18 de novembro de 2018 | 33º domingo do Tempo Comum
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
O anúncio da vinda do Senhor não afasta o crente do hoje deste mundo. Pelo contrário, exige-lhe a capacidade de assumir o presente, a terra onde vive e de amá-la, e aprender com ela, com aquele olhar que sabe ver o brotar da vida nos ramos da figueira...
Jesus anuncia a vinda do "Filho de homem" como certa, mas o seu momento é incerto: o crente pode, por isso, assumir este tempo, nesta terra, espiritualmente, como uma espera que se pode converter em resistência (força nas adversidades e tribulações da história), paciência (capacidade de viver o incompleto do quotidiano), em perseverança (recusa em fazer a apologia do pessimismo), e em fé que acredita mais no invisível, com segurança e firmeza, do que no visível.
O desaparecimento das realidades celestes é anunciado como um acontecimento divino. Mas o sol, a lua, os astros e as forças celestes eram, no panteão dos antigos romanos (e Marcos escreve aos cristãos de Roma) consideradas divindades. Por isso, no Evangelho deste domingo não está representado "o fim do mundo" mas "o fim de um mundo", a queda do mundo dos deuses pagãos, destronados pelo Filho do homem. Por isso, anunciando a sua vinda gloriosa, Jesus pede, como gesto profético, a conversão: esperar o Senhor significa viver em permanente conversão.
Sem comentários:
Enviar um comentário