5 de junho de 2016 | 10º Domingo do Tempo Comum
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Às portas da cidade de Naim cruzam-se dois cortejos: uma multidão que entra com Jesus, e muita gente que sai com a viúva, no cortejo fúnebre, para sepultar o seu filho único. A Jesus não passa despercebido este encontro: compadece-se e consola aquela mulher: «Não chores». Depois, em nome próprio, ordena que aconteça aquilo que Elias (na primeira leitura deste domingo: 1Re 17, 17-24) havia implorado a Deus que fizesse acontecer: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te».
«Apareceu no meio de nós um grande profeta. Deus visitou o seu povo», é a reacção de espanto e de fé de quem presencia o milagre. Jesus é o próprio Deus que "visita" o seu povo, que se faz próximo para cuidar de lhe dar vida; Jesus é quem dá à vida o sentido de um "cortejo" que caminha não para a morte mas para a vida; o "grande profeta" que ordena a vida (e este "ordenar" pode ser compreendido num duplo sentido: quer e faz com que a vida exista pela oferta da sua própria vida na cruz; mas também no sentido de pôr em ordem a vida, de lhe dar pleno sentido).
Um gesto que nos remete para a própria vitória de Jesus ressuscitado sobre a morte, com a qual nos torna participantes desta caminhada de vida e para a Vida. Acolher este "grande profeta" é aceitar que ele ordene a nossa vida, que lhe dê sentido, e participar da sua missão de ser, na caminhada do mundo de hoje, um sinal de esperança, nomeadamente para os "jovens" de hoje que são desafiados a não se deixar embarcar pela cultura de morte, mas a permanecer de pé na dignidade própria de toda a existência humana: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te!».
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