Programa da Paróquia

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

1 de janeiro: Dia Mundial da Paz


No primeiro dia de janeiro de 2021 celebra-se o 54º Dia Mundial da Paz. Na sua Mensagem para este dia, o Papa Francisco, partindo da situação atual de crise sanitária, salienta que escolheu este tema porque só o cuidado pode “erradicar a cultura da indiferença, do descarte e do conflito, que hoje muitas vezes parece prevalecer”.

Apresentando o Deus que cuida, manifestado em Jesus Cristo, fala do cuidado como promoção da dignidade e dos direitos da pessoa, do cuidado do bem comum, do cuidado através da solidariedade, e do cuidado na salvaguarda da criação. A concluir, o Papa afirma que “a cultura do cuidado, enquanto compromisso comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz”.

A mensagem completa do Papa pode ser lida AQUI.

Jubileu dos 25 e 50 anos de matrimónio


Na Festa da Sagrada Família, domingo 27 de dezembro de 2020, a paróquia da Calvaria celebrou o Jubileu dos 25 e 50 anos de matrimónio com os cinco casais que se fizeram presentes na celebração na igreja paroquial. Foram 4 casais que completaram 50 anos de casamento ao longo deste ano de 2020, e um que completou 25 anos. Dadas as circunstâncias atuais, outros desejariam estar presentes, mas não o puderam fazer.

Na celebração, preparada pelas Zeladoras da Sagrada Família, que dinamizam os diversos oratórios que percorrem a paróquia, foram abençoados estes casais e foi-lhes entregue, como recordação, uma imagem da Sagrada Família.

Em conjunto, toda a comunidade foi convidada a rezar a oração à Sagrada Família que o Departamento Diocesano da Pastoral familiar envio para este ano:

Oração à Sagrada Família

Sagrada família de Nazaré
eis-me diante do vosso presépio
suplicando pela minha família
e por todas as famílias da terra.

Concede a todos os pais, bom José,
a constância no amor que tiveste
para com Jesus menino e Maria!
Liberta-nos, Jesus, de toda a divisão.
Dá-nos Saúde, Paz e Alegria!

Ajuda as nossas mães, querida Maria,
para que possam ser, na família,
um sinal da tua ternura com José e Jesus!

Protege, Jesus Menino,
todos os pais, todas as mães, todos os filhos
para que os nossos lares
reproduzam a harmonia,
a felicidade da casa de Nazaré,
e o acolhimento da manjedoura de Belém! 
Ámen.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Guardar, cuidar e partilhar o dom da vida

27 de dezembro de 2020 | Festa da Sagrada Família
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A família de Jesus é o centro da liturgia deste domingo entre o Natal e Ano Novo. Exemplo e modelo para as nossas comunidades familiares, a família de Jesus, convida-nos a viver numa atenção constante aos desafios de Deus e numa abertura às necessidades dos irmãos.

O Evangelho põe-nos diante da Sagrada Família de Nazaré apresentando Jesus no Templo de Jerusalém. A cena mostra uma família que, percebendo que a vida é um dom de Deus, escuta a sua Palavra, procura concretizá-la na vida e consagra a Deus a vida dos seus membros. Maria e José percebem-se como guardiões da vida de Jesus e não os seus donos. «Todos os pais são guardiões da vida dos filhos, não donos, e devem ajudá-los a crescer, a amadurecer» (Papa Francisco).

Nas figuras de Ana e Simeão, Lucas propõe-nos também o exemplo de dois anciãos de olhos postos no futuro, capazes de perceber os sinais de Deus e de testemunhar a presença libertadora de Deus no meio dos homens. É neste encontro e partilha entre gerações que se percorre o caminho da sabedoria, na abertura a Espírito, para o bem de todos, pois «cada vez que as famílias, até aquelas feridas e marcadas por fragilidades, fracassos e dificuldades, voltam à fonte da experiência cristã, abrem-se caminhos novos e possibilidades impensadas» (Papa Francisco). Deus que sempre nos surpreende, e nos dá novas possibilidades de expressar o dom da vida que acolhemos, tornando a vida num dom para os outros.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

O Menino Jesus que nasceu em Belém, continua presente para nós e em nós na Eucaristia

Desafio de Natal

1. Partilha esta mensagem


2. Coloca a imagem do Menino Jesus no teu presépio, e medita nesta mensagem:

Jesus, o Filho de Deus,
faz-se homem para nos envolver plenamente
no amor de Deus por nós.
Jesus é o Deus connosco,
Deus para nós, por nós e em nós.
Eis a beleza e a grandeza do seu
amor insuperável, incondicional, universal:
amor gratuito e fiel,
amor de misericórdia e sem medida,
amor com promessa de eternidade,
que celebramos em cada Eucaristia.
Ao contemplar hoje o Presépio, na sua simplicidade e humildade,
somos convidados a acolher o mesmo Deus connosco
na simplicidade dos sinais do pão e do vinho
pelos quais se faz realmente presente para nós na Eucaristia.
E contemplado a grandeza desta simplicidade,
com os anjos, damos «Glória a Deus nas alturas!»


sábado, 19 de dezembro de 2020

Crianças do 4º catecismo recebem a Bíblia

No culminar do primeiro trimestre de encontros de catequese, o 4º catecismo - "Tu tens Palavras de Vida Eterna" apresenta uma catequese a viver de uma forma diferente. Recordando e trazendo de novo para este encontro toda a caminhada feita, toda ela cheia de sinais e de símbolos, esta última catequese é vivida em ambiente celebrativo: a Celebração de Natal, para acolher Jesus, a Palavra de Deus, o "Cordeiro de Deus". Jesus é a Palavra de Deus que nasceu na nossa realidade humana, para nos falar e dar a conhecer o próprio Deus. Celebrar o Natal é celebrar este Deus que se quer dar a conhecer, que se revela, que se faz próximo e que nos fala. E podemos encontrar a sua Palavra na Sagrada Escritura!


O 4º catecismo, todo ele centrado na descoberta da Bíblia, tem nesta catequese/celebração um dos seus momentos mais importantes ao longo do ano, pois é também neste momento que as crianças recebem dos seus pais ou padrinhos a sua própria Bíblia. Uma verdadeira prenda de Natal: receber a Palavra de Deus é receber Jesus!


