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Jesus sabe da necessidade de não se perderem no ativismo; é preciso fundamentar a ação a partir do essencial. Não é um tempo de «férias», mas quase como que um «retiro»: estar num lugar isolado na companhia de Jesus. É desse encontro, desse estar com Ele, que resulta uma ação missionária consistente. Não apenas fazer, mas «fazer bem o bem que se faz» (D. António Marto). Agir a partir do coração de Jesus: por isso a necessidade de estar com Ele para conhecer o seu coração, e amar e agir no mundo com o seu coração.
A multidão, no entanto, não deixa de procurar Jesus... Ao desembarcar e ver toda aquela gente, Jesus «compadeceu-Se». Esta compaixão vem de sentir que são como «ovelhas sem pastor»: não têm um rumo assumido, um sentido para a vida, andam perdidos, desorientados... Por isso, Jesus ensina-lhes «muitas coisas». De facto, a mais fundamental das ações que a comunidade cristã é convidada a ter é precisamente esta que de se «compadecer», e de anunciar a Palavra que oriente e dê sentido. Quanto sofrimento não existe pela «desorientação» na vida, pelo seguimento de falsos «pastores», por querer ter sempre razão e se fechar à Palavra de Deus? Deixar-se guiar por Jesus, «retirar-se com Ele», para encontrar o Caminho a seguir e a anunciar. Ser cristão passa por este equilíbrio entre o «descanso» em Jesus, e o «trabalho» de O dar a conhecer como Pastor que vale a pena seguir.
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