Programa da Paróquia

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Romagem aos Cemitérios:
2 de novembro: 19h30 - Missa na Calvaria, seguida da romagem ao cemitério da Calvaria
3 de novembro: 19h00 - Missa em São Jorge, seguida de romagem aos cemitérios de São Jorge

A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, a 2 de novembro, é uma continuação lógica da festa de Todos os Santos do dia anterior. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Batismo. Continuam todos unidos a nós. A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.

É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra «aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz» (Prece Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva.

O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano). É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.

O Reino dos Céus, não um lugar, mas uma relação

1 de novembro | Solenidade de Todos os Santos

Promessa e programa! Ninguém pense nas bem-aventuranças como uma alegria isenta de prova e sofrimento, um "bem-estar" mundano. Elas permitem experienciar que aquilo que se é e se vive tem sentido, dá “convicção”, dá uma razão pela qual vale a pena viver. Esta felicidade mede-se no fim do caminho, no Reino, porque estando presente durante o caminho, por vezes, é contrariada por privações e sofrimento, pela Paixão.

A promessa feita solenemente por Jesus, palavra poderosa de Deus, é o Reino dos Céus, não um lugar, mas uma relação: estar com Deus, ser seus Filhos, tal como quem não é bem-aventurado permanece longe e separado de Deus. Este Reino, onde Deus reina plenamente é a comunhão dos Santos do céu e da terra, a comunhão dos irmãos de Jesus, dos Filhos de Deus que nós cristãos deveríamos viver conscientemente mas que, por causa da nossa philautía, do nosso egoísmo, não chegamos sequer a crer firmemente. Esta experiência do Reinar de Deus sobre nós podemos fazer aqui e agora, seguindo Jesus: acontece quando sobre nós não reinam nem ídolos, nem poderes de nenhum tipo, quando sentimos que apenas Deus e o Evangelho de Jesus nos determinam, nos movem, nos mantêm de pé. Nestas circunstâncias podemos dizer, com humildade mas com assombro, sem pensar que somos merecedores, que Deus reina em nós, e que portanto o Reino de Deus chegou: sempre, porém, de forma não observável (cf. Lc 17,20), por nós reconhecido apenas parcialmente, sempre de forma frágil, que podemos negar com o nosso não amor.

in: Mosteiro de Bose

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

«Mestre, que eu veja»

28 de outubro de 2018 | 30º Domingo do Tempo Comum
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“Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem”. A citação é do Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago.

A história do Bartimeu é a de um cego que quer ver. E sabe onde encontrar a vista. A vista e a vida. A alegria de saber o caminho a seguir. Apesar dos obstáculos da multidão que o quer calar, não desiste da sua busca do «Filho de David», o Messias esperado, aquele que os profetas anunciaram como o que vem dar vista aos cegos.

E aí está ele, persistente, na sua busca. E Jesus escuta-o. Manda-o chamar. Agora já com o apoio daqueles que são enviados por Jesus: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». Missão grande a daqueles que acolhem o desafio de Jesus para dar luz ao olhar dos homens: encorajar, fazer levantar, recordar que Ele chama e ama, e por isso faz recuperar a Vida.

Por vezes também nós "estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que vendo não vêem"... e precisamos de reconhecer que só Ele é capaz de dar visão nova à vida. Também nós, ao lado de Jesus, podemos assumir esta missão de ser, no mundo, fonte de esperança: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te».

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Agarrar a missão de servir

21 de outubro de 2018 | 29º Domingo do Tempo Comum
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É normal que toda a pessoa procure ser reconhecida. A sua dignidade depende disso. Mas será necessário, para ser reconhecido, procurar passar à frente dos outros, sem qualquer escrúpulo?

Que cada um tome o seu lugar, mas não reclame o primeiro. Jesus não vem dar conselhos, mas oferecer o seu testemunho, e convida os discípulos a acolher o mesmo estilo de vida, a beber do mesmo "cálice": Ele, que era de condição divina, tomou o lugar de escravo. Jesus não prega o abaixamento pelo abaixamento. Quem escolhe o serviço é elevado por Deus ao lugar de “grande”, Deus dá o primeiro lugar a quem escolheu o último. É Deus que altera as situações que o homem, na sua liberdade, escolhe para ser verdadeiro cidadão do Reino de Deus.

