Programa da Paróquia

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Olhar as nossas opções à luz das de Jesus

26 de fevereiro de 2023 | 1.º Domingo da Quaresma
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Depois do batismo, e antes de iniciar o anúncio do Evangelho, contam os evangelhos que Jesus passa quarenta dias no deserto e é tentado. Este é um texto programático que nos fala das opções de Jesus: não escolhe um caminho de realização material, não opta pelo êxito fácil, não quer o poder… Jesus é o Messias que vem numa atitude diferente: de entrega, de serviço, de obediência à vontade do Pai.

A tentação é sempre sedutora: e como seria tão mais «certo» e «fácil» se Deus se impusesse, poderíamos até pensar. Quantas vezes não queremos um Deus que resolva as nossas questões materiais, que demonstre todo o seu poder em magníficos milagres, que mude as formas de viver e de pensar das (outras) pessoas e acabe com todas as injustiças do mundo…?!

Mas o Deus de Amor, assumido e revelado em Jesus Cristo, não segue estas lógicas. E faz-nos também pensar naquilo que são as seduções/tentações que nos cercam e que, tantas vezes, parecem o melhor caminho… Faz-nos pensar que também nós somos convidados ao serviço, à entrega, a fazer-nos pequenos, indo ao encontro do outro como um dom, escutando o dom da palavra de Deus.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Cinzas marcam início da Quaresma


Esta quarta-feira, dia 22 de fevereiro, começa o tempo da Quaresma, 40 dias que nos preparam para a grande solenidade da Páscoa. As cinzas, no início desta caminhada, recordam-nos não apenas a nossa fragilidade, que sempre desafia à conversão, mas também a renovação pascal que da morte faz brotar a vida.

Às 19h30 haverá a celebração da Eucaristia com a imposição das cinzas, na igreja paroquial da Calvaria.

Esta Quarta-feira de Cinzas traz também o convite a marcar este “tempo oportuno” da Quaresma com os sinais da oração, do jejum e da esmola. Pela oração, aprofundar o encontro com o Deus que nos renova, e nos ajuda a olhar mais profundamente para nós mesmos para sabermos deixar-nos purificar (o jejum é expressão deste deixar de lado o que está a mais, da renúncia ao supérfluo) e a estarmos mais atentos aos outros, pela partilha (ou esmola).

O que poupamos, aquilo a que renunciamos, somos convidados a partilhar na chamada renúncia quaresmal. O que entregarmos, juntamente com todos os outros fiéis da nossa diocese de Leiria-Fátima será, este ano, entregue metade para apoio às vítimas do sismo da Síria e na Turquia, e a outra metade para ajuda à Igreja na Ucrânia, vítima da guerra.

O Papa Francisco escreveu para esta Quaresma uma mensagem com o tema «Ascese quaresmal, itinerário sinodal», que pode ser lida AQUI.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Um caminho de amor

19 de fevereiro de 2023 | 7.º Domingo do Tempo Comum
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O ponto de partida de Jesus é sempre o Amor de Deus. É com essa referência que termina o texto do Evangelho que escutamos neste Domingo: «sede perfeitos, como o vosso pai celeste é perfeito». Continuamos no monte das bem-aventuranças a escutar Jesus que fala aos seus discípulos, dando-lhe os mandamentos que vão completar a Lei recebida no alto de um outro monte, por Moisés. E o que Jesus diz parece ser de uma exigência a toda a prova: oferecer a outra face, amar os inimigos, rezar pelos que nos perseguem... Será possível?

Jesus propõe este caminho porque sabe que é possível: é esse o amor que Deus vive, é essa a vida que Ele próprio assume. Não se trata de uma utopia, mas de uma realidade que pode encarnar na vida daqueles que se deixam amar por Deus e iluminar pela sua divina lógica. Caminho de «perfeição» que revoluciona aqueles que a assumem como projeto de vida, que desafia a ousar mais, a não se deixar envolver pelas lógicas mundanas, a olhar mais alto, a encontrar o paradigma no Deus que nos criou à sua imagem e semelhança.

O ponto de partida é sempre o Amor de Deus. E o ponto de chagada também. Viver a vida entre estes dois pontos só faz sentido também no Amor. Mesmo que nem sempre se consiga, deixar-se envolver pelo Amor de Deus para o desejar sempre mais...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Casais dos Matos celebrou Padroeira


No domingo 12 de fevereiro, a comunidade dos Casais de Matos reuniu-se para a celebração festiva da sua Padroeira, Nossa Senhora da Guia. O momento de encontro começou com o almoço, no Salão de Convívio dos Casais de Matos, com a presença de muitos dos habitantes do lugar, e mais familiares. Às 16h, a igreja tornou-se pequena para todos os que quiseram celebrar a Eucaristia, nesta época que era marcada pela partida dos resineiros para os trabalhos fora da terra, e na qual se pedia a proteção e auxílio de Nossa Senhora.

Após a celebração, na qual se salientou que o título de "Guia" tem o sentido de nos deixarmos encaminhar por Maria, que nos encaminha sempre para Jesus, a Luz que verdadeiramente devemos procurar deixar que ilumine a nossa vida, pela sua palavra e ação, realizou-se uma pequena procissão com o andor da Padroeira.