Os grupos da paróquia da Calvaria viveram esta catequese, orientada pelos seus catequistas, nos últimos sábados deste trimestre. Na Calvaria, a celebração decorreu no dia 12 de dezembro, na igreja paroquial, e o grupo de São Jorge, a 19 de dezembro, na Capela de São Jorge. As crianças receberam, dos seus pais, no final da celebração, a Bíblia como presente de Natal. A partir de agora, é a sua Bíblia que vão ter consigo em casa e na catequese para continuar a descobrir as "Palavras de Vida Eterna" que Deus nos diz.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Na Eucaristia, Jesus Ressuscitado permanece em nós e vai connosco!

Desafio do 4º Domingo do Advento

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2. ACENDE A QUARTA VELA DA COROA DO ADVENTO

Oração:
Ao escutar o “sim” de Maria, 
que acolheu a missão de ser tua Mãe, 
e reconhecendo a tua presença real na Eucaristia, 
com a qual nos alimentas do teu amor, 
queremos dizer-te “sim”, 
e acolher a missão de viver como irmãos, 
porque partilhamos todos na mesma mesa da Palavra e do Pão. 
A Eucaristia faz-nos crescer como Igreja, comunidade dos teus discípulos, 
unidos a ti, alimentados por ti, 
para levar a tua bênção e paz para a vida no mundo. 
Acolhendo a tua presença real na Eucaristia, 
queremos viver este Natal contigo verdadeiramente Presente. 
Ámen.

Quando Deus pede licença...

20 de dezembro de 2020 | 4º Domingo do Advento
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É sempre assim, este Deus todo-poderoso, que pede licença para entrar... Sem deixar de ousar a proposta, com a delicadeza que Lhe é própria, no respeito pela liberdade dos homens a quem ama, não quer assustar mas envolver num projeto que é conjunto, como são todos os que levam a marca do Amor... E Maria, na sua fragilidade, e com as suas próprias dificuldades, aceita o desafio que vem marcado pelo mistério: «Conceberás e darás à luz um Filho», o «Filho do Altíssimo», porque é pela força do Espírito Santo que ela será Mãe... De facto «a Deus nada é impossível» quando os homens se abrem às possibilidades d'Ele.

E com este «sim» de Maria começa a aventura divina de um Deus feito homem, um Deus em quem bate um coração humano, para que no humano nunca deixe de bater o coração divino, aquele mesmo coração que, rasgado na cruz, continua a ser um convite para que o homem entre, mesmo sem pedir licença...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Crianças do IEJ partilham brinquedos através da Conferência São Vicente de Paulo da Calvaria


Num trabalho de grupo, que envolveu as turmas do Pré-escolar e dos 1º ao 4º anos, do IEJ - Instituto Educativo do Juncal, os alunos fizeram uma recolha de brinquedos para partilhar com outras crianças neste Natal. Na tarde desta quarta-feira, dia 16 de dezembro, uma delegação destes alunos, foi entregá-los à Conferência São Vicente Paulo da paróquia da Calvaria.
Os brinquedos estão agora na Loja Solidária, e disponíveis para que possam alegrar as crianças que  as venham a utilizar, de modo particular neste tempo de Natal.

Em nome das crianças da Paróquia, a Presidente da Conferência São Vicente de Paulo, Fátima Pereira, agradeceu a generosidade e espírito de partilha das crianças do IEJ, e pediu para levar a todas elas um bem-haja com votos de um Santo e Feliz Natal.

Cabazes de Natal para famílias da Calvaria

A Câmara Municipal de Porto de Mós, fez chegar esta quarta-feira, 16 de dezembro, à Conferência São Vicente de Paulo da Paróquia da Calvaria os cabazes de Natal que serão distribuídos pelas famílias que são habitualmente apoiadas por este Movimento, que asseguro o serviço caritativo na Paróquia.

Ao todo, são 54 as famílias que vão receber o o bacalhau, o azeite e o bolo rei, entre outros bens disponibilizados pela Câmara Municipal. A este cabaz, vão juntar-se ainda alguns bens alimentares que chegaram, quer através do Banco Alimentar contra a Fome, quer através da Comunidade que, ao longo destas últimas semanas, desde o Dia Mundial dos Pobres, deixou as suas ofertas no cesto ao fundo da igreja paroquial.

A Conferência apoia ao longo de todo o ano estas 54 famílias da Comunidade. Dinamiza ainda a Loja Solidária, onde as podem procurar roupas, sapatos, brinquedos e outras utilidades. Todos os domingos, faz também a distribuição de alimentos.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Na Eucaristia, Jesus Ressuscitado está realmente presente!

Desafio do 3º Domingo do Advento

1. PARTILHA COM OS TEUS CONTACTOS ESTA MENSAGEM


2. ACENDE A TERCEIRA VELA DA COROA DO ADVENTO

Oração:
Sobre o pão e o vinho, na Missa,
são repetidas as tuas palavras na última ceia, 
“Tomai, todos, e comei: Isto é o meu corpo entregue por vós”;
“Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do meu sangue
derramado por vós e por todos”. 
No teu amor por nós, na hora da despedida,
não nos deixaste uma lembrança, 
uma recordação simbólica, uma imagem… 
deixaste-te a ti mesmo com todo o amor entregue por nós.
Acreditamos que és tu que te fazes presente. 
Nos sinais humildes do pão e do vinho, tu fazes-te realmente presente.
Senhor Jesus, que a luz da tua presença real na Eucaristia nos ilumine sempre, 
acolhendo a maravilha de te ter assim tão presente para nós. 
Ámen.


Vivei sempre alegres!

3º Domingo do Advento | 13 de dezembro de 2020
Leituras | Lectio (texto) | Lectio (áudio) | Comentário | Avisos | Boletim

A segunda leitura deste 3º Domingo de Advento começa com este apelo à alegria, nota que se encontra também na primeira leitura, quando o profeta afirma que exulta de alegria no Senhor, que a sua alma rejubila em Deus.

João Baptista, no Evangelho, é interrogado acerca da sua identidade: «Quem és tu»; e, com segurança, afirma ser a «voz» que clama no deserto: a sua identidade está na sua missão de mostrar presente no mundo Aquele que ainda não é conhecido. O testemunho é, no fundo, a sua identidade e a sua pessoa, e anunciar que está presente a Luz, dar a conhecer esta Boa Notícia, não pode deixar de ser uma fonte de alegria.

A certeza da presença de Jesus Cristo neste mundo, a esperança da sua vinda definitiva, o caminho de renovação interior para O seu acolhimento, a Luz que Ele é para nós, são, no tempo de Advento, fundamento de uma alegria que se faz festa plena no Natal: festa da vida, festa do encontro, festa da partilha, festa da família...

