na igreja paroquial para viver a Festa da Palavra. Ao reiniciar os encontros após a Páscoa, esta celebração reforça a importância da Palavra de Deus: depois de terem recebido a Bíblia na altura do Natal, agora é o momento de recordar e celebrar esta Palavra na Vida.

Tendo sido proclamada uma passagem da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo, a homilia foi para aprofundar esse texto: cada criança tinha a sua Bíblia da mão, para poder ir acompanhando e compreendendo a mensagem, reforçada com o trabalho de cada uma delas, ao longo do ano. Previamente, cada criança escolheu uma das folhas de "A Palavra de Deus na minha Vida" do seu portefólio, e foi também a partir dessas folhas que se procurou ajudar a entrar nessa mensagem essencial. Na Bíblia temos a Palavra de Deus, é Deus quem nos fala, e essa Palavra é para nos ajudar a viver bem a nossa vida. Para nos ajudar, como se dizia no Evangelho, a "arder" o coração.

No final da celebração, como sinal desse amor à Palavra de Deus, tal como o sacerdote faz após a leitura do Evangelho na celebração, também cada criança foi convidada a beijar a sua Bíblia.

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Um caminho de reconhecimento

23 de abril de 2023 | 3.º Domingo da Páscoa
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Dois discípulos a caminho de Emaús, tristes e desanimados: os seus sonhos de triunfo ao lado de Jesus ruíram aos pés de uma cruz. Abandonam a comunidade em Jerusalém e regressam à sua aldeia, dispostos a esquecer o sonho.

Entretanto, surge Jesus. Faz-se seu companheiro de viagem, interroga-os, escuta as suas preocupações, torna-se confidente da frustração. Para responder, e lhes demonstrar o projeto de Deus, “começando por Moisés e passando pelos profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que lhe dizia respeito”. É na escuta e na partilha da Palavra que o plano salvador de Deus ganha sentido: só através da Palavra de Deus – explicada, meditada e acolhida – o crente pode perceber que o amor até às últimas consequências e o dom da vida não são um fracasso, mas geram vida nova e definitiva. Chegam a Emaús. Mesmo que o coração possa estar “a arder”, continuam a não reconhecer Jesus, mas convidam-n’O a ficar com eles. Ele aceita e sentam-se à mesa. Enquanto comiam, Jesus “tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho”.

Evoca-se a celebração eucarística da Igreja primitiva: é possível encontrar Jesus vivo e ressuscitado sempre que os irmãos se reúnem em nome de Jesus para “partir o pão”. Jesus lá está, vivo e atuante, no meio deles. É essa extraordinária novidade que os leva de novo ao encontro da comunidade dos discípulos, o lugar onde se partilha a mesma certeza de que Jesus está vivo! É o sonho que volta, transfigurado pelo processo de reconhecimento de Jesus na Palavra acolhida, no Pão repartido, na Fé partilhada na comunidade.

quarta-feira, 12 de abril de 2023

«Felizes os que acreditam sem terem visto»

16 de abril de 2023 | 2.º Domingo da Páscoa
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

O acreditar, a fé, é sempre um confiar-se para além do que se toca e vê... Para lá das provas cientificamente comprováveis, um lançar-se com a razão, o afeto e a vontade, nos braços do Mistério, onde apenas dentro se compreende o sentido, e dá sentido...

Tomé é tão próximo da nossa humanidade atual: quer tocar para acreditar... No entanto, ele teve a ousadia de não se fechar nas dúvidas, mas de se abrir à resposta no lugar onde as poderia encontrar: oito dias depois, na comunidade crente, vai e é capaz então de ver, de «tocar» de uma outra forma, a presença viva de Jesus.

E Jesus faz-se realmente presente, «oito dias depois», quando, no ritmo dominical, a Igreja se volta a reunir para, no testemunho da unidade, no perdão pedido e assumido, na Palavra escutada e atualizada na vida, no Pão consagrado e partilhado, celebrar o Mistério desta mesma Presença constante do amor de Jesus que não cessa de nos dar a paz e de soprar sobre nós o mesmo Espírito de Amor que inflamou os discípulos desde a primeira hora.

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Este o dia da grande surpresa de Deus

9 de abril de 2023 | Domingo de Páscoa
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim

Páscoa: este o dia da grande surpresa de Deus! A notícia é surpreendente: Jesus não está no sepulcro, aquele que morreu na cruz e foi sepultado, está vivo! A Páscoa de Jesus Cristo é o acontecimento que marca a História de Jesus e, nele, de toda a humanidade: a morte, tocada pelo Amor de Deus, abre-se à esperança da Vida. E a vida, esta de cada dia, vive-se na perspetiva da eternidade que, sendo o permanecer no Amor que é Deus, não faz sentido senão sendo vivida segundo o mandamento do amor.

