Programa da Paróquia

sábado, 27 de julho de 2019

Amar e servir a Deus e aos nossos irmãos com as mãos de Marta e o coração de Maria

No passado dia 21 de julho de 2019, domingo, quando o Evangelho do dia narra o acolhimento de Jesus na casa de Marta e de Maria, o Papa Francisco, no Angelus, partilhou a seguinte reflexão:

Vélazquez, Jesus em casa de Marta e Maria
No trecho deste domingo, o Evangelista Lucas narra a visita de Jesus à casa de Marta e Maria, irmãs de Lázaro (cf. Lc 10, 38-42). Elas recebem-no e Maria senta-se aos seus pés para o ouvir; deixa o que estava a fazer, para estar perto de Jesus: não quer perder nenhuma das suas palavras. Tudo deve ser posto de lado porque, quando Ele nos vem visitar na nossa vida, a sua presença e a sua palavra vêm antes de tudo. O Senhor surpreende-nos sempre: quando realmente nos pomos à sua escuta, as nuvens dissipam-se, as dúvidas cedem lugar à verdade, os receios à serenidade e as diferentes situações da vida encontram a posição certa. Quando vem, o Senhor resolve sempre as coisas, também as nossas.

Nesta cena de Maria de Betânia aos pés de Jesus, São Lucas mostra a atitude orante do crente, que sabe estar na presença do Mestre para o ouvir e para se pôr em sintonia com Ele. Trata-se de fazer uma pausa durante o dia, de se recolher em silêncio, por alguns minutos, para dar espaço ao Senhor que “passa” e para encontrar a coragem de permanecer um pouco “à parte” com Ele, para depois voltar, com serenidade e eficácia, às situações da vida de todos os dias. Elogiando o comportamento de Maria, que “escolheu a melhor parte” (v. 42), Jesus parece repetir a cada um de nós: “Não te deixes dominar pelas coisas a fazer, mas antes de tudo ouve a voz do Senhor, para cumprir bem as tarefas que a vida te confiar”.

Depois há a outra irmã, Marta. São Lucas diz que foi ela quem acolheu Jesus (cf. v. 38). Talvez Marta fosse a mais velha das duas irmãs, não sabemos, mas certamente esta mulher tinha o carisma da hospitalidade. Com efeito, enquanto Maria ouve Jesus, ela está totalmente ocupada com os numerosos serviços. Por isso, Jesus diz-lhe: “Marta, Marta, estás inquieta e perturbada com muitas coisas” (v. 41). Com estas palavras, Ele certamente não tenciona condenar a atitude de serviço, mas sobretudo a ansiedade com que às vezes ele é vivido. Também nós compartilhamos a preocupação de Santa Marta e, seguindo o seu exemplo, propomo-nos fazer com que, nas nossas famílias e comunidades, se viva o sentido de hospitalidade e fraternidade, para que todos possam sentir-se “em casa”, especialmente os pequeninos e os pobres quando batem à porta.

Portanto, o Evangelho de hoje recorda-nos que a sabedoria do coração consiste precisamente em saber conjugar estes dois elementos: contemplação e ação. Marta e Maria indicam-nos o caminho. Se quisermos saborear a vida com alegria, devemos associar estas duas atitudes: por um lado, “estar aos pés” de Jesus, para o ouvir enquanto Ele nos revela o segredo de tudo; por outro, estar atentos e prontos na hospitalidade, quando Ele passa e bate à nossa porta, com o rosto do amigo que tem necessidade de um momento de conforto e fraternidade. É necessária esta hospitalidade!

Maria Santíssima, Mãe da Igreja, nos conceda a graça de amar e servir a Deus e aos nossos irmãos com as mãos de Marta e o coração de Maria para sermos artífices de paz e de esperança, permanecendo sempre à escuta de Cristo. E isto é interessante: com estas duas atitudes, seremos artífices de paz e de esperança.

In: VATICAN.VA

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Pedir, pedir, pedir...

28 de julho de 2019 | 17º Domingo do Tempo Comum
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Os discípulos de Jesus encontram-n'O tantas vezes a rezar que acabam por lhe pedir: «Senhor, ensina-nos a orar»... E Jesus ensina certamente a sua própria oração. O Pai Nosso é a oração de Jesus, aquela que Ele reza, que Ele vive, que Ele ensina...

Depois, Jesus insiste no pedir: pedir, procurar, bater à porta... com confiança, sem desânimo, porque «o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem»... Pedir, sobretudo, o melhor que temos para receber: o próprio Deus em nós, no seu Espírito.