Acolhendo o dom de Deus, vivendo a festa de se deixar encontrar por Ele, talvez, como João, possamos (com alegria) saber dizer-nos a nós próprios de uma forma plena quando nos perguntarem também a nós: «Quem és tu?»


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Grupos Say Yes acolhem ícone de Maria

Na dinâmica dos Grupos Say Yes, os últimos encontros da Etapa 6 - JMJ Manila 1995, são dedicados ao acolhimento do ícone de Nossa Senhora "Salus Populi Romani" (Salvação do Povo Romano). Os grupos da Paróquia receberam-no em duas celebrações: a 2 de dezembro, os grupos de São Jorge; a 9 de dezembro, os grupos da Calvaria.

A 13 de abril de 2003, o Papa João ll, entregou aos jovens alemães o Ícone de Nossa Senhora, para que viajasse junto da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude, por todo o mundo. “Ao lado do Filho estará também a Mãe”, disse nesse dia o Papa, acrescentando: “Queridos amigos, Jesus pede-vos que recebais Maria como Mãe, na vossa casa, que a acolhais entre os vossos bens, porque é Ela quem Vos educa e vos modela até que Cristo esteja plenamente formado em vós”.

Na celebração, recordou-se o que o Papa Francisco disse aos jovens portugueses, a 22 de novembro de 2020, na celebração em que lhes foi entregue o ícone de Nossa Senhora e a Cruz das JMJ:

Se olharmos dentro de nós, veremos que muitas vezes surgem aí duas perguntas diferentes. A primeira: o que me apetece fazer? É uma pergunta que engana frequentemente, porque insinua que o importante é pensar em si mesmo e satisfazer todos os desejos e impulsos que me vêm. Mas a pergunta que o Espírito Santo sugere ao coração é outra: não aquilo que te apetece, mas aquilo que te faz bem. A opção diária situa-se aqui: escolher entre o que me apetece fazer e o que me faz bem. Desta busca interior, podem nascer escolhas banais ou escolhas vitais. Depende de nós. Olhemos para Jesus, peçamos-Lhe a coragem de escolher o que nos faz bem, de caminhar atrás d’Ele pela via do amor. E encontrar a alegria. Para viver, e não para vegetar.

Iluminação de Natal na Calvaria


Neste caminho de Advento, rumo à grande Luz do Natal, associando-se à iniciativa da Junta de Freguesia da Calvaria de Cima, que todos os anos inaugura uma Árvore de Natal no Largo da Igreja a 8 de dezembro, a Paróquia da Calvaria colocou também um Presépio iluminado para marcar esta época natalícia.

No Natal, celebramos Jesus, a Luz do mundo, que veio para iluminar toda a humanidade. É nesse caminho de Luz que acolheremos também a Luz da Paz de Belém que será partilhada na nossa Paróquia nos dias 19 e 20 de dezembro, nas celebrações da Eucaristia. 




Grupos Say Yes em Missão


Os jovens dos grupos Say Yes da Paróquia tiveram, ao longo deste primeiro trimestre, o desafio de realizar uma missão. Foram muitas e variadas as missões realizadas, escolhidas pelos próprios grupos, e depois confiadas aos seus elementos.

Partindo do tema das Jornadas Mundiais da Juventude de 1995, realizadas em Manila, com o tema «Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós» (Jo, 20, 21), este percurso procurou ajudar a perceber que, na vida, somos chamados a assumir missões, e que a missão do cristão é continuar a missão de Jesus Cristo.

Ao fazer uma pequena experiência de missão, cada um foi convidado a sentir-se enviado e, a partir da sua experiência, procurar perceber os sinais de Deus em si mesmo e na missão realizada.

Uma destas missões, foi a de fazer um cabaz de Natal para entregar à Conferência São Vicente de Paulo, para que possa chegar junto de uma família da comunidade. A entrega deste cabaz aconteceu no dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição, na celebração da missa da Calvaria.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Na Eucaristia, Jesus Ressuscitado fala-nos pela sua Palavra!

Desafio do 2º Domingo do Advento

1. PARTILHA COM OS TEUS CONTACTOS ESTA MENSAGEM


2. ACENDE A SEGUNDA VELA DA COROA DO ADVENTO

Oração:


As leituras que escutamos na Missa não são um mero ensinamento: o Pai que está nos céus vem ao nosso encontro, quer conversar com os seus filhos de coração a coração. Deus fala-nos como a amigos para nos convidar à comunhão com Ele.
Acreditamos, por isso, que tu, Jesus, estás presente nessa Palavra que escutamos. E não nos falas no passado, mas no presente e para nós, comunicando-nos a Palavra da Salvação, Palavra de vida eterna.
Senhor Jesus, não nos queremos esquecer nunca: quando na Missa escutamos as leituras, és tu que nos falas, e nós queremos escutar-te, deixar-nos iluminar pela tua Palavra.
Ámen.



«Preparai os caminhos do Senhor»

6 de dezembro de 2020 | 2º Domingo do Advento
Leituras | Lectio (texto) | Lectio (áudio) | Comentário | Avisos | Boletim


No segundo Domingo de Advento, o início do Evangelho de Marcos põe-nos diante do testemunho de João Baptista: as suas palavras, e a sua própria presença, são um desafio para as comodidades e instalações na vida.

Para além do convite a «preparar o caminho do Senhor», o convite à conversão, a repensar e reestruturar a vida de acordo com os critérios divinos, a sua própria atitude põe-nos diante da «essencialidade» da vida – no deserto, comia do pouco que ali se encontrava, vestia frugalmente... Não era uma «cana agitada pelo vento» (oca por dentro), mas um homem preenchido, com sentido. Todo ele, em palavras e em pessoa, é um apelo à conversão, à busca do essencial, ao reorientar do percurso de vida, à desinstalação dos vícios...

Uma «voz» que incomoda, mas que faz bem escutar...

Festa da Luz do 3º catecismo

A noite, com a sua escuridão, é sempre o ambiente escolhido para a celebração da Festa da Luz do 3º catecismo. Uma festa onde se parte do simbolismo da luz, e da sua contraposição com a escuridão, para reviver o sentido do Batismo, sacramento onde se acolhe Jesus como a Luz do mundo, que nos ilumina para n'Ele encontrarmos o caminho seguro a seguir, e com Ele aprendermos a olhar os que nos rodeiam com o mesmo olhar de acolhimento, serviço e amor que Ele tem para connosco.