Como servir? Este Dia Mundial das Missões recorda-nos a nossa vocação a sermos servidores do Evangelho… Concretamente, como fazer passar o Evangelho antes dos nossos próprios desejos? Fazer passar o respeito pelo outro antes da nossa própria vantagem? De que maneira vamos poder servir nesta semana? Ousaremos fazê-lo em nome de Cristo Servidor? Estamos dispostos a agarrar a missão de servir?

sábado, 13 de outubro de 2018

O olhar de simpatia de Jesus

14 de outubro de 2018 | 28º Domingo do Tempo Comum
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O homem que se aproxima de Jesus procura «alcançar a vida eterna», mas falta-lhe uma visão certa desta «Vida». Fica-se pelo “fazer”. Jesus convida-o a mudar de lógica: não se trata de vida eterna a ganhar, mas de seguir Jesus. Como se a vida eterna fosse estar com Jesus! Eis a grande transformação que Jesus vem provocar. Não se trata primeiro de fazer esforços para obedecer a mandamentos; trata-se primeiro de entrar numa relação de amor com Jesus. Mais profundamente ainda, trata-se primeiro de descobrir que Jesus, Ele em primeiro lugar, nos ama.

É neste contexto que se compreende a referência de Marcos: “Jesus olhou para ele com simpatia (amor)”. É este olhar que transforma tudo. Jesus quer fazer compreender ao homem rico que lhe falta o essencial: deixar-se amar em primeiro lugar, descobrir que todos os seus bens materiais nunca poderão preencher esta necessidade vital para todo o homem de ser amado. As riquezas do homem impediram-no de ler tudo isto no olhar de Jesus. O homem partiu. Mas Jesus não lhe retirou o seu olhar de amor…

Apresentação dos catequistas dá início à catequese

Catequistas do centro da Calvaria
As atividades da catequese da paróquia da Calvaria tiveram início no passado fim-de-semana, com a apresentação e compromisso dos catequistas. No sábado, dia 6 de outubro, os catequistas de São Jorge foram apresentados à comunidade, dinate da qual se comprometeram a colaborar na missão evangelizadora da Igreja através da catequese, a ajudar os pais na sua missão de principais educadores da fé dos seus filhos, e a dignificar a sua própria missão pela preparação e testemunho de vida. O mesmo compromisso foi assumido depois, no domingo, dia 7 de outubro, pelo grupo dos catequistas da Calvaria.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

«Não separe o homem o que Deus uniu»

7 de outubro de 2018 | 27º Domingo do Tempo Comum
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“Não separe o homem o que Deus uniu…” Jesus coloca o dedo na ferida… O divórcio é sempre um fracasso, um sofrimento. Mas entrou nos costumes como uma realidade normal, um “direito”! Jesus está contra a corrente… Palavra incompreensível para muitos homens e mulheres, qualquer que seja a sua idade!

Na sua resposta aos fariseus, Jesus recorre a um critério a que geralmente se presta pouca atenção. Vai ao “princípio da criação”, à vontade primeira, à vontade criadora de Deus. Ora, esta vontade é que os seres humanos se tornem “imagens de Deus”, na medida em que aceitem entrar uns e outros nas relações de amor recíproco, porque Ele, Deus, é eterno movimento de amor no seu Ser mais profundo. O casal humano, antes mesmo da questão da procriação, é chamado por Deus a tornar-se o primeiro lugar de incarnação deste movimento de amor. O amor humano, sob todas as suas formas, não nasceu dos acasos da evolução biológica. É dom de Deus. Quando os homens recusam este dom, impedem Deus de imprimir neles a sua imagem. Na realidade, vão contra a vontade criadora, introduzem uma desordem na criação tal como Deus a quis. Porque Ele escuta plenamente o seu Pai e acolhe sem quaisquer reticências nem recusas a vontade de amor do seu Pai, Jesus, e apenas Ele, pode colocar-nos na luz de Deus Criador e da sua vontade criadora. Mas isso supõe que aceitemos escutar Jesus, tomar Jesus na nossa vida. Só poderemos compreender a exigência de unidade e de fidelidade no amor humano se aceitarmos tornar-nos, dia após dia, discípulos, mais ainda, amigos de Jesus.
v Para resolver os nossos problemas afetivos, temos razão em recorrer à psicologia, à psicoterapia do casal. Mas isso não basta. A verdadeira falta é uma falta de profundidade espiritual. Não servirá de nada a Igreja repetir sem cessar a sua oposição ao divórcio se, primeiro, não fizer imensos esforços para ajudar a redescobrir um verdadeiro acompanhamento com Jesus, revelador do amor do Pai.

in: Portal dos Dehonianos