Para isso somos batizados. Pelo Batismo, também nós somos submergidos nesta vida divina que vence o pecado e a morte, e renascemos para uma vida nova, a vida dos filhos de Deus: no Batismo Deus faz-nos parte da sua família! Dom da graça e misericórdia divina, a Vida acolhida é constantemente alimentada na Eucaristia. Batismo e Eucaristia estão intimamente unidos, brotam do mesmo coração aberto de Jesus, rasgado pela lança do soldado, de onde sai sangue e água.

Vivendo como filhos de Deus, ao jeito de Jesus, a eternidade-ressurreição é já um presente (por ser dom de Deus, mas também por ser de agora, atual), mesmo que marcado pelo «ainda não» das contingências desta vida terrena. No Batismo começamos esta aventura de, à imagem do Filho, viver para amar e de amar para viver.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Programa da Semana Santa e Visita Pascal

Programa da Semana Santa

SÁBADO DE RAMOS, 1 de abril
16h30: Confissões, em São Jorge
17h30: Via Sacra, nas ruas de São Jorge
19h00: Bênção dos Ramos e Missa, em São Jorge

DOMINGO DE RAMOS, 2 de abril
11h00: Bênção dos Ramos e Missa, na igreja paroquial

SEGUNDA-FEIRA, 3 de abril
16h00: Confissões, nos Casais de Matos
19h30: Missa, na igreja paroquial

TERÇA-FEIRA, 4 de abril
15h00: Confissões e Missa, no Lar de Santa Marta
17h00: Confissões, no Casal do Relvas

QUARTA-FEIRA, 5 de abril
19h30: Missa, no Casais de Matos

QUINTA-FEIRA SANTA, 6 de abril
11h00: Missa Crismal, na Sé de Leiria
20h00: Missa Vespertina da Ceia do Senhor
21h00: Adoração Eucarística

SEXTA-FEIRA SANTA, 7 de abril
11h30: Confissões, na igreja paroquial
15h00: Via Sacra Paroquial, com início nos Casais de Além (Painel)
Seguida de Celebração da Paixão do Senhor

SÁBADO SANTO, 8 de abril
21h30: Vigília Pascal, na igreja paroquial

DOMINGO DE PÁSCOA, 9 de abril
09h30: Missa, em São Jorge
11h00: Missa, na igreja paroquial


Programa da Visita Pascal

DOMINGO DE PÁSCOA, 9 de abril
09h30: Missa em São Jorge
11h00: Missa na Calvaria
12h00: Visita Pascal: Calvaria Cima
14h30: Visita Pascal: Calvaria Cima e de Baixo

SEGUNDA-FEIRA DE PÁSCOA, 10 de abril
16h00: Missa na Igreja dos Casais de Matos
16h30: Visita Pascal: Casais de Matos


SEXTA-FEIRA DE PÁSCOA, 14 de abril
18h00: Visita Pascal: Est. da Calvaria e Chão da Feira

SÁBADO DA PÁSCOA, 15 de abril
10h00: Visita Pascal: Carqueijal e Cabeceiras
14h30: Visita Pascal: Casal do Relvas
19h00: Missa vespertina em São Jorge

DOMINGO DE PASCOELA, 16 de abril
11h00: Missa na igreja Paroquial
12h00: Visita Pascal: Casais de Além (parte)
14h30: Visita Pascal: São Jorge
14h30: Visita Pascal: Casais de Além, Quinta de São Paio e Casal Ruivo

«Este era verdadeiramente Filho de Deus»

2 de abril de 2023 | Domingo de Ramos na Paixão do Senhor
Leituras | Lectio (áudio) | Lectio (texto) | Comentário | Avisos | Boletim


A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus apercebeu-Se de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar, e tornar já presente, um mundo novo para todos os homens: o Reino de Deus. Para concretizar este projeto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina “fazendo o bem” e anunciando a proximidade desse mundo de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos. Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos, não deviam ser marginalizados; ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus; avisou os “ricos” de que o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência só podiam conduzir à morte.

O projeto libertador de Jesus entrou em choque com a atmosfera de egoísmo e de opressão que dominava o mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus. Por isso O prenderam, julgaram e condenaram. A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do “Reino”.

Mas na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado. E assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”, o dinamismo do Amor.