Foi neste simbolismo que as crianças do 3º catecismo da paróquia da Calvaria viveram esta festa do sábado, 28 de novembro, acompanhadas pelos seus familiares mais próximos. À vela do Batismo, que acenderam no Círio Pascal, o progressivo iluminar da igreja com a chama que eles propagam, a profissão de fé com as velas acesas, juntou-se também a oração do Pai Nosso que receberam e rezaram de forma solene nesta Celebração da Palavra, uma vez que foi precisamente no dia em que teriam celebrado essa festa que todas as celebrações foram cancelas, devido à pandemia.

A marca batismal desta celebração foi também realçada pelos ritos iniciais da apresentação, signação e unção com o óleo dos catecúmenos de uma das crianças desse grupo que se prepara para celebrar o sacramento do Batismo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

«O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!»

29 de novembro de 2020 | 1º Domingo do Advento
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Começamos o tempo de Advento: tempo de espera, mas sobretudo de esperança. Aguardamos e preparamos o Natal. Mas vivemos este tempo para além da comemoração de um acontecimento passado: Jesus nasceu, mas hoje faz-se presente, no caminho que fazemos para a eternidade. Passado - presente - futuro, cruzam-se em nós, para que o Senhor que vem, Aquele para quem caminhamos, esteja já hoje e sempre em nós. Esperança que se torna realidade na sua presença na Eucaristia: Cristo ressuscitado, verdadeiramente presente. Ele faz-se Presente, o maior dom que podemos sempre acolher.

Vigiai: o primeiro domingo deste tempo faz-nos olhar de uma forma particular para o presente, para a vida que é feita agora das nossas opções. E se olhamos para o presente com esperança é porque não esquecemos de onde vimos e para onde vamos: no batismo acolhemos a vida do ressuscitado; de «vela acesa», vigilantes, caminhamos para a ressurreição. Na primeira vela acesa da Coroa de Advento, o sinal de que queremos deixar-nos iluminar por Ele na construção do seu Reino entre nós.

Vigiai: para não deixar passar esta oportunidade de acolher o convite que Ele sempre nos faz: «Na Eucaristia, somos convidados e hóspedes de Jesus Ressuscitado!»

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Celebrar o dom dos 75 anos de vida


O domingo da solenidade de Cristo Rei, 22 de novembro de 2020, foi a data escolhida pelo grupo dos nascidos em 1945 celebrar o dom dos 75 anos de vida, na continuidade do que se realizou no passado ano. A "Festa dos 75" junta todos os que, na paróquia da Calvaria, querem marcar este jubileu natalício com um momento de ação de graças, associando a esta data a invocação do Sagrado Coração de Jesus.

Este ano, juntaram-se 11 aniversariantes, num ambiente que, apesar das restrições provocadas pela pandemia, não deixou de ser vivido em tom festivo, centrado apenas na celebração da Eucaristia, às 15h, na igreja paroquial, na qual se juntaram também alguns familiares, os jovens que animaram a celebração, e elementos da Comissão da Festa em honra de Santa Marta de 2021.

Este ano ficou marcado pela bênção de uma nova bandeira para a Paróquia, com a imagem do Sagrado Coração de Jesus de um dos lados, e a imagem de Santa Marta do outro. Durante a celebração recordou-se também a festa em honra de Santa Marta realizada há 25 asnos, por este grupo, com o prospeto dessa festa, e uma cópia entregue a cada um dos aniversariantes. Recordaram-se também os nascidos em 1945 já falecidos.

Após a celebração, e com todos os cuidados de distanciamento, não se deixou de cantar os parabéns e de entregar uma fatia de bolo a todos os que se juntaram neste dia de memórias e do encontro e convívio possível nestes tempos de maior confinamento.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

O critério do juízo é o amor

22 de novembro | 34º e Último Domingo | Solenidade de Cristo Rei
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O ano pastoral termina com uma parábola em que Mateus que nos coloca perante o Filho do homem na sua glória que, como pastor, separa para um lado os que praticaram as obras de misericórdia, para outro lado os que as não praticaram.

Comentando este texto, escreve D. António Marto: «O critério do juízo é o amor manifestado nas obras da misericórdia». E continua: «Já não se pode separar Cristo dos necessitados, dos pobres. O que se faz de bem a eles, é ao próprio Cristo que se faz. Não os servindo, não se serve a Cristo. Jesus é amado no amor de uns pelos outros. Nesta passagem, Jesus enumera as obras de misericórdia. A salvação ou a ruína passam por estes pequenos/grandes gestos quotidianos. Todos podemos percorrer o caminho das obras de misericórdia, atualizando-as nos dias de hoje. Elas são os sinais postos no caminho do amor». (Chamados à caridade, carta pastoral de 2010).

Ao terminar mais um ano, ao jeito de balanço (mesmo que nestas coisas não haja uma contabilidade muito certa…), entrando dentro do imaginário da parábola, e tendo como referência apenas este último ano, um ano "especial" em que a pandemia nos desafia a um cuidado reforçado aos mais necessitados, o que me diria este pastor-juiz? "Vem, bendito"... ou "afasta-te, maldito"?

sábado, 14 de novembro de 2020

Festa dos Nascidos em 1945

Os nascidos em 1945, que completam 75 anos neste ano de 2020, são convidados para a Festa do Sagrado Coração de Jesus, no domingo 22 de novembro, dia de Cristo Rei.

No atual contexto, poderá apenas ser celebrada a Missa, às 15h, na igreja paroquial em ação de graças, e em sufrágio pelos que já partiram. Será uma oportunidade para o encontro e a celebração do dom da vida neste 75º aniversário.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Recebemos talentos: o que fazemos deles?

15 de novembro de 2020 | 33º Domingo do Tempo Comum
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Quando nos aproximamos do final do ano litúrgico, o Evangelho deste domingo fala-nos de um homem que parte, mas que confia os seus bens (talentos) pelos seus servos. Uma parábola que não deixa de se referir ao próprio Jesus que, ao partir, confia os seus dons aos discípulos, para que deles cuidem e os façam render. E são muitos esses dons: em primeiro lugar o próprio Espírito Santo, o próprio Deus em nós. E todos os outros: a sua Palavra, os Sacramentos, os valores do Evangelho, o mandamento do amor e do serviço, a partilha, o perdão, a fraternidade, as capacidades pessoais de cada um de nós, a comunidade cristã dos discípulos que se reúnem em Igreja...

