Programa da Paróquia
sábado, 29 de janeiro de 2022
Bênção das crianças pequeninas (pré-escolar) e das mulheres grávidas
«Agora, Senhor,
segundo a vossa palavra,
deixareis ir em paz o vosso servo,
porque os meus olhos
viram a vossa salvação,
que pusestes ao alcance
de todos os povos:
luz para se revelar às nações
e glória de Israel, vosso povo».
Cf. Lc 2, 22-44
É para celebrar esta Luz das nações, o próprio Jesus, apresentado no Templo por Maria, que a celebração, nesse dia, tem a bênção das velas. Na Eucaristia acolhemos Jesus que se oferece definitivamente por nós, na sua morte e ressurreição. A tradição, unindo a presença da Luz a Maria, a Mãe que apresenta Jesus no templo, refere este dia como a festa de "Nossa Senhora das Candeias".
Na paróquia da Calvaria a celebração na igreja paroquial, às 20h, terá a bênção das crianças pequeninas, em idade pré-escolar, e das mulheres grávidas. Dadas as circunstâncias atuais, não se alarga o convite a todas as crianças da catequese.
No final da celebração haverá filhoses, sendo a receita a favor da Conferência São Vicente de Paulo da Paróquia da Calvaria.
Deixar-se surpreender por Jesus
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Jesus avança no seu ensino e faz referência a dois episódios do Antigo Testamento, no tempo de Elias e de Eliseu: a viúva estrangeira e o general sírio, que beneficiam dos gestos salvíficos de Deus e não os filhos de Israel, não são do povo eleito. Por outras palavras, diz que os habitantes de Nazaré são como os seus antepassados: não acolhem o tempo da visita de Deus. E da admiração, logo passam ao ódio.
Interroguemo-nos também nós hoje sobre a nossa atitude para com Jesus: damos espaço para nos deixarmos surpreender pela palavra de Jesus? Procuramos de verdade acolhê-la? Pomos de lado as suas palavras que nos provocam, para não nos pormos em questão? Preferimos ficar na nossa tranquilidade?
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
Crianças do 4º catecismo recebem a Bíblia
A marcar o Dia da Palavra de Deus deste ano, as crianças do 4º catecismo receberam a sua Bíblia pessoal. Seguindo a proposta do Catecismo, as Bíblias foram entregues numa momento que celebrou toda a caminhada realizada ao longo das catequeses prevista ao até ao Natal: uma catequese celebrativa que reuniu as crianças e as suas famílias, à volta dos grandes sinais que foram acolhendo e reconhecendo - o Cordeiro, para quem João Batista apontou, as Talhas que se encheram de água que, em Caná, se transformou em vinho acolhendo a indicação da Mãe de Jesus, «fazei tudo o que Ele vos disser». O Verbo fez-se carne, e o Menino foi colocado em cima do prólogo do Evangelho de São João: Jesus é a Palavra de Deus, é Aquele que tem «palavras de vida eterna».
Tudo fala nesta celebração: as velas que entram progressivamente, as frases que são ditas e fixadas à vista de todos, as imagens que recordam as catequeses, os cânticos que reforçam as memórias... até que vem a surpresa maior: os pais ou padrinhos que entregam a Bíblia a cada criança.
As celebrações-catequeses, presididas pelos catequistas, realizaram-se no dia 21 de janeiro, sexta-feira, com o grupo de São Jorge, e no sábado, dia 22 de janeiro, com o grupo da Calvaria.
sábado, 22 de janeiro de 2022
A força da Palavra que se faz História
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A Palavra de Deus não é apenas um conjunto de livros escritos. Antes de mais, é o próprio acontecimento de um Deus que se revela por palavras e por gestos, de muitos modos, mas de uma forma plena e definitiva, em Jesus Cristo: é Ele a Palavra, o Verbo de Deus que se exprime através da sua humanidade. Esta revelação foi sendo vivida, acolhida, transmitida, fixada por escrito. Mas continua a fazer-se ecoar na história da humanidade. Por isso, o Concílio Vaticano II afirma, na Constituição Dei Verbum: «A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja» (DV 10).
