18 de fevereiro de 2024 | 1.º Domingo da Quaresma
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A Quaresma, tempo de penitência, de sacrifícios de toda a espécie, de resistência às tentações, à imitação de Jesus no deserto, pode parecer-nos um tempo não muito entusiasmante... Porém, na breve passagem do texto que escutamos este domingo, S. Marcos fala duas vezes do “Evangelho”, ou seja, de uma Boa Nova. E uma Boa Nova dilata o coração, traz alegria! Então, porque não falar de alegria durante a Quaresma? Será que isso desvirtua o seu sentido?
O anúncio de Jesus vem com um convite à conversão. Mas conversão não quer dizer simplesmente parar de cometer pecados. A verdadeira conversão é, antes de mais, “acreditar na Boa Nova”. E a Boa Nova é a manifestação do verdadeiro rosto de Deus em Jesus: um Pai no qual só há amor, porque Ele é Amor em estado puro, a fonte absoluta do Amor. Às vezes, a primeira tentação, a mais terrível, consiste em transpor para Deus as nossas maneiras de amar, de compreender a justiça ou o poder... Mas não é Deus que é à nossa imagem, nós é que somos para ser à sua imagem... A verdadeira conversão consiste então em mudar as nossas conceções de Deus para acolher um Pai que nunca pára de nos amar, e que quando recusamos o seu amor, só tem um desejo: manifestar-nos ainda mais o seu amor, até nos dar o seu Filho, para que, enfim, nós nos deixemos amar. E aí está a alegria!
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