Seguiu-se a apresentação do projeto de restauro interior da igreja, pelo Arq. Humberto Dias. No centro da ideia apresentada, está precisamente o mundo dos resineiros e dos pinhais: o altar, pensado como um "pinhal" de 12 pilares, que sustenta a mesa do altar; o ambão, continuando a ideia do "pinhal", de quatro pilares, tantos quanto os Evangelistas; as paredes parcialmente forradas a madeira; e a porta mais aberta para acolher e enviar.

A tarde continuou em convívio, também com as tradicionais filhoses e café da avó.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Uma lei que se vive "por dentro"

6.º Domingo do Tempo Comum | 12 de fevereiro de 2023
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Depois das bem-aventuranças e de afirmar que os discípulos são sal e luz, Jesus concretiza a forma de viver de quem acolhe a Palavra e se torna construtor do «Reino». No Evangelho deste domingo, temos quatro indicações concretas: na relação com as outras pessoas, não apenas «não matar», mas construir uma relação no perdão, na não-violência, na compreensão; não apenas «não cometer adultério», mas educar o coração e a ação, a partir do seu mais íntimo, para o respeito pelo outro e pelas opções assumidas; não cultivar aquilo que possa separar os esposos na sua relação, mas procurar trazer para a vida a imagem e semelhança de Deus, tal como a pessoa foi criada; não levantar qualquer suspeita, de tal forma que a palavra dada seja honrada em todo o momento.

Na proposta de Jesus não se trata de ter uma lista do que se pode ou não fazer, do que é ou não é pecado, mas assumir uma atitude interior de relação com Deus que passe para a vida concreta: uma lei que se vive por dentro, e por isso se torna também exterior.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Novos acólitos iniciam a sua missão

No domingo 5 de fevereiro, três jovens acólitos, o Guilherme, o João e o Lucas, que fizeram a sua caminhada de preparação, reiniciaram o Grupo dos Acólitos da Calvaria. Durante os meses de dezembro e janeiro, tiveram encontros de preparação e começaram a ajudar nas celebrações da Missa na igreja paroquial. Depois deste tempo, foram agora admitidos no Grupo dos Acólitos.

Depois do seu compromisso de servir com alegria a assembleia do Povo de Deus, realizando os serviços que lhes forem atribuídos, durante as celebrações, junto ao altar, e de o fazerem com interesse e zelo, foram ajudados pelas suas mães a vestir as túnicas e subir para junto do altar, onde desempenharam de imediato as suas funções.

Este é o primeiro grupo que se preparou para este serviço na comunidade após a pandemia, esperando que possa também servir de motivação para que outros se possam ir juntando ao Grupo.

Paróquia celebrou Apresentação do Senhor com bênção das crianças e das mulheres grávidas


No dia 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor, as famílias foram convidadas a fazer como os pais de Jesus, apresentando os seus filhos pequenos a Deus. E foram muitos os que acolheram este convite: no adro da igreja, as famílias reuniram-se para levar uma flor para o andor de Nossa Senhora e fazer a bênção das velas, com que se inicia esta celebração, conhecida, por isso, como Nossa Senhora das Candeias. O andor seguiu depois, com todos os presentes, para a igreja onde se escutou a profissão de fé de Simeão que, ao acolher Jesus no Templo, reconheceu naquele Menino a "Luz das Nações", Aquele que vem para iluminar toda a humanidade e a envolver na Luz de Deus.

Após a homilia, respondendo ao convite que foi feito também às mulheres grávidas, foram seis aquelas que se apresentaram e para as quais se pediu a Deus que encha de alegria o seu coração e as conserve saudáveis, juntamente com os seus filhos que estão para nascer.

Seguiu-se a bênção das crianças pequenas, pedindo a Jesus, Ele que revelou sempre um grande amor às crianças, que guarde sempre estas crianças e as suas famílias.

No final da celebração, os pais rezaram pedindo a Maria a sua proteção para os filhos e, num gesto de oferta, levaram as suas velas junto do andor de Nossa Senhora, e aí as deixaram acesas em sinal da entrega na mãos de Deus, por intercessão de Maria.

A celebração contou com a colaboração da Conferência São Vicente de Paulo que organizou a procissão e preparou as velas e os convites às famílias. E, como habitualmente, disponibilizou filhoses no final da Missa.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Ser sal da terra e luz do mundo

5.º Domingo do Tempo Comum | 5 de fevereiro de 2023
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Depois das bem-aventuranças, Jesus continua o "discurso da montanha" afirmando que os discípulos são sal e luz. O sal, que dá sabor à comida e conserva os alimentos, é sinal desse «sabor» novo que os cristãos, pela vivência das bem-aventuranças, são chamados a trazer ao mundo, essa «pequena pitada» que é capaz de trazer um sabor novo à vida; o sal que conserva no meio de tantos sinais menos bons, a presença do «reino» que Jesus veio inaugurar...

A luz que, como a cidade no alto do monte ou a candeia sobre o candelabro, não é para se esconder: não que o cristão deva procurar exibir-se, mas que seja capaz de provocar com gestos proféticos, de assumir as responsabilidades na renovação constante do mundo, de deixar que, através da sua ação, a Luz de Deus continue a brilhar no tempo presente.