5 de abril de 2020 | Domingo de Ramos na Paixão do Senhor
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A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto daquilo que foi a sua vida.
Desde cedo, Jesus apercebeu-Se de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar, e tornar já presente, um mundo novo para todos os homens: o Reino de Deus. Para concretizar este projeto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina “fazendo o bem” e anunciando a proximidade desse mundo de vida, de liberdade, de paz e de amor para todos. Ensinou que Deus era amor e que não excluía ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos, não deviam ser marginalizados; ensinou que eram os pobres e os excluídos os preferidos de Deus; avisou os “ricos” de que o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência só podiam conduzir à morte.
O projeto libertador de Jesus entrou em choque com a atmosfera de egoísmo e de opressão que dominava o mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus. Por isso, O prenderam, julgaram e condenaram. A morte de Jesus é a consequência lógica do anúncio do “Reino”.
Mas na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Porque ama, este Homem Novo vai assumir como missão a luta contra o pecado. E assim, a cruz mantém o dinamismo de um mundo novo – o dinamismo do “Reino”, o dinamismo do Amor.
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