Quando cuidamos destes dons, e os pomos as render, eles fazem-nos crescer. Mas se os escondemos, podemos até nos esquecer que os temos, e podem deixar de contar para nós. Naturalmente que a parábola dos talentos traz consigo uma chamada de atenção: como estou a cuidar dos dons que Deus me dá? É preciso estar atento, não se deixar cair nas rotinas e comodismos, não podemos demitir-nos de nos envolver na construção do Reino, deixar para os outros aquilo que nos pertence a nós fazer. Não podemos, como diz o Papa na mensagem para o Dia Mundial do Pobre que celebramos neste domingo, ficar "com as mãos nos bolos": é preciso "estender a mão", fazer render os bens que Deus nos deu, colocarmo-nos ao serviço, na certeza de que não estamos sós, e não nos salvamos sozinhos.

Como discípulos de Jesus, não podemos deixar de nos envolver na construção do Reino, para que os dons de Deus cheguem a todos e a cada um. Pode cada um questionar-se: o que me compete a mim fazer?


terça-feira, 10 de novembro de 2020

Recolha de bens alimentares e de higiene

Recolha de bens alimentares e de artigos de higiene no Dia Mundial dos Pobres 2020, na paróquia da Calvaria, de 14 a 22 de novembro.


De 14 a 22 de novembro, na igreja paroquial da Calvaria, estará um cesto para recolher as ofertas que cada um quiser dar, sendo o mais necessário, neste momento, os bens alimentares não perecíveis e artigos de higiene e limpeza. Estes bens são recolhidos pela Conferência São Vicente de Paulo da Paróquia que os fará chegar junto das famílias mais carenciadas da Comunidade.

"Este a tua mão ao pobre" é o tema escolhido pelo Papa Francisco para o IV Dia Mundial dos Pobres, que ocorre no domingo, 15 de novembro. Na mensagem para este Dia, o Papa salienta que foram muitas as mãos estendidas ao longo deste tempo da pandemia, mas que este tempo também mostrou tantos rostos diferentes de pobreza. Estender a mão é um gesto que traz sentido à vida de quem é capaz de ir ao encontro do outro, mas é também "um convite à responsabilidade, sob forma de empenho direto, de quem se sente parte do mesmo destino. É um encorajamento a assumir os pesos dos mais vulneráveis".

A mensagem do Santo Padre para este Dia Mundial dos Pobres pode ser lida AQUI.


segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Crianças do 1º ano acolhidas na Comunidade

Grupo de São Jorge

No início de cada novo ano, a comunidade paroquial é convidada a dar as boas vindas às crianças que iniciam o seu percurso catequético, com a Festa do Acolhimento. Neste ano de 2020, a Paróquia tem inscritas 16 crianças para o 1º catecismo, 10 no centro da Calvaria e 6 em São Jorge. Crianças e pais foram convidados para as celebrações paroquiais dos dias 7 e 8 de novembro. O grupo de São Jorge viveu esta Festa na celebração vespertina de sábado, e o da Calvaria na celebração da manhã de domingo.

Além de se apresentarem à Comunidade, as crianças que agora iniciam a sua caminhada na catequese paroquial, disseram que queriam tornar-se cada vez mais amigas de Jesus e, para isso, ir sempre à Catequese. Os pais, e toda a Comunidade, também se comprometeram a dar um verdadeiro testemunho de vida cristã, e ajudar as crianças a crescer na fé.

Grupo da Calvaria

A partir das leituras do domingo, todos foram convidados a "vigiar", a estar atentos para acolher Jesus que vem ao nosso encontro, e a alimentar a chama da fé com a escuta da Palavra, a catequese, a oração, a Eucaristia... e assim crescer na sabedoria que ilumina a vida, para que ela seja bem vivida, sabendo que Deus quer, para nós, uma vida Boa, Bela, e Feliz!


sábado, 7 de novembro de 2020

Vigiar: um desafio constante

8 de novembro de 2020 | 32º Domingo do Tempo Comum
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Estamos a chegar ao fim do ano litúrgico e, quer ao terminar este ano, que ao iniciar o novo ano (com o início do Advento), quer mais tarde, durante no ano, é recorrente o tema central deste domingo: vigiar!

De facto, a vigilância não é de um momento: é um desafio constante. Não deixar adormecer a caridade, não deixar apagar a chama da esperança, não deixar acabar o azeite da fé...

As jovens prudentes distinguem-se das insensatas porque souberam acumular azeite: a escuta da Palavra, a oração, a vivência da caridade, a união fraterna, a celebração dos sacramentos… são meios ao nosso alcance para que a chama não se apague em nós. Senão, corremos o risco de deixar que o «noivo» (Jesus Cristo) venha, passe junto de nós, e não nos chegarmos a aperceber de que afinal estamos à porta da Festa da Vida e não chagamos a entrar. De facto, como refere a parábola das 10 jovens, não é quem diz “Senhor, Senhor” que entra no Reino, mas aquele que faz a vontade do Pai (Mt 7, 21). Aqueles que Jesus conhece, aqueles que são seus próximos (as suas mães e irmão) são aqueles que escutam a palavra e a põem em prática… (Mt 12, 50)

terça-feira, 3 de novembro de 2020

«Festa da Avé Maria» a terminar o Mês do Rosário


No último dia de outubro, sábado, as crianças do 2º ano da catequese da paróquia da Calvaria viveram a «Festa da Avé Maria». Sendo habitual no encerramento do mês de maio, com as crianças do 1º catecismo, não se realizou da forma habitual devido à pandemia, tendo sido adiada para o final do «Mês do Rosário».

As crianças rezaram o terço junto da imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima da igreja paroquial, e levaram as flores que ficaram como sinal da oferta da sua oração, como lhes foi dito: cada Avé Maria é como uma rosa deste rosário que oferecemos à Mãe do Céu.



sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Também tu és chamado à santidade

Solenidade de Todos os Santos | 1 de novembro de 2020


«ALEGRAI-VOS E EXULTAI» (Mt 5, 12), são as primeiras palavras da Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o chamamento à santidade no mundo atual. É um belo desafio para estes dias, fazer uma leitura destas páginas que nos revelam sempre de novo a beleza com que Deus quer revestir a nossa vida de cada dia...

A partir das Bem-aventuranças, o texto que a Igreja nos convida a meditar na Solenidade de Todos os Santos, o Papa (nº 65 ss.) convida-nos a acolher o desafio à santidade deixado pelo Mestre que é sempre Jesus, que podemos resumir recolhendo a última frase de cada um desses números:

Ser pobre no coração: isto é santidade.
Reagir com humilde mansidão: isto é santidade.
Saber chorar com os outros: isto é santidade.
Buscar a justiça com fome e sede: isto é santidade.
Olhar e agir com misericórdia: isto é santidade.
Manter o coração limpo de tudo o que mancha o amor: isto é santidade.
Semear a paz ao nosso redor: isto é santidade.
Abraçar diariamente o caminho do Evangelho mesmo que nos acarrete problemas: isto é santidade.


