12 de maio | 4º Domingo da Páscoa - «Bom Pastor»
DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
Leituras | Comentário | Avisos | Boletim
A fé vive-se numa dinâmica de relação: Deus revela-se e nós acolhemos o seu amor, procurando corresponder-Lhe. Confiamos que Ele, na verdade, quer ser em nós fonte de uma vida boa, bela, feliz, realizada, de vida que não perece, de vida eterna. Com esta confiança, confiamo-nos a Ele, ou seja, acolhemos a sua palavra como aquela que tem a capacidade de nos orientar para a verdade de nós mesmos, para a vida que vale a pena ser vivida.
Os três breves versículos do texto do Evangelho deste 4º Domingo da Páscoa, o Domingo do «Bom Pastor», oferecem-nos esta síntese do nosso caminho de fé: escutar («As minhas ovelhas escutam a minha voz») é o ponto de partida. Habituarmo-nos a esta voz, à Palavra que é o próprio Jesus. A fé é possível quando não nos centramos apenas em nós mesmos, e damos espaço para que Deus nos fale.
Da escuta nasce, cresce ou revigora-se o conhecimento. Nesta relação a que chamamos fé, não só escutamos, mas percebemos também que somos escutados: encontramo-nos com Aquele que, de verdade, nos conhece mais intimamente. E nesse encontro descobrimo-nos a nós mesmos. Como relação, a fé é certeza de ser conhecido e amado por Deus. Este conhecimento não é uma questão intelectual, mas algo essencialmente vital: «Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me»: conhecer e seguir, deixar-se orientar pela proposta de amor de que se reveste a Palavra.
Escutar, conhecer, seguir: com a confiança que se vive ao longo deste cominho de fé percorrido em conjunto, saber que o Pastor quer dar «vida eterna». A vocação (a resposta vivencial que damos à Palavra de Deus) só é possível neste contexto de fé: escutar, conhecer, seguir.
Sem comentários:
Enviar um comentário