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O anúncio da vinda do Senhor não afasta o crente do hoje deste mundo. Pelo contrário, exige-lhe a capacidade de assumir o presente, a terra onde vive e de a amar, e com ela aprender aquele olhar que sabe ver o brotar da vida nos ramos da figueira.
Jesus anuncia a vinda do "Filho de homem" como certa, mas o seu momento é incerto: mais que procurar adivinhar o futuro, o crente é convidado a assumir este tempo, nesta terra, espiritualmente, como uma espera que se pode converter em resistência (força nas adversidades e tribulações da história), em paciência (capacidade de viver o incompleto do quotidiano), em perseverança (recusa em fazer a apologia do pessimismo), e em fé (acreditando, com segurança e firmeza, mais no invisível de uma Palavra que não passe, do que no visível que passa).
O Evangelho deste domingo não se ocupa do "fim do mundo" mas do "fim de um mundo" onde as forças e astros, tantas vezes divinizados, são “destronados” pelo Filho do homem, o “fim de um mundo” afastado de Deus que dá lugar, pela oferta de Jesus, a uma vida envolvida na misericórdia e no amor, que nos lança num caminho de permanente conversão.
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