Com o título "a ti também", o Papa Francisco deixa-nos esta mensagem que vale a pena ler e meditar (nº 14-16):

Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais.

Deixa que a graça do teu Batismo frutifique num caminho de santidade. Deixa que tudo esteja aberto a Deus e, para isso, opta por Ele, escolhe Deus sem cessar. Não desanimes, porque tens a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, esta é o fruto do Espírito Santo na tua vida (cf. Gal 5, 22-23). Quando sentires a tentação de te enredares na tua fragilidade, levanta os olhos para o Crucificado e diz-Lhe: «Senhor, sou um miserável! Mas Vós podeis realizar o milagre de me tornar um pouco melhor». Na Igreja, santa e formada por pecadores, encontrarás tudo o que precisas para crescer rumo à santidade. «Como uma noiva que se adorna com as suas joias» (Is 61, 10), o Senhor cumulou-a de dons com a Palavra, os Sacramentos, os santuários, a vida das comunidades, o testemunho dos santos e uma beleza multiforme que deriva do amor do Senhor.

Esta santidade, a que o Senhor te chama, irá crescendo com pequenos gestos. Por exemplo, uma senhora vai ao mercado fazer as compras, encontra uma vizinha, começam a falar e… surgem as críticas. Mas esta mulher diz para consigo: «Não! Não falarei mal de ninguém». Isto é um passo rumo à santidade. Depois, em casa, o seu filho reclama a atenção dela para falar das suas fantasias e ela, embora cansada, senta-se ao seu lado e escuta com paciência e carinho. Trata-se doutra oferta que santifica. Ou então atravessa um momento de angústia, mas lembra-se do amor da Virgem Maria, pega no terço e reza com fé. Este é outro caminho de santidade. Noutra ocasião, segue pela estrada fora, encontra um pobre e detém-se a conversar carinhosamente com ele. É mais um passo.


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Celebração da Primeira Comunhão

As celebrações onde as crianças participaram plenamente na Eucaristia pela primeira vez, com a Comunhão Eucarística, foi vivida, pelos grupos da paróquia da Calvaria que começam agora o 4º catecismo, nos dias 17 e 18 de outubro. Após o cancelamento das celebrações, tiveram a oportunidade de viver algumas catequese neste retomar das atividades, celebrar o sacramento da Reconciliação, e por fim a Eucaristia.

O grupo das nove crianças de São Jorge, celebrou na tarde de sábado 17 de outubro, e o grupo das 13 crianças da Calvaria na tarde de domingo, dia 18.

Acompanhadas apenas dos familiares mais próximos, foram convidadas a viver esta maravilha de receber Jesus muitas vezes, para crescer na amizade com Ele e com Ele aprender a "dar a Deus o que é de Deus".

O maior mandamento da Lei

25 de outubro de 2020 | 30º Domingo do tempo Comum
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«Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.»

Santo Agostinho, autor desta célebre afirmação, coloca-nos no coração do amor, aquele mesmo de que fala Jesus no único e duplo mandamento do texto do Evangelho deste domingo: amar a Deus e o próximo como a si mesmo. Viver em encontro-relação-comunhão com Deus, é entrar dentro do Amor em si mesmo, e desse «amor enraizado» só pode sair amor no encontro-relação-comunhão com os outros.

Amar a Deus é amar a Sua imagem presente em cada pessoa; amar cada pessoa, é ver nela a imagem do próprio Deus: o outro é o lugar sagrado no qual se manifesta não apenas um vago sentimento, mas a «tarefa», às vezes «fadiga» de se empenhar pela vida do outro, «não procurando cada um o seu próprio interesse mas o dos outros» (1Cor 10, 24).

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

De César e de Deus

18 de outubro de 2020 | 29º Domingo do Tempo Comum
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«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» - a afirmação que conclui e condensa a o texto do Evangelho deste domingo coloca-nos, por um lado, perante a responsabilidade de estar no mundo, na busca do bem comum, como cidadãos do mundo, fiéis ao Evangelho, guiados pela consciência cristã. Por outro lado, perante a centralidade do «dar a Deus o que é de Deus». E se a moeda tem o rosto de César, o homem, cada pessoa humana, reflete o rosto de Deus, pois à sua «imagem e semelhança» foi criado.

Para além das controvérsias políticas, Jesus centra-nos no essencial: não esquecermos a nossa identidade, e sabermos que tudo o resto faz sentido quando nos ajuda a espelhar o nosso ser e a nossa vocação. Não há qualquer tipo de desprezo pelo mundo e as coisas do mundo: elas servem ao bem comum, à construção da nossa identidade, ao caminho de aperfeiçoamento constante que está nas nossas mãos, enquanto co-criadores com Deus.


terça-feira, 13 de outubro de 2020

Compromisso dos Catequistas da Paróquia

Os catequistas da paróquia da Calvaria fizeram o seu compromisso no início do novo ano catequético. No sábado, dia 10 de outubro, o grupo de São Jorge; no domingo, dia 11, o grupo da Calvaria (na foto).

Este ano, marcado com a pandemia, traz novos desafios para continuar a missão da Igreja de anunciar e testemunhar o Evangelho, comprometendo de modo particular os catequistas que são convidados a ser "discípulos missionários", animando os grupos da infância e adolescência, orientando os catequizandos para o encontro de comunhão e intimidade com Jesus Cristo.

O compromisso foi feito em forma de oração:

Senhor, Tu me chamaste a ser catequista na Tua igreja,
nesta comunidade cristã.
Tu me confiaste a missão de anunciar a Tua Palavra
e de testemunhar, pela minha vida, os valores do Evangelho.
É grande, Senhor, a minha responsabilidade.
Mas, se me escolheste, confio na Tua graça
e no apoio dos pais e de toda a comunidade cristã.
Para servir melhor as crianças e adolescentes que me confiaste, Senhor,
renovo hoje o compromisso de me preparar sempre melhor
para a minha missão, pela oração e celebração,
pela formação pessoal e participação na vida da comunidade.
Faz de mim mensageiro da Tua Palavra,
chama que faz brilhar a luz de Jesus,
testemunha de Cristo no mundo.
Ámen.

domingo, 11 de outubro de 2020

Professar a Fé marca passagem para nova etapa


4 de outubro, domingo, 17 adolescentes que terminaram o percurso dos 6 anos da catequese da infância na paróquia da Calvaria, fizeram a sua Profissão de Fé, de forma solene, na igreja paroquial.

