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Aqueles que estiveram mais próximos de Jesus, que o conheciam desde pequeno, ficam impressionados pelas palavras e milagres que Ele faz, mas continuam fechados nos seus conhecimentos prévios do «carpinteiro, filho de Maria», e não têm capacidade para se abrir à novidade do Messias. Pensavam conhecer Jesus, mas de verdade só tinham um conhecimento «externo»; pensavam-se próximos, mas estavam distantes; sabiam dizer todos os seus laços familiares, mas não a sua verdadeira identidade e missão… A proximidade tornou-se distância, como tantas vezes acontece nas relações que não sabem alimentar a sua dinâmica permanente, e os conhecidos se tornam desconhecidos…
Para quem nasce num ambiente que, com demasiada facilidade, se diz cristão, sem muitas vezes o ser, em que tanto se diz (ou pensa que se diz) Jesus, sem que isso signifique conhecê-lo e com Ele se encontrar de verdade, este texto do Evangelho faz-nos entrar na verdade da nossa relação com Ele: seremos também «conterrâneos» de Jesus que cresceram por perto dele sem nunca deixar que Ele noa revelasse na sua verdadeira identidade? A sua palavra tem ainda capacidade para nos impressionar? Terá Ele espaço para nos curar?
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