Deus não precisa da nossa insistente oração. Somos nós a ter necessidade dela para a imprimir nas fibras da nossa mente e do nosso corpo, para aumentar o nosso desejo e a nossa expectativa, para dizer a nós próprios a nossa esperança.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

A melhor parte, entre os afazeres da vida

21 de julho de 2019 | 16º Domingo do tempo Comum
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Marta e Maria são irmãs e acolhem Jesus em casa. Marta preocupa-se em ter tudo preparado para que Jesus se sinta bem acolhido: refeição, alojamento... Maria preocupa-se em ter tempo para o encontro, a escuta... para que Jesus se sinta bem acolhido. Em ambas a mesma preocupação, vivida de formas tão diversas. E a palavra de Jesus que vai alertar para aquilo que "não é tirado" porque permanece para sempre - a Palavra que, escutada, faz encontrar o sentido de toda a vida.

Entre os muitos afazeres e preocupações, é importante não perder a direção, o sentido do que se faz e para que se faz. E para fazer bem, é tão importante que esta luz não se apague. Maria, aos pés de Jesus, encontra a "melhor parte", e faz-nos recordar, entre todos os afazeres e preocupações da vida, que neste encontro verdadeiro com Jesus tudo será feito preenchido de sentido.

Paróquia foi em passeio a Tomar e Dornes

No passado sábado, dia 13 de julho, a paróquia da Calvaria teve o seu passeio anual, este ano com destino a Tomar e Dornes. Foram cerca de 110 os participantes nesta iniciativa que procura juntar a cultura, o convívio e a partilha, criando laços entre os paroquianos, nomeadamente aqueles que se dedicam aos diversos serviços dentro da dinâmica paroquial.

A primeira paragem foi no Convento de Cristo, onde se pôde apreciar toda a beleza e grandiosidade daquele espaço. Seguindo para o centro da cidade de Tomar, dois pontos foram especialmente visitados: a Sinagoga e a Igreja de São João Batista. A manhã terminou com o piquenique na Mata dos Sete Montes, ainda no centro de Tomar.

Depois, durante a tarde, segui-se a viagem para Dornes onde houve tempo livre para descansar, mergulhar nas águas da barragem, fazer um passeio de barco... escutar a música de um interessante conjunto instrumental que nos presenteou com a sua atuação. O lanche terminou com a trocas das prendas do amigo secreto. Pelas 18h, a Missa na Igreja de Nossa Senhora do Pranto foi o último momento em comum antes do regresso à paróquia. Um dia bem passado, com pouco tempo de autocarro e mais tempo para parar, visitar e conviver!

sexta-feira, 12 de julho de 2019

A misericórdia começa por ver, parar e tocar

14 de julho de 2019 | 15º Domingo do Tempo Comum
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"O verbo central da parábola, aquele que brota de cada gesto do samaritano, expressa-se com as palavras «encheu-se de compaixão». (...) Os primeiros três gestos do bom samaritano: ver, deter-se, tocar, traçam as primeiras três ações da misericórdia.

Ver: viu e teve compaixão. Viu as feridas e deixou-se ferir pelas feridas daquele homem. O mundo é um imenso pranto, e «Deus navega num rio de lágrimas» (Turoldo), invisíveis a quem perdeu os olhos do coração, como o sacerdote e o levita. Para Jesus, ao contrário, olhar e amar eram a mesma coisa: Ele é o olhar amante de Deus.

Deter-se: interromper o próprio caminho, os próprios projetos, deixar que seja o outro a ditar a agenda, deter-se no interior da vida que geme e chama. Farei mundo por este mundo toda a vez que simplesmente suspendo a minha corrida para dizer «obrigado», para dizer «aqui estou».

Tocar: o samaritano faz-se próximo, derrama óleo e vinho, enfaixa as feridas do homem, carrega-o, transporta-o. Tocar é palavra dura para nós, convoca o corpo, mete-nos à prova. Não é espontâneo tocar o contagioso, o infetado, o chagado. Mas no Evangelho toda a vez que Jesus se comove, pára e toca. Mostrando que amar não é um facto emotivo, mas um facto que precisa de mãos, de tato, é concreto, tangível."

Ermes Ronchi, In "Avvenire", Trad.: Rui Jorge Martins
Texto completo AQUI

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Todos enviados, a todos os lugares

7 de julho de 2019 | 14º Domingo do Tempo Comum
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Jesus escolhe e envia 72 discípulos num caminho de simplicidade e de paz, recomendando que peçam ao senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Não se vão anunciar a si mesmos, nem trabalhar por conta própria, mas preparar o caminho para que Jesus possa habitar com os homens: «Está perto de vós o reino de Deus»... E os discípulos voltam cheios de alegria!

Paz e alegria. O anúncio e o acolhimento do reino de Deus traz esta vida renovada pelo Espírito, em que o mal é vencido, e os nomes se inscrevem nos Céus, numa esperança presente e futura.