A celebração mais restrita, devido à pandemia, apenas com um pequeno grupo de pessoas a acompanhar cada um deles, foi vivida com a mesma intensidade, tendo sido desafiados a nunca desistirem de fazer o seu caminho de resposta a Deus, pois Deus nunca deixa de vir ao seu encontro.

Esta celebração marca também um início de uma nova etapa da Catequese com os adolescentes que vão ter a oportunidade de viver o percurso Say Yes na preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude em 2023, em Lisboa.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Uma liberdade responsável

11 de outubro de 2020 | 28º Domingo do Tempo Comum
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A parábola do convite para o banquete nupcial, da leitura do Evangelho deste domingo, parte de uma realidade muito humana: a vida que se alimenta (banquete), e o amor que se vive e partilha (o banquete é nupcial). É a vida que está em jogo! É para a Vida que o Senhor convida.

O convite é gratuito, mas compromete quem o recebe, exige uma resposta. É nesta parte que toca a vontade e a responsabilidade da pessoa chamada a participar da Vida: não basta ser chamado, é preciso querer responder e, consequentemente, participar ativamente (a parábola usa a imagem do traje nupcial) sem se deixar cair na indiferença. O convite está feito, qual a resposta que lhe dou?

sábado, 3 de outubro de 2020

A "loucura" da gratuidade de Deus

4 de outubro de 2020 | 27º Domingo de Tempo Comum
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Jesus conta a história de um proprietário que cuida de uma vinha e a entrega a uns vinhateiros. Quando envia os seus servos para receber o que lhe pertence, estes espancam, matam, apedrejam os servos... Perante esse cenário, o proprietário não desiste: envia o seu próprio filho. «O espanto e o escândalo que a atitude do dono da vinha suscita em nós, depois de ter visto tantos dos seus servos sofrerem a violência, de por fim enviar o seu filho, quase subvalorizando o risco, mostra a nossa distância da forma de pensar de Deus, da radicalidade do seu amor, da loucura da sua gratuidade.»

De facto, Deus ama ao ponto de nunca desistir de nós: Jesus é a manifestação disso mesmo. Fica o convite que Ele próprio nos lança de O acolhermos e, seguindo-O, produzir frutos na "vinha" deste mundo, onde somos chamados a fazer suscitar o "vinho" novo da justiça e da paz, da alegria e da verdade, da fraternidade e do amor.


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

António Marto confirmou 15 jovens na Paróquia



27 de setembro de 2020, domingo, o Sr. Bispo presidiu à celebração da Eucaristia na igreja paroquial da Calvaria, durante a qual confirmou os 15 jovens que terminaram o percurso dos anos de catequese na Paróquia.

Numa celebração mais restrita, devido à pandemia, apenas com um pequeno grupo de pessoas a acompanhar cada um deles, foi-lhes dado o dom do Espírito Santo para serem fortalecidos na sua fé, e dela possam dar testemunho na vida de cada dia, "sem medo nem vergonha", como afirmou o Cardeal António Marto durante a homilia.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

O maior milagre é o do arrependimento

27 de setembro de 2020 | 26º Domingo do Tempo Comum
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Uma parábola muito simples: dois filhos convidados a ir trabalhar na vinha; um dá a resposta verbal certa, mas a sua vida contradiz a afirmação; o outro diz não ao pai, mas depois arrepende-se, e faz o que lhe fora pedido. «Qual dos dois fez a vontade ao pai?», pergunta Jesus, e qualquer um sabe a resposta correta...
Mais que palavras e aparências, a vida é o lugar da resposta ao chamamento do Pai: é na vida que a fé se manifesta. É no concreto dos nossos dias que somos chamados a viver a fé.

O que marca a viragem é o arrependimento. Só quando percebeu que agiu mal, dando uma resposta negativa ao pai, é que aquele filho cai em si e muda de atitude: «Quando o pecador se afastar do mal que tiver realizado, praticar o direito e a justiça, salvará a sua vida. Se abrir os seus olhos e renunciar às faltas que tiver cometido, há de viver e não morrerá», escutamos na 1ª leitura deste domingo, nas palavras proféticas de Ezequiel.

De facto, o maior de todos os «milagres» é o arrependimento que leva à conversão. O reconhecimento da nossa realidade pecadora é o ponto de partida para o assumir de um novo rumo. Não para ficar presos em remorsos, desgastados e abatidos pela fragilidade, curvados diante da fragilidade, mas para assumir que o Deus salvador é capaz de nos renovar interiormente e connosco fazer produzir a «vinha».


sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Deus chama a todos, até à última hora

20 de setembro de 2020 | 25º Domingo do Tempo Comum
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Na “injustiça” do proprietário da vinha, na hora do pagamento, revela-se a justiça (pois é Ele que justifica, quem salva, que dá aquilo que, no olhar de Deus, se ajusta a cada um) de Deus que chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, os créditos, as qualidades ou os comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa a forma como se acolhe o seu convite, seja qual for a "hora". Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma a que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela gratuidade.

Se concebemos o nosso encontro e serviço a Deus na base da aquisição de créditos, naturalmente que estaremos sempre em competição com os outros. Mas se vivemos procurando crescer na relação, em gratuidade e amor, então mesmo o “peso” do esforço das horas mais difíceis se torna um «jugo suave e uma carga leve» e perceber a bondade de Deus que chama a todos, até à última hora, é motivo de alegria, de agradecimento, e nunca de contestação e de inveja.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Setenta vezes sete nas contas de Deus

13 de setembro de 2020 | 24º Domingo do Tempo Comum
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Mais que uma conta simples de resolver, esta é a expressão da total gratuitidade, da radical totalidade, falta de limites na capacidade de perdoar de Deus. Se o 7 tem o sentido da totalidade, quanto mais 70 x 7 assume uma perspetiva de plenitude, sem limites, absoluto e ilimitado.

