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Duas pequenas parábolas no texto do Evangelho deste Domingo que marcam a desproporção com que Deus troca as lógicas humanas: a primeira realça a desproporção entre a atividade do semeador que lança a semente e colhe o fruto, e o crescimento da semente em si, que em nada depende do esforço do agricultor. A segunda entre a pequenez da semente de mostarda e o resultado do arbusto que dela nasce...
Um convite à confiança na presença transformadora do Reino de Deus e na força do Palavra e do Espírito que no silêncio e na pequenez continua a sua ação transformadora.
Quantas vezes não desanimamos por querer ver depressa, em nós e nos outros, os frutos que tardam em aparecer?! Esperança, confiança e paciência. Nos factos aparentemente irrelevantes, na simplicidade e normalidade de cada dia, na insignificância dos meios, esconde-se o dinamismo de Deus que atua na história e oferece aos homens caminhos de salvação e de vida plena.
Neste tempo de espera e esperança, não deixar de lançar a semente, e continuar a contemplar e confiar na ação do Espírito que age no coração e na vida. Com humildade, porque a semente é que tem em si mesma o gérmen da vida, e confiança, pois mesmo pequenos e frágeis, é a nossa humanidade que Deus confia a semente que, mesmo que pareça tão pequena, se pode transformar num grande arbusto.
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