Programa da Paróquia

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Dar espaço para a misericórdia de Deus

27 de outubro de 2019 | 30º Domingo do Tempo Comum
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Para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros, Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano. O primeiro, sem dúvida um homem recto, que faz tudo bem feito, que faz da sua oração o sumário das suas boas ações. o segundo que tem a humildade de reconhecer a sua condição de pecador diante de Deus... O primeiro que não tem necessidade de Deus, porque se basta a si mesmo nas suas qualidades. O segundo que percebe o quanto precisa de acolher o amor e o perdão de Deus.

Mas não esqueçamos o início: para os que se consideram justos e desprezam os outros, Jesus diz, com esta história, que a oração, a relação com Deus, não se faz sem uma atitude de um olhar misericordioso também para com o outro. E que Deus, que é o cento da parábola, tem um olhar de misericórdia, capaz de justificar quem se quer deixar justificar por Ele. Humildes diante de Deus, pois é sempre Ele quem nos dá a salvação, aprendemos também a humildade com os outros, com quem vamos procurando acertar no caminho a percorrer.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

"Jesus e o amigo"

Ao entrar na igreja paroquial da Calvaria, por cima do sacrário, encontramos agora um quadro... Não é muito grande, mas no lugar em que está não passa despercebida. Fica o convite a aproximares-te para olhares para este ícone que o Sr. Bispo entregou a cada paróquia, no início deste segundo ano do biénio pastoral dedicado aos jovens.

É uma imagem que se encontra também em Taizè, uma comunidade ecuménica, em França, onde todos os anos se reúnem muitos jovens para passar uma semana com os Irmãos, participando nos trabalhos da Comunidade e nos seus espaços de oração. Foi também de lá que veio o conjunto de cerâmica azul (cálice, patena, galhetas...) que temos usado nas celebrações ao domingo.

Para saberes um pouco mais sobre o sentido desse ícone de "Jesus e o amigo", deixo as palavras do Bispo na sua recente mensagem aos jovens:

«Juntamente com esta mensagem entrego também um ícone, ou seja, um quadro, que segundo a tradição cristã oriental é sinal de que Deus está presente a nós e nos transmite uma mensagem. Ofereço este ícone a cada paróquia. É conhecido como o ícone de “Jesus e o amigo”, ou “ícone da amizade” ou ainda “ícone do abraço”. Nele está representado Jesus a abraçar alguém, como que a indicar-lhe o caminho, inspirando-lhe confiança para seguir a vida com fé e determinação. Gostaria que este ícone ficasse na tua igreja paroquial num lugar de destaque, ao longo deste ano.»

Rezar sem desanimar

20 de outubro de 2019 | 29º Domingo do Tempo Comum
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Jesus parte de uma parábola de um juiz iníquo que, para deixar de ser «atormentado» pela viúva, se prontifica a ouvir os seus pedidos... Uma parábola sobre a «necessidade de orar sempre, sem cessar», diz o início do texto. Se um tal juiz faz a vontade da viúva, conclui Jesus, «Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite?»

O realce é posto na «justiça», não segundo uma lógica humana, mas na lógica divida: a justiça de Deus revela-se no seu amor, Deus é justo quando a sua ação é ajustada ao seu ser, é justo quando ama. E o mais alto grau da justiça de Deus é o perdão, porque aí se manifesta totalmente gratuito...

Orar sem cessar para, aí, no encontro com Deus, compreender cada vez mais a sua justiça, a sua capacidade de amar e perdoar... Esses, os «eleitos», rezam sem cessar: "Dá-me o teu amor, o teu Espírito Santo, para que Ele ajuste toda a minha vida ao teu amor... Perdoa os meus pecados!». E esta oração, Deus atende-a sem tardar...

sábado, 12 de outubro de 2019

Acolher e agradecer a presença de Deus

13 de outubro de 2019 | 28º Domingo do Tempo Comum
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É Jesus quem nos pode restituir a beleza da vida: Ele, que cura os dez leprosos, é quem tem a capacidade de nos purificar das nossas «lepras» - se o caminho de uma vida bela, bem vivida, feliz e cheia de sentido, é fruto das nossas opções pessoais, não deixa de ser também um dom a pedir constantemente: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós», pediram os leprosos. A mesma oração confiante podemos e devemos nós mesmo fazer. A «cura» é um dom gratuito de Deus que pega na nossa vida e a enche da sua graça, para que ela, de facto, tenha graça ao ser vivida.

O caminho da fé é feito de acolhimento e de agradecimento: é parte da «boa educação» saber agradecer, agradecer porque a vida é feita na relação, e o que somos e temos é fruto de um esforço conjunto em que tanto recebemos dos outros, e tanto recebemos de Deus! Sabermos olhar, com verdade, para o que somos e temos, e sermos agradecidos pelos dons que em cada dia, enchem a nossa vida de «pequenos nadas» que a tornam bela. O texto do Evangelho é também um convite a educar o olhar para ver o belo e agradecer por isso. E quando temos um olhar capaz de ver as «curas», o belo que nos rodeia, quando somos agradecidos, a vida ganha cada vez mais «graça»!

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

«Aumenta a nossa fé...»

6 de outubro de 2019 | 27º Domingo do Tempo Comum
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No caminho para Jerusalém, Jesus vai apresentando as exigências do caminho: ser seu discípulo implica a vida toda, implica ter em primeiro lugar o "Reino"... Disso nos foram falando os textos do Evangelho dos últimos domingos. Perante tudo isso, os Apóstolos dizem a Jesus: «Aumenta a nossa fé». A reação normal: para aderir ao projeto do "Reino" anunciado por Jesus é preciso estar de «alma e coração», e isso só acontece quando se ama de verdade - a "fé" que os Apóstolos pedem é esta adesão, este amor, este confiar-se totalmente, o lançar-se nos braços de Deus, capaz de tudo (como recorda a amoreira...).

Aumentar a fé, é aumentar o amor: «Só o Amor é digno de fé»... E no amor não há domínio sobre o outro, mas a humildade de quem recebe e se dá, como um "servo inútil" que faz o que deve fazer, não para se elevar a si mesmo, mas para que Deus se faça presente no mundo.