11 de agosto de 2024 | 19 .º Domingo do Tempo Comum
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“Esse homem não é Jesus, filho de José? Conhecemos bem seu pai e sua mãe. Como pode dizer «Eu desci do céu»?” Aqueles que escutavam Jesus, que se apresentara como o pão da vida que desceu do Céu, discutiam a sua origem e a sua pretensão, que consideravam exorbitante. Devemos reconhecer que a dificuldade dos compatriotas não era pequena: Jesus não tinha nada de extraterrestre... Se estivéssemos lá, talvez tivéssemos a mesma atitude.
Para descobrir o mistério profundo de Jesus, é preciso ir para além das aparências, é preciso acolher a luz que vem da Palavra de Deus, ter o olhar da fé. A fé é uma “luz obscura”, pede um salto numa “confiança noturna”, na noite. Isso verifica-se já nas nossas relações humanas de amor e de amizade. A fé/confiança não é uma evidência “científica” que leva a uma adesão imediata da inteligência. A fé vive no amor, numa amizade para além das aparências.
Só podemos aceitar a Palavra de Jesus se nos abrirmos a Deus. Jesus pede aos seus discípulos para terem confiança: “Crede em Deus, crede também em Mim”. A fé é uma graça, um dom gratuito. Mas é também um combate. Somos reenviados a uma escolha que, certamente, não suprime as exigências da nossa razão, mas ultrapassa-as, porque aceitamos entrar numa relação de amor e de amizade com Jesus, “o filho de José”, que reconhecemos também como “o Filho de Deus”.
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