23 de agosto de 2020 | 21º Domingo do Tempo Comum
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Jesus pergunta aos discípulos «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?» e, depois voltando-se diretamente para os discípulos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
A opinião dos “homens” não capta a condição única de Jesus, a sua novidade e originalidade. Reconhecem que Jesus é um homem convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão. Olham para Jesus como um profeta, na linha dos grandes profetas da história do Povo de Deus. É muito, mas não é o suficiente. A opinião dos discípulos acerca de Jesus vai muito além da opinião comum. Pedro, porta-voz da comunidade dos discípulos, proclama: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Nestes dois títulos resume-se a fé da Igreja. Dizer que Jesus é “o Cristo” (Messias) significa dizer que Ele é esse libertador que Israel esperava. No entanto, Jesus é também o “Filho de Deus”: significa reconhecer a profunda unidade e intimidade entre Jesus e o Pai, e que Jesus conhece e realiza os projetos do Pai no meio dos homens.
Na resposta, Jesus esclarece que esta fé é um dom de Deus. E, de seguida, nomeia Pedro para “administrador” da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos de Jesus a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade dos discípulos do Reino. Pedro é o protótipo do discípulo: nele, está representada a comunidade que se reúne em volta de Jesus e que proclama a sua fé em Jesus como o “Messias” e o “Filho de Deus”. É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus se confia.
Pedro é feliz, encontra-se a si mesmo e à sua missão, na relação de fé com Jesus. Desse progressivo conhecimento nasceu a capacidade de conhecer Jesus “por dentro”, e por isso O seguiu e por Ele deu a vida. Também no nosso caminho como cristão, e para que esse caminho tenha sentido, se faz ecoar a mesma questão daquele dia: e para mim, quem é Jesus?
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