Programa da Paróquia

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Relação, confiança, seguimento

25 de abril de 2021 | 4º Domingo da Páscoa
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O que distingue o mercenário do pastor é a relação que eles têm com as suas ovelhas. Para o pastor, cada ovelha é única aos seus olhos, e cada uma delas reconhece o seu pastor. Ele está pronto a tudo para que as suas ovelhas vivam, indo mesmo ao ponto de arriscar a sua própria vida. Ele cuida até das que não são do seu rebanho. O mercenário, pelo contrário, importa-se mais com o seu próprio lucro do que com o bem das ovelhas.

Jesus, que se compara ao bom pastor, vive esta relação como reflexo da sua relação com o Pai: “conheço as minhas ovelhas... do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai”. Quer levar para a humanidade a própria relação e comunhão Trinitária.

O pastor só tem sentido se ligado a um rebanho. Assim é Jesus: Ele “conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas conhecem-no”. Elas “contam verdadeiramente para ele”. Ele ama as ovelhas e cuida delas. Vigia-as. Condu-las a boas pastagens, dando-lhes o bom alimento da Palavra de Deus. Ele vai ao ponto de dar a sua vida pelas suas ovelhas. E porque se sentem assim cuidadas, seguem. O seguimento vem da confiança, e a confiança da relação.

Neste domingo em que os cristãos são convidados a rezar pelas vocações, que a sua oração seja dirigida, em primeiro lugar, para o único Pastor, Jesus Cristo. Depois, que se peça para que Ele dê à sua Igreja pastores que procurem conhecer cada vez melhor a humanidade, amá-la, e que tenham o cuidado de sair ao encontro dos que estão mais distantes. E que a todos ajude a viver a vocação no serviço aos irmãos.




sexta-feira, 16 de abril de 2021

«São José: o sonho da vocação»

SEMANA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
Mensagem do Papa Francisco para o Dia Oração pelas Vocações, a 25 de abril de 2021, Domingo do Bom Pastor.

Neste ano especialmente dedicado a São José, por ocasião dos 150 anos da sua declaração como Padroeiro da Igreja Universal, o Papa parte da sua figura paterna para nos falar das vocações, destacando 3 palavras: sonho, serviço e fidelidade. De 18 a 25 de abril, decorre esta Semana de Oração que convida os cristãos a rezar pelas vocações.


Tocar e ver o Corpo de Jesus ressuscitado

18 de abril de 2021 | 3º Domingo da Páscoa
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A surpresa da manhã de Páscoa é envolvida por um misto de sentimentos. Ao anúncio das mulheres, juntara-se o de Simão e, agora, o dos discípulos de Emaús. Na comunidade afirmava-se já que “realmente o Senhor ressuscitou” (Lc 24, 34). Mas quando Jesus se apresenta no meio deles, o Evangelho fala-nos de espanto e de medo, de alegria e admiração, de julgarem “ver um espírito”… O caminho da fé dos primeiros discípulos é percorrido por esta complexidade. Pela dúvida e pela alegria dessa tão grande novidade que parece quase impossível de nela acreditar!

É neste ambiente que São Lucas insere todos os elementos sensíveis que nos lançam para uma experiência “palpável” da presença do Ressuscitado. Não é um “fantasma”, fruto da ilusão ou imaginação, mas o mesmo Jesus que tinha percorrido com eles os caminhos da Palestina, com as marcas da crucifixão, que pode ser visto e tocado na realidade nova do seu corpo ressuscitado. Continuidade e descontinuidade unidas no corpo glorioso de Cristo.

Ao comentar este texto, diz-nos o Papa Francisco: «A insistência de Jesus sobre a realidade da sua Ressurreição ilumina a perspetiva cristã sobre o corpo: o corpo não é um obstáculo, nem uma prisão da alma. O corpo é criado por Deus, e o homem só é completo em união de corpo e alma. Jesus, que venceu a morte e ressuscitou em corpo e alma, faz-nos entender que devemos ter uma ideia positiva do nosso corpo. Ele pode tornar-se ocasião ou instrumento de pecado; contudo, o pecado não é provocado pelo corpo, mas pela nossa debilidade moral. O corpo é um dom maravilhoso de Deus, destinado, em união com a alma, a manifestar plenamente a imagem e a semelhança d’Ele. Portanto, somos chamados a ter grande respeito e cuidado do nosso corpo e do corpo dos outros» (Angelus, 15 de abril de 2018).