A pergunta que Pedro faz ao Mestre aponta já para um «sem-limite» no perdão. Mas a resposta de Jesus transporta para uma lógica divida, eterna. É nessa lógica que somos convidados a entrar: experienciar e deixar-se transformar pelo acolhimento do amor de Deus para o transportar na relação com os outros.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Somos responsáveis uns pelos outros

6 de setembro de 2020 | 23º Domingo do Tempo Comum
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Na realidade atual onde parece prevalecer o culto do individualismo, onde tudo parece aceitável e tolerável, onde também a vivência da fé parece estar relegada para o campo da interioridade individual de cada um, o Evangelho deste domingo vem de novo reforçar a necessidade de “cuidarmos” uns dos outros, de nos preocuparmos com a “saúde espiritual” do outro.

Somos responsáveis não apenas por nós próprios, mas também por aqueles que temos a nosso lado. Por isso, perante uma atitude que nos possa parecer mais ofensiva, olhando-a com o olhar da caridade de Jesus, o próprio Jesus nos desafia a não ficar parados, deixando que o outro se afaste ou destrua: vai ter com ele a sós. Se não resultar, volta com mais alguns, volta a tentar sempre… Se mesmo assim não se conseguir a reconciliação, vê o outro sempre como alguém a quem és chamado a amar.

A unidade é algo de essencial, tão forte que, vivida na verdade do amor de Jesus, torna Jesus aí presente.

A fé em Deus arranca-nos necessariamente do isolamento: ela torna-nos cúmplices do mesmo Amor que se torna responsabilidade para com o outro, e este cuidar do outro não é deixar passar tudo – é advertência e correção: tarefa que não é para ser vivida como uma afirmação de superioridade ou arrogância por quem a faz, nem de inferioridade de quem a recebe, mas num espaço de mútuo crescimento na caridade.

sábado, 29 de agosto de 2020

Caminhada de preparação de adultos para o Crisma

A partir de outubro de 2020, irá começar, na vigararia da Batalha, um novo percurso de preparação de adultos para o Crisma, ainda com o local e datas por definir.

Destinado a maiores de 18 anos das paróquias da vigararia da Batalha (Aljubarrota, Batalha, Calvaria, Juncal, Pedreiras, Reguengo do Fetal), terá cerca de 20 encontros. Para além dos jovens e adultos que querem preparar-se para celebrar o Crisma no ano de 2021, esta proposta está aberta a outros adultos que desejarem fazer, durante um ano, um percurso de aprofundamento da fé.

As inscrições decorrem até meados do mês de outubro, no cartório da paróquia de residência.

O que é ganhar ou perder a vida?

30 de agosto de 2020 | 22º Domingo do Tempo Comum
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«As palavras de Jesus ao discípulo falam da necessária perda de si, da sua própria vida, para a encontrar (cf. Mt 16,24-26). Exigem, portanto, um renegar de si mesmo, parar de conhecer-se, sair de uma vida auto-centrada, da procura de auto-justificações, para encontrar-se como dom e alcançar, pela graça, a verdadeira vida. Trata-se de uma passagem Pascal da vida como posse e como poder, à vida como dom e graça. É a vida vivida em Cristo e por Cristo, é a vida de Cristo em nós: "Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la" (Mt 16,25). "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida?" (Mt 16,26). O texto deixa antever a situação de todos os homens tentados a possuir, a ampliar o campo de ação para fora de si, a acumular, falhando a vida, perdendo-se. Talvez isso aconteça para não se encontrarem a si mesmos, para não entrarem no doloroso face-a-face consigo.

Seguir Cristo significa colocar a nossa vida na Sua vida, por amor. O que por amor se perde, na realidade não é perdido, mas oferecido. E o que é oferecido por amor é encontrado na relação.» (Texto de Luciano Manicardi)

sábado, 22 de agosto de 2020

E para mim, quem é Jesus?

23 de agosto de 2020 | 21º Domingo do Tempo Comum
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Jesus pergunta aos discípulos «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?» e, depois voltando-se diretamente para os discípulos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»

A opinião dos “homens” não capta a condição única de Jesus, a sua novidade e originalidade. Reconhecem que Jesus é um homem convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão. Olham para Jesus como um profeta, na linha dos grandes profetas da história do Povo de Deus. É muito, mas não é o suficiente. A opinião dos discípulos acerca de Jesus vai muito além da opinião comum. Pedro, porta-voz da comunidade dos discípulos, proclama: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Nestes dois títulos resume-se a fé da Igreja. Dizer que Jesus é “o Cristo” (Messias) significa dizer que Ele é esse libertador que Israel esperava. No entanto, Jesus é também o “Filho de Deus”: significa reconhecer a profunda unidade e intimidade entre Jesus e o Pai, e que Jesus conhece e realiza os projetos do Pai no meio dos homens.

Na resposta, Jesus esclarece que esta fé é um dom de Deus. E, de seguida, nomeia Pedro para “administrador” da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos de Jesus a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade dos discípulos do Reino. Pedro é o protótipo do discípulo: nele, está representada a comunidade que se reúne em volta de Jesus e que proclama a sua fé em Jesus como o “Messias” e o “Filho de Deus”. É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus se confia.

Pedro é feliz, encontra-se a si mesmo e à sua missão, na relação de fé com Jesus. Desse progressivo conhecimento nasceu a capacidade de conhecer Jesus “por dentro”, e por isso O seguiu e por Ele deu a vida. Também no nosso caminho como cristão, e para que esse caminho tenha sentido, se faz ecoar a mesma questão daquele dia: e para mim, quem é Jesus?

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

A fé posta à prova

16 de agosto de 2020 | 20º Domingo do Tempo Comum
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Não é apenas a fé daquela mulher que é posta à prova perante, primeiro, o silêncio de Jesus Cristo e, depois, as respostas duras que parecem querer afastar aquela “estrangeira” que seria indigna da atenção de Deus… É também posta à prova a ideia daqueles que se consideravam os únicos dignos da atenção de Deus, como Povo escolhido e que, na pessoa dos discípulos, se sentem incomodados com a forma como Jesus trata aquela mulher. Jesus, com esta atitude, ajuda-nos a compreender a incompreensibilidade da exclusão e do sectarismo, numa comunidade que é convidada a ser “Católica” (universal), aberta à totalidade da diversidade humana.

Mas esta cena narrada por Mateus ajuda-nos a perceber que a fé é, também, uma confiança que se deixa pôr à prova perante os “silêncios de Deus” e as respostas que (por vezes) nos possam parecer contrárias às expectativas geradas. Convida-nos a olhar a fé não como algo adquirido pelo facto de se fazer parte de um certo grupo humano onde socialmente se celebram algumas "festas" dentro das “tradições” locais, que fazem afirmar os "direitos" de quem tem "todas as comunhões", mas como uma relação de confiança que constantemente se constrói.