São Lucas começa o texto do Evangelho recordado o seu trabalho de investigação para escrever o texto a que hoje chamamos «Evangelho segundo São Lucas»: perto do ano 80, numa época em que escasseavam já as testemunhas oculares, aqueles que viram e ouviram Jesus, o texto escrito será o “lugar” de encontro com Aquele que é o Evangelho em si mesmo, Jesus Cristo. E isso mesmo acontece na segunda parte do texto do Evangelho deste domingo. Jesus, ao ler uma passagem do livro de Isaías que descreve a ação do Messias, faz o comentário ao que acaba de ler: a salvação acontece hoje pela Palavra que é anunciada e proclamada. A Palavra de Deus é viva, eficaz, porque Jesus é essa Palavra, e Ele vai concretizar, trazer para o hoje da história, a salvação de Deus.
Hoje, esta Palavra continua viva e eficaz porque o próprio Jesus, agora ressuscitado, continua a atualizar a novidade anunciada através daqueles que sabem escutar, acolher, viver e testemunhar essa mesma Palavra, tornando-a uma realidade salvadora na sua vida e vida daqueles que os rodeiam. Hoje os cristãos são convidados precisamente a ser uma Palavra de Deus viva e eficaz, uma palavra que salva, liberta, consola, uma palavra de esperança e confiança, uma palavra de Amor.
sábado, 15 de janeiro de 2022
Celebração de São Sebastião - Casal do Relvas
Vida com sabor a "vinho" do Reino
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Maria percebe o embaraço do mestre do banquete: vai faltar vinho... Di-lo a Jesus. E, como há trinta anos, ela pede aos serventes o que o anjo lhe havia pedido a ela: «fazei o que Ele vos disser! Confiai n’Ele!» E eis que as talhas destinadas às abluções rituais da religião judaica vão servir para manifestar a plenitude do dom de Deus: em Jesus vai ser selada uma nova Aliança, com um novo rito.
No Evangelho de São João, os «milagres» são sempre «sinais» que nos lançam para além dos factos materiais. É bom olhar com atenção esta água mudada em vinho. A água é um elemento vital. Mas é, antes de mais, um elemento que se encontra na natureza. O vinho é fruto da vinha, mas também do trabalho do homem, é fabricado. A água, que é símbolo da nossa vida normal, de todos os dias, é transformada, com a força do Espírito Santo: e este vinho é melhor que o vinho dos homens…
Por este «sinal», Jesus diz-nos como quer vir ter connosco, na nossa vida quotidiana, para aí colocar a sua presença de amor. Toma a nossa vida, com as nossas alegrias, amores, conquistas, tédios, dias sem gosto e sem cor, fracassos e mesmo os nossos pecados... E aí, Ele “trabalha-nos” pelo seu amor, no segredo, para fazer brotar em nós a vida que tem o sabor do vinho do Reino. Isto, Ele cumpre-o em particular cada vez que participamos na Eucaristia.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
Tu és o meu Filho muito amado
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Na narração do batismo de Jesus, o testemunho de Deus acerca d’Ele é acompanhado por três factos que devem ser entendidos em referência a factos e símbolos do Antigo Testamento: o céu abriu-se, o Espírito Santo desceu, e do céu fez-se ouvir uma voz.
A abertura do céu significa a união da terra e do céu: a atividade de Jesus vai reconciliar o céu e a terra, vai refazer a comunhão entre Deus e os homens. O símbolo da pomba é provável que evoque a nova criação que terá lugar a partir da atividade que Jesus vai iniciar. A voz do céu é de uma forma muito usada para expressar a opinião de Deus acerca de uma pessoa ou de um acontecimento. Essa voz declara que Jesus é o Filho de Deus; e fá-lo com uma fórmula tomada do cântico do “Servo de Jahwéh” que ouvimos na primeira leitura de hoje (Is 42,1).
O que aconteceu em Jesus aconteceu em cada um de nós. Como Cristo, fomos batizados; como a Ele, a voz do Pai nos disse: Tu és o meu filho amado, tu és a minha filha amada! Esta voz fala-nos sempre. Ela recorda-nos a nossa dignidade de filhos e de filhas de Deus, e envia-nos a gritar aos nossos irmãos: “Sois os bem-amados do Pai!” Nós que fomos enxertados no Espírito Santo, esta voz que nos diz: “Tu és o meu filho, tu és a minha filha, eu estou contigo, em ti pus toda a minha ternura!” Sejamos ternura, bondade e misericórdia para os outros.