Por fim, o texto sugere-nos que é no encontro com o Ressuscitado, com Ele no centro da comunidade cristã, que se compreendem as Escrituras: é no seu Espírito que se entra de verdade no sentido da Palavra, e se acolhe a missão de ser testemunha.

sábado, 10 de abril de 2021

O desafio da fé no Ressuscitado

11 de abril de 2021 | 2º Domingo da Páscoa
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O acreditar, a fé, é sempre um confiar-se para além do que se toca e vê... Para lá das provas cientificamente comprováveis, um lançar-se com a razão, o afeto e a vontade, nos braços do Mistério onde apenas por dentro se compreende o sentido, e dá sentido...

Tomé é tão vizinho do homem moderno, que quer tocar para acreditar... Ele teve a ousadia de não se fechar nas dúvidas, mas de se abrir à resposta no lugar onde as poderia encontrar: oito dias depois, na comunidade crente, é capaz então de ver, de «tocar» de uma outra forma, a presença viva de Jesus.

E Jesus faz-se realmente presente, «oito dias depois», quando, no ritmo dominical, a Igreja se volta a reunir para, no testemunho da unidade, no perdão pedido e assumido, na Palavra escutada e atualizada na vida, no Pão consagrado e partilhado, se celebra o Mistério desta mesma Presença constante do amor de Jesus que não cessa de nos dar a paz e de soprar sobre nós o mesmo Espírito de Amor que inflamou os discípulos desde a primeira hora.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Jesus envia-nos a anunciar a alegria da ressurreição

4 de abril de 2021 | Domingo da Páscoa da Ressurreição
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"Se ontem [Sexta-feira Santa], com as mulheres, contemplamos «Aquele que trespassaram», hoje, com elas, somos chamados a contemplar o túmulo vazio e ouvir as palavras do anjo: «Não tenhais medo! Ressuscitou». Esta é a base e a força que temos, como cristãos, para gastar a nossa vida e o nosso ardor, inteligência, afetos e vontade na busca e, especialmente, na criação de caminhos de dignidade. «Não está aqui... Ressuscitou!». É o anúncio que sustenta a nossa esperança e a transforma em gestos concretos de caridade.

Celebrar a Páscoa significa voltar a crer que Deus irrompe sem cessar nas nossas vicissitudes, desafiando os nossos determinismos uniformizadores e paralisantes.

A pedra do sepulcro desempenhou o seu papel, as mulheres fizeram a sua parte, agora o convite é dirigido mais uma vez a ti e a mim: convite a quebrar os hábitos rotineiros, renovar a nossa vida, as nossas escolhas e a nossa existência; convite que nos é dirigido na situação em que nos encontramos, naquilo que fazemos e somos; com a «quota de poder» que temos. Queremos participar neste anúncio de vida ou ficaremos mudos perante os acontecimentos?

Não está aqui, ressuscitou! E espera por ti na Galileia, convida-te a voltar ao tempo e lugar do primeiro amor, para te dizer: «Não tenhas medo, segue-Me»."


Desafio para o Domingo de Páscoa
Coloca um ramos de flores junto da Bíblia, do catecismo, do coração, da semente e da cruz no teu “Canto da Palavra” em casa, e acende a vela.

Escuta e acompanha um momento de oração que podes encontrar AQUI.

Para os mais pequenos, está disponível uma proposta AQUI.

Senhor Jesus,
hoje escutamos e celebramos
a maior boa notícia de todos os tempos:
Tu estás vivo, ressuscitaste, o túmulo está vazio!
Acolher a tua presença, escutar a tua Palavra e seguir o teu exemplo
é o caminho da vida eterna,
dessa vida boa, bela e feliz que queres partilhar connosco.
Ajuda-nos a vencer todos os medos
e a viver na certeza de que vais sempre à nossa frente.
Envia-nos e faz de nós testemunhas da tua ressurreição.

Nós te pedimos pelas crianças e adolescentes da catequese e suas famílias, para que, acolhendo a Boa Nova da ressurreição, sejam testemunhas da vida e da esperança no mundo.

Ao longo desta semana, temos o desafio rezar o texto do Evangelho deste domingo, e partilhar uma mensagem pelo telemóvel ou nas redes sociais, inspirada no que hoje escutámos:

«Na Eucaristia, Jesus envia-nos a anunciar a alegria da ressurreição!»

Alargar o "Canto da Palavra" para fora de casa: à porta de casa, no exterior, coloca uma cruz ornamentada com flores (brancas). Estas cruzes podem ser fotografadas e partilhadas nas redes sociais.